SwanQueen- Um amor de desafios. escrita por Alexia Mills


Capítulo 42
Assumindo o comando




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Na praia estavam Emma, David, Leroy e Ruby.

Ruby- Pega Emma.

A loira corre pra pegar, mas um deles entram na areia.

Ruby- Que droga Emma.

Emma- Puta que pariu.

David- Esse é meu.

Enfia a mão num buraco, mas sofre um beliscão e o deixa escapar.

Emma- Vamos gente.

Ruby- Quantos temos no balde?

David- 1,2,3,4...Só tem 1.

Emma- 1? Ela vai te matar.

Leroy- Deixa eu ver.

David e Leroy se atrapalha e deixam o balde cair. O único siri foge.

Emma- Nãaoooo.

Emma finge choro.

Emma- Eu vou ter um bebê com pernas de siri pai.

Ruby- Chora mais alto e assim espanta o resto deles.

David- É a velha historia do javali.

Emma- Eu vou ter que comprar muitos sapatinhos.

Ruby da um peteleco em Emma.

Ruby- Se controla.

Emma respira fundo.

Emma- Tudo bem. Vamos trabalhar nisso.

Leroy- Lá vai um.

A loira mergulha e consegue pegar.

Emma- Eu consegui.

Ruby- Olha outro.

David- Joga.

A loira joga e David pega com o balde.

Ruby pula junto com Emma e segura.

Leroy- Aii.

Um belisca Leroy, mas Emma consegue pega-lo.

Na mansão.

Regina- Me diga que você está passando por um momento de rebeldia e que resolveu queimar um pano de prato na sua mão.

Oliver desce e vê Henry e Regina na sala.

Oliver- Eu perdi o sono por causa de vocês.

Vai pra cozinha.

Henry- Mãe.

Regina- Ah não...Não, não, não e não.

Regina- Henry, desde quando...

Henry- Mãe.

Regina- Desde quando você usa magia Henry?

Henry- Desde a batalha com os macacos.

Regina- O QUÊ? Como? Você tomou alguma poção?

Henry- Não mãe.

Regina- Não mente pra mim Henry.

Oliver chega a sala tomando agua.

Henry- Mas...

Regina- Quer apagar essa porcaria?

Henry tenta apagar, mas não consegue.

A bola fica menor, mas não apaga.

O jovem sacode a mão, mas nada acontece.

Regina- O que foi?

Henry- Eu não consi...

Oliver joga o copo d’água e apaga o fogo das mãos do Henry, além de molha-lo.

Oliver- De nada.

Henry estava pingando.

Oliver volta pra cozinha.

Regina- Me fala a verdade.

Henry- Eu não tomei nada mãe.

Regina- Não pode ser.

Henry- Qual é o problema?

Regina- Qual é o problema? Você enlouqueceu? Magia é um caminho sem volta Henry.

Henry- Eu sei mãe.

Regina- Não. Você não sabe. Por que me escondeu isso?

Henry- Eu estava temendo que a senhora surtasse. Que bom que eu estava errado!

Regina- Sem piadinha Henry. O meu surto é absolutamente normal.

Henry- Mãe...

Regina- Você mais do que ninguém sabe que a magia sempre vem com um preço.

Henry- Eu sei.

Regina- Então por que estava com uma maldita bola de fogo nas mãos?

Henry- Eu estava treinando.

Regina- Isso acaba hoje. Agora.

Henry- Não pode fazer isso mãe.

Regina- Posso sim. Hoje mesmo vou preparar uma poção pra bloquear isso.

Henry- Eu não quero bloquear.

Regina- Eu não vou deixar meu filho brincar com isso.

Henry- Mãe eu sou maior de idade. Você não pode tomar essa decisão sozinha mãe.

Regina- Não me interessa a sua idade Henry. Eu não vou deixar você sucumbir a esse mundo.

Henry- Eu não vou sucumbir mãe.

Regina- Henry, você não tem maturidade pra entender o que a magia acarreta.

Henry- Eu já passei por muita coisa mãe, eu já vi muita coisa e...

Regina- Você não viu nada. EU vi. Eu vivi isso. A magia é encantadora. Ela é inebriante e quase incontrolável. E pra passar pra o lado das trevas, basta apenas uma falha.

Henry se cala.

Regina- O maior exemplo que você pode nos dar é a Snow. A minha querida sogra, tinha o coração mais puro que o de um unicórnio e até ela sucumbiu.

Henry- Não é assim.

