Completa-me escrita por BlackLady2


Capítulo 2
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Vamos continuar a saga de dor de Warner em busca de seu propositalmente desaparecido amor - que macabro! - e embarcar em busca de Juliette e seus segredos. Obrigada por continuar acompanhando minha história.



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Por Castle

Warner entrou em minha sala de uma forma diferente do que costumava fazer, mas seu rosto dizia que ele sabia que nossa conversa seria sobre Juliette. Geralmente, ele entrava correndo, desesperado para saber os últimos rastros que Juliette havia deixado. Desta vez, ele apenas entrou, sentou-se e me fitou esperando. Fui direto ao ponto.

— Tenho uma pista que talvez indique onde Juliette possa estar.

Ele tentou, juro que tentou, mas seus olhos brilharam com a chance de encontrá-la. Seu rosto, quase sempre escurecido, acendeu com a possibilidade. Porém, ele se refreou. Estranho.

— O que encontrou? - Perguntou Adam, que adentrava a sala. Warner não se virou para olhá-lo.

Procurei uma forma de falar que diminuísse a crueldade da boa nova, mas não havia outra forma de contar - Há indícios que Juliette tenha estado ao norte da cidade, frequentando... um bar.

Warner ignorou a parte do bar - Juliette pode estar aqui? Na cidade?

— Sim, mais precisamente, próximo ao seu antigo apartamento, Adam.

— Certo. Mas, que indícios são esses que te levam a crer que é Juliette lá, ao norte?

Puxei o ar fortemente e senti cheiro de lavanda e poeira - Eu não queria ter que dizer isso, mas... os indícios são mortes inexplicáveis.

— Como assim? - questionou Warner.

— Há um bar, perto do antigo apartamento onde Adam costumava esconder James...

— Eu lembro - Adam, agora sentado ao lado de Warner, fitou o irmão - Era lá que Anderson costumava encher a cara antes de ir para casa.

— Bem, - continuei - certas pessoas entram num dia nesse bar e não saem. No outro dia, o corpo está intacto, sem lesões ou machucados, e geralmente é achado no mesmo lugar: numa lixeira a um quilometro do bar. Alguns familiares dos mortos disseram que eles foram convidados para ir até lá por... por uma moça.

— E por que essa moça seria Juliette, Castle? Matando pessoas inocentes num bar? E depois largando o corpo numa lixeira? Isso é ridículo! - protestou Adam.

— Adam, acalme-se. Não há como contestar as mortes. Eu vi um dos corpos. Não há ferimentos de bala ou de faca ou qualquer pancada que poderia matar. É como se...

— Se tivessem sugado a vida delas - completou Warner, passando a mão no rosto.

— Isso. E tem mais: as pessoas, os familiares, com quem eu falei...

— Você falou? - perguntou-me Warner - A quanto tempo vem tendo essa suspeita, Castle?

— Warner, apenas me...

— A quanto tempo?

Fechei os olhos - Quatro meses.

— Quatro meses? Como pôde ter uma pista e não me falar?

— Era só uma sugestão no início e eu estou lhe falando agora...

— Depois de quatro meses! - Warner se levantou e caminhou pela sala afim de se acalmar. Ele levantou a cabeça e fitou as luzes no teto - Por que acha que pode ser ela desta vez? Além do fato de as pessoas estarem morrendo da forma que Juliette mata?

Estremeci com sua declaração, porém respondi - Ninguém consegue dizer se seus olhos são verdes ou azuis.

Vi Adam abaixar a cabeça, sugar oxigênio até não caber mais nada em seus pulmões e depois soltar. E vi Warner fechar os olhos, ainda com a cabeça erguida, tentando evitar as lágrimas e falhando. Ele se virou de costas antes que caíssem em sua camiseta e as enxugou.

— Bem, eu não vejo mais ninguém que se encaixe nessa descrição. Como as pessoas morrem, os convites para irem a um bar com uma moça bonita...

— Se Juliette me convidasse para ir a um bar, eu iria - brincou Adam.

— Eu também - respondeu Warner.

— ... e os olhos que ninguém consegue dizer a cor - completei

— Bem, essa só pode ser a Juliette - disse Adam - Quando vamos lá nesse bar?

— O quanto antes melhor.

— Não importa se ela esteja matando mesmo essas pessoas, o que eu duvido, nós temos que achá-la. Eu tenho que achá-la - declarou Warner, com a voz baixa.

— Então, preparem suas coisas. Arrumem uma mochila com tudo o que precisarem. Vocês deverão ficar hospedados na vizinhança onde ocorreram as mortes. É mais fácil de descobrir coisas. Talvez possam ficar onde você morava com James, Adam.

— Não dá. Vendi já faz bons anos.

— Mas não se preocupem, conseguirei um lugar para vocês. Kenji também deve ir, seu poder pode ser útil para conseguir informações. E levem armas.

— Para quê? - perguntou Warner - Não é como se eu fosse atirar em Juliette.

— Nunca disse que era para atirar em Juliette, Warner. Mas proteção nunca é demais. Vão. Partirão amanhã de manhã.

Os dois se levantaram para sair ao mesmo tempo e eu notei que, desta vez, Warner não esperneou para irem hoje mesmo. Estranho. Assim que saíram, Kenji apareceu na frente deles. Literalmente. Mas ninguém mais se assustava.

— Arrume uma mochila também, Kenji - disse eu - Irá com eles amanhã.

Kenji não precisava me perguntar para onde ou por que. Eu sabia que ele jamais questionaria uma ordem dada por mim. Ele balançou a cabeça afirmativamente e caminhou para longe com os outros.

— Eu também aceitaria o convite de Juliette para ir a um bar - ouvi-o dizer ao longe.

Sorri.


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Notas finais do capítulo

Ai! Dá vontade de ficar escrevendo o resto da vida.
Não esqueçam de dar sua opinião. Sou sujeita a vontade do leitor... + ou - rs'
Beijos.
BL.



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