Blood Calls Blood escrita por A OLD ME


Capítulo 3
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oie gente voltei!



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— Como você pode ser minha irmã? – Pergunta ele.

— É uma longa história, você pode me acompanhar? – Pergunto levantando e indo em direção a porta.

Harry continua sentado por mais alguns minutos, mas logo cede e corre atrás de mim. Caminhamos ao longo do corredor, ambos em silencio até chegarmos ao final próximos a porta de entrada do castelo onde não há ninguém.

— Onde estamos indo?

— Aqui, para conversarmos em paz.

— Como você é minha irmã?

— Eu sou a filha mais velha de Lilian e Thiago Potter. Quando Voldemort os matou você tinha apenas 1 ano, eu tinha quatro. Lembro-me do dia com clareza, lembro que eu o segurava com tanta força contra meu peito que quando nos encontraram levaram horas para conseguir me afastar de você e quando o fizeram eu entrei em pânico. Não falava com ninguém, chorava e gritava sem parar. Fui levada para um hospital enquanto você foi levado para os Dusley e quando finalmente parei, dias depois, acharam que não seria seguro que eu crescesse entre os trouxas, pois eu já sabia sobre a magia e já começará a pratica-la.

— Onde você foi criada então?

— Vivi com alguns amigos da família e com a professora Minerva até completar 10 anos, quando fui enviada a Beauxbatons, uma academia feminina de magia na França.

— Porque nunca me procurou? - Ele pergunta magoado.

— Eu procurei Harry, tudo que eu queria era ficar ao seu lado, mas a única vez que o fiz tive que apagar sua memória, modifica-la, não era seguro para você, eu prometi a Dumbledore que lhe daria uma chance de ser uma criança normal, sem todo o peso do seu nome durante seu desenvolvimento.

— Você falou comigo, me viu?

— Sim Harry...

— Quantos anos eu tinha? E porque teve que apagar minha memória? Não queria morar comigo?

— Por favor, jamais pense que eu o abandonei ou que não o amo porque você é tudo que eu tenho e peço desculpa por não ter ido contra a vontade de todos os demais e o trazido de volta para mim, jamais me perdoarei por tê-lo deixado 10 anos com aquela família, mas quando comecei a entender tudo que estava acontecendo, embora isso contrariasse o pedido final de nossa mãe eu achei que seria melhor... eu... – eu baixo a cabeça não sabendo mais o que falar.

— Eu acredito em você...

— O que?

— Eu sinto que está falando a verdade. – Ele diz segurando minha mão.

Não me contenho e o abraço. Pela surpresa ele demora a retribuir, mas retribui e eu não posso evitar chorar por finalmente estar abraçando meu irmão sem que precise apagar sua memória em alguns minutos. Ele pode lembrar de mim agora, ele sabe quem eu sou e pode continuar assim. Mamãe estava certa, sangue chama sangue, não importa quanto tempo estejamos separados.

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Harry e eu decidimos voltar para o banquete, afinal era seu primeiro ano em Hogowarts e ele tinha muito para conhecer, e continuar conversando depois. Quando o jantar terminou Percy levou os primeiranistas para a torre da Grifinória e eu decidi ficar mais um pouco para que Harry tivesse tempo de se instalar.

Continuei sentada alguns minutos na companhia de Fred e Jorge Wesley que logo partiram também. Quando estava me levantando um garoto, rindo e falando alto, esbarrou em mim e por pouco não me derrubou.

— Me desculpa, eles me empurraram. – diz o garoto culpando os amigos – Você está bem? – Pergunta estendendo a mão para me ajudar, já que eu estava novamente sentada.

Pego sua mão e levanto estranhando como acho aquele garoto familiar.

— Tudo bem, eu não olhei antes de levantar.

— Oh, você é Liene Potter! – Exclama um de seus amigos.

— Ei cara, isso não é educado! – Fala o menino que estava me ajudando a ficar de pé – Desculpa por eles, mas todos nós crescemos conhecendo o nome Potter e muito não sabiam sobre você...

— Eu entendo, meu irmão é uma lenda. Meu sobrenome vem com um bônus.

— Eu não me apresentei... Sou Cedrico Diggory, Lufa-Lufa.

— É um prazer Cedrico. – Digo percebendo que ainda segurava sua mão – Eu... nós já não nos conhecemos?

— Na verdade esbarramos na Floreios e Borrões a dois meses atrás, eu estava de saída e você entrando na loja. – ele sorri.

Me solto de seu aperto de mão e retribuo o sorriso concordando e me despedindo, mas quando estou quase fora do salão ele me chama e grita.

— Hey Potter... Seja bem vinda a Hagowarts!

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Harry e eu entramos a madrugada conversando. Contei a ele sobre tudo que sabia e me lembrava de nosso passado, mostrei algumas fotos de família que Hagrid e Minerva haviam retirado de nossa casa antes dos trouxas inspecionarem e contei sobre mim, o básico da minha história de vida, sobre meu padrinho e como Minerva me criará.

Quando o relógio marcou quase três da manhã sugeri que fossemos dormir, afinal nossas aulas começariam logo cedo. Minhas colegas de dormitório já estavam dormindo então não pude saber quem eram.

Demorei para acordar na primeira manhã de aula, mas assim que percebi que as demais meninas estavam se movimentando eu as segui, pegando algumas coisas e me preparando para o primeiro dia de aula.

