A Jovem Rainha Isabella escrita por Thê


Capítulo 2
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Oi lindonas!
Sei que era para a minha pessoa ter postado semana passada, mas não deu.
Não tinha terminado o cap, e eu fui passar o feriado na casa dos meus sogros onde a internet não existe.
Mas, enfim! Aqui estou com um cap bem legal para vocês ♥
Espero os comentários e me ajudem a divulgar a fic.
Beijos!!
Bora ler!



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“Guardas, saudação real! Apresentar armas!” – O chefe da guarda gritou do seu lugar.

  Então, começa assim a minha história...

  Em 1819, no palácio de Londres, uma criança nasceu. Criança essa disputada por dois tios reais, o Rei da Inglaterra e o Rei dos Belgas. Sendo assim, destinada a ser Rainha e governar um grande império. A não ser que renuncie seus poderes, ou seja, forçada a isto. Caso renuncie, a futura Rainha deverá assinar a “Ordem de regência”, nomeando um regente que assumirá seu lugar de monarca no caso de ausência, doença ou falta de maturidade para governar.

  Algumas pessoas nascem com mais sorte que as outras. Esse seria o um caso, mas ainda criança fui convencida do contrário. “Que menina não sonha em crescer e ser uma princesa?” Palácios não são do modo que pensamos, porque até mesmo os palácios pode ser uma prisão.

Minha mãe nunca explicou porque alguém sempre comia a minha comida antes de mim, porque eu não podia ir à escola como as outras crianças ou até ler os famosos livros da época. Quando meu pai morreu, mamãe e Phill Conroy, seu conselheiro, criaram regras e disseram que era para a minha proteção e as chamou de “Sistema de Kensington”.              

Eu não podia dormi num quarto sem a minha mãe e nem descer as escadas sem segurar nas mãos de um adulto. Descobri a razão para tais coisas aos 11 anos. Meu tio Caius era Rei da Inglaterra, mas ele e seus três irmãos só podiam ostentar uma criança, e essa criança sou eu.

O sonho de Phil era que se o Rei morresse haveria uma regência, minha mãe governaria a Inglaterra e ele governaria através dela. Então, comecei a sonhar com o dia que a minha vida mudaria e eu pudesse ser livre, e rezava com todas as minhas forças para esse meu destino. “Eu serei merecedora”.

28 de Junho de 1838

 

 Eu estava nervosa, apesar de passar um bom tempo da minha vida planejando e esperando esse momento. Eu não conseguia olhar ao redor, mas conseguia imaginar a quantidade de pessoas na igreja para a cerimônia da futura rainha, eu.
Eu andava calmamente pelo tapete vermelho a caminho do papa, na minha mente apenas pensava em uma palavra: livre. Assim que eu cheguei de frente ao papa, recebi meu manto dourado de Rainha e com um sorriso de vitória me abaixei para ser coroada.

Agora eu era a Rainha. E todos os presentes gritavam “ Deus salve a Rainha!”. E então, segurando aqueles dois bastões, sentada no meu trono que a realidade veio a cair.

Um ano antes

— Assine! –Phill falava alterado.

— Tem certeza que estamos fazendo a coisa certa? –questionava minha mãe.

— Já esperamos tempo demais. –ele encara minha mãe e depois volta o seu olhar para mim. –Pela última vez, assine essa ordem.

—Não irei assinar. –respondo sem lhe olhar, minha cabeça latejava e confesso que não estava no meu melhor estado.

Phill nada contente com a minha decisão, coloca o papel sobre mim e me força a assinar dizendo:

— Afirmo que assinará!

Puxo meu braço e falo de volta jogando o papel no chão:

— Afirmo que não!

Ele me ergue a mão e dizendo:

— Como se atreve?

—Phill! –minha mãe por fim diz alguma coisa.

A porta é aberta e por ela surge Alice, minha salvadora. Carregando uma bandeja.

— Eu só estava... –Phill fala assustado.

— É hora dos remédios da princesa. –Alice lhe responde imediatamente se aproximando da minha cama.

— Eu posso? –questiona minha mãe.

— Eu faço. –Alice lhe diz rapidamente.

— Como quiser. –minha mãe faz sua famosa cara de desgosto encara Phill e depois se refere a mim – Boa noite, meu amor!

