Sara Sidle

Ele já estava sobre mim. Quando senti seu corpo do meu, foi quando senti também o desconforto em minha barriga o que fez lembrar-me de algo. Parei o beijo quente, relutando em separar minha boca da dele.

— Gil, não... – Murmurei.

— Por que Sara? – Ele disse levantando-se e se sentando ao meu lado.

— Eu não posso. – Tenho certeza que ruborizei nesse momento.

— Por?

— Por que assim... – Estava completamente envergonhada, o que era algo meio contraditório pensando que a alguns meses éramos totalmente íntimos. – Sabe que... – Procurava as palavras para falar, e no fim acabava rindo sozinha.

— Sara, você está sem jeito de me dar um fora? – Ele me perguntou sério, porém vendo minha face ele também sorria, isso me deixava ainda mais sem graça.

— Não estou te dando um fora. O problema é que eu sou mulher, e...

— Sim, exatamente por isso que estou aqui, se fosse um homem provavelmente o único lugar aonde não ia me encontrar era em seu quarto. – Brincou.

— Pode parar de me interromper. – Falei fingindo estar irritada. – Não torne tudo mais difícil.

— Certo. Prossiga.

— Então, como disse sou mulher, e a mulher tem uma época em que fica com os hormônios a flor da pele, com cólicas, dor de cabeça, bipolar, enfim. E por conta disso ela também não pode fazer certas coisas, por mais que queira. – Levantei meus olhos por fim, impactando em seu olhar azul penetrante, franzi o cenho procurando saber se ele havia entendido aonde eu iria chegar.

— O que você está querendo dizer-me é que está menstruada e por conta disto não pode transar. Certo?

Apenas acenei com a cabeça positivamente.

— E precisa de toda essa enrolação para isso Sara? – Ele negou com a cabeça rindo. – Era só falar.

— Você parece que não entende que eu nunca tive intimidade com ninguém, para mim não é fácil me abrir assim. 

— O que eu não entendo é como não me avisou disso antes. Estou sozinho em um quarto com uma mulher em alerta nível máximo, correndo risco de vida diante de qualquer mudança de humor, e você nem me previne. – Ele brincou.

Peguei um travesseiro da minha cama e joguei contra sua cabeça.

— É exatamente disso que estou falando. – Caímos na gargalhada, e por um momento esqueci-me de todos os problemas. – Mas agora falando sério Sara, olha o estado que você me deixou. – Ele apontou então para o volume visível sobre sua calça. – Vai ser uma incrível batalha de cinco contra um. – Brincou.

Levantei-me então murmurando perto do seu ouvido: 

— Talvez eu possa resolver isto para você de outra maneira. – Falei com malícia.

— Sar, não precisa...

— Gil, - Foi até a porta do quarto e garanti que estivesse trancada. – é um bom momento para que eu pratique tudo que me ensinou. – