Living a Dream escrita por Fabi_M


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Demorei mais voltei! vou voltar e começar a postar com mais frequencia agora!

Musica tema: Mess of me - Switchfoot

I am my own affliction
Eu sou minha própria aflição
I am my own disease
Eu sou minha própria doença
There ain't no drug that they could sell
Não há nenhuma droga que me possam vender
Ah, there ain't no drugs to make me well
Ah, não há nenhuma droga que me faça bem
There ain't no drugs
Não há drogas
There ain't no drugs
Não há drogas
There ain't no drugs
Não há droga
It's not enough
Não é o bastante
The sickness is myself!
A doença sou eu mesmo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/69230/chapter/6

Edward POV.

 

         Eu deitei ao seu lado na cama, completamente acabado.

         Tanya era boa e puta que pariu, eu me divertia muito com ela, mas eu sabia que ela começaria com aquele papinho pós-sexo que me irrita.

         Acendi um cigarro e ela se agarrou em mim, eu tive uma grande vontade de afastá-la, mas reprimi isso, eu havia prometido a mim mesmo que tentaria ser um pouco mais gentil com as pessoas.

         - Oh Edward, sabe o que eu estava pensando? – ela falou melosamente.

         Oh que novidade baby, eu nem sabia que você podia pensar.

         - O que? – respondi sem interesse.

         Dei um trago em meu cigarro sentindo a nicotina passar por minha garganta e acalmar meu pobre pulmão que implorava por aquilo.

         - Nós transamos a tanto tempo – ela fez um beicinho nada atraente – Quero dizer, nós somos meio namorados não é?

         Eu sorri.

         Na verdade eu fui obrigada a rir.

         - O que é tão engraçado? – ela bufou.

         - Eu não tenho namorada Tanya – falei tentando ao máximo não ser rude – Eu não preciso, na verdade eu não quero uma namorada. Nós só somos... Amigos com benefícios.

         Ela me encarou em choque e eu já estava perdendo a paciência.

         Será que ela era tão burra assim?

         - Você nunca falou que me ama – ela mudou de assunto de repente.

         - Por que eu não amo.

         Ela pareceu ainda mais chocada e eu já estava me preparando para o que estava por vir.

         Por que diabos eu ainda venho fuder Tanya? Pensei entediado.

         Ah, por que você de certo adora se incomodar.

         - Você só me usa Edward! – ela se afastou de mim cobrindo seus seios – Só pra isso que você me quer? Só sexo? Você acha que eu não tenho sentimentos?

         Blá, blá, blá...

         - Eu nunca prometi nada pra você Tanya, você sabia da minha fama quando veio pra minha cama – eu falei rimando.

         Fala sério Edward, que coisa mais podre.

         Eu deixei um sorriso escapar por meus lábios e me levantei, procurando por minhas calças no chão do quarto de Tanya.

         Bom, pelo menos hoje ela não atacou nada em mim... Ainda.

         Era assim que eu geralmente deixava a casa das minhas... hm, amigas.

         A verdade é que elas gostavam de ouvir mentiras, todo aquele papo de “eu amo você”, “vamos fazer amor, oh deus, você é minha vida e eu nunca vou te abandonar”. E a questão era que eu não mentia para elas, não as iludia e mesmo assim elas me acusavam e me odiavam por ter quebrado seus lindos coraçõezinhos.

         Mas o que eu podia fazer se elas criavam expectativas?

         Como já dizia o ditado...

         Expectativa é a mãe da decepção.

         Ok, eu estava meio filosófico hoje.

         Mas a questão ainda era... Por que eu gostava tanto de ser o que as pessoas chamavam de “Garoto problema”? 

         Primeiro por que eu não suportava ser falso, e simplesmente sempre falei o que eu pensava. Eu queria sexo? Então eu estaria ali para transar e não para fazer amor, não precisava de mentiras para levar uma garota para cama.

         Por que apesar de todas me xingarem, a quem elas corriam nas suas horas de extrema excitação e busca por prazer? Edward Cullen.

         Quando queriam sexo casual? Edward Cullen.

         Quando queriam apenas uma foda, sem ninguém ligando no dia seguinte, sem compromissos, apenas ver estrelas e tchau? Edward Cullen.

         Na verdade, era eu quem deveria me sentir usado nessa história toda.

         - Você não ouviu uma só palavra do que eu disse? – ela gritou – Eu te odeio Edward! Eu não quero te ver NUNCA MAIS!

         Eu mantive meu sorriso enquanto vestia minha camisa.

         - Oh baby, você está partindo meu coração – ironizei – Sabe Tanya, meu numero continuará o mesmo, quando tiver com saudade liga baby.

         Ela pegou a bailarina de cristal que estava em sua cômoda e jogou na minha direção.

         Wow, agressiva. mordi meus lábios Acho que é por isso que você simplesmente não consegue parar de transar com essa vaca loira.

         Mandei um beijo em sua direção e sai dali.

         Eu geralmente ficava feliz depois de transar, mas hoje simplesmente eu não consigo, talvez por que amanhã vai começar as aulas que eu ainda sou obrigado a freqüentar.

         Eu tinha reprovado, faria dezoito e ainda estava no colegial, mas ao contrário do que os outros pensam eu não sou burro, eu só não nasci pra estudar, perder meu tempo em meio a tanta coisa que eu nunca vou ter a chance de usar na minha vida.