Regina- Não é?

Henry- Eu tenho o coração do verdadeiro crédulo. Eu sou o autor.

Regina- Quando você descobriu sobre a maldição, você me dizia que abominava a magia.

Henry- Não. Eu abominava a Evil Queen e o modo como ela me forçava a usar magia negra.

Aquela frase impacta Regina.

Regina- Você abominava?

Henry- Não. Eu disse que abominava a Evil Queen. Mãe eu te peço, reconsidere e...

Regina- Henry, é a minha palavra final. Eu te amo demais e não quero que você se machuque tentando provar que sabe usar magia.

Henry se cala.

Regina-Eu não vou arriscar que você se machuque.

Henry não responde, nitidamente aborrecido, sai pela porta da frente.

A morena se senta no sofá.

Oliver- Pra onde ele foi?

Chega da cozinha, assustando Regina.

Regina- Você parece um fantasma Oliver.

Ele senta-se ao lado da amiga.

Regina- Ele deve ter ido pra casa dos meus sogros.

Oliver- São 5:30 da manhã.

Regina- Vai se acostumando. Não acredito que o Henry tem magia.

Oliver- E eu não acredito que você ainda se espanta com alguma coisa por aqui.

Regina- Eu sempre soube que esse dia chagaria.

Oliver- Que dia exatamente?

Regina- Henry não teve tempo pra ter adolescência. Chegou o momento da rebeldia.

Oliver- Regina, isso não é rebeldia. Rebeldia são jovens se drogando, se embriagando ou sei lá. Henry é o garoto mais responsável que eu conheço.

Regina- Eu tenho medo Oliver. EU já estive do outro lado. Não é fácil sair do lado negro.

Oliver- Henry é um jovem escrito. Segurou a pressão de cuidar de uma grávida temperamental e nunca saiu do seu lado. Dê um pouco de credito a ele.

Regina- Eu dou o credito. Acredite! Mas ele é neto de um demônio. O sangue do Gold passa pelas veias do meu filho. Tenho medo de que agora, com poder, ele se perca.

Oliver- Ele também tem o sangue da Emma correndo nas veias.

Regina se cala.

Oliver- Que tal em vez de proibi-lo, treiná-lo?

Regina- Você enlouqueceu?

Oliver- Ele estava aqui na sala sem conseguir apagar uma bolinha de fogo. E não foi a primeira vez.

Regina- Espera, você sabia?

Oliver- Não é que eu sabia. É que um dia eu desci pra tomar agua e vi ele treinando.

Regina- E por que você não me disse?

Oliver- Eu achei que estava sonhando. Fui até a cozinha, bebi minha agua e voltei pra cama.

Regina acaba rindo.

Oliver- Meu amor, não pode ser preocupar tanto com tudo que acontece ao seu redor dessa maneira. É muita carga emocional pra o bebe e pra você.

Regina- Eu tô exausta.

Oliver- Eu sei que está. Então tente relaxar um pouco.

Regina- Mas como eu posso não me preocupar tanto?

Oliver- Delegue poderes a Emma.

Regina fica calada.

Oliver- Emma é sua companheira, sua noiva e mãe do Henry. Deixe ela ser mãe também.

Regina- Emma é uma criançona também Ollie.

Oliver- Já parou pra pensar que ela se comporta assim, porque não tem necessidade de ser madura?

Regina- Como assim?

Oliver- Você sempre toma as rédeas das coisas Regina. Sempre a frente das decisões e das preocupações. Ela não tem esse papel porque você sempre toma a frente de tudo.

Regina- É. Eu faço isso.

Oliver- Você está grávida meu bem. Precisa passar o chave da cidade da loucura pra sua futura esposa.

Regina ri.

Regina- Obrigada Oliver. Obrigada por estar aqui!

Oliver- De nada.

Regina- Ele está me imitando.

Oliver- O quê?

Regina- Bolas de fogo. Ele aprendeu comigo.

Os dois riem.

Oliver-Por falar em Emma, onde ela está?

Regina- Você não vai acreditar!

Na cozinha da Snow.

Snow- O que está esperando Emma?

A loira olhava pra os siris dentro da panela.

Emma- Eles são tão bonitinhos. Eu estou esperando eles morrerem de causas naturais.

Snow- Para com isso.

Pega a panela e despeja os siris dentro de uma panela com agua fervente.

Emma- Você não tem coração.

As duas riem.

Snow- Agora vamos ao recheio.