— Ei, você não veio para o quarto ontem... – disse uma menina de óculos e cabelos loiros e lisos.

— Fiquei no salão comunal conversando com meu irmão e quando cheguei todas já estavam dormindo. – explico – Qual seu nome?

— Eu sou Glenda. Prazer.

— E vocês duas?

— Eu sou Ivone e essa é minha prima Selene... – Falou a garota magra de olhos negros apontando para a prima que era o seu oposto – Estávamos comentando ontem, quando Percy avisou que ficaria conosco, de como tivemos sorte dos dois Potters terem vindo para Grifinória.

— Verdade, as outras casas devem ter ficado desapontadas e com inveja de vocês dois terem vindo para cá. – concorda Selene.

— Mas não podia ser diferente, afinal sua família vem sendo de Grifinória por séculos não é mesmo?

— A maioria dos Potters pertenceu a Grifinória sim, mas nossa família também costumava ir para Lufa-Lufa. Minha bisavó foi daquela casa.

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Minha primeira aula era de feitiços e nossa turma estava dividindo a aula com os quartanistas de Lufa-Lufa. O professor ficou impressionado com meus talentos avançados que, por sorte, logo foram ofuscados por Cedrico Diggory que executou o feitiço pedido com perfeição. Tão rápido quando eu. Nossa próxima aula continuava com os alunos de Lufa-Lufa, porém agora ficava nas masmorras onde o professor Snape ensinava Poções.

Podia parecer inútil, mas Poções sempre foi minha aula preferida. Em Beauxbatons, sempre fui a melhor da classe e sempre a mais avançada. O professor Snape porém parecia bem diferente de minha antiga professora que era doce e tranquila, ele por sua vez era obscuro e fechado. Sentei-me bem a frente, diferente de minhas colegas de quarto que pareciam não gostar nada de Snape e preferiram ficar no fundo. Na mesa atrás d mim não havia ninguém, assim como as duas fileiras que ficavam ao meu lado. A sala estava ficando cheia até que alguém sentou-se do meu lado.

— Meus amigos estão apostando o que a fez sentar aqui. Bom dia... – Disse Cedrico se inclinando para mim – Então, qual o motivo?

— Poções é minha matéria favorita.

— Nenhum deles ganhou então... Mas me deixe perguntar, você não ouviu comentários a respeito dele? As vezes Snape é meio, assustador. – ele sussurra com medo que o professor chegue e escute.

— Prefiro tirar minhas próprias conclusões. As pessoas que sabem da minha existência, costumam me ter como a Potter que viu a família ser assassinada e ficou louca e eu nunca gostei disso, seria errado eu fazer isso com outra pessoa.

— Bem colocado.

Baixo a cabeça, permanecendo calada.

— Sinto muito, não queria deixá-la triste ou irritada.

— Não o fez, não se preocupe...

E antes que eu possa agradecer por ele ter sentado comigo o professor chega. Manda que abramos o livro na página 17 e comecemos a preparar a poção que é instruída ali. Eu já havia preparado a Wiggenweld varias vezes, pois eu costumava passar muito tempo com Madame Ruth no hospital de Beauxbatons.

— Essa parece ser bem fácil... você já leu sobre ela? – Perguntou Cedrico.

— Sim, já preparei também. Eu vou buscar as cascas de Wiggentree e a Moly e vc pega o muco de verme gosmento e o Ditamno.

Pegamos tudo e voltamos a nossa mesa.

— Cortamos a Moly? – Diz ele já pegando a faca.

— NÃO – eu o paro... - Esmage, é melhor assim.

Ele ri do meu desespero e põe as mãos para o céu em forma de rendição e começa a esmagar a Moly enquanto eu fatio o Ditamno e as cascas. Em menos de meia hora nossa poção está pronta, enquanto a maioria dos alunos está terminando de preparar os ingrediente para colocar no caldeirão.

— O que você acha? – ele pergunta.

— Está pronta... podemos mostrar pro professor.

— Tem certeza. – Pergunta em duvida.

— Sim, pode tomar se quiser, é segura e está perfeita. – digo sorrindo estendendo uma colher a ele.

— Não obrigada, estou me sentindo perfeitamente bem.

— Me sinto totalmente desapontada Cedrico, por ver que não confia em minha habilidades. – digo fingindo tristeza enquanto me levanto para ir chamar o professor – Com licença professor – falo interrompendo-o enquanto ele lia algum livro – Nós já terminamos... o Senhor pode verificar nossa poção?

— Rápido assim? – pergunta duvidoso – Vamos ver... – Desafia.

O professor Snape analisou a poção minuciosamente e contra gosto entrou os lábios em aprovação.

— Está realmente no ponto exato. – falou e virou as costas.

Cedrico sorriu e comemorou aos sussurros. Passamos o resto da aula conversando baixinho recebendo olhares desaprovadores do professor Snape até que a sineta tocou. Era finalmente hora do almoço, Cedrico ia me acompanhar, porem alguns garotos da Lufa-Lufa o pegaram pelo braço e arrastaram ele para o salão principal, enquanto Selene, Ivone e Glenda se juntaram a mim.

O resto do dia foi tranquilo, tive aula de Advinhação e Runas antigas e quando a noite chegou me reuni a Harry no jantar e no salão comunal passamos mais uma noite conversando.


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Notas finais do capítulo

Então o que acham?



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