— Boa noite, mamãe! –respondo.

Alice faz espera ambos se retirarem e se aproxima medindo minha febre e me dando carinho.

— Como você está? –ela pergunta.

Seguro o choro e me apego nos seu carinho e em minha doença deixando de lado o episódio que havia acontecido.

POV Narrador

Palácio do Rei Marcus, Bélgica.

— Recebi uma carta da Inglaterra, minha irmã diz que Isabella se nega a assinar uma ordem de regência. –O Rei acompanha o barão pelas as escadas do palácio.

—Porque ela assinaria? –questiona o barão. – Princesa Isabella possui quase 18 anos, porque não exerce o próprio poder?

—Porque ela ainda é uma criança ignorante. Porque precisa de orientação e tempo para se preparar para ser uma Rainha. –ele lhe olha e continua –até que isso aconteça minha irmã ficará no seu lugar como regente.

—Na verdade, Phill Conroy seria o regente. Infelizmente a Rainha é controlada por um controlador. Talvez o senhor devesse apoiar a futura Rainha, é evidente que a Rainha não se animará, mas seria o melhor a se fazer.

—Barão, fui o filho mais novo de um duque sem um centavo. Agora sou o Rei dos Belgas. Esse tipo de jornada requer decisões difíceis. –O Rei olha ao redor. –Além disso, quem tem mais controle sobre a jovem? Vá para a Alemanha e conclua o aprendizado de meu sobrinho.

POV Edward

Castelo Rosenau, Alemanha.

Jogo minha última flecha no centro no alvo quando ouço alguém me chamando.

— Edward!

Viro-me e vejo o barão e meu irmão me aguardando, jogo meu arco na cesta e sigo até eles.

POV Isabella

 —Suponho que queira passear comigo essa tarde. –o encaro e deixo meu pincel sobre a mesinha. –Mesmo? Nós dois sozinhos? O que a mamãe diria?

Dou risada e Mike, meu cão e fiel companheiro erguem a cabeça e me olha sem entender. Retorno para minha tela e pego novamente o meu pincel.

— Não se mexa ou não farei direito seu focinho! –digo encarando seriamente Mike.

Ele inclina a cabeça para o lado e depois apóia a cabeça entre as duas patas dianteiras. Concentro-me nos traços quando ele se ergue e boceja. Reviro os olhos e digo:

— Eu desisto, desisto! –levanto-me e vou a sua direção. –Você é impossível! –mexo em suas orelhas e faço um carinho na cabeça.

—Isabella, sua mãe lhe aguarda. –Alice me chama da porta.

Levanto e digo:

— Vamos! –pego minhas sapatilhas – Mike!

Sigo até as escadarias com Mike e Alice ao meu lado, e ao chegar à escada solto o ar que eu nem percebi que segurava e ergo minha mão até Alice descendo as escadas com sua companhia. Passo por Jasper que me aguardava ao final da escada.

Chego à sala de desenhos e ouço a voz irritante de Phill. Logo Mike chega fazendo sua graça e minha mãe começa brincar com ele.

—Como chegou aqui embaixo Mike? –entro na sala e vejo-a com ele no colo mexendo em suas orelhas.

—Andando. –respondo deixando clara a minha chegada.

—Não desceu sozinha? –logo ela faz a pergunta mais comum da minha vida.

—Não, Alice veio comigo.

—Ela segurou a sua mão? –a segunda pergunta mais comum já estava ai.

—Sim, apesar... –tento justificar que já sou grande o suficiente para descer uma escada sozinha sem cair e quebra meu pescoço.

—Você precisa disso, Querida. –lá vem ela novamente com aquela justificativa. –Porque todos da Inglaterra desejam seu bem.

Ignoro o que ela fala e pego um livro me sentando numa cadeira.

—Largue o livro, Isabella, por favor. –ela altera levemente a voz.

Todos esperam a minha reação, que se resume a folhear o meu livro tranquilamente. Percebo que eles ainda me aguardavam. Pego meu livro, fecho e presto atenção como eles desejavam.

POV Edward

— A Inglaterra é a chave para a paz na Europa. –observo o barão falar enquanto anda de um lado para o outro na sala. –Seu tio está no trono há seis anos, e conquisto-o em uma guerra civil.

