Meu Jeito escrita por Palas Silvermist


Capítulo 9
Capítulo 9 - Memórias




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A porta da sala aberta com uma frasqueira no chão funcionando como peso de porta. Malas sendo carregadas do pé das escadas para fora. Uma ruivinha de sete anos pipocando pela casa.

—Tia Lívia! Tia Lívia! Nós já vamos sair?

—Daqui a pouco, Debbie.

—Ah, ‘tá bom. – e saiu correndo para procurar os primos

Lívia era uma mulher alta, bonita, cabelos na altura dos ombros, olhos pretos como os cabelos e um ar jovial. Era a mãe de Felipe, que levaria o senhor Evans de volta para o sítio. Carregava na bagagem, além do filho, as sobrinhas Débora e Lílian. Era esse o motivo do entusiasmo de Debbie.

Pouco depois, a menina voltou para o lado do carro saltitando. Luciano vinha andando com o auxílio de uma bengala e com os dois netos ao lado.

Terminado de por tudo no carro, a mãe de Lily apareceu para se despedir trazendo uma travessa de biscoitos – um lanchinho para a viagem.

—Certo, então vamos. – disse Lívia

—Eu fico no banco do meio! – Debbie correu

… … … … … … … … … 

O carro fazia o trajeto entre Londres e os arredores de Oxford cruzando terrenos aplainados. A paisagem ia passando a cerca de 100km/h pelas íris verdes de Lílian. A moça ia registrando as imagens... Um riacho permeava uma planície repleta de uma vegetação rasteira. Vez ou outra, uma cidade entrava em seu campo de visão.

Até que entraram em um trecho ao lado de uma reserva de floresta temperada. Reconheceu cedros e faias entre muitas outras árvores que não conhecia o nome.

Árvores… Floresta… Floresta Proibida… Hogwarts… Jardins…

5º ano – Março

Lily estava sentada nos jardins encostada a uma árvore lendo um livro de História da Magia para os N.O.M.s “Panorâmica da situação bruxa na Idade Moderna” quando um som desagradável chegou aos seus ouvidos:

—Olá, Evans.

Ela não moveu a cabeça, apenas olhou com o canto dos olhos.

—Hum, boa tarde, Potter.

A resposta razoavelmente educada pareceu incentivá-lo a falar o que queria.

—Evans, eu estava pensando…

—Não, sério? – ela o interrompeu – E cabem pensamentos aí dentro junto com seu ego? Ah, você deve ter achado algum feitiço para aumentar o espaço dentro dessa sua cabeça.

—Sempre espirituosa… - ele deu um sorriso maroto – Então, quer sair comigo?

—Ai, Merlin. – a garota tirou os olhos do livro mais uma vez – Estamos o quê… dia 29 do mês… então pela vigésima nona vez esse mês, não, Potter.

—Está bem.

Achando que seu problema tinha acabado, ela voltou a abaixar a cabeça para a leitura.

—Se mudar de ideia sabe onde me encontrar.

—‘Tá, ‘tá. – ela disse sem olhar

Isso deu a Tiago uma idéia. Rápida e silenciosamente ele se aproximou e roubou um beijo. Logo estava correndo de volta ao castelo.

—POTTER!!

Na época, Lílian não odiava Tiago, ou melhor dizendo, Potter, mas chegava bem perto disso em várias ocasiões. No resto do tempo, o garoto era simplesmente alguém impertinente que assistia às mesmas aulas que ela, e seu mundo seria mais tranquilo se ele parasse de perturbá-la.

Naqueles dias era esse o seu sentimento, apesar dos boatos que começavam a surgir no castelo: que atrás daquela raiva se escondia o interesse. Da primeira vez que ouvira isso, rira com gosto. Não o riso de alguém que tenta fugir da verdade, mas um riso de inocente divertimento pelo absurdo.

Mas as coisas mudariam…

—Lily, Lily. – a vozinha de Debbie a despertou do devaneio – Vamos jogar forca?

A moça olhou para o lado e viu Felipe dormindo.

—Vamos. – ela respondeu pegando o pequeno caderno e a caneta que a mais nova oferecia.

