Trakai - Love Is Unpredictable escrita por lotusflower


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, queridos leitores!
Aqui está um novo capítulo, recém saído do forno pra vocês! Não sei quanto tempo se passou desde minha última postagem, mas acho que ainda está dentro do prazo, não?
A coisa vai começar a esquentar daqui pra frente. Alguém imagina o que pode acontecer? Quero opiniões!
Espero que gostem. Boa leitura



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Uma longa hora de espera passou e a senhora Lucas saiu do quarto, com algumas manchas de sangue no avental ainda.

— David, sua esposa acabou de acordar. Ela ficou muito fraca e teve um desmaio. Sugiro que ela fique em casa por um tempo. Ela e seu corpo eram muito novos pra parir uma garotinha grande e linda como essa. Mas vai ficar tudo bem. - No mesmo momento, o rosto de David se iluminou e ele olhou para a filha.

— Sra. Lucas... Só o que te oferecemos não será capaz de te recompensar pelo que vez por nós hoje! O que eu posso oferecer a mais? - O loiro exibiu os perfeitos dentes brancos e os olhos azuis num sorriso à parteira.

— Pare. Já ganhei o suficiente. Poderá me recompensar à mais quando entrar no quarto e ficar com sua esposa pelo resto do dia. Bem, preciso ir antes que toda essa neve aumente.

— Mas a geada está forte... Fique por aqui, amanhã lhe acompanho no caminho.

— Não, não. Tenho coisas à fazer, inclusive, mais um parto. É uma época de muitas crianças, David. E meu cavalo está ali fora, ele é forte, faremos o caminho de volta antes que anoiteça. Até mais! - Ela recolheu suas coisas de deixou a casa, antes mesmo que David pudesse agradecer mais. Assim que ela saiu, o homem foi até seu quarto.

— Snow! Você está bem?

— David. - Ela sorriu ao ver seu marido com a filha nos braços. - A senhora Lucas me disse que desmaiei por fraqueza. Demorei muito para acordar?

— Cerca de uma hora. Eu... Eu pensei que não fosse acordar. - Ele confessou, passando a mão nos cabelos da moça.

— Mas eu acordei.

— Ainda bem! Não sei o que faríamos sem você. Aliás, Emma me ajudou. Me manteve entretido durante as horas de espera e pediu junto comigo para que você acordasse.

— Emma? É uma menina? - Snow se emocionou e abriu um sorriso.

— É. E eu não podia dar um nome diferente senão esse que você pediu. - Ele entregou a filha para sua esposa. Enquanto ela carregava a menina, ele ficou de guardião das duas e ao mesmo tempo, admirando-as.

— Oi, Emma... Você é linda, meu bem. Eu e seu pai amamos você. Pra sempre.

David havia bem lembrado: A senhora Lucas disse que para Snow recuperar-se bem, deveria ficar em repouso por um tempo e a única coisa que Snow não fazia era repouso. No dia seguinte ao nascimento de sua filha, já teve de voltar ao castelo pra cuidar de Zelena e Regina.

— Snow, você sabe que não pode entrar com Emma no castelo. Sem falar no repouso que você deveria ficar... - David abotoou seu casaco grosso de pele de carneiro, pronto para sair.

— Bem, não importa. Eu preciso ir, David. Você sabe.

— Cuidado. Não faça nada que possa te colocar em problemas, certo?

— Prometo.

— Então eu vou indo. Os cavalos farão uma viagem longa hoje. - Ele despediu-se da esposa e da filha recém-nascida e saiu.

Snow agasalhou-se bem também, e enrolou Emma em quanto cobertores conseguiu, fechou a pequena casa de alvenaria, apagou o fogo e saiu em meio à neve até o castelo. Foi o percurso todo pensando em não encontrar Cora ou Zelena, sua mãe sempre dissera: “Quanto mais pensar em algo, mais isso tem chance de acontecer”. E isso nunca havia falhado até agora.

Assim que abriu a porta de madeira para os criados do castelo e entrou na parte de trás da cozinha, chamou alguma atenção das cozinheiras que vieram alegres ver sua filha. Quando a pequena Emma já tinha sido alvo demais, ela atravessou a cozinha e foi em direção ao saguão, quase correndo, esperando que Cora não percebesse a criança em seus braços.

— Snow? - Uma voz ecoou pelo corredor enorme dos aposentos reais.

No momento, ela gelou e paralisou. Passou um braço protetor por cima de Emma e esperou apenas o tapa em sua cara chegar. Mas ele nunca veio. A voz não era de Cora, e sim do rei Henry.

— Meu rei! - Ela reverenciou.

— Quem é essa criança linda? - Ele se distraiu e pegou na pequena mão da criança à sua frente.

— Essa é minha filha, majestade. Nasceu ontem. Por favor, não tenho com quem deixa-la e não posso parar de trabalhar agora, ainda mais que a rainha Cora tirou minha retribuição, e... Por favor, não me peça para deixa-la em casa. Eu realmente preciso que...

— Snow White. Calma! - O rei deu um sorriso terno. - Como assim minha Cora tirou sua retribuição? Porque? - Ele perguntou, mas recomeçou a falar no próximo segundo. - Não interessa, sei como Cora pode ser dura às vezes, mas ela é uma boa pessoa no fundo. Bem, sua retribuição está de volta. Diga ao banqueiro real que enviei você. - Ele tirou um pequeno papel do bolso, com o selo real. - Aproveite e entregue isso à ele, sim? Ele saberá o que fazer. E sua filha é adorável, White. Conheci sua mãe e embora eu duvide muito que alguém possa ser tão habilidosa com crianças quanto ela, acredito que pode cuidar muito bem dela e de minhas filhas. Não vejo nenhum problema em trazê-la pra cá, eu conversarei com a rainha.

