Cobaia 0013 escrita por Juuclaudina


Capítulo 16
Capítulo 16 - Mais górgonas


Notas iniciais do capítulo

Oi povo. Como disse na página no Facebook esse capítulo vai ser curto. Sinto muito, mas é necessário.
Boa leitura.



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13-06-5026 Sabado

Ficamos lá por quase 1 horas antes de Luther vir atrás de nós. Quando sai do armário dei de cara com um Luther suado e mais pálido do que o de costume.

–Você está bem?

Ele apenas balançou a cabeça de forma positiva. Eu o abracei.

–Obrigado por não ter dito nada.

–Eu nunca diria.

–Obrigada,Luther. -disse Kalena, ainda com os olhos marejados.

–Não foi nada demais, Kalena.

– Foi sim. -discordei.- E você sabe disso.

Ele passou a mão pela testa suada.

–Elas saíram à 30 minutos. Só não vim antes por precaução.

–Tudo bem. -Disse simplesmente.

–Cara... Nunca fiquei tanto tempo conversando com alguém enquanto encarava o chão. - disse e depois riu, nervoso.

–É melhor nós irmos.

–Certo.- concordou Kalena.

Saímos do Cosgrove em passos rápidos. Eram quase 20:30 então as ruas já não estavam tão movimentadas. Andávamos em silêncio prestando atenção em cada ruído pelas ruas. Até que ouvi um rastejar familiar.

–Kalena. -cochichei enquanto ainda andávamos rápido em direção a Companhia. - Quando eu falar "agora" você corre.

–Eu não vou deixar você. -ela cochichou em resposta.

–Vai sim. Elas querem você, não eu.

–Eu posso olhar na direção delas, você não.

Elas estavam bem próximas.

–Agora. - disse já com as Colts nas mãos.

–Eu disse NÃO! -Kalena pegou rapidamente a Colt da minha mão esquerda e apontou para trás já apertando o gatilho.

Um grito estridente foi ouvido. Um baque no chão e logo após vários outros gritos em resposta.

–Droga... -ela soltou.

–Corre!

Começamos a correr enquanto eu pegava o celular do bolso.

–Vai mexer nisso agora?

–Calada. -procurava um número. " -Robert?

–Daisuke?

–Górgonas.

–Em Barkesfield?

–Sim, estamos indo em direção a Companhia.

–Vou mandar algumas agentes agora mesmo.

–Valeu."

Enquanto eu falava no celular, Kalena havia dado alguns outros tiros, ia dar mais um, mas haviam acabado as balas.

Ela jogou a Colt para mim enquanto eu jogava a outra, com munição para ela. Estávamos quase chegando a Companhia. Ainda corríamos, Kalena atirava e eu apenas carregava as armas.

De repente fui empurrado com força para esquerda o que fez com que eu caisse por cima de Kalena.

–Não abra os olhos, Daisuke! - alertou Kalena.

Provavelmente uma das górgonas fez um caminho diferente.

–Abra os olhos, "Daisuke"! - sibilou a Górgonas enquanto me arranhava.

–Droga! A outra arma, Daisuke! -Provavelmente já haviam acabado as balas daquela. Tentei entregar para Kalena, mas não sabia onde ela estava. Era frustrante!

Por sorte Kalena conseguiu pega-la.

Um, dois , três tiros. E eu ainda lutava com a górgonas dando socos sem ver realmente o que eu acertava.

Mais um tiro e senti o peso da górgona sobre mim. Joguei o corpo moribundo para o lado, me levantei e voltamos a correr, mesmo sem haver mais górgonas atrás de nós.

Avistamos 5 agentes que vinham em nossa direção.

–Kalena matou algumas górgonas, mas não sabemos se ainda há outras. -Avisei.

– Vamos revistar as ruas. -disse uma das agentes enquanto outra já mandava uma outra equipe de busca e pedia para virem buscar os corpos.

.

.

Entramos na Companhia. Eu estava furioso. Eu não podia defender Kalena daquelas vadias! Eu tentei ajudá-la, mas não consegui.

–Daisuke?

Kalena me chamava, mas eu não estava afim de responder. Chegamos ao corredor dos dormitórios.

–Daisuke?

Eu ainda não respondia e continuava andando.

–Droga! Daisuke! -Kalena havia passado na minha frente e socado a parede, fazendo com que agora eu parasse.
Ficamos nos encarando por um tempo.

Kalena foi se aproximando devagar, quando ficamos bem próximos ela me abraçou e eu retribui. Dando um abraço apertado nela.

–Você está bem? - Ela perguntou mesmo com o som sendo abafado por ela estar com o rosto contra meu tronco.

–Não...

–Por que? -Agora ela olhava para meu rosto enquanto eu olhava para o corredor vazio.

–Tive medo...

–Está tudo bem. Estamos bem, tirando alguns arranhados.

–Tive medo de te perder, Kalena. -Me virei para ela.- Eu... Não pude fazer nada lá.

Ficamos nos encarando por um tempo. Kalena colocou as mãos em minha nuca e se esticou em minha direção.

Ela iniciou o beijo. E eu fiquei tão feliz. Aquele simples gesto me fez sentir melhor. A apertei forte contra meu tronco como se para ter certeza de que ela estava ali, comigo.

