Gilbert Grissom

Se tivesse de responder, diria que sim, já havia feito sexo casual, antes de Judy e não apenas uma vez. Porém, ver Sara ser tão direta falando aquilo, me deixou impactado e sem respostas. Ela seguira os seus instintos, os mesmos que eu tinha quando me encostei a ela. Senti meu membro enrijecer e foi o único motivo de afastar-me dela, não queria que ela percebesse.

Engoli seco.

Sabia o porquê do sexo casual. Sara não queria envolvimento. Não queria apaixonar-se. Mas com ela eu não queria apenas sexo casual. Isso para mim parecia absurdo, ao mesmo tempo em que não sabia por quanto tempo poderia negar meus instintos e me render a ela nem que fosse somente a uma vez.

— Não acho que seja correto. – Engoli minhas palavras enquanto saia o quarto de Sophia, Arthur ficara dormindo muito bem no berço.

Ela me seguiu e fechou a porta para que Arthur descansasse.

— Por quê?

— Por que como você mesma disse é uma menina inexperiente, teve apenas um homem e somente uma vez na sua vida, não poderia viola-la de tal modo. Seria algo completamente horrível de minha parte, não sei ser gentil ou delicado. – Tentei fugir. – Você ainda não sabe da metade que deveria saber sobre o assunto.

— Por que não me ensina? Nunca pedi para ser gentil ou educado. Se não fosse você seria qualquer outro homem, mas eu tenho desejo por você, e você por mim. Senti o calor de seu corpo agora quando estava junto ao meu, senti seu... Você enrijecer...  – Sara corou ao mencionar meu membro e então soube que ela havia percebido mesmo com meu afastamento. – Você também quer não me diga que não.

— Eu nunca disse que não queria. – Sorri malicioso. – Só disse que não seria certo.

— Sei que não estou tão bonita quanto antes, que estou magra por conta da má alimentação, que algumas costelas aparecem, e que pareço frágil...

— Você está linda. – Sorri pegando suas mãos.

— Então você nunca infringiu uma regra na vida? – Ela me lançou um olhar. – É a última vez que vou lhe perguntar, e vou respeitar o que você desejar. Você quer?

Suspirei. Queria e não podia. Era como ter o que mais desejava nas mãos, tão perto de mim e saber que era errado aceitar.

Joguei meus pensamentos para o alto.

— Foda-se. – Disse para mim mesmo, e a peguei no colo levando para seu quarto, a deitei sobre sua cama e em seguida fui até a porta para trancá-la. – Você tem certeza? – Perguntei e ela assentiu.

Arranquei minha camisa e a joguei no chão, em seguida sentei na cama ao lado de seu corpo deitado, e seus olhos fixos em mim. Por um momento vi alguma incerteza em seu olhar, o mesmo olhar que me devorava.