Capítulo 11 - He was suspicious

 Edmundo lembrava-se perfeitamente de quando conheceu Elisabeth II, sua primeira reação foi ter vontade de sair correndo para longe dela. Aquela mulher o intimidava e fazia com que ele sentisse medo, ele odiava se sentir assim. A evitava sempre que possível, não gostava da energia que ela emanava e muito menos de seu tom de superioridade.

 Ainda conseguia reviver perfeitamente bem a noite em que Elisabeth quase atacou Sam.

—  Não brinque comigo garota. –  ouvia a voz de longe, estranhou o tom, a mulher parecia estar nervosa.

—  Eu juro que não sei do que você está falando! – era a voz de Sam, aquilo foi o suficiente para alerta-lo  –  Por favor, eu juro…

Entrou na frente de Elisabeth com o olhar irritado, por mais que não soubesse exatamente o quê estava se passando ali sabia que ela tinha causado. O arco e flecha em suas mãos apenas confirmavam seus pensamentos.

— Rei Edmundo — a garota suspirou seu nome aliviada.

— O quê raios foi isso? — o garoto fervilhava de raiva enquanto fuzilava Elisabeth, já não gostava da mulher, agora tinha um motivo para bani-la para longe.

Estava bravo e preocupado demais para notar que sua atitude agressiva assustou a menina, que nunca tinha o visto assim antes. Assim que a situação se acalmou lembrava de insistir para cuidar do pequeno machucado da garota, Carrie não tinha gostado de sua atitude, e no dia seguinte tinham discutido sobre o assunto. No final de toda aquela discussão teve de pedi-la em casamento como uma “prova de amor”, sentia-se idiota por ter feito isso.

 A imagem dele cuidado dela sempre vinha em sua mente, a forma como ela corava com a proximidade entre os dois ou como ela abaixava a cabeça sem graça fazia com que ele sorrisse.

Sô conseguia pensar em como ele queia beija-la, e o fez. Aquele momento nunca mais saiu de sua cabeça, sentiu-se mal por ter beijado a garota estando com outra pessoa, e se sentiu pior ainda quando desejou beija-la mais vezes.

Detestava a forma como ela era viciante, um beijo nunca seria suficiente para ele. Só se sentiria satisfeito quando o sorriso dela fosse unicamente para ele apenas, não queria vê-la beijando outro e muito menos sorrindo para outra pessoa. Culpava Samantha por fazer com que ele se sentisse assim, já que não podia controlar seus sentimentos.

Não pararia quando Sam fosse somente dele, embora ele soubesse que jamais conquistaria esse feito.

 Ele não a merecia, e mesmo assim ela era gentil com ele.

Não era justo.

Como alguém podia fazer ele sentir tantas emoções ao mesmo tempo? Ele só queria entender.

~•~

— Essa mulher não pode conviver conosco. — repetiu começando a ficar irritado com a expressão calma de Caspian.

— Tudo foi um mau entendido Edmundo, fique tranquilo, Elisabeth prometeu que isto não acontecerá novamente. Ela na verdade é bem dedicada para com seus objetivos.

As veias do mais novo pulavam nervosamente.

— Isto é algum tipo de brincadeira? Eu vi o quê ela iria fazer com Sammie! — agora ele gritava, e qualquer um podia escuta-los — e sabe o quê mais? Se eu não chegasse na hora certa, ela estaria morta…

— Edmundo por favor, controle seus sentimentos, eu sei que você se importa com ela…

— Eu estou começando a ficar irritado com você, — sibilou com o rosto começando a ficar vermelho — você é um rei Caspian, por quê não consegue tomar uma atitude digna? Você deixaria seus súditos correrem perigo a toa?

Caspian olhou para os lados, provavelmente tentando não se estressar com o menor.

— Edmundo você não está sendo racional, sei que gosta de Samantha, mas veja, ela não veio causar intriga até agora.

A respiração descompassada de Eddie assustava as pessoas ao redor, fazendo com que as mesmas recuassem com receio.

— Qual é o seu problema? — sua voz roca saiu tremida.

— Edmundo, eu insisto, esfrie a cabeça, depois nós conversamos.
— Quem você acha que é afinal, — o moreno estava indignado — será que eu estou mesmo agindo irracionalmente? Você que não parece estar pensando muito bem. — provocou estreitando seus olhos.

— O tirem daqui.

~•~

— Eu nunca vi você brigar tanto por causa de uma garota. — Lúcia disse se sentando ao lado do irmão que suspirou.

— Não estava brigando por ela. — corou balançando a cabeça. — só queria defende-la.

— Ela não é uma donzela em perigo Eddie, Sam tem tido aulas de esgrima e luta. — a irmã falou como se fosse óbvio, fazendo com que seu irmão corasse mais ainda.

Lúcia deu risada de seu desconforto, a ideia de Sam não precisar de Edmundo o incomodou de certa forma.

—  Talvez você devesse falar com ela. — ela sugeriu mas o irmão balançou a cabeça negativamente.

— Não acho que seja uma boa ideia agora.

— Você precisar definir o que sente Eddie.

— Eu sei, eu sei.