1745 escrita por Miss Potterhead


Capítulo 1
1745


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui, de volta, com uma one-shot.
Faz quase um ano que terminei Revenge e eu sinto muito falta de escrever. Mas com a correria da faculdade e tal, não tenho tido tempo.
Hoje estive lendo umas fics e me deu mesmo muito vontade de escrever, então saiu isto xD
Não sei se está bom, acho que estou um pouco enferrujada kk mas espero que gostem.
Em princípio, é uma one-shot mas... se tiver muitos comentários e voces quiserem, quem sabe? Talvez eu faça mais capítulos. Depende de vocês ;)



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George cavalgava por uma estrada de pedra. Deixava para trás o castelo e toda a beleza enquanto se aproximava cada vez mais da pequena aldeia. Era final da tarde e o sol começava a se pôr ao longe. Por aquela altura, os camponeses acabavam os seus trabalhos e os comerciantes guardavam os seus pertences e iam embora do mercado. Ninguém o ia notar. Nunca notavam. Estavam demasiado ansiosos para voltar para as suas casas.


O jovem príncipe atravessou a aldeia montado no seu cavalo e dirigiu-se para a zona dos campos. Cavalgou durante longos minutos até chegar a um pequeno casebre. Não era exatamente uma casa e sim um lugar onde costumavam guardar palha e alguns utensílios. Mas não era utilizado à vários anos. George o descobrira à cerca de um ano.


Desceu do cavalo e amarrou-o a uma árvore. Pegou na sua sacola e entrou dentro do casebre.


Estava escuro, mesmo com a lareira acesa. Mas George conseguiu ver duas pequenas cobertas no chão e uma cesta de piquenique.


— Você demorou - ouviu uma voz sussurrar no seu ouvido e a pessoa segurou-o por trás.


George virou-se dando de caras com o seu amado. Peter.


— Achou que eu não viria? - perguntou com um sorriso fraco e passou as mãos pelos ombros de Peter, até chegar ao seu pescoço onde fez uma carícia de leve - Eu sempre venho, meu amor.


— Eu nunca duvidaria de você, alteza - disse Peter num tom de brincadeira. Ele sempre gostava de brincar com o facto de George ser príncipe. No início, isso fora um problema para eles. Mas não mais. Eles se amavam. Não importava que tivessem de viver o resto das suas vidas escondidos.


George riu.


— Você tem de ter respeito pelo futuro rei. Faça uma reverência - disse fingindo dar uma ordem.


Peter apenas riu e puxou-o para mais perto de si. Os seus lábios colidiram e começaram um beijo intenso e apaixonado. Um beijo que acabaria com os seus corpos nus se amando no meio da palha e das cobertas.

 


(...)

 


George observava Peter dormir profundamente. Lá fora, já era noite e as estrelas brilhavam no céu. Mas ali, dentro do casebre e apesar da noite fria, George não sentia frio.


O jovem príncipe olhava o seu amado enquanto o desenhava. Peter sempre adormecia depois de fazerem amor. E George não se importava. Sabia que ele estava cansado por ter passado o dia todo no campo e as suas últimas forças tinham sido gastas no ato sexual.


O príncipe adorava observá-lo a dormir e geralmente costumava desenhá-lo, como estava a fazer naquele momento. Primeiro, começava por desenhar o rosto sereno, os cabelos negros desgrenhados e que sempre tapavam os seus lindos olhos azuis quando ele estava a dormir. Depois, desenhava os ombros largos e braços fortes causados pelos trabalhos pesados no campo.


Enquanto desenhava, George não conseguia deixar de se sentir calmo e sereno. Sabia o que estaria à sua espera no castelo. As políticas, as leis, os planos para o seu casamento (com uma princesa que ele mal conhecia), as exigências e tudo aquilo que um futuro rei teria de suportar. Mas quando estava ali com Peter, nada disso importava. Quando estava nos braços do seu amado e o ouvia sussurrar o seu nome, era como se ele não fosse mais um príncipe herdeiro do trono. Ele era só George.


— O que está fazendo? - perguntou Peter abrindo os olhos lentamente e espreguiçou-se.


George tentou esconder o desenho, mas acabou por se atrapalhar e o deixou cair no chão. Peter nunca tinha visto nenhum dos seus desenhos. George não achava que eles estivessem bonitos o suficiente para mostrar a alguém. Mas mesmo assim, era bom olhar para eles quando sentia a falta do seu amado.


Peter se abaixou e segurou na folha e olhou para o desenho.


— É...só um rascunho... eu sei que não está bom - disse o príncipe atrapalhado.


— Está lindo, George - afirmou Peter com um sorriso - Eu não sabia que você desenhava tão bem.


— É so um rascunho. Meus dotes artísticos não são bons o suficiente para conseguir demonstrar completamente a beleza do seu corpo - afirmou George - Mas é bom olhar para eles quando sinto a sua falta.


— Isso significa que você tem mais desenhos? Eu quero ver - pediu o jovem camponês.


George tirou da sua sacola vários desenhos e foi os mostrando a Peter.


— Para além de você ser um príncipe bonito e encantador, ainda tem um talento destes? Estou impressionado. - afirmou Peter - Tem mais alguma coisa que eu não saiba sobre você, alteza?


— Tem muitas coisas que eu quero te contar sobre mim, Peter - afirmou George - Mas a mais importante é que eu te amo.


Por mais que estivessem juntos à mais de ano, nenhum dos dois tinha dito aquelas três palavrinhas que eram tão simples, mas tão importantes. É claro que eles sentiam e demonstravam o seu amor. Mas dizê-lo, em alta voz, é algo muito diferente. E muito mais importante.


— Então me mostre o quanto você me ama, vossa alteza - disse Peter com um sorriso nos lábios. Até os seus olhos pareciam brilhar de felicidade.


Então eles voltaram para onde pertenciam: nos braços um do outro.

 


(...)

 


Gemidos baixos ecoavam pela noite. Era visível o cansaço e o prazer de ambos. Quando chegou ao seu máximo, o príncipe se segurou nos braços do camponês sabendo que ali, naquele momento, eles eram um só.


Peter deitou-se sobre a palha cansado e com o corpo suado. George logo caiu sobre o corpo deste, também ele exausto, mas ao mesmo tempo satisfeito.


O camponês ficou fazendo uma carícia nos cabelos dourados do seu amado, até que o resolveu olhar e dizer o que há muito queria falar.


— Eu também te amo. - afirmou e segurou com a outra mão no rosto dele - E eu quero que você me prometa que, mesmo que você case com essa princesa e mesmo que ela seja a donzela mais elegante de todos os reinos, você nunca deixará de se encontrar aqui comigo, todos os dias, ao final da tarde.


— Peter, você sabe que eu nunca.. - George começou a falar.


— Me prometa! - afirmou Peter num tom sério.


— Eu prometo - declarou o príncipe.


Peter não respondeu, apenas pressionou os seus lábios contra os dele e o beijou intensamente.

 


(...)

 


Já perto da meia-noite, George teve de partir. Peter não o queria deixar ir, especialmente porque sabia que no dia seguinte, George iria casar. Mas o jovem camponês sabia que não tinha outra hipótese. O que ele podia fazer? Era só um pobre camponês que mal tinha dinheiro para comer.


Mas, enquanto via George partir montado no seu cavalo, Peter ainda podia sentir os lábios do príncipe contra os seus no último beijo que partilharam. Ele sabia que aquela não era uma despedida.


George ia voltar para os seus braços. Ele sempre voltava.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ;) Deixe o seu comentário para eu saber se gostou ou não.



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