… … … … … … … … … 

Na fazenda Potter, Tiago entrava em casa após um ‘passeio’. Sala, escritório, corredor, sala de jantar. Onde ela estava? Tentou em seguida a cozinha e encontrou quem procurava:

—Mira, por acaso já começou a ajeitar as coisas para quando meus amigos chegarem?

—Vou começar agora à tarde, menino Potter. – a elfa levantou seus olhos azuis para ele – O senhor precisa de alguma coisa?

—É, eu queria pedir uma coisa, sim. – ele sorriu por um dos cantos da boca e abaixou o tom de voz – Capricha no quarto das meninas, tá?

—Algo em especial, senhor?

—Coloque essas flores no quarto. – ele estendeu um buquê – Acabei de pegar essas flores no jardim e já lancei um feitiço para elas não murcharem, assim não vai ter problema ficarem dentro do quarto à noite.

—Farei o melhor que puder, menino Potter. – ela piscou seus dois grandes olhos com cumplicidade

… … … … … … … … … 

Em Liverpool…

—Gui, por que você ficou bravo desse jeito? – Maia perguntou surpresa

—Você é convidada a passar uns dias na casa de um “amigo” e como você queria que eu ficasse? – ele se levantou do sofá

—Outras pessoas vão estar lá. – a moça tentava acalmar a conversa

—E daí? – Guilherme virou de costas para ela por um instante e voltou a virar-se – E posso saber o que você respondeu?

—Eu não respondi ainda, quis falar com você antes. Por Merlin, você também foi convidado!

—Só que eu não posso ir, Maia. Tenho de trabalhar. Então por que você não fica aqui?

—Se você tem de trabalhar, não vamos poder ficar juntos. Então, qual o problema de eu ir? Qual a diferença de ficar junto deles na casa de Tiago eu na Torre da Grifinória?

—Se você ficar, podemos sair algum dia à noite… Má, – ele se aproximou dela com uma voz carinhosa – eu só quero ter você perto de mim. Fica? – disse passando uma mão pela cintura dela

—Está bem. Desde que você pare com essa cena boba de ciúme.

—Combinado. – ele beijou sua cabeça e a abraçou

… … … … … … … … … 

Após cerca de três horas de viagem, chegaram ao sítio. Clara Evans saiu de casa o mais rápido que pôde para dar um abraço apertado no marido. Debbie correu dar a volta no carro para ser a segunda a ser abraçada. Nem bem o avô se afastara, ela abraçou a avó com força na altura da cintura.

Cozinheira de mão cheia, a senhora Evans os esperava com o almoço na mesa.

À tarde, Lily saiu de fininho para dar uma volta sozinha, carregando papel e caneta como sempre.

Atravessou o jardim. Vasos de brinco de princesa, carregados de flores, estavam pendurados nas árvores. Tantas lembranças de sua infância estavam ali.

Chegou ao pomar. A macieira do sítio tinha frutos perto de começarem a amadurecer. Colocou a mão espalmada no tronco. Foi dando a volta na árvore sentindo a casca levemente áspera em seus dedos…

Lily corria em volta de uma árvore nos jardins de Hogwarts. Era maio do quinto ano e ela tentava a todo custo fugir do…

—Potter, me esquece! - ela ia para o lado oposto ao que ele estava na árvore

—Nunca, Evans.

Ele tornava a dar a volta para tentar encontrá-la e ela tornava a sair do seu alcance. Estavam assim a cerca de dez minutos, quando Lílian perdeu a paciência.

—Chega. Eu não vou mais fugir de você. – ela parou onde estava

—Isso que dizer que… - Potter começou, mas ela completou

—Que você tem de parar de me importunar.

 Tiago se colocou na frente dela e começou a andar em sua direção. Lily, em resposta, foi dando passos para trás.

—Coisa insuportável. – ela revirou os olhos

E para sua infelicidade, ela percebeu que não poderia dar mais um passo para trás quando sentiu a árvore em suas costas.

—Será que é tão insuportável assim? – ele continuou se aproximando

—Você não imagina o quanto.

—Como você pode saber? Nunca saiu comigo…

—Posso saber pela pessoa que, pro meu desgosto, encontro todos os dias.

—Sabe, Evans, você podia tentar ser mais simpática de vez em quando.

