Herdeiros: O regresso dos fundadores escrita por Daily Poison


Capítulo 4
Capítulo IV - Diagon Alley (Parte 1)


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, como vão?

Mas um capítulo da fic mais linda do Nyah! Espero muito que vocês gostem, e claro, deixem seus comentários. Não sejam acanhados eu não mordo ;)

Sem mais a dizer, boa leitura.

Um beijo e um queijo da Tia Daily!



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Uma batidinha de varinha aqui, duas ali e mais uma não muito distante das anteriores, tudo em sentido anti-horário, claro, e magicamente os pequenos e vários tijolos da parede do pequeno pátio do Caldeirão Furado iam se juntando e desaparecendo nas extremidades, abrindo assim, passagem para o centro comercial bruxo mais movimentado de toda Grã-Bretanha, O Beco Diagonal.

O clima lá dentro era de completa euforia. Fazia calor, mesmo que uma leve brisa corresse por ali, e o sol brilhava forte. O enorme e largo beco se tornou pequeno para comportar a demanda de alunos e pais que saiam e entravam nas lojas rapidamente, chegava a ser sufocante tentar andar por ali.

—Isso tudo é tão diferente pai, eu adorei!- disse Isabella para seu pai. Os olhos da menina de cabelos ruivos brilhavam a cada novidade que via.

—Não te disse, sabia que ia gostar!- bradou o Sr. Fields com um sorriso orgulhoso de pai coruja.

—Então, o que vocês querem comprar primeiro?- perguntou Mary, agora mais calma com a ideia de perambular por um beco cheio de bruxos desconhecidos.

—AS VARINHAS!- gritaram Bella e Arthur ao mesmo tempo, rindo depois do ato.

—Então tá mocinhos!- continuou a Sra. Fields.

—Pra comprar varinhas, não há lugar melhor que o Olivaras! Vejam, é aquela loja ali!- disse James ao apontar com o dedo indicador para a loja a alguns metros da sua esquerda. –Vão lá e depois que terminarem, nos encontramos na loja da Madame Malkin, vou adiantar umas coisas e mostrar outras interessantes pra sua mãe!- um risinho sapeca e irônico se abriu na face dele. E logo os dois partiram, deixando Bella e Arthur sozinhos.

—Então vamos!- disse Arthur ao empurrar a irmã, que empancava igual a burro velho cada vez que via algo novo passar em sua frente.

E lá estava a loja do velho Olivaras. Uma grande placa de madeira amarelada balançava levemente, com os dizeres entalhados: Olivaras – Artesões de Varinhas de Qualidade desde 382 a.C., em cima da pequena porta de entrada. Dentro da loja, várias crianças compravam e testavam suas varinhas, e ao adentrar finalmente no local, Bella e Arthur sorriram realizados.

Milhares de caixas de varinhas novinhas em folha estavam empoleiradas uma em cima da outra até o teto, formando vários corredores, onde podia se ver o próprio Olivaras correndo de um lado para o outro para atender a todos os jovens bruxos que estavam ali para comprar suas primeiras varinhas.

—Com licença senhor Olivaras, sou Arthur e essa aqui é minha irmã Isabella. Gostaríamos de comprar nossas primeiras... - começou Arthur ao ver o senhor se aproximar do balcão rapidamente.

—Varinhas, mas é claro! Vieram ao lugar certo, vendemos as melhores varinhas do mundo aqui!- interrompeu Olivaras ao se aproximar dos dois, já com duas caixas em mãos, abrindo-as cuidadosamente e dando uma varinha para cada um dos irmãos Fields. –Vamos lá, testem!-

O movimento daquele dia em especial estava grande, e o Garrick não podia perder muito tempo com enrolações, tudo estava sendo feito as pressas para conseguir atender a todos.

Arthur foi o primeiro a tentar. Com a varinha firme em sua mão, ele fez um gesto para uma vela que estava apagada em cima de um pirex velho sob o balcão, e num passe de mágica, a vela se acendeu e uma pequena chama iluminou mais o ambiente.

—Nossa meu jovem, de primeira, tem sorte! Essa varinha é feita de Carvalho com o núcleo de Saliva de Elfo-da-Bavária, é ótima para duelos, tenho certeza que irá gostar. - disse Olivaras ao pegar a varinha de Arthur e embala-la de volta na caixa. A varinha que o escolherá tinha 22 cm, era pouco maleável e tinha uma coloração avermelhada e brilhante, com quatro listras em alto relevo indo de um extremo ao outro em zig-zag.

 -Agora você querida! Tente essa. –

E então Isabella, segurou a varinha com firmeza, na tentativa de imitar o irmão, pois não fazia ideia do que estava fazendo realmente, e fez o mesmo movimento dele, só que em vez da vela acender, a mesma saiu voando loja a cima em alta velocidade e acabou quebrando um vaso que se encontrava em uma das prateleiras.