Começam a preparar a receita.

Emma- Eu não sei o que eu faria sem você mãe. Muito obrigada!

Snow- Ah, é um prazer.

Henry chega pela porta.

Emma- O que está fazendo aqui garoto?

Henry- Ela descobriu.

Emma- Ah merda.

Snow- O que ela descobriu?

Emma- Bem, o Henry...

Henry- Eu posso usar magia agora.

Snow- Que maravilha.

Henry- É?

Emma- Mãe, olha...

Snow- Estou muito...

Snow olha pra filha, que balançava a cabeça negando.

Snow- Estou muito orgulhosa?

Emma- Não.

Snow- Preocupada?

Emma- Sim.

Henry- Qual é gente? Quando vocês vão confiar em mim?

Emma- Henry, não é que não confiamos em você. É que não confiamos na magia.

Henry fica calado.

Emma- Henry, nós não precisamos disso agora.

Henry- Ela já tomou a decisão.

Emma- Não quer dizer que não possa mudar. Regina está grávida e precisamos ter muita paciência com ela.

Henry- Eu sei. Mas não é justo.

Emma- Vamos dar um tempo até ela se acostumar.

Henry fica calado.

Emma- Por que não sobe e vai descansar? Depois conversamos sobre isso.

Henry apenas sobe as escadas.

Snow- Isso é incrível Emma.

Emma- Eu sei. Mas a Regina tem medo que ele escureça o coração e eu não tiro a razão dela.

Snow- Eu também, mas ele ter magia é uma coisa incrível. Devia estar orgulhosa.

Emma- Eu estou. Mas não posso me dar ao luxo de ficar feliz por ele agora, sabendo que isso vai tirar o sossego da Regina.

Snow- Ela vai acabar se acostumando. Vai ver.

Emma- O que eu quero ver agora é os bichinhos ficarem prontos.

Snow- Então mãos a massa.

Uma hora depois Emma chega na mansão.

Oliver vinha descendo as escadas.

Oliver- Quando a Regina me disse que você havia saído 4 da manhã pra procurar siri, eu quase não acreditei.

Emma- Ah pode ter a certeza que nem eu acreditei.

Os dois riem.

Emma- Pra onde vai tão cedo?

Oliver- Vou correr um pouco. Aqui é quase impossível sossegar.

Emma- Cadê ela?

Oliver- No quarto dormindo.

Emma- E o nível de humor?

Oliver- Surtou a principio por causa do Henry, mas nós conversamos e aos poucos ela foi se acalmando.

Emma- Valeu Oliver. Muito obrigada.

Oliver- Não precisa agradecer.

Emma- Ah, que pena que não precisa agradece! Porque a minha mãe tinha mandado um pedaço de bolo de chocolate pra você e...

Oliver- Sabe, foi muito difícil acalmar a sua noivinha. Ela estava uma fera e eu fiquei horas e horas acalmando ela.

Emma ri e entrega a Oliver o embrulho.

Oliver- Delicia.

A loira sobe e encontra Regina deitada. Se aproxima devagar e observa Regina por um momento.

A morena estava serena. Com uma das mãos repousando sobre a barriga.

Emma- Meu amor?

Regina resmunga algo.

Emma- Eu trouxe os siris minha rainha.