Terminamos o beijo, mas continuamos abraçados e nos olhamos por mais um tempo.

–Ainda podemos assistir algum filme. - Kalena disse, tentando deixar aquele clima pesado para trás.

–Se você ainda estiver afim de fazer pipoca.

Ela riu.

–Só pensa em comida...Eu vou fazer pipoca, mas antes vou tomar um banho.

–Ok, eu também vou. Vamos assistir no seu quarto ou no meu?

–No meu!- Ela ia em direção ao quarto dela.- É mais limpo.

–Hey!

.

Kalena já voltava da cozinha com uma travessa cheia de pipoca, mas ainda não havíamos escolhido o filme.

–Por favor Daisuke, "Vestida para casar" é tão legal e fofo. -ela disse enquanto se sentava na cama.

–Romance não... a gente já sabe que os dois vão ficar juntos no final.

–Ah! - Ela me deu um tapinha no braço. - Não é simples assim!

–É claro que é! Deviamos assistir "Guerra Mundial Z", ação!

–Odeio filmes de zumbis.

–Por quê? Tem medo?

–Claro que não! É sempre a mesma coisa. Um grupo sobrevivente, alguém é morto e todos sofrem, fuga, depois alguém é mordido na perna ou braço e tem aquele momento de "tensão " sobre se devem ou não amputar. ..

–Tá, tá. .. entendi. Jokenpo? -sugeri.

–Melhor de três?

–Não. Só uma chance.

–Ok. -ela concordou.

–Jo-ken-po!! -Dissemos em uníssono.

Joguei tesoura.

Kalena, jogou pedra.

–Isso! -Ela disse já pulando da cama e indo de encontro a TV.

–Droga... - Me joguei na cama. -melhor de três?

–Nada disso, Sr. Yamamoto!

.

Estavamos sentados com as costas apoiadas na cabeceira da cama como de costume. O filme era legalzinho... Mas eu preferia o outro.

Numa cena a protagonista mostrava vários vestidos de madrinha de casamento para um repórter (que eu achava que seria o par romântico dela).

–Você guardaria tudo isso? -perguntei.

–Acho que sim.

–Sério?

–Sim... Eu sou do tipo de pessoa que guarda tudo que tem algum significado especial, que represente algo, alguém ou simplesmente um dia especial sabe?

–Sei. ..

Kalena era tão fofa, vidrada no filme como se nunca tivesse assistido, ria das piadas como se nunca tivesse ouvido e suspirava nas cenas românticas.

Finalmente o filme havia acabado, e Kalena suspirou satisfeita.

–Quer assistir o outro filme agora?

–Ai sim!

Ela riu e foi fazer mais pipoca. Eu levantei e fui colocando o filme enquanto isso.

Depois me deitei, mas estava incomodado. Eu estava de calça de moletom,como sempre, mas estava de camiseta e isso estava me incomodando. Tirei minha camiseta e me deitei debaixo das cobertas enquanto esperava Kalena.

Um tempo depois e ela voltou ao quarto, eu me sentei para pegar a pipoca ela se sentou e me encarou por um tempo, enquanto se cobria.

–Tá tudo bem? - Perguntei

–Claro...

–Ok.

Nos sentamos para assistir e ela parecia estar mais distante de mim, mas não comentei nada.

Passei meu braço esquerdo por cima dos seus ombros enquanto estava vidrado em uma cena.

–Que droga...Será que ela tem alergia a camisetas? -Ouvi, baixo.

–Disse alguma coisa?

–N-Não! Tá tudo bem aqui! Eu não disse nada!

–Kalena... - Eu me virei para ela.

–O que foi?

–Você sabia que mente muito mal?

–Eu não minto mal! Quer dizer... Eu não estou mentindo! Droga...

Eu ri.

–Quer que eu coloque a camiseta?

Ela corou, provavelmente ainda acreditava que eu não havia ouvido o que ela tinha dito.

–Não! Ah... Sim. Quer dizer ... -Eu esperei paciente. - Isso é tão constrangedor...-Ela disse tampando o rosto com as mãos.

Eu coloquei a camiseta de novo e me sentei da mesma forma de antes para mostrar que estava tudo bem.

Ela ainda estava meio tensa, mas depois se acalmou e continuamos a assistir ao filme normalmente. Depois de um tempo olhando para Kalena que já havia se apoiado em meu peito.

Ela estava dormindo.

Desliguei a TV e o DVD com o controle e depois tirei Kalena de cima de mim com cuidado. Era melhor eu deixá-la dormindo.

–Daisuke...

Ouvi o sussurro. Enquanto eu saia da cama Kalena havia segurado a barra da minha camiseta me impedindo de continuar o que fazia. Eu a olhei, indicando que a ouvia.

–Fica aqui. - Ela pediu.

E não tinha como negar. Eu, na verdade, já nem queria sair dali mesmo.

Me deitei novamente e Kalena se aconchegou em meu peito de novo. Ela pegou no sono rápido e eu fiquei um tempo admirando seu rosto sereno antes de me entregar ao sono também.

Eu não podia mais fingir. Eu realmente gosto de Kalena.


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Notas finais do capítulo

Desculpas pelo capítulo curto, tipo... curtíssimo.
Mas não achei uma ligação com o próximo que vou escrever, então é melhor assim.
Beijos e até mais.
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