—Simpatia? – ela deu um meio sorriso – Quando você faz uma pergunta, no caso, “quer sair comigo” está sujeito a escutar uma entre várias opções de resposta. Se não, não precisaria perguntar. Você só aparece aceitar uma resposta, que aliás, não sou obrigada a dar, querendo tirar o meu direito de escolha. Isso é simpático por acaso?

—O que eu faço que te irrita tanto, Evans? – ele cruzou os braços

—Esse seu jeito inconsequente e impertinente de ser. Andando por aí achando que é o máximo. Mas adivinha só você não é. Ninguém é.

Um momento de silêncio em que eles apenas se olharam. Em seguida, Tiago acariciou a bochecha dela fazendo Lily abaixar a cabeça. Aproximou o rosto do ouvido dela e falou:

—Você ainda vai mudar de idéia.

Dizendo isso, beijou o rosto dela e saiu em direção ao castelo.

—Ah… - a ruiva olhou para o alto – O que mais eu vou ter de falar pra me livrar dele?

E como a opinião dela tinha mudado. Não só a opinião dela, é verdade. O próprio Tiago (sim, não mais “Potter”) mudara bastante. Estava mais simpático, mais gentil, mais cavalheiro, mais amigo…

Quando Lily entrou em casa, encontrou dona Clara na cozinha ensinando Debbie (que estava ao lado dela em cima de uma cadeira) a colocar um punhado de farinha na pia para continuar sovando a massa do pão.

—Depois nós vamos colocar no forno? – Debbie perguntou

—Antes vamos deixar a massa um tempo descansando para crescer.

...

Enquanto Debbie, com seu aventalzinho laranja, lavava as mãos, dona Clara voltou-se para a outra neta.

—Expectativas para esse ano letivo?

—Acho que vai ser um pouco pesado com as provas no final. E também é o último ano, o que é meio triste...

—Aproveite. – falou a senhora Clara – Passa rápido.

—Nem parece que já foram seis anos.

Em seguida, Debbie perguntou animada:

—Vovó, já está na hora de colocar no forno?

Como não fazia nem cinco minutos que a massa descansava, a senhora Evans e Lily riram.

—Não, Debbie, ainda não.

… … … … … … … … … 

“Lice, esqueci de perguntar: quando você vai para a casa do Tiago?

Beijos, Ana”

… … … … … … … … … 

“Ana,

Lily foi viajar para a casa do avô dela, deve voltar amanhã de tarde. Como a lareira da casa dela não é ligada à rede do Flu, ela vem aqui em casa pra ir para a fazenda pela lareira daqui. Então, vamos depois de amanhã de manhã.

Mande lembranças à sua mãe.

Beijinho, Alice”

… … … … … … … … … 

 “Ah, então também vou depois de amanhã de manhã.

A gente se vê.

Beijos, Ana”

Nem bem Ana tinha despachado essa carta, uma coruja entrou pela janela de seu quarto. Uma coruja linda, escura, quase preta.

Ela sabia bem a quem pertencia e sorridente pegou a carta. No entanto, o sorriso foi murchando conforme passava os olhos pelas linhas.

Olá Ana, — começou a letra caprichada de Maia

Fiquei de te escrever, então aqui está.

Não vou à casa dos Potter, não. Sirius e Tiago tinham convidado a mim e ao Gui, mas quando falei com ele, Gui ficou estranho, bravo. Parece não ter gostado do fato de ser a casa de um amigo e não de uma amiga.

Até aí, eu entenderia se apenas eu fosse convidada a ir pra lá e se ele não tivesse sido convidado também. Além disso, achei que ele poderia tirar uma folga do escritório do pai dele nos últimos três dias de férias.

Fiquei meio chateada, mas já passou. Acho que é só. Nos vemos no Expresso de Hogwarts.

Ana limitou-se a erguer uma sobrancelha.

… … … … … … … … … 

No dia seguinte, Lily acordou cedo. Espreguiçou-se olhando a cama ao lado e viu que Debbie ainda dormia. Levantou sem fazer barulho e pegou o travesseiro. O parapeito da janela era bem largo de forma que ela apoiou o travesseiro no batente e sentou-se confortavelmente.