         O meu pai simplesmente não entendia isso.

         Então eu era obrigado a terminar meus estudos.

         Coloquei minha jaqueta e peguei meu capacete que estava em cima da mesinha e fui em direção a minha única paixão.

         Minha Ducati.

         Uma perfeita opção para alguém como eu, digamos assim que eu sou apaixonado por adrenalina e velocidade.

         Essa paixão só era superada pela minha banda.

         Yeap, eu tinha, ou melhor tenho uma. Mas com o meu jeito Masen de ser eu fodi tudo transando com a vocalista.

         Nem era preciso dizer que Jacob e Emmett ficaram putos comigo e agora nós procurávamos por uma garota ou um cara que saiba cantar, mas parece que isso era raro aqui, então estávamos passando por maus bocados eu diria.

         Acionei o portão de minha casa e estacionei minha belezinha na garagem, entrei deixando boa parte das minhas coisas espalhadas e encontrei meu pai deitado no sofá com uma garrafa de uísque vazia em sua mão.

         Ultimamente tinha sido assim, depois que minha mãe havia morrido ele ficara inútil, a empresa dele e da minha mãe já estava a beira da falência e tudo que tínhamos era o seguro de vida que ela tinha, que eu costumo receber, e uma herança também em meu nome que ela havia deixado.

         Eu o entendia, tudo fora bastante doloroso para nós. Mas já havia passado da hora dele se erguer, afinal aquele dinheiro não duraria para sempre.

         Não que eu fosse essencialmente uma pessoa materialista, mas era mais fácil levar as coisas na frieza e deixar minhas tristezas para depois, me lamentar em quatro paredes, apenas eu e o retrato de minha mãe.

         - Charlie – eu o cutuquei – Charlie acorda.

         Ele piscou e despertou com um olhar de puro pavor.

         - E-Edward?

         - Quem mais poderia ser?

         - Edward precisamos conversar. – ele passou as mãos em seu cabelo.

         Ops, esse não era um sinal nada bom.

         -  O que foi dessa vez? – falei de mau humor me sentando no sofá a sua frente.

         Ele passou a mão por seus cabelos quase inexistentes, um gesto que ele tinha apenas quando estava nervoso.

         - É que... – ele respirou fundo e desviou-se de meu olhar – Bom, você sabe que eu tenho acesso a conta bancária que a sua mãe deixou pra você não sabe?

         Ok, agora sim eu estava ainda mais confuso.

         - Não sabia, mas o que isso tem haver?

         Ele me encarou e seus olhos pareciam cansados e sofridos. Eu tive pena dele... Eu sabia que ele realmente amava minha mãe e perdê-la o deixou totalmente sem rumo.

         - Eu perdi – ele falou sem voz – No jogo, eu perdi tudo.

         - COMO É QUE É? – eu já perguntei alterado.

         - Acalme-se Edward – ele levantou – E-Eu não sabia o que..

         - O Inferno que você não sabia Charlie! – Berrei ainda não acreditando.

         Como que ele apostaria toda a minha herança assim? O meu futuro, o dinheiro que minha mãe guardara sua vida toda para mim.

         - Mas me ouve.. – ele tentava falar e eu me levantei nervoso.

         - Ouvir o que Charlie? Mais de suas desculpas? E agora vamos fazer o que? A empresa está quase falindo, e nós estamos sem dinheiro e você virou um bêbado fudido que só quer jogar! E agora qual será a próxima? Minhas ducati? Nossa casa?

         Charlie abaixou a cabeça.

         - Tá na hora de enfiar juízo nessa cabeça – falei ainda alterado – Minha mãe não iria gostar de ver você assim, e muito menos ver você acabando com uma fortuna que demoraram anos para construir. Eu cansei dessa merda toda Charlie.

         Ele assentiu.

         - Então é só isso? Eu encontro você bêbado dormindo no sofá, você me fala que estamos pobres e bom, ponto final?

         - Acontece Edward que a sua Ducati também vai ter que ir. – ele falou receoso se afastando um pouco de mim.

         E eu simplesmente surtei.

 

BPOV.

 

         Três semanas.

         Haviam se passado três semanas, e eu já estava morando em Londres.

         Eu tentava a todo custo bloquear minha memória, esse era o meu guia. Estava naquela de “não pense, só haja.” Eu não estava como um robô ou algo catatônico do tipo, eu apenas havia colocado um parede, uma barreira quilométrica me distanciando de todos aqueles acontecimentos...

         - Bella, você está pronta? – Ouvi Carlisle me chamar.

         Sim, outra área que eu havia progredido.

         Carlisle, Esme e até mesmo Jackie que estava longe estranharam minha melhora, assim, de um dia para o outro... Mas o que eles não sabiam, é que eu estava apenas, recomeçando.

         Exatamente como funcionava o cérebro humano, quando sofria uma dor muito grande. É tanta dor que ele não consegue processar, então simplesmente o anestesia. Você não sente. Não quer dizer que está curado, Mas é um alivio mesmo que seja momentâneo.

         Me olhei mais uma vez no espelho.