Ele pausa um pouco, pega um papel e continua:

— Só conseguiu a coroa da Bélgica, porque a Inglaterra declarou apoio. –ele se aproxima. –E se quiser sobreviver deve ter, a força inglesa à sua disposição.

Ele joga o papel que tinha em mãos e coloca a mesa em minha frente. Parecia um retrato de uma mulher, uma bela mulher.

— Pessoalmente, ela também é linda assim? –pego o papel e fico a admirar a imagem.

Olho para o barão, então percebo que estava falando em alemão, minha língua mãe e não em inglês como deveria.

— Inglês! Sempre em inglês. –O barão que já estava de frente para a janela, me corrige.

—Ela não leu muitos romances. –mudo de assunto. –Eram proibidos até o ano passado.

— Mas de qual gostou? –questiona o barão.

— The Bride of Lammermoor*. –reviro os olhos.

— De qual autor?

— Sir Walter Scott.

— Algum outro passa tempo? –ele continua.

— Desenhar, piano, música em geral. –balanço minha cabeça discordando. – É difícil acreditar que ela pouco conhece Schubert**.

— Esqueça Schubert, ela gosta de compositores modernos. –ele me encara. –Ela tem permissão para o teatro?

— Apenas ópera e balé. –seguro meu suspiro.

— Qual ópera é a sua favorita?

— Norma? –tento, sabendo que com certeza era a errada.

O barão se irrita e bate na mesa e diz:

— I Puritani!!

Abaixo a cabeça e respiro fundo, sabendo que ainda havia muita coisa para aprender sobre a futura Rainha Isabella.

— Para manter o controle sobre a Rainha Isabella, Sir Phill e a Rainha a afastaram da corte do Rei Caius. Assim, quando ela aparece em público, sua presença provoca uma grande agitação. Deve conquistar sua simpatia antes que outro tenha a chance.

POV Isabella

Brinco com a minha boneca, enquanto via minha mãe se arruma para dormir em frente ao espelho junto a sua ama.

— Você ainda não está muito bem, talvez devêssemos ir apenas em agosto. –ela diz.

—Não, mamãe!! –deixo minha boneca de lado e lhe encaro.

— O que quer dizer com não? –ela questiona.

— Já perdemos o aniversário da Rainha, não perderemos o do Rei. Já confirmamos e iremos. –digo firmemente jogando minha boneca no chão.

— Com efeito, Isabella, não me dê ordens! –ela diz furiosa. –Não sou uma serviçal!

— Você já desobedeceu sobre os quartos extras, é o suficiente.

— Devemos viver como coelhos, apertados numa gaiola? –ela debate.

Respiro fundo e digo:

— Vivemos num palácio, em melhor situação que a maioria das outras pessoas.

— Os quartos que peguei já estavam vazios. –ela justifica. –Manter-nos longe deles era quase imoral. Phill disse isso.

— Eu sabia que ele tinha parte nisso. –respondo furiosa.

—Minha filha, ele só quer o melhor para você. Gostaria que acreditasse nisso.

Bufo em resposta.

—Convidei os irmãos Masen para vir e ficar. –ela muda de assunto. –Deve conhecê-los melhor.

—Por quê? –a interrogo.

—Porque sim! Seu tio acha uma boa idéia.

Reviro os olhos e vejo-a brigar com a ama que penteava seus cabelos.

POV Edward

—Sua primeira visita é a mais importante. Não podemos cometer erros. –o barão diz.

—Mas lembre-se que antes de tudo você é um Masen. –o Rei da Bélgica me encara. –O Rei dos Belgas é um Masen, o Rei de Portugal é um Masen, a mãe da futura Rainha da Inglaterra é uma Masen e você é a próxima peça do jogo.

Ele me encara tão profundamente, que posso jurar que ele enxergar minha alma.

— Vá para a Inglaterra, e a faça sorri. –ele diz abrindo a porta da carruagem para mim.

Respiro fundo, entro na carruagem, acompanhado do meu irmão Emmertt, e espero que a longa viagem não seja má sucedida.

Alguns dias depois.

A carruagem finalmente para em seu destino final, e já sinto meu corpo reagindo a essa ação. Minhas costelas doem pelos dias seguidos de viagem e meu estômago é tomado por borboletas, milhares delas.

O meu irmão é o primeiro a pular para fora da carruagem, o sigo nervoso.