Passando os olhos pelo gramado logo abaixo, viu seus avós passeando lentamente. Vinham de mãos dadas, tão tranqüilos, com tanto carinho. Lílian ficou imaginando que se toda a família sentira a doença do vovô Evans, pelo que os dois teriam passado?

O dia estava claro, mas o sol ainda estava baixo no horizonte. A ruiva esticou o braço para o criado mudo e pegou seu caderno. Com seus olhos esmeralda ocasionalmente olhando a paisagem, escreveu:

“Pouco a pouco o dia foi nascendo; o arrebol da manhã desenhou-se no horizonte, tingindo as nuvens com todas as cores do prisma. O primeiro raio de sol, desprendendo-se daqueles vapores tênues e diáfamos, deslizou pelo azul do céu, e foi brincar na cabeça dos montes.

O astro assomou, e torrentes de luz inundavam toda a floresta, que nadava num mar de ouro marcheteado de brilhantes, que cintilavam em cada uma das gotas de orvalho suspensas às folhas das árvores.”

Depois, em silêncio, se trocou e saiu do quarto.

—Bom dia! – Lily entrou na cozinha dando um beijo na avó

—Acordou cedo hoje, Lílian

—E como se pode dormir com o cheiro maravilhoso do café que a senhora faz? – dizendo isso, começou a ajudar a arrumar a mesa

—Debbie já acordou? – a senhora Clara perguntou

—Acho que não. Pelo menos quando eu desci, ela ainda estava dormindo. – Lily colocava as xícaras

—Bom dia. – Lívia cumprimentou a sogra e a sobrinha – Hum, que cheirinho bom Dona Clara.

—Obrigada, querida.

—E o vovô?

—Foi para o celeiro.

—Mas ele não pode fazer esforços ainda. – Lily falou

—Eu sei, minha dedicada enfermeira. – disse o senhor Luciano entrando pela porta dos fundos – Fui só olhar.

—Então, pode. – a neta respondeu com um sorriso

… … … … … … … … … 

Tiago foi acordado naquela manhã pela coruja do Profeta Diário. Achou estranho que ela tivesse vindo ao seu quarto em vez de ir direto à cozinha, mas não era a primeira vez que isso acontecia. “Corujas recém-treinadas” era o que ele achava.

Folheou por cima o jornal e encontrou em uma das páginas do meio: “Votação na Corte Suprema dos Bruxos”.

Desceu rápido com a esperança de encontrar seu pai ainda à mesa do café. Entrou na sala de jantar e encontrou o senhor Potter passando geléia em uma torrada.

—Pai?

—Tiago, já está acordado?

—Entregaram o jornal no meu quarto de novo. – ele colocou o Profeta em cima da mesa

—Obrigado, filho.

—Pai, o que significa essa notícia? – Tiago apontou aquela sobre a Suprema Corte

—“Votação na Corte Suprema dos Bruxos”. Não sabia que tinham chegado a esse ponto. – ele murmurou – Também não sei ainda do que se trata. Talvez descubra hoje no Ministério.

… … … … … … … … … 

Após o café, Lily foi a um de seus lugares favoritos no sítio: o galpão do moinho de água. Um pequeno rio corria atrás da casa e o moinho fora instalado para fornecer energia.

Sentou-se no chão com as pernas esticadas e as costas apoiadas em uma parede. O movimento das pás da grande roda e o barulho da água sempre tiveram um efeito relaxante para ela. Fechou os olhos por um instante e a imagem que lhe veio à cabeça a fez pegar uma caneta e começar a escrever:

Olhos castanhos com um tom de verde, que sorriem sem precisar dos lábios. Um olhar que encanta...

Uma vozinha aguda interrompeu seus pensamentos:

—Lily, Lily, vamos brincar de esconde-esconde? – Debbie chegou pulando, Felipe vinha logo atrás

—Ah, não sei…

—Vai, Lily. – Felipe falou – Você adorava brincar disso quando era criança…

Lily estreitou os olhos para ele antes de dizer:

—Está bem.

—Ehhhh! Eu conto! – Debbie encostou a cabeça na parede e começou – Um, dois, três…

Lílian correu para se esconder, mas nem de perto passou pelo pomar.

… … … … … … … … … 

Na residência dos Potter, o dia se passou com os últimos preparativos para a chegada dos convidados. A pedido da senhora Potter, Sirius e Tiago desguinomizavam o jardim em frente à casa, achando muito bom já poderem usar suas varinhas.

