When I Met Her escrita por Gabiih Levi
Notas iniciais do capítulo
Oi, será que alguém aí está lendo? Bom, vou continuar escrevendo, espero que alguém leia kkk
Graças a Deus o dia passou rápido. Ah, não! Havia me esquecido de que aceitei sair com o Ben hoje... Droga, odeio lugares barulhentos, cheios de gente bêbada e eu aposto que ele vai me levar a um lugar assim em mais uma tentativa de me arrumar uma namorada. Não preciso me apaixonar, não quero outra pessoa, a que eu amava foi tirada de mim, e eu não me sinto pronto para me conectar emocionalmente com alguém, e nem sei se um dia estarei pronto para isso.
O trânsito em Nova York estava um caos, mas quando não está? Estamos na primavera e o pôr-do-sol nesta época do ano é um monumento, de tão belo. Lembro-me de chegar em casa e surpreender a Mel na sacada do apartamento sentada em uma das cadeiras de vime que tínhamos, com uma caneca de chocolate quente, enrolada em uma manta admirando o crepúsculo... Ela sempre se emocionava com o pôr-do-sol. Dizia que era a forma de Deus mostrar para ela, o quão lindo tinha sido aquele dia, e que o dia seguinte seria ainda mais especial. Sempre me lembro disso quando olho o pôr-do-sol na primavera.
Cheguei em casa e Rufus veio me receber, seus grandes olhos castanhos escondidos debaixo dos pelos de sua cara engraçada, língua para fora e sua calda abanando de leve. Só eu mesmo para ter um sheepdog em um apartamento. Ri com este pensamento, mas ele era um cão bem comportado. Deixei minha pasta e chaves no aparador, e desabotoei os botões da minha camisa, tirei os sapatos e me esparramei na minha poltrona. Estava tudo muito quieto, como sempre era, frio e quieto. Talvez o Ben tenha razão e eu precise me animar um pouco, beber, jogar conversa fora, ver gente... levanto da poltrona e vou até meu quarto, tenho que ver o que vou vestir. Tomei um banho rápido. Decidi por calça Jeans, allstar preto e branco, uma camiseta cinza e meu moletom favorito. Não quero parecer desleixado então arrumei o cabelo com um pouco de gel e fiz a barba. Fui até a sala e peguei um copo no bar e servi uma dose de whisky, o líquido desceu quente pela minha garganta, então fui até a geladeira e peguei dois cubos de gelo, provei novamente e a sensação ainda era quente, só que mais suave. Sentei em minha poltrona novamente e encarei o vazio. Fui trazido de volta a Terra pela minha campainha. Era o Ben.
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— Amiga, você viu meu vestido quadrado preto? – perguntei saindo do banho enrolada na toalha
— Tava na caixa escrito “roupas da Holly que eu acho divas”! – Gritando do seu quarto
— Tá, obrigada! – gritei em resposta. – Brooke?
— Sim?
— Essa noite vai ser especial, tô sentindo isso.
— Claro que vai, amiga! Estamos em Nova York, tudo aqui é especial, mágico!
— Não, não é só porque estamos em Nova York, acho que essa noite vai acontecer alguma coisa boa. – Falei enquanto calçava meu allstar branco.
— Lá vem você com suas premonições, para com isso que me dá medo, ok? – disse rindo enquanto secava o cabelo numa toalha.
— Tudo bem, mas espero encontrar pessoas legais lá, sabe? Somos recém chegadas, precisamos nos enturmar.
— Nós vamos encontrar, você vai ver! Agora, tem como você fechar meu vestido, por favor?
— Claro.
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Chegamos ao barzinho e até que era bem legal o ambiente: meia luz, música agradável, gente bonita. Realmente me esqueci como isso pode ser legal e divertido, Ben tinha razão mas eu nunca vou admitir isso para ele.
A banda era boa, tocava uns pops e uns rocks do inicio dos anos 2000, Ben e eu ficamos no balcão do bar. Ele pediu um cowboy e eu uma cerveja.
— E aí cara, o que tá achando? – animado com o som que estava tocando
— Até que não está tão ruim como eu achava que seria, obrigado. – falei sem olhar para ele.
— Obrigado pelo quê?
— Por não desistir de mim, por sempre querer me animar e me tirar do luto, se não fosse a sua insistência irritante eu não estaria aqui hoje. – bati em suas costas – valeu cara!
— Ok, não vamos falar de coisas tristes, vamos admirar a paisagem, e ver o que essa noite vai nos reservar...
— Deixando claro que eu não vou ficar com ninguém, entendeu?
— Ah, que desperdício cara! Olhe a sua volta, veja quantas opções, deixa acontecer, se aparecer alguma que te interesse, porquê não?
— Benjamin, eu já te falei. Não quero outra pessoa, só aceitei vir porque precisava estar fora daquele apartamento para não enlouquecer, apenas por isso. Não vim para encontrar namorada, ficante, ou seja lá o que for.
— Me chamou pelo nome é porque a coisa tá feia, ta certo amigo, mas eu vou curtir o que essa noite tiver para me oferecer, se não se importa.
Me limitei a gesticular com a mão e virar para o bar e tomar outro gole da minha cerveja.
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— Holly, olha só esse lugar! Que incrível!
— É muito legal mesmo, amei a banda, nossa!
— Só gente bonita, nunca ia ter um bar assim em Dallas, seria um bando de caipiras fedendo a capim! – ela estava deslumbrada. – Vamos até o bar pegar alguma coisa para beber.
— Vamos sim. – Ela me puxou pelo braço até o bar.
Chegamos ao bar e eu pedi um cosmopolitan e a Brooke pediu um Martini. Olhei ao redor e vi dois homens no balcão do bar, eram bem bonitos, mas estavam conversando e nem notaram nossa presença. Um parecia bem animado com a balada, já o outro tinha um semblante triste, sério, parecia deslocado, distante. Bom, eu tenho mania de analisar as pessoas, esse é um defeito que eu preciso mudar. Ele era bem bonito, estava sentado mas parecia ser alto, esguio, tinha olhos e cabelos castanhos e aparentava uns 32 ou 33 anos. O que será que o deixava tão triste? Quando me dei conta, Brooke já estava conversando com o outro cara, o que estava animado e o papo parecia estar fluindo bem. Decidi ir ao banheiro, mas quando passei por eles, Brooke me puxou!
— Amiga, onde você vai? – ainda segurando meu braço.
— Vou ao banheiro, vi que já arranjou um amigo. –disse e encarei o tipo que estava com ela, ele parecia ser legal.
— Ah, sim! Holly, esse é o Ben. Ben, essa é a minha amiga Holly, moramos juntas em Coney Island.
— Olá, prazer em conhece-lo. – estendi a mãe e ele a beijou.
— O prazer é meu, Holly. – Ele olhou para trás e cutucou seu amigo no bar. – Hey, Noah, vem dar um oi para as minhas amigas?
O rapaz meio a contragosto, virou-se, desceu de sua banqueta, pôs as mãos nos bolsos da blusa de frio e fuzilou seu amigo com o olhar, depois olhou para nós e abriu um tímido sorriso, e que sorriso!
— Olá, prazer em conhece-las, sou Noah.
— Holly e Brooke, o prazer é nosso.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Ficou curtinho, mas as coisas vão melhorar, eu prometo!