Completa-me escrita por BlackLady2


Capítulo 21
Capítulo XXI


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu li muitas opiniões sobre o capítulo passado e até mesmo de algumas amigas que leem sem conta o Nyah e a maioria delas me pediu mais detalhes nas cenas hot, mas a fanfic é para maiores de 16, então eu não posso ser tão especifica.
Perdoem me por isso.
Vamos lá!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/693075/chapter/21

Por Kenji Kishimoto

— Temos informações sobre pessoas... diferentes no Setor 78. Há indícios de que estivessem sendo caçados por antigos soldados do Restabelecimento - disse Castle.

— Pessoas diferentes... como nós? - perguntei.

— Sim. Enviei um informante para me deixar atualizado, mas acho que teremos que ir lá. Se os boatos forem verdade, temos que checar.

Cocei minha testa, já sentindo uma pontada dolorosa na cabeça.

Estávamos sentados em uma mesa na sala de jantar do Setor 45, ele estava me passando minha nova missão: achar supostos mutantes que jaziam no Setor 78.

— Sabe que tipo de poderes eles tem?

— Não, eles são cuidadosos. Quase nunca se mostram em público. Mas recebi informações de que eles têm uma líder.

— Uma líder? Então, para eu achá-los, tenho que encontrar ela. Fácil.

— É ai que se engana. Ela quase nunca é vista e defende os seus com unhas e dentes. Se ela desconfia de algo, não espera para ouvir explicações: se livra logo de qualquer ameaça.

— Então eu vou ter que contar com a sorte de achar uma mulher, líder de um grupo de mutantes, que raramente é vista e, se eu achá-la, tentar convencê-la de que eu não sou um perigo antes que ela me mate sem piedade? - fitei Castle, que estava sem emoções visíveis.

— Sim, é exatamente isso.

— Que maravilha.

— O que é uma maravilha? - perguntou Adam, puxando uma cadeira para Alia, que exibia sua barriga redonda e enorme. Sentou-se ao lado dela.

— O fato de que eu vou atrás de quem quer me matar. E não é para me defender...

— Vocês poderiam ir juntos - sugeriu Castle, levantando uma xícara de café fumegante - Seu bloqueio pode ser útil, Adam.

— Não sei se quero sair do lado de Alia agora. Não seria melhor esperar até o bebê nascer?

— Então, vá logo arrumar suas coisas - falou Alia - porque, do tamanho que estou, ele não vai demorar muito.

Rimos enquanto ela acariciava a própria barriga. Eles pareciam estar muito felizes com a chegada do primeiro filho, que ainda não tinha nome, já que eles não quiseram saber o sexo do bebê.

— Já sabe quando ele pode nascer?

— Eu estou quase com nove meses, então acho que falta menos de duas semanas - ela respirou fundo - Estou bem nervosa.

— Não fique - pediu Adam, beijando-lhe levemente nos lábios - Vai dar tudo certo.

— Certo - falou Castle - Então, se ele ou ela não nascer em duas semanas...

— Vamos esperar mais, porque eu não vou deixar a Alia grávida.

— Entendo.

— Mas, mudando de assunto, como está Juliette?

— Está bem. O tiro não atingiu nenhum órgão e ela já estava curada no fim da noite. Warner está lá com ela.

— Aposto que está - comentei - Bem, vou ver se eles precisam de alguma coisa. Quero saber se Juliette está bem.

Levantei e atravessei a sala em silêncio, deixando Alia contando mais detalhes sobre a criança. Eu estava exausto. Não consegui descansar sem saber o estado de Juliette. Caminhei em direção a ala hospitalar, que estava vazia, já que não tínhamos nenhuma guerra ocorrendo. Este lugar costumava ficar bem lotado quando alguns setores tentavam contra nós. Não perdemos uma batalha.

Vi um pequeno balançar dourado e quase bati de contra com Kat, que surgira de um corredor aleatório.

— Nossa - exclamei, dando um passo para trás - Desculpa.
Ela me olhou assustada, como se estivesse em dúvida de deveria correr de volta ou continuar andando para seu destino.

— Veio ver Juliette, não foi? Acho que ela está um pouco cansada, mas se você quiser... - respirei fundo - Cara, você não está nem entendendo o que eu estou falando. Bem, Ian fala espanhol e se eu conseguir... Bem, lá vai - me inclinei sobre ela, deixando nossos rostos próximos - Você quieres ver la Juliette?

Ela me olhou como se quisesse rir, mas tapou a boca com a mão pequena. Tentei pensar no que disse de errado, mas, para mim, meu espanhol estava perfeito.

— Eu hablé algo errado? - ela riu algo, uma gargalhada cintilante e contagiante - Puedo... te levar lá, se quieres— eu tentei, mas logo também estava rindo.

— Se fala puedo llevarte allí, e não puedo te levar lá— ela respondeu, mas então percebeu que falou fluente a mesma língua que eu e ficou assustada.

— Você fala minha língua? Mas Juliette disse que você não nos entendia - ela me olhou como se fosse fugir e, de fato, fugiu. Sai correndo atrás dela, mas fiquei invisível para que ela não pensasse que eu a estava perseguindo.

Ela tropeçou nos próprios cadarços e caiu em seus joelhos, que começaram a sangrar assim que ela levantou do chão.

