Alice, Ohannah e Stuart chegaram ao hospício onde Bruce estava internado.

Saíram do carro e entraram no estabelecimento. Estavam em uma sala onde os visitantes esperavam para poder ver seus amigos e familiares que estavam internados.

Havia uma moça atrás do balcão. Era ela que estava encarregada da recepção. Os três se aproximaram dela e Ohannah disse:

— Nós estamos aqui para ver o Bruce.

A moça olhou um pouco assustada para Ohannah. Ficou quieta por um tempo e então disse:

— Ele é um paciente arisco! Nós nunca sabemos ao certo onde ele está, até acreditamos que ele conhece algum esconderijo. — Riu de forma sem tímida.

— Nós podemos levar vocês para o quarto dele. Nós sabemos que ele está aqui porque outros pacientes o viram, mas as enfermeiras e psicólogos não conseguem o achar já tem dois dias!

Ohannah já sabia que Bruce era de fato uma pessoa difícil de lidar, então não questionou da recepcionista. Apenas disse:

— Nos leve para o quarto dele então!

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No caminho para o quarto de Bruce, Stuart ficava assustado ao ver todos aqueles pacientes loucos. Alguns estavam dançando em círculos, enquanto outro paciente ficava em cima de uma cadeira cantando alguma música sobre repolhos e reis. Logo mais adiante, tinha um grupo de mulheres peculiares cantando juntas uma estranha canção que parecia falar de flores.

Outros pacientes gritavam coisas indistinguíveis, outros deitavam no chão e ali ficavam quietos, apenas olhando para o teto. Outros tremiam, outros não paravam quietos, falavam sozinhos, resumindo: Era um completo caos.

Alice parecia determinada.

Ohannah estava indiferente, já havia visitado seu primo antes.

Stuart continuara muito assustado com aquele local.

Finalmente chegaram ao quarto de Bruce, e claro, ele não estava lá. A recepcionista, meio sem graça, se retirou do local, enquanto Ohannah e Alice sentaram naquela cama velha que ali se encontrava.

Stuart, ainda amedrontado, foi fechar a porta do quarto para impedir que algum louco entrasse. Quando estava quase a fechando, bruscamente uma pessoa empurrou a porta, fazendo Stuart recuar e a porta se abrir. Na verdade, não era uma pessoa, eram duas.

— Olha só o que temos aqui! — Disse um.

— Visitas para o Bruce? Será? — Disse o outro.

— Como vão? — O primeiro perguntou.

— Novidades? — O segundo também perguntou.

Alice e Stuart estavam confusos com aquelas duas figuras. Logo notaram que o uniforme deles era diferente do uniforme dos outros pacientes. Os deles eram laranja e amarelo, enquanto dos outros pacientes era um uniforme cinza. E pra ficar ainda mais bizarro, os dois eram irmãos, irmãos gêmeos!

— Desculpe, mas estamos esperando o Bruce. Se vocês puderem se retirar, por favor. — Disse Stuart, tremulo.

— Mas que grosseria! — Afirmou um.

— Total falta de educação! —Afirmou o outro.

— Não vai ao menos perguntar — Disse um.

— O nome desses dois irmãos? — Disse o outro.

— Ora, nos desculpe então! — Exclamou Ohannah.

— Poderia nos dizer o nome dos dois irmãos? — Indagou Alice. Enquanto as duas riam daquela situação engraçada.

— Meu nome é Daniel Tweedle!

— E o meu é Diego Tweedle!

— Mas aqui nos chamam de Tweedle Di,

— E Tweedle Dan.

— Ou algo assim! — Os dois falaram juntos, e então sorriram um para o outro.

Ohannah e Alice estavam se divertindo, mas Stuart permanecia sério.

— Vocês sabem onde o Bruce está? — Perguntou o garoto.

— Oh, ninguém nunca sabe,

— ele pode estar em todos os lugares

— ou lugar nenhum!

— Mas se ele estiver interessado em falar com vocês

— em breve aqui ele estará!

Alice começou a ficar inquieta. Balançava suas pernas sem parar, e estralava os dedos de sua mão.

Os irmãos perceberam.

— Você está estressada?

— Se sente preparada?

— Ou só está curiosa?

— Acho que devemos lhe contar a historia das ostras! — Exclamaram juntos.

— Oh no! Ninguém está interessado nessa historia chata sobre as ostras. Tweedle Dee, Tweedle Dum, se retirem, por favor. — Disse uma voz um pouco afeminada e em um tom meio misterioso.

Alice e Stuart olharam assustadas por todo canto do quarto, mas não viram da onde a voz vinha. Então, de repente, ali estava! Bruce! Sentado em um pequeno banquinho com suas pernas cruzadas e um imenso sorriso horripilante em seu rosto.

— Acredito que vocês estavam procurando por mim! — Bruce sorriu histericamente.