         Eu havia modificado mais uma vez meu cabelo, ele agora tinha as pontas mais claras, me deixando ainda mais rebelde. Sem contar a argola preta que agora adornava meu nariz e o piercing brilhante que eu havia colocado no umbigo.

         Eu ia a um jantar com meu pai, estariam lá pessoas importantes, como seu novo sócio e mais alguns médicos.

         Então eu resolvi ir um pouco mais comportada já que tinha um sobrenome a zelar..

         Revirei meus olhos.

         Encarei mais uma vez a garota estranha do espelho.

         Todos os traços delicados e puros haviam sumido, seus olhos antes brilhantes, agora pareciam mortos.

         Mas eu não me importava. Tudo que eu queria era a minha nova vida em Londres, uma nova pessoa.

         Ajeitei meu vestido preto, um tubinho de veludo que ia até a metade de minhas coxas, eu usava também uma bota preta de salto fino com tachas, meias da cor da pele, meu habitual lápis de olho, uma sombra escura e um batom rosa.

         - Ainda não me acostumei com tanta mudança – Esme apareceu na porta.

         - Nova vida, nova Bella. – respondi simplesmente.

         Peguei minha jaqueta de couro um pouco cumprida e a vesti.

         Ela me olhou estranhamente e eu preferi ignorar.

         Desci as escadas rapidamente e meu pai me fitou com o mesmo olhar estranho, eu não culpava as pessoas, até eu mesma estava me estranhando um pouco.

         Uma mudança chocante eu diria.

         - Vai ficar me admirando a noite toda? – perguntei descontraída.

         Ele olhou para mim e meu piercing no nariz.

         - Você podia ao menos tirar isto não é Bella? – Ele falou com um pouco de repulsa.

         Eu sorri.

         - Faz parte de quem eu sou agora papai – Coloquei entonação na ultima palavra – Agora vamos?

         Ele acenou e nós seguimos para o jantar.

         Nós seguimos na sua BMW preta e sem o motorista, Carlisle tentava puxar assunto comigo o caminho todo e eu dava respostas curtas, não querendo prolongar todo aquele papel de pai-e-filha-amorosos.

         - Chegamos – ele murmurou enquanto para o carro em frente ao restaurante luxuoso.

         Descemos e meu pai entregou as chaves ao chofer que demorou um pouco mais do que devia com seus olhos em mim.

         Carlisle o encarou e eu revirei meus olhos mais uma vez.

         Qual era a dele de super-pai-protetor  agora?

         Eu não podia negar que o restaurante era lindo por dentro, decorado em tons de perola com vermelho, era magnífico.

         - Em que posso lhes ajudar? – perguntou o metri com um forte sotaque.

         - Somos convidados de Demetri – Carlisle murmurou – Sou Carlisle Cullen e esta é minha filha Isabella Cullen.

         O metri nos olhou rapidamente e acenou.

         - Me acompanhem por favor.

         Nós fomos atrás do metri que nos levava para uma área mais reservada do restaurante, as pessoas nos olhavam e cochichavam a todo instante, e eu queria saber o que estava errado?

         Todos ali se vestiam formalmente, com penteados e tudo mais, muito engomadinhos, sem graça alguma.

         E todos me olhavam como se eu fosse um ET ou algo do tipo.

         Eu apenas sorria, a cabeçinha fechada daquelas pessoas me divertia, se elas soubessem...

         Nós chegamos as mesas reservadas e parecia que estávamos atrasados, por que só haviam dois lugares restantes naquela longa mesa, o metri nos deixou a vontade e todos nos olharam.

         Eu não fazia a mínima idéia de quem eram aquelas pessoas, e tampouco elas me conheciam.

         Eu era a filha revoltada de Carlisle, desde o começo... Mas só agora isto fora se refletir em minha aparência.

         Não que eu ligasse para esses rótulos ridículos, mas era um pouco embaraçoso ver todos me fitarem, surpresos.

         Na certa eles estavam esperando um protótipo de Barbie ou algo assim.

         - Boa noite senhores! – Carlisle assumiu uma postura um tanto quanto descontraída – Me desculpem pela demora, essa é minha filha Isabella Swan.

         Eu recebi alguns comprimentos e logo a conversa pareceu fluir assim que nós sentamos na mesa, as mulheres acompanhadas de seus respectivos maridos me olhavam com desdém, havia também duas garotas da minha idade sentadas próximas a mim que cochichavam e riam de algo.

         E continuando a olhar eu reparei que havia um cara moreno, excepcionalmente lindo, usando uma jaqueta de couro e pelo o que pude ver uma camisa branca por baixo, ele parecia extremamente entediado assim como eu, seu cabelo era curto e parecia ser macio, ele ergueu sua cabeça encontrando meu olhar e eu pude fitar seus olhos castanhos que tinham um brilho estranho.

         Ele sorriu exibindo seus dentes brancos, e acenou com a cabeça.

         Eu como a pata que era só me limitei a um sorriso fraco e corei desviando de seu olhar e me concentrando no prato a minha frente.

         E o resto da janta fora isso, eu mexia meu garfo preguiçosamente sem fome alguma e lançava olhares furtivos para o cara moreno perto de mim.

