Brothers of Heart escrita por Lily Lupin


Capítulo 1
Brothers of Heart


Notas iniciais do capítulo

Hey, minha primeira one sobre os irmãos Lightwood-Bane, pelos quais eu já me apaixonei, e meu OTP magnífico Malec! ♥ Espero que gostem! Beijos.

P.S.: Já aviso que essa fic tem altos níveis de pieguice e amor familiar, estava sentimental quando escrevi! ♥



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A noite estava perfeita. Nem muito fria, nem muito quente, do jeito que Rafe sempre gostou. O caçador de sombras andava, junto do irmão, Max, pelas ruas de New York, Max e Rafe haviam acabado de sair do Instituto e, depois de algumas recomendações preocupadas e detalhadas, Clary os havia deixado seguir caminho para o apartamento de Magnus e Alec. Ele não pôde evitar o sorriso quando sentiu o vento ricocheteando em seu rosto e nas roupas que vestia: O uniforme de treinamento totalmente preto e a jaqueta de mesma cor por cima.

 Ele e Max adentraram uma rua que ficava atrás do Instituto, para que conseguissem chegar em casa mais rápido, já que Max havia mencionado algumas centenas de vezes que estava com fome.

— Rafael! Você ouviu sequer uma palavra do que eu disse nos últimos minutos? – Max perguntou, olhando para o irmão, seus olhos azuis escuros faiscavam com impaciência enquanto fitavam Rafe.

— Na verdade, não. Mas eu tenho certeza de que você estava falando, pelo que deve ser a centésima vez, que estava com fome. Nós vamos chegar mais rápido por aqui, não precisa se estressar. – Rafe disse, rindo para o irmão, que revirou os olhos. – Me desculpe, Max, eu estou distraído hoje

— Eu notei! – Max exclamou, ignorando a crítica do irmão. – Para ser sincero, estou surpreso que você não tenha perdido nenhum dedo no treino de hoje, considerando que quase bateu de cara na porta do Instituto quando Candice se despediu de você. – Rafe sentiu as bochechas queimando, algo que não acontecia normalmente, ele não costumava se envergonhar de nada, mas Max sabia implicar com ele como ninguém, como o típico irmão mais novo que era.

— Eu não sei do que você está falando. – Rafe afirmou, sabendo que não havia sido muito convincente.

— Você sabe sim, Rafael. Qualquer um pode ver que você está gostando da Candice, idiota. – Max retrucou, encarando o irmão.

— Você está decidido a me atormentar hoje, não é? – Rafe respondeu, tentando desviar o assunto enquanto olhava para o irmão. A pele azul de Max brilhou quando eles passaram por um poste de luz.

— Atormentar você é a razão da minha existência, caro irmão. Agora, desembuche. Assuma o seu amor!  – Max decretou, dramático, ele e Rafe andavam lado a lado, como sempre faziam quando caminhavam juntos.

— Desembuche? Pelo Anjo, Max! Em que século você acha que estamos... – No entanto, Rafe não completou a frase, ele pôde sentir, como sombras se aproximando e os cercando, que havia algo errado, algo muito errado, mais do que isso, ele ouviu: o sibilar habitual dos demônios. E viu também o movimento misterioso e suspeito nas sombras.

— O que houve, Rafe? – Max perguntou, notando que todo o corpo de Rafael se tencionou e que ele esticou a mão para a lâmina de serafim que guardava dentro da jaqueta, com os movimentos cuidadosamente calculados. Repentinamente, a reposta surgiu na mente de Max: Demônios.

— Fique atrás de mim, Max. Agora. – Max não hesitou em fazer o que o irmão dizia, pelo tom de Rafe, ele sabia que a situação era séria. E também sabia que o irmão, melhor do que ninguém, poderia lidar com os demônios, era um caçador de sombras, afinal de contas. Mas esse fato não impediu a sensação quase sufocante de preocupação e apreensão que atingiu cada fibra do corpo de Max naquele momento.

 Rafe sentiu o habitual calor que atingia seu corpo antes de uma luta, o coração batendo acelerado, o sangue fervendo. Ele amava aquela sensação, a força que o percorria graças às runas, mais do que isso, em uma batalha, Rafe sentia que estava exatamente onde devia estar, no entanto, as condições estavam longe de serem ideais, pelo contrário, seu irmão mais novo estava logo atrás dele e todo o foco de Rafe se direcionou para a segurança de Max.

 A lâmina de serafim se acendeu na mão de Rafe no momento em que um demônio Shax avançou em sua direção. Rafe sabia o que estava fazendo, era claro, e acertou o ponto fraco na carapaça dura que recobria a criatura demoníaca, fazendo o demônio explodir em cinzas.