— E se ela quiser dançar? –questiono.

— Edward, é sua primeira visita. Ela não vai querer. –ele tenta me consolar em vão.

Sigo com Emmertt pelas escadas onde encontramos um homem a nossa espera.

— Sua alteza sereníssima, sejam bem-vindos à Inglaterra. –o homem se curva ligeiramente em comprimento.

— Obrigado. –Emmertt agradece demonstrando entusiasmo.

— Sou Phill, o assistente pessoal da Rainha de Kent. –ele se vira. –Aqui, por favor. –ele segue para a enorme porta de entrada do palácio, comigo e com Emmertt no seu laço.

Não sei o porque, mas além do alto teor de nervosismo, minha mente gritava que quando eu entrasse ali... Minha vida mudaria, e para sempre.

POV Isabella

Eu observava da janela a chegada dos irmãos Masen, e não sei por que aquela imagem se tornou tão interessante aos meus olhos.

Havia obviamente dois homens.

O primeiro a descer da carruagem era alto, com cabelos curtos e extremamente negros e tinha a aparência de uma pessoa bem forte. Já o segundo parecia tímido, e mais quieto. Era alto, mas não tão alto quanto seu irmão. Era aparentemente mais pálido que este também e possuía lindos cabelos cor de cobre. E eu já ansiava ver a cor de seus olhos para ver se combinava com o bronze de seus cabelos.

Observei Phill lhes receber e eles entrarem no palácio e nesse momento meu coração falhou uma batida e borboletas começaram a invadir minha barriga.

Deixo Mike na janela, sigo para porta para me encontrar com os convidados. Mas antes, paro no espelho avaliando a minha aparência. Quanta besteira Isabella!

Uma ama já me aguardava na escada e desço mais rápido que o normal a escada, a curiosidade me consumia.

— A Rainha está na sala de desenhos. –ouço Phill dizer.

Então, o encontro logo, acompanhado dos irmãos Masen.

—Oh! Apresento –lhes, sua ... –Phill começa a dizer quando lhe corto a frase.

— Olá!! –Observo os irmãos.

O maior mantinha um sorriso irônico no rosto, e continuou assim enquanto se curvava em comprimento. Já o dono dos cabelos cor de cobre possuía um olhar tímido e assustado ao mesmo tempo, e então pude reparar nos seus olhos verdes. Como esmeraldas.

O grandão então começou a se apresentar:

— Sou Emmertt, senhora. Este é meu irmão Edward.

Edward, o homem dos cabelos acobreados e olhos verdes. Ele parecia perdido, e sem reação. Estava sendo até um pouco engraçado.

—Espero que não tenhamos interrompido seus estudos. –Emmertt complementa.

Edward agora me encarava.

— Não, em absoluto. –encaro Edward também e esse disfarça olhando seus pés. –Como foi de viagem?

— Longa, mas não tão ruim. –Edward pareceu concorda com o que seu irmão dizia. –Tínhamos muitos livros para nos ocupar.

— Na verdade –Edward finalmente se pronunciou. – Passei meu tempo lendo a noiva de Lammermoor, do Sir Walter Scott.

Agora percebo que ele queria me impressionar.

—Sim. –confirmo. –Não vão cumprimentar minha mãe?

POV Edward

Como eu já sabia, o palácio era belo. E o Sir Phill falava de cada detalhe. Até que ouço passos em escadas e quando percebo Isabella está nos encarando com um olhar de curiosidade.

Sir Phill começa com a sua apresentação, quando ela lhe corta notavelmente.

—Olá!! –Sua voz de sinos rebate, e sinto meu coração perder uma batida.

Deus, como ela era linda!

Seus cabelos eram tão sedosos e da cor de um chocolate tão intenso que eu podia salivar imaginado seu cheiro. Sua pele clara com um tom de rosa admirável e seus olhos eram castanhos de um brilho intenso e digamos que ousado.

Eu tinha acabado de perceber o quanto perdido eu estou. Eu estava notavelmente admirado pela futura Rainha Isabella.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram?
Não esqueçam de comentar.
Até semana que vem!
Beijos lindonas! ♥

*https://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=https://en.wikipedia.org/wiki/The_Bride_of_Lammermoor&prev=search

**https://pt.wikipedia.org/wiki/Franz_Schubert



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