Capítulo 3 – Eu vou presa

Todos ficaram eternamente gratos a Edward e o dono da padaria disse que ele não precisava pagar nossa conta. Saímos de lá com um monte de pessoas agradecendo a Edward e pegando sua mão.

-Ufa!- eu disse, fechando a porta do carro. Edward riu. - Ei, me deixa dirigir!

-É melhor não, Bella. Você não sabe dirigir um Volvo, só a sua Chevy... sem ofensas, meu amor. - Ele disse. Eu fiz um biquinho.

-Poor favorzinho! - pedi. Edward revirou os olhos e jogou a chave no meu colo, enquanto saía do carro. Eu pulei para o banco do motorista.

Edward sentou no banco da carona e eu liguei o carro e o tirei.

-Acho que vou tirar um cochilo. - Edward disse quando já estávamos na estrada.

Eu revirei os olhos.

-É impossível para você dar um cochilo. - eu disse sorrindo.

-Na velocidade que você dirige, eu acho que até eu poderia dar um cochilo. - ele respondeu, também sorrindo.

Eu fiz uma careta. Fiquei com raiva e decidi fazer a maior besteira da minha vida. Acelerei o Volvo muito mais rápido do que a velocidade permitida. Edward começou a rir, e eu acelerei ainda mais.

De repente Edward ficou sério.

-Oh-oh. - ele disse. - Você trouxe sua carteira?

Eu achei que fosse alguma piada e coloquei o pé mais fundo no pedal. Mas aí eu vi porque ele ficara assim. Havia um carro da polícia um pouco a frente de nós. Quando os policiais viram o Volvo, mandaram o encostar. Tremendo eu parei o Volvo no encostamento.

-Edward... - eu sussurrei quando o policial se aproximou.

-Desculpe srta., mas você estava andando muito acima do limite permitido. - o policial disse.

-E-eu não sabia. - eu disse.

-Ah, claro que não. Posso ver sua carteira de motorista e sua identidade?

-Claro. - eu peguei minha bolsa de mão e procurei minha carteira. Não estava lá. Olhei em meus bolsos. Também não estava lá.

-Desculpe, acho que a esqueci. - eu disse.

-Você tem o documento do carro? - ele perguntou. Eu olhei para Edward e ele negou com a cabeça.

-N-não.

-Desculpe então, mas você e seu passageiro vão ter que vir comigo até a delegacia mais próxima.

Meu queixo caiu.

Eu abri a porta do carro e sai enfezada atrás do policial, sem nem olhar na direção de Edward. Por que ele não fazia nada?

Sentei no banco de trás do carro da policia e Edward se sentou comigo.

-Você está brava? - ele perguntou enquanto o policial começava a dirigir.

-Não, imagina. - eu disse.

-Desculpe. Eu não sei pelo que, mas desculpe. - ele pediu. Era tão impossível me zangar com ele!

-Deixa pra lá, esquece. - eu disse sorrindo.

O policial (que por sinal, eu ainda não sabia o nome) começou a dirigir e eu aflita olhava para todos os lados. Finalmente chegamos na delegacia e ele informou que o Volvo estava sendo trazido.

-Quando eu posso ir embora? - perguntei num sussurro. Ele me olhou com deboche e disse:

-Quantos anos vocês têm?

-Eu dezoito, ele dezessete. - respondi prontamente. Eu era maior de idade, iupii!

-Ótimo. Ele passa a noite em cana até seus pais virem buscá-lo e você pode ficar mais um tempinho, ou tempão. Dirigir sem carteira...tsc,tsc,tsc.

Eu fiz uma careta, enquanto o policial levava eu e Edward para celas separadas. Na minha, havia uma mulher gorda de dar medo e uma careca.

Passei uns quinze minutos lá dentro, quando um guarda veio e disse:

-Você está liberada, mocinha.