Olivaras e Arthur olharam assustados com os olhos arregalados para ela.

—Opa! Me desculpe!- disse Bella com um risinho sem graça com certo rubor nas bochechas.

—Não se preocupe querida, isso é normal, apenas não era a sua!- disse o senhor de cabelos grisalhos e bagunçados enquanto tomava delicadamente a varinha das mãos de Isabella para não acontecer mais acidentes. –Você já deve saber a varinha que escolhe o bruxo e não ao contrário!- continuou ele, dessa vez gritando de um dos muitos corredores, para que os irmãos o escutassem, enquanto procurava nas inúmeras prateleiras de caixas da loja mais uma varinha, e quando encontrou uma que achava que combinaria com a jovem, voltou para o balcão.

—Veja essa aqui, é feita de Cedro e Pena de Fênix, uma combinação bem rara e difícil de encontrar! Mas talvez, quem sabe... – e então entregou a varinha a jovem Fields, que no mesmo momento que a segurou, sentiu uma ligação extremamente forte com o objeto, fazendo até os pelos de seus braços arrepiarem.  A varinha era parecida com a de Arthur, só que em vez de quatro linhas essa possuía somente uma em alto relevo, que contornava a varinha enquanto subia até a ponta. Tinha 18 cm, era flexível e possuía uma coloração cinza envelhecido. Ela simplesmente havia adorado.

—É essa!- disse Isabella com um sorriso na face rosada.

—Interessante!- disse Olivaras ao olhar para a menina. A última vez que o mestre em fabricação de varinhas viu uma com cerne de Pena de Fênix se tornar fiel a um dono tão rápido e sem nenhum esforço foi a... Na verdade, aquilo nunca havia acontecido em seu estabelecimento. Esse tipo de varinha é difícil de se domar, no entanto, Isabella havia feito aquilo somente ao toca-la. –Ela vai se tornar uma bruxa extraordinária... - dessa vez ele sussurrou para se mesmo, sem que os irmãos Fields escutassem, enquanto olhava fixamente  pra  varinha nas mãos de Bella atônito.

—O que é interessante senhor?- perguntou Arthur curioso, fazendo o velho Olivaras voltar ao trabalho.

—Nada meu jovem, vamos embalar isso aqui pra vocês... - disse o senhor enquanto guardava a varinha de Isabella na caixa, e a colocava junto a de Arthur em uma sacola de papel simples, que continha o emblema da loja. E depois que os irmãos pagaram, receberam as varinhas e agradeceram, saíram da loja quase pulando de alegria, indo em direção à loja da Madame Malkin, onde combinaram de se encontrar com seus pais.

—Aquilo foi bem esquisito não acha?- perguntou Arthur a sua irmã, enquanto os dos atravessavam o beco a procura da loja da tal Madame.

—Não, ele é até bem simpático!- respondeu Bella, encerrando a conversa sobre a esquisitice de Olivaras ali.

E logo os dois estavam entrando numa loja totalmente roxa. A placa de entrada era roxa, as portas e as janelas, as paredes e a decoração também, chegava a doer na vista de tanta cor roxa num só lugar. Não demorou pra os irmãos verem seus pais. Mary ria de alguma piada que o marido fez, e parecia bem tranquila e alegre com tudo aquilo.

—Ah, vocês estão ai!- disse James ao ver os dois filhos se aproximando.

—Já compramos os seus livros pra adiantar um pouco as coisas!- completou Mary com um sorriso. –Também demos uma passadinha numa loja bem divertida, qual era o nome mesmo amor?- perguntou Mary ao marido.

—Ah, é a Genialidades Wesley! Sua mãe adorou tudo que tinha lá, ela até se divertiu!- disse James ao brincar com a esposa, sendo irônico ao fato dela ter tido que não iria se divertir no Beco.

—Nada disso, calúnia!- brincou Mary, ao revirar os olhos. Mesmo que fosse verdade, nunca admitiria isso assim tão fácil.

—Ah, eu queria dar uma passadinha lá pai, alguns amigos meus disseram que é a loja mais legal de todo o beco. - pediu Arthur entusiasmado.

—Eles têm razão! Podemos dar uma passadinha lá depois daqui!- disse James. –Não vai demorar só a uma pessoa na nossa frente!- respondeu James.

E quase que no mesmo instante uma senhora de vestido roxo e cabelos brancos bem arrumados num coque entrou no salão cheio de pais e crianças e anunciou os próximos a serem atendidos.

—Henrique, William e Isabella Bouborn-Stuart!- disse a Madame Malkin com um sorriso simpático na face enrugada.

—Estamos aqui!- disse Isa ao se levantar de uma das cadeiras de espera e puxar os irmãos mais velhos para tirar de uma vez as medidas dos uniformes. –Estamos aqui!- repetiu ela quando já estava de frente a Madame.

