— Sentimos muito – Kankuro deu a noticia á família de Sakura, mas eles demonstravam indiferença diante da traição.

— Agradeço por ter vindo nos avisar – O senhor Haruno o salda e se retira convocando  uma reunião com todos do clã no grande salão.

Pain não conseguia acreditar, por dentro estava acabado por sua irmã ter traído a aldeia e pior seu próprio sangue, sabia a pena para traição e sabia que seu pai nunca mais iria perdoa-la.

— Convoquei esta reunião para anunciar que Haruno Sakura está expulsa do Clã – todos encaram a noticia sem saber o motivo – ela cometeu traição, traiu não só a aldeia, mas o seu próprio sangue – o pai de Sakura anunciava sem emoção na voz – por isso quem encontra-la terá que mata-la – Pain sentiu seu peito apertar ao ouvir a sentença que seu pai deu á sua irmã caçula – ela não pisará mais no nosso distrito e quem ajuda-la será acusado de traição também.

Pain olhou de relance para sua mãe, ela parecia estar abatida e sem seu pai perceber ele segurou a mão dela e apertou, estaria ali para o que precisasse sua mãe retribuiu o aperto de mão.

Ele tinha que sair dali estava sufocado, apressou o passo e logo deixou o distrito Haruno. “Como irmã? Por quê?” se perguntava tentando achar uma falha de comportamento em Sakura mas estava tudo normal.

— Só me volte aqui sendo uma Chunin – Pain afagou os cabelos da irmã

— Pode deixar – ela sorriu de leve – como acha que todos vão reagir ao me ver lutar?

— Sendo sincero como já sabe vão nos achar uma ameaça – encarou a rosada – principalmente os Uchiha.

— De fato – segurou a mão do irmão – Nii-san me desculpe por qualquer coisa e me deseje uma boa luta!

— Adeus e eu sei que vai ganhar e quando voltar vai ter que me derrotar! – Sorriu e viu a irmã partir.

As lembranças o incomodavam ele não reparou em nada diferente. “Espera aí” pensou Nii-san me desculpe por qualquer coisa era isso um único sinal, mas ainda era pouco ele podia tê-la impedido dessa ideia louca.

— Pain? – Konan o avista e se aproxima – sinto muito – e o abraçou.

— Obrigada – apertou o abraço – preciso acha-la.

— Vamos encontra-la – deu força ao amigo que era tão querido – vou fazer um chá vamos até minha casa.

O ruivo sorriu fraco e se deixou ser guiado pelas mãos de Konan, ela o fazia sentir alguma coisa enquanto passava a vida tentando esconder seus sentimentos, com ela era diferente e sabia que não se calaria mais diante de seu pai. A traição de Sakura era o começo para ele levar as mudanças ao seu Clã.

Gaara estava em sua casa e não ousou sair do quarto, estava pensando em que momento Sakura demonstrou que seria uma traidora, mas não encontrou nada vasculhando sua memória. Ela não demonstrou, simplesmente o fez e nem se quer pensou nas consequências disso.

— Gaara? – a irmã mais velha do ruivo entrou em seu quarto – vamos comer.

— Não quero – ele continuou a encarar a janela e avistou Pain.

— Por favor – implorou – tem que se recompor como vai atrás dela?

— Temari – se levantou para encarar a irmã que tremeu, também tinha medo do irmão – você se preocupa comigo?

— Gaara – ela se deixou ter compaixão pelo irmão nesse momento – é claro, então me deixa cuidar de você?

O ruivo consegue dar um sorriso fraco, queria mudar ele pensou em como Naruto era e em como tinha amigos que eram uma família e também pensou na rosada, queria as pessoas perto dele principalmente seus irmãos, pois não aguentaria sozinho e não queria viver mais na escuridão. Mudaria sim ele mudaria para encontra-la e entender o que a fez ir embora.

—--x---

A vila estava exposta e fragilizada depois do ataque. Muitos ninjas tiveram que pegar mais missões do que deveriam e os ninjas mais novos tiveram que realizar missões mais complicadas devido ao desfalque. Chegara o dia em que enterrariam o Terceiro Hokage, a tarde parecia mais gelada que o normal todos estavam de luto por essa grande perda e por todos os que perderam a vida nesse dia assim como Uchiha Madara que foi morto pelo próprio sobrinho.

Todos estavam juntos diante da pedra do Terceiro Hokage cada um levava uma flor e no rosto das pessoas estava a tristeza pelas grandes perdas.

Um momento de solenidade foi feito e todos viram a foto de Hiuzen ali.

Quando acabou todos foram para suas casas e os Uchihas sofriam duplamente ou até mais devido à traição de seu filho mais velho.

— Fugaku – dona Mikoto encarou o marido em prantos que tratou de ampará-la – o que vamos fazer? Nosso filho é um traidor.

— Não se preocupe eu prometo que vou encontra-lo – respondeu tentando acalmar a esposa.

— Onde eu errei ao criar esse menino? – se culpava.

— Jamais se culpe – encarou os olhos da esposa – a escolha foi dele.

Dona Mikoto abraçou forte o marido e afundou seu rosto no peito dele, Sasuke ouvia tudo de trás da porta e apertava o punho.

Foi para seu quarto e começou a bater as coisas tentando achar seus devidos lugares. Naruto olhava para o amigo escorado na porta sabia que ele não estava bem.

— As coisas estão em seus devidos lugares – Naruto disse ao moreno.

— O que você sabe disso? É um bagunceiro – Sasuke foi ríspido.

— Sasuke – disse calmo

— O que você quer? – se exaltou – por que não me deixa em paz? – encarou o loiro com os olhos marejados.

— Por que eu sou seu amigo – segurou os braços de Sasuke – e vou estar aqui e ser seu irmão se você deixar – sorriu – vamos atrás do Itachi e vamos traze-lo de volta, eu ficarei mais forte e juro que vou amadurecer pra você não me achar uma criança e ter que levar tudo nos seus ombros.

Sasuke não se conteve e abraçou o amigo em prantos.

— Você sempre foi meu irmão – apertou mais o abraço – e eu vou ficar mais forte também para trazê-lo de volta.

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— Você deve se tornar Hokage – os anciãos de Konoha pedem á Jiraya.

— Peço que me desculpem, agradeço a proposta – o Sannin respeitosamente recusa a oferta – se eu não pude impedir o terceiro Hokage de ser morto, não mereço tal título – os anciãos o encaram – mas me ofereço para encontrar Tsunade minha antiga companheira de time e outra Sannin.

— Aceitaremos sua proposta – eles disseram

— Mas quero levar Naruto comigo – os anciãos relutaram um pouco mais acabaram permitiram.

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— Naruto? – Jiraya encontra o loiro no Ichiraku Ramen.

— Jiraya – os olhos dele se iluminam.

— Eu sei que sofremos grandes perdas com o ataque de Konoha – sentou-se ao lado do aluno – mas eu lhe peço para me acompanhar em uma jornada.

— Jornada? – pergunta eufórico.

— Buscar a nova Hokage – sorri para o loiro.

— Desculpe – ele muda de expressão – tenho que cuidar do Sasuke.

— Ora – encara o loiro – pois então o leve conosco!

— Sério? – pula da cadeira abre um enorme sorriso – quando partiremos?

— Amanhã bem cedo – ele se dirigiu a saída – não se atrase moleque.

— Hai!