         As meninas ao meu lado perceberam o quanto ele olhava em minha direção e lançavam aqueles olhares desdenhosos. Ocasionalmente eu respondia algumas perguntas vindas de algumas senhoras, e corava quando percebia que tanto o garoto moreno com sua pele maravilhosamente bronzeada tanto o outro loiro que estava ao seu lado me olhavam.

         É, eu nunca fora acostumada com a atenção do sexo oposto.

         Respirei fundo tentando reprimir aqueles sentimentos que eu tentava tanto trancafiar a sete chaves dentro de mim. Eu podia sentir a queimação em minha garganta e em meus olhos, mas eu sabia que as lágrimas não viriam, simplesmente por que não existiam mais.

         Subitamente me senti claustrofóbica naquele restaurante, eu precisava de ar, de algo alcoólico, até mesmo de um cigarro.

         Precisava urgentemente fugir dessa maldita realidade.

         Uma seqüência de imagens passaram por minha cabeça, tudo o que eu queria esquecer estava ali, em meu subconsciente, guardado, me atormentando.

         Tomei um longo gole do vinho da taça de Carlisle e o mesmo me olhou assustado.

          - Você está bem Bella? – ele perguntou baixinho.

         - Não – respondi rapidamente – Se importa se eu for tomar um ar? Não é nada sério, só estou meio tonta.

         - Quer que eu vá com você? – Por que tanto cuidado comigo agora droga? Será que ele não via que eu só queria ficar um pouco sozinha?

         - Não precisa – me levantei pegando minha bolsa de mão – Volto logo.

         Ele acenou e eu fui a toda para saída, eu precisava de um cigarro.

         Sim, eu havia contraído mais um hábito nada saudável, mas que se foda certo? Aquilo me acalmava.

         Do lado de fora do restaurante luxuoso eu me encostei na parede, um pouco afastado da entrada e abri minha bolsa em busca do meu maço de cigarros, peguei um e comecei a procurar por o meu mais novo isqueiro zippo, que tinha até uma bandeira da Inglaterra.

         O problema é que ele não estava ali, e eu já estava me irritando profundamente.

         Bufei irritada e foi quando eu vi uma mão morena estender um isqueiro aceso bem na minha frente. Olhei para o encantador dono daquela mão milagrosa e vi que era o mesmo moreno do restaurante.

         Lentamente eu me estiquei, colocando a ponta do cigarro ali e puxando uma grande quantidade de ar.

         Aos poucos senti a nicotina e o sabor adocicado do meu LA Cherry me acalmar.

         - Obrigado – respondi timidamente com um sorriso.

         - Não por isso – ele falou com um sotaque britânico sexy – Ah e prazer meu nome é Jacob Black.

         Eu o fitei e ele me olhava de um jeito estranho, provavelmente ele esperava uma resposta.

         E eu só o fitava como uma débil mental. Claro, Ponto pra você Bella.

         - Er, o meu é Isabella, mais pode me chamar de Bella – falei corando.

         - Então Bella – ele sorria me olhando – É a filha do Carlisle, sim?

         Assenti enquanto levava mais uma vez meu cigarro a boca.

          - Todos os sócios queriam te conhecer, sabe, seu pai nunca trouxe ninguém da família para esses jantares, e bom – ele falou em um tom divertido – Carlisle sempre falou muito bem de você.

         Essa era nova. Eu quase me engasguei com a fumaça.

         - Tem certeza? – falei no mesmo tom brincalhão – Acho que decepcionei boa parte deles então.

         Ele riu.

         - Nem todos – ele piscou e eu corei.

         - Então você ainda está no colegial? – perguntei.

         Por que sinceramente ele parecia estar na faculdade ou algo do tipo, dei uma boa olhada nele e ele era evidentemente musculoso, o típico cara bad boy.

         - indo pro ultimo ano – ele manteve seu sorriso hipnotizante – E você?

         - Também.

         - Vai estudar na Constantine School?

         - É, já estou matriculada, não tem como escapar – levei mais uma vez meu cigarro a boca.

         Ele riu mais uma vez.

         - Então somos dois.. – ele voltou a me fitar – Mas veja pelo lado bom, estamos a um passo da faculdade.

         - Não vejo lado bom nisso – sorri.

         - Bom, vejo muitas vantagens... Sabe, você vive a metade do tempo bêbado, em festas e coisas do tipo.

         Balancei a cabeça ainda com um sorriso.

         Era estranho isto, desde que eu cheguei aqui essa era a primeira vez que eu realmente sorria por que tinha vontade.

         - É você me convenceu – ri – Então acho que a gente vai ser ver no colégio certo?

         Ele ia me responder quando o loiro que estava sentado ao seu lado na mesa apareceu na porta com um sorriso sacana.

         Observei ele caminhar sinuosamente em nossa direção e percebi que ele era tão lindo quanto Jacob, e tudo, absolutamente tudo nele irradiava sexualidade.

         A manga cumprida de sua camiseta estava dobrada até seus cotovelos e eu podia visualizar o finalzinho de uma tatuagem em seu braço esquerdo, seu cabelo estava bagunçado propositalmente, e seus olhos verdes pareciam compenetrados, e seus dentes eram perfeitamente brancos.

         - Hey Jacob – ele manteve seus olhos em mim – Agora sim eu vejo o por que de você sair de lá tão rápido.

         Jacob revirou os olhos.