—Ótimo, podem me seguir, por favor!- disse a senhora, enquanto já se virava e seguia em direção a uma sala reservada. A sala era bem ampla, não tanto quando o salão de espera, mas dava para comportar até cinco alunos e seus familiares. A Madame ajeitou os três irmãos, cada um em um pequeno palco em forma de circulo que dava pra frente de um grande espelho, e depois saiu dali.

—Não se esqueça de pedir um uniforme pro quadribol também Henry!- disse William para o irmão gêmeo, que sorriu todo orgulhoso de ter conseguido passar nos testes.

—Já pedi quando chegamos, ela já deve está trazendo!- respondeu Henrique.

—Não acredito que você vai ser goleiro, isso é tão emocionante!- disse Isa aos pulinhos já imaginando o irmão jogando pelo time da Corvinal, e ganhando, claro.

—Está aqui!- disse a Madame Malkin, anunciando sua volta. Nas mãos ela trazia quatro uniformes.  Dois continham o emblema da Corvinal e possuíam detalhes em azul no manto preto, e outro estava completamente em branco, ou no caso, preto. E no topo da pilha estava o uniforme de quadribol de Henrique.

—Vamos começar a prova!- anunciou à senhora. –Dois uniformes da casa Corvinal para os rapazes bonitos... - começou ela ao elogiar os gêmeos, que ficaram vermelhos no mesmo instante. –E uma veste comum para a jovem!- terminou ela.

Logo os irmãos estavam vestidos com os uniformes de Hogwarts. Os gêmeos com os seus da corvinal, que lhe serviram perfeitamente, nem precisando de ajustes, e Isabella, que sorriu ao se ver no reflexo com as vestes ainda sem emblemas ou cores. Aquilo era um sonho se tornando realidade. E enquanto Malkin ajustava as vestes em seu corpo esguio, a menina ficou imaginando como ira ser o primeiro dia de aula, pra que casa seria selecionada, e se conseguiria fazer amigos.

E assim o tempo passou sem que Isabella percebesse.

—Isa, acorda!- disse Henry ao estalar os dedos na frente da irmã caçula para que a mesma acordasse do seu sonho. –Já terminamos, troque de roupa e me encontre lá fora!- ordenou o irmão mais velho.

Henrique e William saíram dali rapidamente para pagar e receber as vestes, pois ainda tinham muitas coisas para comprar. Enquanto isso, Isabella relutava para tirar seu uniforme. Sentia-se tão bem com a aquela roupa que não queria mais tirar, poderia sair desfilando com ela naquele momento mesmo. Infelizmente, isso não era possível.

A menina se trocou emburrada e então foi encontrar os irmãos no salão de espera, que parecia mais cheio de pessoas do que quando havia saído.

—Você está ai mocinha!- disse William com um sorriso simpático, enquanto segurava nas duas mãos, as sacolas com as vestes já prontas e ajustadas.  

—Nós já pagamos, vamos logo que o papai já deve está esperando na Floreios de Borrões!- disse Henry.

—Muito obrigada Madame Malkin!- disse Isabella para a senhora, que sorriu simpática em resposta.

—Não há de quer minha querida!- disse Madame Malkin, já se afastando dos Bouborn-Stuart e voltando ao centro do salão para chamar os próximos da fila.

—Arthur e Isabella Fields!- anunciou a senhora como fez da primeira vez.

Isa desviou rapidamente o olhar para o centro do salão ao ouvir o seu nome, isso sempre acontecia quando estava em locais públicos e na verdade nunca se acostumou, e então viu um menino de cabelos loiros e uma menina de lindos cabelos ruivos se aproximarem da Madame Malkin.

—Olha só Isa, uma xará, e parece que também é o primeiro ano dela. - disse Henry com um sorriso sapeca pra irmã, enquanto pegava uma das sacolas da mão do irmão para ajudar com o peso.

Bella percebeu que estavam falando dela e então olhou na direção dos irmãos Stuart, e prendeu o olhar em Isa. Uma sensação estranhamente familiar passou pelas suas cabeças, algo como dejavu, sentiram que já haviam se conhecido e eram amigas há muitos e muitos anos. As duas sorriram quando perceberam, e logo desviaram o olhar envergonhadas.

—Quem sabe vocês se tornam amigas!- completou William, enquanto já caminhava pra saída da loja.

—É, quem sabe!- disse Isa mais uma vez imaginando como estudar em Hogwarts vai ser bom, e como gostaria de ser amiga daquela garota, cujo só sabia o nome e nada mais, mas já tinha uma boa impressão.

 


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Notas finais do capítulo

Conheça também meu outro trabalho aqui no Nyah: A filha de Além Mar. Baseado na série do gênio C. S. Lewis, As Crônicas de Nárnia.

https://fanfiction.com.br/historia/617657/A_filha_de_Alem_Mar



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