God of War: A Última Esperança. escrita por Pizzle


Capítulo 2
Piedade Pai, eles não sabem o quanto podem machucar a si mesmos.


Notas iniciais do capítulo

Para capítulos seguidos de AUE eu voto SIM!. Boa leitura ♥
E lá vamos nós.



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De frente para os destroços de um antigo Olimpo, estava Phêmeder admirada com a violência. Estava trajada com suas roupas habituais de combate; um corset que realçava seus seios perfeitamente modelados, uma saia que batia na metade de sua coxa, um escudo com a cabeça da criatura mística Medusa e com duas espadas nas mãos.

A cada passo que dava, ela via mais sangue de inocentes jorrados no chão de Gaia, as árvores tentavam impedir os mortais de entrar no grande salão, enquanto a mãe natureza guiava aqueles com o propósito para o outro lado. Assim que viu a deusa ali, esperando pela sua atenção, logo resolveu saudá-la com um de seus melhores sorrisos:

—Phêmeder, à quanto tempo não nos vemos?

—Você precisa me levar até o outro lado.- Phêmeder pediu.

—O que pretende fazer?—mãe natureza já temia o pior da criatura ali.— Não quer trazer Kratos de volta, não é? Isso é loucura!

—Vai fazer o que eu pedi?- ela ergueu a sobrancelha.

—Sua mãe sabe o que pretende fazer?

—Ela não vai saber, não é?—Phêmeder limpou o sangue de sua espada ameaçadoramente.

—Não tenho medo de você.—a mais velha se abaixou para ficar do devido tamanho de Phêmeder.

—Não é para ter medo, é para ter respeito. Ou você acha que pode contrariar à mim? A Deusa da Bajulação? Está muito enganada, querida.

—Se continuar seu fim será como o dele, à sete palmos na cidade de Atenas.

—Como o do resto das pessoas que foram tiradas as vidas?

—Você não pode, Phêmeder.

—Quem é você para mandar em mim?

—Saia Phemeder, ou você sofrerá as consequências.

—Então, vamos lá.—Phêmeder puxou as lâminas que estavam presas no escudo.

—Você desrespeitou os deuses pela última vez, Phêmeder!- ela gritou, saíram do chão três minotauros que logo vieram para cima de Phêmeder.

O primeiro levou uma espadada no meio do rosto, qual foi arrancado minutos depois. O segundo foi carregado para cima do terceiro pelo chifre, os dois caíram do penhasco:

—Não pode ser.- a mãe natureza olhou horrorizada para a deusa.- Como... você?

A última coisa que Phêmeder vira, foi o raio atingindo a mãe natureza e deixando-a caída no chão, ao mesmo tempo que a deusa era arrastada para longe por um ser encapuzado:

—Quem é você?—Phêm questionou, após cuspir todo o sangue que precisava. O ser continuou quieto, olhando-a como se fosse uma criatura horrenda.

As manchas vermelhas brilhavam de longe, as armas que usava antigamente continuava pregadas em seu pulso por correntes, as sandálias resistentes nos pés, o olhar morto que continuava determinado, e a grande marca nos olhos continuava reconhecidos pela deusa. Ela olhou incrédula para o homem, que continuava a encarar descaradamente:

—Phêmeder.—ele saudou-a.

—Kratos?—ela se levantou.—Você foi dado como morto.

—Nunca se pode acreditar no que esses deuses mentirosos dizem.—ele passou por ela, pegando uma vasília e um pano branco.—Você precisa de um curativo.—ele apontou para a grande ferida que um dos minotauros havia causado com a espada da morte.

—Eu não entendo.—ela agradeceu pelo curativo após de terminado.- Por que Atena mentiria sobre sua morte? Ela sabia que isso causaria discórdia no Olimpo.

—Eles não estão dando a mínima para o Olimpo, essa é a verdade.—Kratos se levantou, levando o pano até o tanque da pequena casa.- Eu venci Ares perto dessa vila, achei que logo me achariam, mas nem procuraram.

—O Olimpo ficou de luto por você.- Phêmeder se levantou.

—Ficaram de luto por Zeus.—ele corrigiu, fechando o punho.

—Por que, Kratos? Por que almejava tanto a morte de Zeus?—Phêmeder perguntou, olhando-o através do espelho.

—Ele fez coisas que jamais seriam perdoadas, coisas que um deus que se preza não faz.—ele abaixou a cabeça.

—Tudo por vingança? Destruiu o Olimpo inteiro, causou uma das piores guerras entre mortais e deuses por vingança. Sabe quantas vidas você destruiu, por vingança? Esse caos poderia ser evitado.—ela se exaltou, enquanto olhava a destruição da vila pela janela.—Valeu a pena?

—Valeu a morte da minha família.—ele desligou a torneira e se virou para ela.—Você teve uma família?

—Afrodite me disse que meu pai fora destruído por um espartano cruel, cego pela vingança, então não, eu não tive família, e estou muito bem assim!— ela se virou para o deus que permanecia parado no batente da porta.—É uma nova luta árdua, Kratos, se perdemos, tudo o que conquistamos vai junto. Todos os fiés, todas as devoções que nos deixam vivos, exatamente tudo. Não é uma luta qualquer, que envolve alguns deuses revoltados e seus peões de jogos, é a luta que decide quem vai ficar com o trono.

