Os Doze Escolhidos escrita por Ginger Bones


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem da minha fic ♥ É minha 3ª fic e a primeira de ficção cientifica! Comentários são sempre bem vindos. Nunca escrevi nada em terceira pessoa, então criticas construtivas são sempre bem-vindas.



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A mulher saiu da sala de controle em uma correria assustada e surpresa no momento em que ouviu o som do alarme de emergência. O mais alto que ela provavelmente já tinha ouvido em toda a sua vida. Pelo caos no corredor, ela sabia que havia algo muito errado. Sua intuição a dizia para checar a cela do Prisioneiro 0, e essa era uma péssima noticia. Ela sabia que dificilmente se enganava, e temer algo que envolvia o Prisioneiro 0 com toda certeza era algo que ela esperava nunca ter que ver.

Tentando evitar esbarrar nas pessoas que corriam desesperadas pelos corredores de pedra, ela chegou até o elevador central. Com pressa, a mulher apertou no botão vermelho do elevador diversas vezes e só parou quando as portas se abriram a sua frente. Ela não hesitou ao praticamente enterrar sua mão no maior botão em uma das paredes daquela caixa de vidro, se apoiando contra a parede na parte de trás do elevador, se permitindo respirar por um momento enquanto descia vários metros abaixo da terra. Enquanto descia, o som do alarme se tornava cada vez mais alto e a fazia se sentir desesperada também. Tudo que havia visto até agora lhe fazia acreditar que a situação era ainda pior do que tinha imaginado. Se ele tivesse escapado... Não, ela não queria, não conseguia pensar nessa possibilidade.


Quando as portas se abriram no último andar, ela teve dificuldade para enxergar. Uma fumaça espessa e negra cobria todo o andar e os gritos de terror somados ao breu tornavam a visão ainda pior.

Infelizmente, ela sabia exatamente o que isso significava, mas precisava seguir o corredor assim mesmo. Precisava verificar a última cela, onde uma luz vermelha piscava fraca no meio da fumaça. Fumaça, isso não era nada bom.

Com pressa, ela esbarrou em alguém.


— Corra!-o homem gritou quando se afastou dela.- Não temos muito tempo. Precisa fugir. Agora.


Ele não ficou mais nem um segundo parado depois de a alertar, saiu correndo pelo corredor sem se importar de verificar se ela o acompanhava ou não. De qualquer forma, não podia culpá-lo. Essa situação podia transformar o guerreiro mais valente em um simples camponês assustado.


Seguindo em direção a fraca luz vermelha da cela no final do corredor, ela notou que a porta de metal estava aberta. Escancarada. Nada se movia do lado de dentro. Já era tarde demais. De alguma forma, o pior mal que já existiu em todos os mundos havia acabado de fugir da única prisão que poderia mantê-lo sob os olhares das pessoas que poderiam contê-lo. Agora ele estava solto e se não o capturassem o quanto antes, logo iria começar sua onda de caos e destruição. Ela não iria permitir que ele fizesse o que queria. Não permitiria.


Dando meia-volta, ela seguiu o caminho inverso pelo corredor escuro agora completamente vazio. Provavelmente estava sozinha não só no corredor, mas em todo prédio. Bem, dos que sobreviveram é claro. Olhou com o canto do olho para o elevador às suas costas. Não ia dar tempo de sair pela porta convencional.


Em um puxão, arrancou o pingente em formato de olho do colar em seu pescoço. Murmurando o antigo juramento, atirou-o no chão juntando toda a sua força.

Imediatamente, o olho se partiu em diversos pedaços e liberou as luzes em tons de azul e roxo que logo formaram um portal. Conforme o Protocolo de Evacuação, ela imaginou o campo aberto em frente a construção e deu um passo para dentro do portal. O mundo ao seu redor explodiu em mil cores e apenas alguns segundos depois, ela estava há alguns poucos quilômetros do prédio em chamas.

Os sobreviventes estavam todos com os olhos presos na construção que começava a ruir. Ela também não conseguia desviar o olhar, por mais que se sentisse impotente. Conforme as pedras desmoronavam e tudo dentro delas ardia em fogo, podiam ouvir o som de gritos misturados à risada de prazer do demônio que se soltara depois de tanto tempo preso.


Tudo por que eles haviam lutado para ter, totalmente destruído. O fogo parecia inclusive anti-natural em meio àquela mata exuberante e o dia iluminado e maravilhoso lá fora. A situação era a pior possível.


O Tenente apoiou sua mão sobre o ombro dela, lançando um olhar preocupado e tentando conforta-la. O problema é que nada podia confortá-la agora.
Ela sabia que devia fazer a contagem, mas não conseguia pensar nas baixas naquela hora. Ela enxugou uma única lágrima que descia de um de seus olhos da cor turquesa o mais rápido que pôde.


Virando-se para as pessoas ao seu redor, notou o olhar confuso do seu primeiro-tenente. Ela o chamou e ele a olhou, esperando instruções.


Ela não tinha escolha, precisava seguir o que lhe foi dito para fazer para o caso de algo assim acontecer. Todos eles conheciam a norma. O Programa MAMA devia começar.


— Convoque-os.-ela ordenou tentando conter o tremor em sua voz.- Convoque os Escolhidos. Agora.


E durante os dois dias seguintes, foi o que fizeram.


O tempo não funcionava da mesma maneira no lugar que precisavam ir. Encontrá-los foi a parte fácil, fazê-los chegar até eles no momento certo é que seria complicado.


Os amuletos de convocação foram enviados aos 12 guerreiros de maneira sutil e que permitisse que eles os encontrassem na mesma hora.


O perspicaz encontrou seu amuleto na caixa de correspondência.
O cientista encontrou o seu no armário de seu trabalho.
O músico demorou para tirar o amuleto da bagunça de seu quarto.
A artista deixou seu amuleto cair na caixa de tintas.
A imperatriz achou seu amuleto na caixa de jóias.
A trapaceira o encontrou entre seus livros de ficção cientifica e fantasia.
O soldado pisou sobre o amuleto quando procurava um sapato limpo de areia.
A destemida achou o seu sobre a mesa quando foi preparar o jantar.
O líder sentiu o amuleto quando colocou as mãos no casaco novo.
A guerreira o encontrou apoiado no tampo do seu piano.
O protetor recebeu seu amuleto das mãos do garoto que havia acabado de salvar de alguns garotos violentos de sua escola.
E o gênio retirou seu amuleto do seu estojo de canetas esferográficas.

Conforme tinham se certificado os mensageiros, no momento em que os 12 tocavam em seus amuletos, ativavam seu poder e liberavam os portais que os levariam até a mulher que já os aguardava no Templo de Mama.


A batalha dos 12 Escolhidos iria começar.


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Notas finais do capítulo

E então, mereço comentários?



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