         - Esta é Bella – ele falou rapidamente – E Bella este é Jasper.

         - Prazer. – falei um pouco corada.

         Jasper veio em minha direção pegando minha mão direita e beijou como um lord inglês.

         - O prazer é todo meu Bella – pude sentir seu hálito quente nas costas de minha mão.

         Jacob bufou.

         - A Alice ainda não te ligou não? – soltou acidamente.

         Jasper sorriu de novo para mim enquanto soltava minha mão e encarou Jacob.

         - Ela está a caminho... – ele voltou seu olhar para mim – Filha do Carlisle hun?

         Assenti jogando a bituca de meu cigarro no chão e pisando em cima.

         - Então você deve ser nova em Londres... – ele sorriu – Bom, se precisar de algum guia, ou algo do tipo...

         - Jasper! – Jacob falou exasperado.

         - Calma Jake, eu só ia falar para esta bela senhorita, que nós estamos a disposição. – ele olhou para Jacob e logo em seguida voltou a me fitar.

         - Sei – Jacob murmurou e balançou a cabeça – Mas é verdade Bella, nós conhecemos as melhores baladas de Londres..

         Hmmm, será?  Eu cogitei a idéia de sair com Jacob, mas era um pouco prematuro demais... Eu havia acabado de conhecer o cara! E além do que eu definitivamente não estava pronta pra ficar com outro cara.

         Mas ele não está pedindo para transar com você Isabella, é só sair, se divertir. Meu lado - recém descoberto – insano argumentou.

         - Estou aberta a convites – sorri fracamente.

         Medo. ele ainda me atormentava muito. Medo de sair, medo de me deparar com algum... com algum cara que me fizesse mal.

         Mas eu tinha que superar isso, eu tinha que curtir a minha nova fase, eu tinha que começar a curtir a minha vida.

         - Então você tá afim de ir? – Jacob me olhava.

         Ok Bella, agora era oficial, o cara acha que você tem problemas mentais.

         - Er, desculpa, onde? – murmurei.

         - Jasper e a namorada, eu e mais alguns amigos nossos estamos indo a um bar, com Karaokê e tudo mais, você quer ir? – ele me olhava com expectativa.

         Hm, então Jasper tinha namorada? Sorri.

         Homens não prestam, mesmo.

         Suspirei  e olhei para Jasper e Jacob. E bom eu tinha que concordar que ele eram lindos. E não iria me fazer mal algum beber um pouco e relaxar, certo?

         - Sim, adoraria – sorri para eles – Só me deixe avisar meu pai...

         Jacob assentiu e Jasper se afastou um pouco para atender seu celular.

         Fui para dentro do restaurante ignorando os olhares hostis, e fui até meu pai, que estava sentado ao lado de um senhor moreno em uma cadeira de rodas.

         - Car.. Pai – me corrigi – É, bom eu vou sair...

         - Sair? – ele me olhou assustado.

         - É sair com uns amigos meus... – mordi meus lábios – Jacob e Jasper, que estavam sentados aqui... Eles me convidaram para ir em um lugar com a namorada do jasper..

         - Eu não sei não Isabella... – meu pai começou.

         A qual é! ele mal ligava pra mim quando morávamos em São Francisco, e agora ta assim, todo super-protetor.

         - Deixe ela ir Carlisle – o cara moreno falou com um sorriso – Jacob é meu filho, ela está em boas mãos.

         Uh, bota boas mãos nisso – corei com esse pensamento.

         - É pai, o Jacob é legal! Eu prometo não voltar tarde ok?

         Ele bufou e olhou pra mim e para o cara.

         - Ok, quero você em casa antes da uma! Afinal amanhã começam as suas aulas.

         - Sim, sim. – dei um beijo em sua bochecha e um breve aceno para o moreno ao seu lado e sai.

         Jacob me esperava na porta, e junto com ele estava Jasper e uma garota baixinha com seus cabelos repicados, que me lembrava um pouco a Jackie.

         - Hey – sorri envergonhada.

         - Olá meu nome é Alice – a garota veio até mim me cumprimentando com um meio abraço.

         - Prazer Alice, me chamo Isabella, mas pode me chamar de Bella.

         Ela sorriu.

         - Tudo bem Bella, agora vamos? – ela olhou para Jasper – O pessoal já está lá, só Edward que não vai poder ir.

         - Por que? – Jacob questionou e nós andamos até o outro lado da rua.

         - Problemas com seu pai – ela falou e todos reviraram os olhos.

         - Edward é o cara problemático da turma – Jacob sussurrou.

         Eu meio que estava estranhando tudo isso... Por que em São Francisco as pessoas não eram assim... tão amigáveis.

         Bom de certo seria por que eles já conheciam meu pai, e tudo mais...

         Jasper e Alice foram um pouco mais a frente conversando baixo e eu fiquei um pouco mais atrás com Jacob.

         - Se importa se nós formos com a minha moto? – ele sorriu.

         [i]Vestido e moto?[/i] Er... não tinha outra opção mesmo não é?

         - Não, por mim tudo bem – sorri ainda tímida.

         Nós começamos a andar para sua moto, conversando sobre o clima, a cidade, colégio e tudo mais, Jacob era um garoto muito simpático e não tentava ficar dando em cima de mim toda hora, ou algo do tipo, ele percebeu que eu era tímida e estava tentando me deixar a vontade.