— Ah, muito obrigada! Muito obrigada, rei Henry! Eu nem sei como agradecê-lo! Obrigada, majestade! - Snow abriu um grande sorriso e fazia uma reverência atrás da outra, enquanto tropeçava nas palavras.

— Não, não... Sem problemas. Bem, eu e Cora iremos à região sul, nos outros reinos de descendência Trakai tratar de negócios. Estaremos de volta em um mês. Zelena e Regina estarão sob sua responsabilidade.

— Claro. Claro, elas ficarão bem. Cuidarei delas como cuido de Emma agora.

—Não tenho dúvidas. Só não esqueça das novas obrigações de Zelena. - Ele falou já virando-se de costas.

— Certo. Boa viagem, majestade.

Lituânia - séculos XIV, anos 1355. - Castelo de Trakai.

O tão esperado verão chegara mais quente do que os verões anteriores, derretendo as geleiras formadas pelo inverno rígido há pouco findo. Os dias de sol eram a alegria das crianças do vilarejo e principalmente o de Regina, Emma e Zelena.

Com o tempo que Snow cuidava das princesas, o que era o dia todo, não via outra alternativa, senão levar sua filha junto para o castelo. A rainha Cora surtou quando ouviu a história da boca do rei Henry, mas relevou. Não queria passar pelo estresse de cuidar de suas filhas por conta própria, nem mesmo sabia como fazê-lo, e até encontrar alguém... Ah, era muita dor de cabeça desnecessária. Porém, ela interviu no acordo. Comunicou à Snow que a menina só poderia continuar entrando no castelo até que completasse 5 anos. Não queria que suas filhas tivessem contato com criados, e até cinco anos, Regina seria incapaz de distinguir qualquer coisa, então não faria diferença. O problema é que, não importava a idade que Emma tivesse, Snow não tinha ninguém que pudesse deixar Emma sob cuidados, então continuava a levar sua filha para o castelo escondida. Os reis andavam viajando demais e por longos períodos, então, quase nunca havia problema.

Além do mais, ela podia contar com a ajuda de Regina e Zelena, mais com a ajuda da mais nova do que com a ruiva. Regina e Emma tinham um ano de diferença apenas, e tinham uma ligação incrível. Cresceram juntas e viraram inseparáveis amigas. Era lindo de se ver, Snow afirmava, até que caía na consciência sua e lembrava que um dia, as meninas poderiam sofrer com o choque de mundos. Zelena era fria às vezes e se tivesse que dedurar Emma à Cora, o faria com certeza por medo da mãe, todavia, adorava brincar com a menina quando a loirinha de olhos verdes ia ao castelo.

— Gina, vamos brincar de pique-esconde lá fora? Finalmente fez sol! - Emma pediu.

— Mas... Sua mãe não pode deixar Zelena sozinha com o professor dela. Logo a aula acaba e nós poderemos sair.

— Ah, não! Vamos! Sua mãe chega hoje, lembra? E se ela quiser me mandar embora e eu tiver que me esconder de verdade?

Regina pensou, ponderou até que concordou, correndo até Snow, que estava sentada na grande mesa da sala de estudos com Zelena e o sr. Rodgers.

— Snow, eu e Emma podemos ir brincar lá fora?

— Claro. Mas cuidado, por favor.

— Tomaremos cuidado. Obrigada! - A morena sorriu. Snow certamente ficava cheia de alegria ao pensar na mulher que Regina iria se tornar, graças à criança que era. A princesa era diferente da mãe totalmente e havia inclusive conseguido amolecer um pouco o coração da irmã mais velha.

— Snow, eu quero brincar também! - Zelena contestou.

— Zelena, você sabe que deve terminar seu dever. O professor voltará logo para avaliar. Quando terminar você vai. Prometo.

— Mas eu odeio isso! Eu mal sei fazer! Me ajuda?

— Zel, você sabe que não posso te ajudar. Eu mal.... sei ler.

— Bem que minha mãe diz que você não serve pra nada! - Zelena cruzou os braços emburrada. A menina odiava ser contrariada.

No jardim, Emma e Regina correram até perto das outras poucas crianças que se reuniam próximas à grande macieira.

— Ei! Querem brincar? Eu e Regina queremos brincar de pique-esconde, mas só de duas é muito chato... - Emma enfiou a cabeleira loira no meio das crianças, roubando a atenção. Ela sempre fora muito extrovertida e inteligente demais para sua idade.

— Emma! Estávamos conversando! - Um dos garotos explicou.

— Bom, podemos conversar também, então?

As crianças olharam para trás e viram Regina, um pouco mais atrás, observando tudo.

— Não queremos conversar com ela. Regina é filha da rainha, ela pode à qualquer momento fazer qualquer maldade. E se ela entrar na conversa, logo vem a irmã dela.

— É... Emma, você pode conversar, mas ela não.

Emma encarou todo o grupo com cara de desdém.

— Acabaram? - Ela perguntou e eles fizeram que sim com a cabeça, de modo que, feito isso, Emma deixou o grupo.

— Mas, você não queria brincar, Emma?

— Se Regina não pode brincar junto, então não vou brincar com vocês. - A loirinha deu as costas e puxou a mão de Regina, vendo o grupo de crianças de afastar, revirando os olhos.

— Eles não gostam de mim. - Regina sentou-se no chão, ao lado da macieira, e pegou uma folha seca nas mãos.

— E daí?

— Eu queria que eles gostassem.

— Eu gosto de você, Gina.

A morena olhou para a amiga ao seu lado.

— Eu sei. Obrigada, Emma. Eu gosto de você também.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Algum palpite?
Comentem, curtam, falem comigo! :)
Obrigada por lerem e beijas de luz em vocês.



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