—Você está disposta à tudo?—ela assentiu.—Então eu também estou.—ele abriu a porta e saiu pela mesma, esperando Phêmeder do lado de fora.

Eles já estavam no topo da grande vila quando chegaram na porta do altar de Atena. Rondando o lugar, eles viram um coveiro velho, que as tripas saltavam, trabalhando incansavelmente. Eles se aproximaram do túmulo que havia escrito o nome de cada um:

—Vocês não podem fugir.—o coveiro avisou.—A fúria do Olimpos caíra sobre todos os combatentes pelo trono.

—Senhor?—Phêmeder se aproximou, guardando as lâminas.—Está tudo bem?

—Morrer, Phêmeder.—ele se virou bruscamente para a deusa.—Todos irão morrer, e o universo se tornará vazio novamente. Precisamos de um deus no comando, Phêmeder.—o olhar maníaco de um homem que trabalhara por décadas no túmulo caiu sobre a deusa, ela não se espantou, apenas fortaleceu o olhar.

—Me diga, senhor, o que você viu de tão aterrorizante?—ela aproximou os dedos da testa do homem.

As lembranças não eram nítidas, porém ela podia ver sangue por toda parte, restos mortais de um menino de aparentemente quatro anos e o homem chorando. Logo após veio a lembrança do coveiro enterrando o próprio filho. A única coisa nítida o suficiente para a deusa era a dor que o homem sentia, pelo o que vira ele tinha matado o filho como um sacrifício:

—Phêmeder?—Kratos chamou, ele percebera o quanto os olhos antigamente negros estavam cinzas.

—Essa dor, nunca será perdoada.—ela olhou-o com desprezo.—Você sabia que de nada adiantaria, que Ares o pouparia, porém você nunca morreria.

—Saía daqui!—o homem gritou, virando-se.

—Me diga, senhor, valeu a pena todo esse sacrifício depois de tanto tempo?—ela tocou-lhe no ombro.

—Mate-me! Faça o que quiser, eu nunca irei me arrepender.—o olhar que antes era maníaco, virou assustado assim que viu a lâmina atravessá-lo sem piedade.

—Espero que as almas infernais tenham piedade.—ela sussurrou e soltou o corpo do homem no túmulo.—Vamos, precisamos falar com Atena.- Kratos tomou a frente, seguindo até o templo.

Assim que entraram, Phêmeder se sentiu em casa novamente, a paz que pairava naquele lugar era uma das melhores coisas, as estátuas mesmo não fiéis às deusas ainda eram significado de devoção do povo. Por um segundo os dois se entreolharam, aquele não era o verdadeiro templo. Uma das cordas que seguravam Afrodite soltou, deixando-a cair e fazendo um barulho imenso, Kratos e Phêmeder ficaram em posição de combate imediatamente:

—Phêmeder...—disse a voz que desprezava a deusa.—A Deusa da Bajulação. Lisonjeante te ver por aqui.

—Medusa...—ela devolveu no mesmo tom.—Achei que estava morta.

—Eu nunca morrerei, Phêmeder.

—Não tenha tanta certeza.—ela empunhou a lâmina em uma mão e na outra pegou o escudo.

Medusa sorriu jogando Kratos para escanteio e atacando Phêmeder com o feitiço de empedramento, a mesma desviou e segurou o escudo na altura do rosto. Kratos se levantou, atacando a pata esquerda da Medusa, fazendo-a urrar de dor caindo no chão. Phêmeder aproveitou a deixa e partiu para cima de Medusa, arrancando a mesma pata que Kratos atingira. A Medusa praguejou os dois em gritos, enquanto jogava o feitiço em Kratos, que rolava para que não o atingisse, Phêmeder agiu rápido quando viu o rabo da criatura "dando sopa", arrancou-lhe sem dó, fazendo a criatura mística se apoiar na pata direita, olhando-a com um olhar mortal, Phêmeder devolveu o olhar da forma mais ameaçadora possível. Em um golpe final, Kratos ergueu a espada e cortara a cabeça da criatura:

—Olha isso.—Kratos se aproximou do altar, vendo uma carta no chão.

—Nem tudo o que morre, está realmente morto.—Phêmeder leu. Eles se entreolharam.— Eu acho que teremos um problema.

Eles se colocaram em posição de combate assim que ouviram os barulhos das lanças batendo contra o chão. Kratos contou cinco espartanos que prometiam proteger a palavra. Ele olhou para a bajuladora e os dois se entenderam. Kratos ergueu a cabeça da criatura recém-morta e o feitiço paralisou os combatentes, enquanto Phêmeder fincava a faca nas criaturas -agora- petrificadas:

—Isso é mais útil do que comentam.—Phêmeder disse, se virando para a grande porta atrás da estatueta de Medusa.


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Notas finais do capítulo

A mão da referência chega a tremer. Então, esse foi o capítulo e eu espero que tenham gostado, porque eu realmente amei ele ♥. Um beijo no queixo, falou :3



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