A morena desperta.
Emma- Oi minha rainha.
Regina- Você voltou.
Emma- Olha.
Ergue uma vasilha.
Regina- Ah meu Deus.
Senta-se na cama e pega a vasilha.
Regina- Não acredito que conseguiu.
Emma- Espero que goste.
A prefeita abre a vasilha e inala o cheiro.
Regina- Que cheiro gostoso.
Emma- Espero que esteja gostoso também.
A morena começa a comer.
Emma- E ai?
Regina- Ah meu Deus, isso está uma delicia.
Emma- Yes.
Regina- Está perfeito. Eu não acredito que passei tanto tempo sem experimentar isso! É uma delicia.
Regina se deliciava a cada garfada.
Sabia que havia passado dias sem dormir, estava muito cansada e os dedos doloridos dos beliscões do siris, mas ver Regina ali, sorrindo, se deliciando e matando o desejo, tudo havia valido a pena.
Emma- Que alguma coisa pra acompanhar?
Regina- Eu fiz suco de abacaxi. Pega pra mim, por favor?
Emma- Claro.
A loira desce pega o suco de abacaxi e coloca um pedaço de pudim num pratinho e leva pra cama.
Regina continuava devorando a comida.
Emma senta-se perto e come seu próprio pudim, enquanto observava Regina comendo.
Alguns minutos depois Regina termina.
Emma- Satisfeita?
Regina- Muito. Muito obrigada Emma.
Emma- Foi um prazer meu amor.
Regina- EU queria te pedir desculpas.
Emma- Desculpas por quê?
Regina- Eu me excedi. Eu juro que não queria ser grosseira com você e isso tem acontecido com muita frequência.
Emma- Meu amor não se preocupa com isso.
Regina- Me preocupo sim. Olha, eu nunca estive grávida e isso esta me deixando descontrolada. Meus hormônios estão enlouquecidos e eu não consigo de jeito nenhum controlar. É mais forte que eu.
Emma- Regina, eu sei disso meu amor.
Regina- Eu te amo Emma. Muito mais do que você possa sequer imaginar. Eu estou vivendo um dos momentos mais maravilhosos da minha vida. Estou gerando o nosso bebê dentro de mim e isso é fantástico. Henry trazer você pra cá foi a coisa mais maravilhosa que existe.
Emma sorri.
Regina- Eu sou difícil de lidar. Eu sei disso! Principalmente agora. Eu não quero me tornar uma esposa chata cheia de manias e que está sempre mal humorada. Daquelas que as esposas preferem fica no trabalho pra não ir pra casa e encarar elas.
A loira ri.
Regina- Quero que você fique ansiosa antes do expediente terminar pra correr pra casa. Quero que durante o dia você se lembre de mim e saiba que onde quer que eu esteja eu estarei pensando em você e provavelmente programando uma comida gostosa pra você.
Emma estava emocionada.
Regina- Quero te ver feliz entrando pela porta e abraçar quando chegar em casa. Eu quero ser a melhor esposa Emma.
Emma- Regina, você já é a melhor esposa. Você é tudo isso e muito mais.
Regina- Sou mesmo?
Emma- É claro que é meu amor. Vem cá.
A loira se senta recostada na cama e aconchega a morena em seus braços.
Emma- Regina, vir pra Storybrooke foi a melhor decisão que eu tomei na minha vida. Tentar te conhecer foi um desafio com certeza, mas te ter em meus braços foi a melhor sensação da minha vida. Eu não quero que se preocupe em me pedir desculpas, ok? Eu já estive grávida e sei muito bem o que você sente. Nossa filha está crescendo e se desenvolvendo com saúde e isso é o que importa. Os hormônios vão acabar se acalmando e daqui a pouco teremos a nossa princesa nos braços e a certeza de que tudo valeu a pena. Sei que está com medo e eu também estou. Tenho medo de falhar com você como já aconteceu e eu tenho certeza que ainda teremos problema. Isso é absolutamente natural. Eu sei que vou dormir muitas vezes naquele sofá super confortável da sala.
Regina ri.
Emma- Mas o que importa é que a gente sabe que nós nos amamos e que queremos viver nosso amor com os nossos filhos. Não é?
Regina confirma.
Emma- Acontecerão brigas e desentendimentos, mas sempre voltaremos uma pra outra.
Regina- Isso é uma promessa salvadora?
Emma- Com toda a certeza minha rainha.
As duas se beijam.

Regina- Eu te amo.

Emma- Eu também te amo.

Horas depois. Zelena estava com Robin no colo e Belle ao seu lado numa casa que ficava vizinha a prefeitura.

Zelena- Então? O que acha?

Belle- Acho que você é muito teimosa e que deveria estar na cama, em casa.

Zelena- Eu estou bem. Agora me diz: O que achou da casa?

Belle- Muito bonita.

Zelena- Gostou mesmo?

Belle- Claro. É ampla e bem localizada.

Zelena- Ainda posso xingar a minha irmã sem sair de casa.

Belle sorri.

Zelena- Acha que é suficiente pra uma família?

Belle- Zelena, a casa tem 5 quarto. É mais que suficiente pra três famílias morarem aqui.

Zelena- Não foi isso que eu quis dizer. Acha que ela pode se tornar um lar?

Belle- O que quer dizer?

Zelena- Eu sei que é tudo muito recente, mas acha que futuramente, possamos dividir um lugar?

Belle é pega de surpresa.

Belle- Eu...Eu não...

Zelena- Desculpa, eu não quis ser invasiva.

Belle- Não é isso Zelena. É que...Como você disse é muito recente pra pensarmos no futuro. Entende?