 A iluminação da rua estava falhando, o que fez Rafe se preocupar com a vinda de outros demônios. Ele cortou outro Shax ao meio, evitando sua pinça venenosa por pouco.

 Quando mais três demônios surgiram, Max lançou o fogo mágico que seu pai, Magnus, havia lhe ensinado para explodir coisas e, caso fosse necessário, demônios. Max agradeceu mentalmente ao pai por isso e o lançou novamente, ajudando o irmão a se defender.

 Finalmente, Max e Rafe derrotaram os cinco demônios que haviam surgido. O coração de Max estava batendo acelerado quando ele se virou para o irmão, aliviado, eles estavam bem, afinal.

— Nem acredito que conseguimos, Rafe! – Max exclamou, sem fôlego, no entanto, quando olhou para o irmão, ele notou que Rafe estava apertando o braço, sangue se espalhando por sua jaqueta. Max soube antes que Rafe falasse: O irmão tinha sido picado.

— Max, precisamos ir para o Instituto. Agora... – Rafe cambaleou e Max avançou para frente, segurando o irmão e o mantendo em pé.

 Max sabia que não havia tempo, mesmo que ele ligasse imediatamente para os pais ou alguém da família, eles não chegariam a tempo de socorrer Rafe. Max precisava fazer alguma coisa, qualquer coisa que ajudasse o irmão.

Respire fundo. Se concentre. Ache a força dentro de você e a direcione para o que você quer curar. Ele podia ouvir a voz de Magnus, de seu pai. Max sabia como curar arranhões e cortes, o que era mais do que necessário em uma família de caçadores de sombras, mas nunca havia curado nada como a picada de um Shax.

 Ele respirou fundo, não precisava curar nada, apenas ganhar tempo para o irmão. Rafe precisava da força de Max. E ele a daria para o irmão.

— Respire fundo e faça o que você tem que fazer. Por Rafe. – Max sussurrou para si mesmo, Max sentou seu irmão na calçada, o apoiando em uma parede. Em seguida, retirou a sua jaqueta, expondo o corte que a cauda do Shax fez no braço de Rafe, o corte começava logo acima do pulso e se estendia por todo o antebraço de Rafe.

 A aparência do machucado não era nada boa, o veneno do Shax era rápido e já estava fazendo estragos, além do sangue que Rafe estava perdendo.

— Max, chame por ajuda. Você vai exaurir suas forças por causa de mim. – A voz de Rafe fraquejou, mas Max não estava mais ouvindo, ele se concentrou no que tinha que fazer e esqueceu todo o resto.

 Max colocou as mãos acima do machucado do irmão e respirou fundo, ele sabia qual era a sua força: sua família. Naquele momento, ele pensou no som da risada de Rafe, em como apenas Max conseguia fazer Rafe rir em qualquer situação. Max se lembrou da segurança do abraço de seus pais, do orgulho na voz de Alec quando o chamava de filho, da compreensão e apoio sem fim de Magnus.

 Ele pensou no amor. No amor de sua família, de seus pais, de seus tios, Clary e Jace, Simon e Izzy, Catarina, de seus primos, de seus avós, de seus amigos. Max pensou no amor da família que ele e Rafe haviam tido a sorte de encontrar.

 Finalmente, faíscas azuis começaram a sair da mão de Max em direção ao ferimento, as faíscas se intensificaram e um feixe de luz azul finalizou o feitiço. O corte não se curou por completo, mas o sangue parou de sair e o efeito do veneno foi retardado. Max se sentou ao lado do irmão, ofegante, exausto e aliviado. Rafe alcançou a mão de Max e a apertou, como um sinal de que tudo ficaria bem.

 Como Rafe havia dito, o feitiço exauriu as forças de Max, no entanto, Max conseguiu alcançar o aparelho que se assemelhava a um celular no bolso da calça de Rafe, mas que, na verdade, era um tipo de alarme, que alertaria todos no Instituto onde eles estavam e que precisavam de ajuda. Todos viriam atrás de Max e Rafe imediatamente. Sua família viria. Com esse pensamento reconfortante em mente, Max cedeu ao cansaço e fechou os olhos, se recostando na parede, ainda segurando a mão do irmão.

— 

 Quando Max abriu os olhos, percebeu que estava deitado em uma das camas da enfermaria do Instituto. Ele também notou que havia pessoas a sua volta. Seus pais, Magnus e Alec, apoiados um no outro, na frente de sua cama. Os dois com ar de preocupação e impaciência. Então, tomou consciência do irmão, Rafe, na maca ao lado. Rapidamente, Max se sentou, perguntando:

— Rafe? Ele está bem? – Max perguntou, preocupado. Magnus e Alec, ainda nervosos pela preocupação com Rafe e aliviados por Max ter acordado, rapidamente se moveram para o lado de Max.