         - Então Bella, o que você gosta de fazer... sei lá, nas horas vagas? – ele riu.

         - Ah, só compor, tocar violão, cantar em baixo do chuveiro – eu acompanhei sua risada.

         - Você compõe? – ele me olhou de esguelha enquanto montava em sua moto e me ajudava a subir.

         - É – coloquei o capacete – Eu tento.

         - Sério? Eu também – ele deu partida na moto – Bom, você vai ter que me prometer que vai deixar eu ver suas musicas, estou extremamente curioso.

         Eu ri.

         - Ok, quem sabe um dia desses - Segurei em sua cintura quando ele começou a andar.

         Ele andava rápido, eu queria até sentir medo, mas era impossível, ok, o cara era quente, o que eu podia fazer?

         Segurá-lo mais apertado, que tal?

         Sorri para mim mesma.

         Alguns minutos depois nós chegamos a um bar, realmente o lugar não parecia ser dos melhores, era um daqueles bares que tinha uma espécie de palco onde algumas pessoas arriscavam tocar e o pessoal dava gorjetas, parecia ter mais pessoas jovens, em sua maioria diferentes, roqueiros, alguns com o estilo mais alternativo e tudo mais.

         Era um lugar que antigamente eu jamais concordaria em ir.

         Bom, antigamente...

         - então o que achou? – Jacob seguiu ao meu lado enquanto sentávamos.

         - Parece ser legal – sorri timidamente.

         Ele cumprimentou uma porção de gente, e eu apenas acenava quando ele falava meu nome para as outras pessoas.

         Nós sentamos com Alice e Jasper, um grandalhão que se eu me lembro bem se chama Emmett, e outro rapaz moreno como Jacob que se chamava Seth.

         Ambos pareciam ser bem simpáticos, e conversavam comigo a todo instante, percebi que Emmett era mais do tipo brincalhão e Seth parecia ser   como ele, fazendo piadas a todo instante.

         Foi bom, rimos bastante, e eu já poderia dizer que me daria bem com eles.

         Nós estávamos tomando algumas cervejas, coisa que antigamente eu também não faria...

         Digamos que eu estava quebrando alguns malditos hábitos de boa moça.

         Alguns cantores já haviam passado pelo palco, e meu deus, eram muito ruins! Eu não vaiava nem nada, mas sentia vergonha alheia por eles... Ao contrário de mim, os caras não poupavam... Elogios.

         - Cara, como a gente vai encontrar um vocalista pra banda assim? – Emmett soltou.

         - É por que definitivamente tem que ser um cara – Jasper concordou – Por que vocês sabem...

         Jacob e Seth assentiram.

         - Vocês têm uma banda? – perguntei enquanto dava um gole na minha Heineken.

         - Sim – Jacob sorriu – É uma parada que começou no colégio sabe? Nós estávamos até conseguindo a gravadora, mas a vocalista saiu da banda...

         - Só que nós não desistimos – Jasper falou com convicção – Eu sei que parece estúpido mas, bom é uma espécie de sonho pra gente.

         - Não parece estúpido – Sorri – Isto é legal, vocês tem que correr atrás dos sonhos, aposto que acharam um bom vocalista.

         - Sabe, eu gostei da sua amiga Jacob – Seth falou rindo.

         Revirei os olhos.

         - Então, vocês todos estão na banda?

         - Eu sou baterista – Emmett falou pomposo – Jacob é baxista, Edward que não está aqui é guitarrista e backing vocal, e Jasper as vezes fica no teclado ou na guitarra também.

         - E eu sou meio que empresária – Alice falou brincando e se virou olhando para Jasper com ternura – E fã numero um, não é amor?

         - Com toda certeza – ele falou beijando-a com fervor.

         - Eww, vão arranjar um quarto! – Seth falou tacando um amendoim neles.

         - E Seth é nossa fã numero dois, não é? – Emmett falou levantando a sobrancelha sugestivamente.

         Seth revirou os olhos e tacou outros amendoins em Emmett.

         Nós bebemos mais algumas rodadas de cerveja e eu estava consideravelmente mais solta.

         - Meu deus! Esse cara canta muito mal! – Comentei com Jacob.

         - Eu também to achando – ele sorriu pra mim – Bells por que você não vai lá? Você não disse que canta?

         - Você canta Bella? – Emmett falou um pouco alto demais.

         - A Bella vai cantar! – Seth anunciou alegremente.

         Puta que pariu, por que eu fui abrir minha boca mesmo hein?

         - Não, só no chuveiro mesmo... – falei corando muito.

         - Arranja um chuveiro que a Bella quer cantar – Emmett berrou arrancando risadas de quem estava a nossa volta.

         - Muito engraçadinho – falei corando ainda mais – Mas obrigado, não quero ser vaiada.

         - A canta vai! – Jacob fez um carinha de cachorro perdido – Eu quero ouvir uma das suas musicas!

         - Não Jake... – falei tomando mais um gole da minha cerveja.

         - Cante Bella – Alice me incentivou com um sorriso – Eles não vão parar de pegar no seu pé enquanto você não o fizer, até mesmo eu já cantei aqui, vai lá, ninguém aqui vai vaiar para você ou eu me vejo com eles – Ela lançou um olhar feio para os garotos.