Zelena- É. Claro. Tem razão!

Belle- Eu ainda estou casada com Rumple. Estamos ficando há alguns dias e é tudo muito novo e complicado.

Zelena- Eu entendo.

Belle- Mas...

Zelena- Mas?

A morena pega Robin e brinca com a menina.

Belle- Com certeza pode se tornar um lar, algum dia.

Zelena sorri satisfeita.

À tarde.

Regina estava na prefeitura com Oliver, quando Snow chega!

Oliver- Olá Snow.

Snow- Como vai Oliver?

Os dois se abraçam.

Snow- Boa tarde Regina.

Regina- Snow?

Snow- Como vai Regina?

Regina- Estou bem e você?

Snow- Ótima. E o siri?

Regina- Ah meu Deus. Estava uma delicia. Muito obrigada! Me desculpa pela Emma ter te acordado.

Snow- Não se preocupe. É sempre um prazer. E você Oliver? Recebeu a encomenda?

Oliver- Com certeza. Estava muito gostoso Snow. Obrigado!

Snow- Eu perguntei porque não confio muito na Emma pra levar comida pra alguém.

Oliver- O pedaço do bolo chegou inteiro.

Snow- O?

Oliver- Sim.

Snow- Eu mandei dois pedaços.

Oliver- Filha de uma...

Snow- Ei. Eu não tenho culpa.

Oliver- Tem razão. Eu descarrego a minha raiva depois.

Regina-  Que visita inesperada Snow! Senta.

A sogra senta perto.

Snow- Eu sei. É que eu passei numa banca de revista e vi umas coisas e não consegui resistir.

Regina- O que você não resistiu?

Oliver- Que sacolão é esse?

Snow- Primeiro eu quero que você veja uma coisa.

Snow abre o sacolão e tira de lá um vestido de noiva.

Oliver- Geeente.

Regina estava estática.

Snow- Eu não que tipo de casamento você e a Emma vão ter então...

Regina- Quer que eu use o seu vestido?

Snow- Olha, não precisa usar ele assim, mas pode reformar ou...Não sei. Eu só quero contribuir com alguma coisa.

Regina- Ele é muito lindo Snow.

Oliver- Muito lindo mesmo.

Regina- Mas...

Snow- Não tudo bem. Eu entendo. Você é mais sofisticada e moderna.

Regina- Não é isso. É  que a Emma e eu combinamos que seria uma cerimonia mais simples. Entende? Emma não suporta vestidos e essas coisas que nós gostamos.

Snow- É. Eu sei. Bom...

Coloca o vestido dentro da sacola.

Snow- Eu já vou indo e...

Regina- Não. Espera!

Snow- Eu tenho umas coisas pra fazer.

Antes que a morena pudesse falar mais alguma coisa, Snow sai apressada pela porta.

Regina suspira.

Oliver- O vestido é lindo.

Regina- É sim. Pode me fazer um favor?

Oliver- Claro.

Regina- Cataloga esses documentos pra mim? Eu volto mais tarde.

Oliver- Deixa comigo!

Regina pega as revistas que Snow havia deixado e sai do escritório.

Snow seguia pela calçada.

Regina- Snow.

Snow estava apressada.

Regina- Por favor, não me faz andar mais rápido, essa barriga está enorme.

Snow para e se volta pra nora.

Regina- Eu sinto muito.

Snow- Não. Está tudo bem.

Regina- Eu já tive um casamento cercado de luxo.

Snow- Eu entendo. Não precisa se preocupar.

Regina- Não quer dizer que eu não precise de você nos preparativos do casamento.

Snow- Está falando sério?

Regina- Mas é claro. São muitos detalhes e eu preciso da minha sogra pra me ajudar.

Snow a abraça com força.

Regina- Snow está todo mundo olhando.

Snow- Eu não me importo. Só me importa que a minha nora vá querer minha ajuda no casamento da minha filhota.

Regina- Ótimo. O que acha de irmos tomar um chocolate na lanchonete da vovó? Poderemos dar uma olhada nessas revistas que você comprou.

Snow- É perfeito.

Regina- Então vamos.

Snow- Quer que eu dirija?

Regina- Não precisa. Tenho meu motorista particular.

As duas seguem pra perto do carro e veem Leroy conversando com August.

Leroy- Eu não tenho mais musculo cara.

August ria.

Leroy- Tô pagando por todos os meus pecados.

August- O que acha de tomarmos umas cervejas hoje pra relaxar um pouco?