— Sim, meu filho, Rafe está bem, assim como você. – Alec murmurou, enquanto ele e Magnus abraçavam Max.

— Eu terminei o feitiço de cura em Rafe, ele vai ficar bem. Vocês dois estão a salvo agora, filho. – Magnus sussurrou, tentando acalmar não apenas o filho, mas também a si mesmo.

 Finalmente, depois de tudo pelo qual havia passado, Max pôde sentir a tensão se esvair de seu corpo e o sentimento de segurança se estabelecer. Ele e o irmão estavam seguros, afinal de contas. O calor do abraço dos pais comprovava isso.

— Me desculpem! Nós não deveríamos ter ido por aquele caminho. Eu... Eu disse que estava com fome e Rafe pegou um atalho para que chegássemos em casa mais rápido. Mas os demônios apareceram, então, Rafe me disse para ficar atrás dele e eu fiquei. Se eu tivesse o ajudado desde o começo... – Max se explicou, mas foi interrompido por Alec:

— Você não tem culpa de nada, meu filho, vocês só estavam no lugar errado na hora errada. O feitiço que você fez salvou o seu irmão, não gosto de pensar no que poderia ter acontecido se... – A voz de Alec falhou e ele apertou a mão direita de Rafe, enquanto Magnus segurava a mão esquerda do filho.

— Mas não aconteceu. Porque vocês foram muito corajosos. Estamos muito orgulhosos de você e Rafe, meu filho. Mas, por favor, nunca mais nos assuste desse jeito! – Magnus pediu, acariciando o cabelo de Max, afastando as mechas rebeldes dos olhos de Max.

— Pode deixar, pai. Eu sinto muito mesmo. – Max afirmou, sorrindo levemente, enquanto seus pais o ajudavam a se levantar.

— Clary, Jace, Simon, Izzy e todos os outros estão lá fora, eles insistiram em ficar, mas eu disse que você podia querer descansar um pouco. – Alec anunciou, segurando o filho firmemente com a ajuda de Magnus.

— Eu quero vê-los, mas não posso deixar o meu irmão. – Max respondeu, se dirigindo para o lado da maca do irmão, sendo acompanhado pelos pais.

— Eu entendo, filho. Pedirei para que eles entrem e depois ficaremos aqui, está bem? Juntos. – Magnus falou, depositando um beijo na cabeça do filho e indo atrás do resto da família.

— 

 Magnus, Alec e Max passaram a noite na enfermaria, esperando que Rafe acordasse. Durante a noite, Clary, Jace, Simon e Izzy convenceram seus filhos a deixarem os primos e os tios e irem se deitar.

 Jace havia abraçado seu parabatai fortemente, oferecendo todo o conforto que podia antes de deixar a enfermaria com Clary e os filhos. Também abraçou Magnus, sabendo que ele também usaria toda a força que estivesse a disposição.

 Izzy também relutou em deixar o irmão, o cunhado e os sobrinhos, mas Simon a convenceu de que eles precisavam descansar um pouco sozinhos, mesmo que esse descanso fosse nas nada confortáveis cadeiras e poltronas da enfermaria.

Pela manhã, Max, que havia dormido entre os pais em um sofá da enfermaria, acordou antes deles e se levantou com cuidado para não acordá-los. Ele sabia que os pais tinham dormido um sono nada tranquilo, acordando o tempo todo para checar Rafe e Max.

 Rafe havia tossido um pouco durante a noite, mas não acordara e estava se recuperando bem.

 Max se sentou na cama do irmão, observando-o respirar. Max pensou que o simples movimento de subir e descer que o peito do irmão fazia para respirar nunca havia parecido tão milagroso quanto agora, quando Max quase o havia perdido.

 Rafe sempre fez parte das memórias de Max. Magnus e Alec o adotaram quando Rafe tinha cinco anos e Max, três. Rafe sempre foi o irmão mais velho de Max, mas isso não significava que era o mais responsável, as pessoas sempre comentavam sobre como Rafe se parecia com Magnus em questão de personalidade e em como Max se assemelhava a Alec. Certamente, a relação de Max e Rafe não era perfeita, eles brigavam, é claro, todos os irmãos brigam, por coisas idiotas, como o controle da televisão, ou por coisas mais sérias, como os riscos que Rafe assumia sem pensar. Mas eles eram unidos, isso ninguém podia negar.