         - Uhhh, ninguém vai querer arranjar briga com essa baixinha aqui – Jasper riu – Vai Bella.

         - OK OK – falei bufando – Uma musica só!

         Jacob sorriu.

         - Vou avisar o Ben – ele saiu e foi até o cara que anunciava os cantores.

         Jacob voltou e eu tomei mais alguns goles até o Ben chamar meu nome.

         Eu senti um frio na barriga enquanto tomava mais um longo gole e tirava coragem de algum lugar desconhecido.

         Decidi tocar *Just Tonight, eu a sabia a mais tempo e poderia tocar facilmente no violão.

         [N/a: A musica na verdade é da banda The pretty reckless, aqui o link para quem quiser ouvir http://www.youtube.com/watch?v=h_C203e_t0c]

         Me levantei sentindo a maioria dos olhares em mim, eu estava vestindo apenas o meu vestido preto que era relativamente curto e minhas botas de cano longo e o salto alto.

         E eu levei algumas cantadas e assovios, tá isso era no mínimo encorajador.

         Peguei no violão da mão do Ben e ele sorriu.

         - Salva a noite hoje garota – ele riu – Por que tá difícil.

         Dei uma risadinha sem jeito.

         - Vou tentar.

         Subi no palco e os olhares estavam cravados em mim.

         Eu já havia cantado assim, bom o lugar que eu havia ido era um pouco mais acolhedor mas mesmo assim, não poderia ser tão difícil assim...

         Ajeitei o violão, mexi um pouco nas cordas e ouvi o Emmett soltando urros de incentivo, sorri ainda timidamente.

          - Essa musica é de minha autoria – falei em meio aos incentivos – E se chama Just Tonight.

         Comecei a tocar o violão e a letra parecia fluir de mim, como acontecia quando eu tocava, eu fechei meus olhos momentaneamente e quando os abri foquei em na mesa onde meus novos amigos estavam, eles me olhavam espantados.

 

Just tonight I will stay
Só hoje eu vou ficar
And we’ll throw it all away
E nós vamos jogar tudo fora
When the light hits your eyes
Quando a luz atingir seus olhos
It’s telling me I’m right
Ele está me dizendo que estou certa
And if I, I am through
E se eu, eu sou apenas metade do que eu era
It’s all because of you
É tudo por causa de você

 

         Eu fiz como sempre fazia, deixando minha voz fluir, minha emoção transparecer através da musica, aquele era meu meio de expressão, de confissão, de colocar pra fora o vazio, o oco dentro de mim.

 

But here I am and I can’t seem to see straight
Mas aqui estou e eu não consigo ver direito
But I’m too numb to feel right now
Mas eu estou muito insensível para sentir agora
And here I am watching the clock that’s ticking away my time
E aqui estou eu, olhando para o relógio que está marcando meu tempo
I’m too numb to feel right now
Eu sou muito insensível para sentir agora
Just tonight
Apenas hoje

         Negro, tudo negro aqui dentro, era assim que eu me sentia, vazia, oca, incompleta. Mas em cima do palco, com um violão tudo mudava, eu sentia uma parte de mim estremecer, era como se eu pertencesse aquele lugar.

 

But just tonight I won’t leave
Mas só hoje eu não vou ir embora
I’ll lie and you’ll believe
Eu vou mentir e você vai acreditar
Just tonight I will see
Só hoje eu vou ver
It’s all because of me
É tudo por causa de mim

Just tonight I will stay
Só hoje eu vou ficar
And we’ll throw it all away
E nós vamos jogar tudo fora
When the light hits your eyes
Quando a luz atingir seus olhos
It’s telling me I’m right
Ela está me dizendo que estou certa
And if I, I am through
E se eu, eu sou metade do que eu era.
It’s all because of you
É tudo por causa de você

Just tonight
Apenas hoje
It’s all because of you
É tudo por causa de você

Just tonight
Apenas hoje
It’s all because of you
É tudo por causa de você

         Eu deixava minha voz fluir, tudo a minha volta ficava mais colorido, mais bonito, mesmo ali naquele bar barra pesada, as pessoas que me olhavam atentamente, todas diferentes, com vidas diferentes e demônios pessoais, era como se elas deixassem tudo isso pra trás, como se essas diferenças sumissem, por um motivo, por uma razão.

         A musica que fluía, a realidade que fugia, o mundo que desaparecia.

         Sorrindo eu terminei os últimos acordes, e a “platéia” batia palmas freneticamente, e quando eu estava para sair Emmett e mais boa parte do pessoal começou a gritar “mais uma, mais uma”.

         Olhei pro Ben e ele assentiu com um sorriso.

         Bom como diz o ditado, já que eu estou no inferno.. abracei logo o capeta.

         - Ok, Ok – falei brincando – Mais uma então.

         Ouvindo os gritos da platéia eu me animei ainda mais.

         - Então vou cantar agora uma da Ida Maria – falei enquanto o Ben achava no Karaokê já que essa eu não conseguia no violão.

[n/a: A musica é I like you so much better when you're naked - Ida Maria para quem quiser ouvir: http://www.youtube.com/watch?v=VkVy2FeqIyc]

         Eu me animei nessa, digamos que um pouco demais.