Leroy- Eu tô precisando mesmo. A rainha má vai me matar.

August arregala os olhos e faz um sinal pra leroy entender que Regina estava atrás dele.

Leroy- E foi assim que eu aceitei Jesus no meu coração e nunca mais me chame pra beber Pinóquio.

O anão se vira.

Leroy- Ah, oi patroa.

Regina estava séria como o diabo.

Leroy- Algum problema?

Regina- Está achando o seu castigo pesado drag queen?

August e Snow riem.

Leroy- De jeito nenhum majestade.

Regina- Muito bom saber.

Leroy- Está precisando de alguma coisa?

Regina- Sim. Você vai levar a mim e a minha sogra na lanchonete da vovó.

Leroy- Sim senhora.

August- Oi Regina, oi Snow.

Regina e Snow- Oi.

August- Como vai o Oliver?

Regina se aproxima.

Regina- Escuta aqui conquistadorzinho, vou deixar uma coisa bem clara pra você. Oliver não é pra o seu bico. Se aproxime dele e você vai virar uma fogueira de gravetos antes que possa soletrar ‘misericordia’.

August sorri e vai embora.

Snow vai se aproximando do carro, mas Regina a impede.

Leroy vai entrando no carro quando escuta a rainha pigarreando.

Ele olha pra rainha e entende o recado.

Ele abre a porta pras duas e elas entram no banco de trás.

Snow- Ele ainda vai sofrer muito não é?

Regina- Você não tem ideia.

Elas riem e seguem pra lanchonete.

No navio.

Hook- Smee, cadê o meu rum?

Smee- Capitão, o senhor já bebeu muito.

Hook- Eu não perguntei nada a você.

Smee- O que acha de sairmos dessa cidade de uma vez?

Hook recebe uma mensagem no celular.

E o pirata sorri.

Smee- O que foi?

Hook- A minha ajudante está me avisando que vai dar mais um passo na nossa vingança.

Do outro lado da cidade, perto das minas.

Malévola- Então? Acha que ele caiu?

Lily- Ele é um idiota. Com certeza acreditou.

Malévola- Ótimo.

A mais velha mexia num pequeno caldeirão.

Lily- Ainda não me disse o que tudo isso vai fazer.

Malévola- Digamos que essa maldição vai nos dar o que queremos de uma só vez.

Lily- O que ela faz?

Malévola- Ela trará nossos desejos filha.

Lily- É uma maldição do sono?

Malévola- Não seja apressada querida. Não se preocupe, apenas uma pessoa vai sofrer as consequências e será o suficiente pra termos o que queremos tanto.

As duas sorriem.

Na lanchonete.

Regina- Não.

Snow- Mas...

Regina- Snow, está fora de questão.

Snow- Ei, você disse que eu poderia ter voto.

Regina- Snow, você quer escolher um bolo de 5 andares.

Snow- Ele é lindo.

Regina- E vamos comer bolo até quando? Quer guardar pra os 15 anos da sua neta?

Snow ri.

Granny- Eu trouxe um lanchinho especial pra grávida da mesa.

Entrega a Regina  uma taça de salada de frutas e calda de morango.

Regina- Muito obrigada vovó.

Experimenta.

Regina- Delicia.

Granny- Que bom! E aqui sua torta de frango.

Snow- Obrigada vovó.

A velha sai.

Regina observa Ruby.

Snow- O que foi?

A loba preparava um hambúrguer sem verdura, um pacote de brownies e os coloca numa sacola de papel.

Snow- Regina o que foi?

Regina- Quem mais em Storybrooke come hambúrguer sem verdura e brownies com cerveja preta?

Snow sorri.

Ruby olha pra Regina desconfiada e vai saindo.

Regina- Ei.

Ruby- Eu tô de saída Regina.

Regina- Fique onde está.

Ruby a encara.

Regina- Pra quem é esse lanche?

Ruby fica calada se controlando pra não rir.

Regina- É pra ela não é?

Ruby- Ela vai me matar Regina.

Regina- Por que vocês continuam mandando lanche pra ela? Eu já disse que não mandassem.

Ruby- Regina, o que podemos fazer?

Regina- Prepare uma salada com frango grelhado e um suco de hortelã.

Ruby- Mas...

Regina- Eu tô no meu limite Ruby.

Ruby- Está bem. Mas se ela surtar eu digo que se veja com você.

Regina- Ótimo.

Volta pra mesa.

Snow- Aquela não tem jeito.