— Kat! - ela já estava disparando quando segurei seu braço - Não precisa ter medo de mim. Não vou te machucar - falei baixo, e ela me fitava como se quisesse ver se era verdade o que eu dizia - O que acha de cuidar desses joelhos? - ela não respondeu - Eu já sei que você me entende, Kat. Não tem porque não me responder.
Ela suspirou - Você não vai contar para a Juliette.

— Porque?

— Simples, porque ela não quer que eu fale com nenhum de vocês.

— Porque?

— Porque ela acha mais seguro não nos misturarmos com ninguém, não deixar rastros quando formos embora.

— Porque?

— Você sabe perguntar outra coisa? Porque ficar ouvindo o seu porque é irritante.

— Desculpa, mas eu estou curioso. Maria também fala nossa língua?

— Não vou responder mais nada.

— Tudo bem, mas vamos cuidar desses ferimentos. Sonya e Sara já voltaram para a ala hospitalar. Vão ajudar você - caminhamos, mas ela parecia não conseguir esticar os joelhos - Quer que eu carregue você?

— Claro que não! Eu me viro - respondeu, com seu tom de soprano alterado, e tentou andar, sem sucesso - Certo, mas não conta isso para ninguém.

— Tem certeza de que só tem sete anos? Porque é impossível uma pessoa tão pequena ter tanto estresse dentro de si.

— Vai me ajudar ou não?

— Eu deveria deixar você ai - reclamei, carregando-a.

Levei-a para a primeira maca que achei e pedi para ela esperar enquanto eu chamava as gêmeas, que me atenderam rapidamente. Assim que viram os joelhos da garota, exclamaram pena e trataram de cuidar dela.

— Vou ver Juliette. Depois venho chamar você.

Ela assentiu, assustando as meninas por ter me entendido. Caminhei novamente pelo corredor, logo achando a porta do quarto que Castle me dissera. Abri sem hesitar.

Me arrependi.

Juliette estava de costas para Warner, que estava só de cueca, ajudando-a a abotoar seu sutiã. Foram dois segundos até eles me notarem e Warner roubar o meu poder para se cobrirem.

— Kenji! - guinchou Juliette - O que está fazendo aqui?

— Cara, como assim? Vocês estão pelados! O que acham que estão fazendo? Isso aqui é um hospital. Um hospital! Não acredito que vi vocês pelados. O que não é de todo ruim, já que você é uma beleza, Juliette, mas eu realmente não queria ter que ver você em tão poucos trajes, Warner...

— Porque você não espera lá fora, Kenji, enquanto nos vestimos? - sugeriu Warner, ainda invisível.

— Claro - falei, caminhando para fora - Ainda bem que deixei aquela menina com as gêmeas.

Minutos depois, Juliette saiu acompanhada de Warner. Ela parecia que explodiria em vermelho a qualquer momento. Já ele.

Bem, ele estava radiante.

— Kat queria ver você.

Juliette assentiu e olhou para Warner, com uma expressão culpada - Onde ela está?

— Na primeira ala deste corredor. Ela é bem... irritada para alguém tão jovem.

— Você falou com ela?

— Sim, e devo dizer que ela tem a aparência de um anjo, mas o humor do próprio Satanás.

— Mas eu achei que ela não falasse nossa língua - comentou Warner, confuso.

— Mas um dos segredos de Juliette.

— Olha, eu tenho meus motivos e não preciso explicar eles para ninguém.

— Não precisa - falei - Ela já me contou.

— Eu vou matar a Kat.

Ela se virou para ir encontrar a menina, mas Warner segurou ela pelo cotovelo e puxou o corpo dela para o dele e implantou um beijo leve e seguro e soltou-a. Ela ficou desnorteada, mas recuperou sua própria consciência e foi para o início do corredor sem dizer uma palavra.

— Sério? - reclamei - Só pode estar escrito na minha testa Segura Vela! Será que vocês podem para com essa demonstração pública de carinho?

Mas ele não parecia me ouvir, ou era o que parecia, já que ele não parava de sorrir para mim.

— O que?

— Foi... foi...

— Eu não quero saber!

Ele estava quase quicando de tanto entusiasmo - Ah, Kenji. Está tudo voltando. É como se ela nunca tivesse ido embora. Mas...

O rosto dele esqueceu a alegria por alguns segundos - O que foi?

— Nós conversamos, Kenji, e, em certa parte, ela começou a dizer que não podia ter acabado com tudo por um erro. Ela ficou tão desesperada. Chorou como eu só tinha visto uma vez: quando contei o que tinha acontecido ao Ponto Ômega. Eu... não sei, Kenji, mas tenho que descobri o que foi que aconteceu. Ela não quis me dizer, mas eu vou descobrir.

Apenas naquele momento, eu quis contar o que eu achava. Quis contar que era impossível a semelhança entre ele e a protegida de Juliette. Que eu via amor demais entre elas duas, carinho de...

Carinho de mãe e filha.

Mas então, Juliette surgiu no fim do corredor, com o braço ao redor dos ombros magros de Kat e me olhou como se soubesse do que estávamos falando. Como se soubesse o que eu estava pensando. E implorou.

Implorou com um olhar, tão profundamente que não consegui fazer com as palavras na minha mente chegassem a minha língua. E desisti.

Aquilo, a verdade, era algo que apenas Juliette tinha o direito de revelar.

— Bem - falei, batendo em seu ombro - então eu sugiro que você comece a agarrar ela com mais frequência.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
Quero que comentem!!
Até o próximo capítulo.
Beijos.
BL.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Completa-me" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.