        

All the clever things I should say to youThey got stuck somewhere, stuck between me and you
Todas as coisas importantes que eu deveria dizer à você, elas se prendem em algum lugar, algum lugar entre eu e você
Oh I'm neverous, I don't know what to do
oh, estou tão nervosa, e não sei o que fazer
Light a cigarette, only smoke when I'm with you, oh
acendo um cigarro, eu só fumo quando estou com voce

What the hell do I do that for?
Por que diabos faço isso?
You're just another guy
Você é só mais um cara
Ok, you're kinda sexy but you're not really special
ok, você é sexy pra caralho, mas você realmente não é especial

         Eu mexi meus quadris no ritmo da musica enquanto cantava e me deleitava com a sensação da platéia cantando junto comigo.

         Era contagiante.

But I won't mind
Mas eu não me importaria
If you take me home
Se você me levasse pra casa
Come on take me home
Venha logo e me leve para casa
I won't mind
Eu não me importaria
If you take off all your clothes
Se vicê tirasse toda a sua roupa
Come on take 'em off
Anda logo, tire-as logo!

         Eu cantei o refrão ainda mais animada dançando, remexendo os quadris, eu não estava afim de ser sexy ou algo do tipo, eu só estava ali, curtindo as pessoas que cantavam e se mexiam junto comigo, eu realmente estava me divertindo.

         A musica acabou e eu vi que a Junkie Box estava cheia, aquilo era uma espécie de gorjeta para que cantava, eu pedi para Ben que ficasse com aquilo, como pagamento pelo o que consumimos.

         - E então? – sorri quando eu cheguei à mesa.

         Até Alice me olhava surpresa.

         - Caaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaara – Seth e Emmett falaram em coro e pareciam duas crianças que ganham carrinhos novos.

         - Você arrasou Bella – Alice sorriu – Sério, você canta muito bem!

         - Porra Bella – Emmett sorriu – Eu só não prestei muito atenção na segunda musica, sabe, mais você canta bem e Deus, rebola bem também.

         Eu ri envergonhada do olhar sugestivo que ele havia me dado.

         Jake ainda me olhava de um jeito meio estranho, assim como Jasper. Como se os dois estivessem pensando a mesma coisa ou algo assim.

         Nós continuamos bebendo ali até duas horas da manhã, Jacob me fez prometer que assistiria algo com ele depois da aula que eu apenas concordei sem saber o que era.

         Jacob estava me levando para casa e agora, um pouco mais animada do que devia, eu deixei minhas mãos um pouco soltas por seu abdômen.

         - Bella – ele sorriu quando nós paramos na frente da minha casa – Chegamos.

         Oh mais estava tão bom ali... Jacob era tão... Quente.

         Suspirei e me afastei dele antes de eu fazer alguma besteira.

         Tirei o capacete e entreguei para ele.

         - Então... – eu sussurrei umedecendo meus lábios.

         Notei que aquele movimento prendeu sua atenção.

         Ele tirou o capacete também e seu olhar por um segundo prendeu o meu.

         - Você vai depois da aula no ensaio da banda? – ele sorriu.

         - Sim, mas como vocês vão ensaiar sem vocal?

         - Edward vai mostrar suas novas composições e cantar – Eu me aproximei um pouco mais enquanto ele falava.

         - Hmm – mantive um sorriso bobo em meus lábios – Eu vou sim Jake, obrigado por hoje eu me diverti bastante, o pessoal é bem legal.

         - Que isso Bells – ele riu e eu me senti confortável perto dele – Nós saímos sempre, e você estará sempre convidada.

         Nós ficamos em um silencio momentâneo, e instintivamente eu me aproximei, seu olhar intercalava-se entre meus olhos e meus lábios, eu estava prestes a beijá-lo.

         Se não fosse a droga do senhor Carlisle que resolveu aparecer ali bem naquela hora.

         - Olá Jacob – Ele o cumprimentou – Vamos Bella, entre já está tarde.

         Eu aposto que estava totalmente ruborizada.

         - Ok já vou – murmurei.

         Dei um beijo demorado na bochecha de Jacob.

         - Obrigado Jake, te vejo no colégio – sorri e me virei indo para casa.

         Ele deu um aceno e em seguida colocou seu capacete e deu partida em sua moto.

         Fui direto para o meu banheiro ignorando as perguntas toscas do meu pai. Tirei rapidamente minhas roupas e tomei uma ducha rápida.

         Assim que deitei em minha cama eu pensei que essa noite havia sido boa, que eu realmente havia curtido, e dado risadas como nunca.

         Olhei para o porta retrato de minha mãe que repousava na cabeceira ao lado de minha cama.

         Ela estava linda ali, com seu sorriso tímido porém feliz e único, e de repente eu me senti... protegida.

         Minha mãe estava ao meu lado.

         Não importava qual ruim fosse a situação ela estaria ao meu lado, e quando eu fosse correr atrás de meus sonhos, ela me ajudaria.

         Peguei o porta retrato e o segurei firme contra meu peito, me deleitando com aquele sentimento, e aos poucos cai em meio aos meus sonhos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então o que acharam? deixem seus Reviews

beijos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Living a Dream" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.