Regina- Tenho duas crianças e uma a caminho.

Snow- É verdade. O que acha desse?

A morena olha um belo bolo.

Regina- Lindo.

Snow- Maravilha. Onde pretende fazer a cerimonia?

Regina- Ainda não sei.

Snow- O que acha da casa do feiticeiro?

Regina- Não é uma ideia ruim.

Snow- Estamos mesmo progredindo.

Regina sorri enquanto come sua salada de frutas.

Elas passam algumas horas conversando sobre detalhes do casamento.

Snow- Fica tranquila Regina.

Regina- Ai eu vou matar aquele anão desgraçado.

Snow- Vamos caminhando.

Regina- Não. Eu tô enorme e fico com os pés e a coluna doendo.

Snow- Eu dirijo.

Regina- Tem certeza?

Snow- Claro.

As duas entram. Snow apanha pra funcionar o carro.

Regina- Quer ajuda?

Snow- Não precisa.

Funciona o carro e saem.

Poucos metros depois elas escutam a sirene bem atrás do carro.

Regina- Eu não acredito.

Snow- É a policia.

As duas riem.

Snow- O que eu faço?

Regina- Encosta. Mas fique ciente que sendo seu esposo ou a sua filha, eles sofrerão as consequências.

Snow ri.

Do lado da janela de Snow, David aparece.

David- Boa tarde senhora.

Snow- Boa tarde.

Regina- O que deseja xerife assistente?

David- Preciso ver o documento do carro.

Regina- Você está brincando?

David- De jeito nenhum prefeita. Sei que nos paga pra manter essa cidade segura.

Regina continua encarando ele.

David- Tudo bem. Que tal o documento do motorista?

Snow encara David.

Regina- Snow? Cadê a sua habilitação?

Snow- Que habilitação?

Regina- Como assim que habili...Você não tem habilitação? Você está ficando doida? Sair dirigindo sem habilitação? Principalmente comigo dentro do carro? Você ficou louca?

Snow se segurava pra não rir.

David- Saia do carro senhora. Vou ter que prender a senhora.

Snow- Prender por quê?

David- A senhora não é autorizada a dirigir.

Snow- Eu dirijo muito bem.

David- Se não tem o documento eu vou ter que prendê-la.

Regina- Se prender a Snow, eu o demito imediatamente.

Emma- Não será preciso. Vamos prender a dona do carro que permitiu que esse absurdo acontecesse.

A loira surge do lado da janela de Regina que sorri.

Regina- Olá xerife.

Emma- Desça do carro senhora.

Fala com a mãe e Snow desce.

Snow- Pra onde vai me levar?

David- Entre na viatura e vai acabar descobrindo.

Os dois saem abraçados.

Regina- Eu dirijo.

Emma- Não. A senhora não vai caber atrás do volante.

Regina- Está me chamando de gorda?

Emma- Não. Estou lhe chamando de grávida de 7 meses.

Entra no carro.

Emma- Burlando as leis de transito? Honestamente eu esperava muito mais da senhora prefeita Mills.

Regina- Isso não teria acontecido se eu tivesse encontrado o meu motorista.

Emma-Não justifica!

Regina- Eu sei. Mereço ser presa. Vai me levar pra delegacia xerife?

Emma- Não senhora prefeita. Devido as suas condições físicas, eu a levarei pra uma prisão domiciliar.

Regina- E eu vou ser castigada?

Emma- Com certeza majestade. Não só por violar as leis de transito permitindo que uma pessoa sem habilitação dirigisse seu carro, mas a senhora também violou o pacote de lanches da xerife.

Regina gargalha e Emma a puxa pra um beijo.

Depois de bons minutos se beijando.

Regina- Acho vou violar seus lanches mais vezes.

Emma sorri.

Emma- Vamos pra casa?

Regina- Com certeza.

Emma funciona o carro e saem em direção à mansão.

Emma- Enquanto a senhora estava por aí sendo fora da lei, eu estava na delegacia sendo uma moça boazinha comendo minha salada toda.

Regina- Jura?

Emma- Juro. Sei que está preocupada com a minha saúde e eu vou me cuidar pra ficar bem pra você e pra nossa família.

Regina- Promete?

Emma- Prometo. Está na hora de ser a adulta que você precisa.

Regina- Eu estou muito feliz que tenha dito isso Emma.

Emma- Quando chegarmos em casa, depois de descansadas, vamos sentar pra conversar está bem? Sei que está sobrecarregada e eu vou tomar as rédeas das coisas agora.