—Pontas, o Aluado não deu mais notícias? – disse Sirius apontando para a raiz de uma planta

—Ah, eu esqueci de falar. Acabou de chegar uma carta dele. – Tiago fez um gnomo voar pelos ares – Disse que vai chegar depois de amanhã. A lua cheia acabou noite passada e ele ainda está se sentindo um pouco fraco.

—Então ele já está de volta à Inglaterra?

—Já.

… … … … … … … … … 

À noite, Lílian chegou a Londres e foi arrumar sua mala. Como seguiria direto da casa de Tiago para o Expresso de Hogwarts, abriu o fundo falso de seu armário para tirar livros, caldeirão e tudo mais. Uma vez que Debbie já havia voltado para sua própria casa, não havia problemas.

Uniforme, penas, pergaminho… tudo ia sendo colocado dentro de seu malão deixando um espaço para os livros que Alice comprara para ela no Beco Diagonal. Torceu as mãos nervosa ao olhar o relógio. Como seriam os próximos dias?

… … … … … … … … … 

Longe dali, Tiago se revirava na cama. De lado. De bruços. De barriga pra cima. De lado de novo... com certeza já tinham passado umas duas horas. Uma olhada no relógio mostrou a ele que só trinta minutos. Não era possível.

—Ah… - ele se virou novamente – Lílian, o que você fez comigo? – e sorriu

Enquanto o sono não vinha, o rapaz ficou repassando na memória algumas lembranças.

Durante todo o quinto ano, ele importunara Lílian para que saísse com ele. A beleza da garota e a inteligência dela chamavam a sua atenção. Nada mais que isso.

Com o tempo, cada “não” que recebia o fazia pensar em uma nova forma de abordá-la porque, a cada vez, ela parecia encontrar um novo jeito de rejeitá-lo.

Beijos roubados, perseguições (como ela gostava de chamar a insistência dele). Até que chegaram os N.O.M.s e um evento após o exame de Defesa Contra as Artes das Trevas mudaria muita coisa. 

A forma como Lily correra para defender Snape e a briga homérica que tivera com Tiago. Ela já tinha dito várias vezes que não gostava dele, mas aquilo foi diferente.

Tiago ficou dias pensativo e reparou que a garota ficara um pouco mais quieta do que de costume. Essa situação não durou muito tempo já que logo as férias chegaram.

Nas semanas e meses que se seguiram, em uma decisão inconsciente, Tiago reavaliou algumas coisas que vinha fazendo. Não foi algo, porém, que ele planejou fazer, para chamar a atenção da ruiva, por exemplo. Simplesmente foi acontecendo aos poucos sem quase ele perceber.

Passou o primeiro semestre de sexto ano tomando o cuidado de não incomodar Lílian e por isso, ficaram meses sem se falar. Essa mudança espontânea e sincera acabou por aproximá-los e se tornaram amigos.

Era nessa situação que se encontravam agora.

É também necessário acrescentar que o tempo que se passou transformou o mero interesse que Tiago sentia em um gostar sincero, um amor nascente. E o rapaz se preocupava em não deixar isso notório, com receio de afastar Lílian novamente.

It’s always times like these
É sempre em horas como essa
When I think of you
Quando eu penso em você
And I wonder if you ever
E imagino se alguma vez
Think of me
Pensa em mim

 


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Notas finais do capítulo

N/A – Oi!!

Esse capítulo tem lembranças da Lily para dar um gostinho de Hogwarts, e junto com os pensamentos de Tiago explica a situação dos dois agora. Tem algo só citado nesse capítulo que vai trazer pano pra manga pelo resto da fic, vamos ver se vocês acertam o que é.

Sei que o capítulo passado foi meio (ok, bastante) sem graça, mas espero ter melhorado um pouco nesse. A partir dos próximos, saímos da família da Lily totalmente e entramos com os personagens de Hogwarts com força total. Não percam.

Devidos créditos: Os versos que aparecem no fim não da Vanessa Carlton - A Thousand Miles e o galpão do moinho de água do sítio veio do mionho da oficina do Castelo Rá-Tim-Bum – alguém lembra disso???

See you!



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