 Rafe e Max não eram irmãos de sangue, no entanto, eles eram irmãos de todas as maneiras que importavam. As pessoas se surpreendiam com o fato de um feiticeiro e um caçador de sombras se darem tão bem, de serem tão próximos. Mas o fato é que eles eram mais do que isso. Eles eram parte um do outro. E mesmo que Max soubesse que, eventualmente, perderia Rafe, assim como perderia seu pai, Alec, e todos o que amava, exceto por Magnus, ele não estava pronto para isso. Não agora que Rafe ainda tinha toda uma vida pela frente e, principalmente, uma enorme vontade de vivê-la.

 Na verdade, ele nunca estaria pronto para perdê-los, mas Max afastou esses pensamentos de sua mente, Rafe estava seguro, depois de tudo. Mas era difícil relaxar totalmente depois da noite que teve. O aperto em seu coração ainda era forte e resistia em ceder.

— Max? – A voz de Rafe não era nada mais do que um sussurro no silêncio quase assustador da enfermaria, mas Max pôde sentir o aperto quase sufocante do medo e da preocupação desaparecer ao ouvir aquela voz tão conhecida.

— Sou eu, Rafe. Eu estou aqui, nós estamos no Instituto. Estamos seguros, meu irmão. – Max apertou a mão do irmão, Rafe tinha dedos finos, marcados com cicatrizes e com as runas dos Caçadores de Sombras. De onde estava, Max conseguia ver a mandíbula ligeiramente torta de Rafe, que ele havia conseguido quando tropeçou em uma escada no Instituto com oito anos de idade.

— Você conseguiu, você me curou. – Não havia surpresa ou admiração na voz de Rafe, apenas a sua costumeira confiança e fé inabalável em Max, que o mantinham seguro e firme até em seus piores momentos. Max agradeceu silenciosamente pelo irmão estar vivo, porque ele sabia que estaria completamente perdido sem Rafe.

Nós conseguimos, Rafe. – Max corrigiu, sorrindo.

— Você sempre foi modesto demais para o meu gosto. – Naquela frase, Max percebeu o equilíbrio entre o sarcasmo e o carinho que Rafe sempre usava para falar com Max.

— Nunca senti tanto medo em toda a minha vida quanto senti ontem, quando achei que você ia morrer, Rafe. – Max sabia que era errado derramar todas as suas preocupações em cima do irmão que ainda estava se recuperando, mas ele não podia se impedir de dizê-las, era como se as palavras lhe escapassem da boca, como sempre acontecia entre os irmãos Lightwood-Bane.

 O humor se esvaiu do rosto de Rafe e um olhar sério tomou o lugar, ele se endireitou em sua cama e olhou nos olhos azuis de Max.

 Rafe se lembrava perfeitamente de quando ele e os pais levaram Max até o Central Park para ensinar o garoto a andar de bicicleta quando Max tinha dez anos. Rafe já tinha doze e pedalava sem o menor medo de cair. Ao contrário do irmão, Max sempre teve cautela ao montar na bicicleta e demorou para aprender a pedalar. Foi Rafe quem segurou a bicicleta de Max enquanto ele cambaleava em suas primeiras pedaladas, ainda incerto do que fazia. Quando Max finalmente aprendeu a pedalar sozinho, Rafe sentiu falta de ser aquele que o ajudava e apoiava, ao mesmo tempo que o orgulho infantil pelo feito do irmão o tomou por completo.

 Rafe havia tomado para si o papel de apoiador e protetor do irmão mais novo havia muito tempo e ele se orgulhava de tal coisa, no entanto, Rafe sabia que ele e Max sempre tomaram conta um do outro. Além disso, eles sempre tiveram Magnus e Alec, sempre tiveram quem cuidasse deles.

 No entanto, as palavras pareceram fugir de Rafe naquele momento, justamente ele, que sempre protegeu, apoiou e espantou os medos dos irmão, não sabia o que dizer para acalmar o coração de Max, afinal de contas, ele mesmo havia temido pela própria vida na noite passada, mais do que isso: temeu pela vida de Max.

— Eu também senti medo ontem, Max. Não vou mentir para você. Mas o que importa é que nós estamos aqui agora e estamos bem. Você me salvou. Tudo vai ficar bem. – Rafe envolveu o irmão em um abraço, soltando o ar que ele nem sabia que estava prendendo, finalmente, se permitindo relaxar.

 Max sorriu aliviado, enquanto sentia os braços dos pais os envolvendo. Eles não disseram uma palavra por um bom tempo, mas palavras não eram necessárias naquele momento. No calor reconfortante e familiar daquele abraço, Max e Rafe finalmente se sentiram em casa. Naquele exato instante, eles eram apenas uma família normal, sem o peso do tempo e de um mandato celestial nos ombros, apenas quatro pessoas que se amavam mais do que tudo. E, por enquanto, era mais do que o suficiente.


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