Regina sorri.

Regina- Muito obrigada meu amor.

Emma- Eu conversei com o Oliver. Sei suas preocupações e eu te prometo que vamos resolver tudo, está bem?

Regina beija a mão da noiva e seguem pra casa.

Naquele mesmo dia a noite.

Emma- Então sua mãe e eu conversamos sobre tudo que aconteceu.

Henry- E qual é o veredicto?

Emma- Regina está passando o comando pra mim.

Henry arregala os olhos e encara a mãe morena.

Emma- Não sorria Henry.

Emma estava séria

Henry- Mas...

Emma- Sua mãe está grávida e depois de muito conversarmos, decidimos que de agora em diante eu vou assumir as coisas. Ela precisa de repouso pra ter um final de gestação sossegada e nossa princesinha possa nascer saudável.

Henry- Ainda não ouvi sobre a minha magia.

Regina- Por enquanto...Enquanto domina a magia você não vai usá-lá.

Henry- Mas...

Emma- Nada de MAS Henry.

O jovem se cala, com a voz autoritária de Emma e Regina se ogulha.

Emma- Nós te amamos. Mais que qualquer coisa nesse mundo e jamais permitiremos que você se machuque. Sabe disso não é?

Henry- Eu sei.

Regina- O que a Emma está querendo dizer é que você não tem controle da sua magia ainda.

Henry- E o pretendem fazer? Vai mesmo colocar uma pulseira pra me bloquear?

Regina- Eu estava nervosa, fui pega de surpresa e peço desculpas em como eu reagi. Você é minha vida Henry e eu não quero que passe pelo o que eu passei.

Henry- Tudo bem.

Regina- Não colocaremos qualquer tipo de bloqueio em você.

Henry- Não?

Emma- Não.

Regina- Nós vamos confiar em você. Confiaremos que você será responsável como sempre foi.

Henry sorri.

Emma- Que fique claro que não queremos castrar nada. Só queremos que você tenha consciência de que a magia pode sair do controle. Maior exemplo disso foi quando eu te machuquei, quando a Elsa estava aqui.

Regina- Tentamos tanto proteger quem amamos que acabamos machucando.

Henry- Eu sei. Eu entendo a preocupação de vocês e agradeço muito a confiança.

Emma- Ótimo.

Henry- Eu tinha combinado com a Violet em ir ao cinema.

Regina- Pode ir.

Emma- Se não for dormir na casa nos avise.

Henry- Obrigado mãe.

Ele abraça as duas e sai.

Regina- Ele está crescendo tão rápido.

Emma- Eu sei. Desde que vim pra Storybrooke eu o vi amadurecer como nunca nenhum jovem amadurecer.

Regina- Eu sei. Ele é um garoto incrível.

Emma- Então?

Regina- Então o quê?

Emma- O que achou da minha voz autoritária?

Regina- Eu adorei.

Emma- Eu vou amolecer algumas vezes, mas não deixe que eu fraqueje.

Regina- Vou estar ao seu lado pra te lembrar que agora vai ter que ser mais durona.

Emma ri.

Regina- Eu tenho um presente pra você.

Emma- Sério?

Regina- Sim. Vem comigo!

As duas seguem pra biblioteca.

E quando entram havia um embrulho em cima da mesa.

Emma- É meu?

A loira se aproxima como uma criança.

Regina- É sim.

Emma- É de comer?

Regina- Por que não descobre?

A loira abre devagar e encontra um álbum.

A salvadora abre e encontra várias fotos de Henry em diversas fases da vida.

Regina- Você não participou de quase nada da vida dele e eu queria mudar isso.

Emma estava encantada.

Emma- Eu não acredito.

Regina- Tem mais uma coisa.

Entrega a loira um envelope.

Emma- O que é isso?

Regina- Abra senhorita Swan.

A loira abre e sente seu coração parar quando lê as pequenas letras naquele papel em suas mãos.

Emma- Meu amor.

As lagrimas começaram a correr no rosto de Emma.

Regina- Ele é meu e seu. Nada mais justo que ele tenha o nome das duas.

A salvadora agarra a noiva.

Emma chorava como uma criança nos braços de Regina.

Ali nas mãos de Emma estava a certidão de nascimento de Henry, agora retificado.

                                                        HENRY DANIEL SWAN MILLS

                                          FILHO DE REGINA MILLS e EMMA SWAN                 


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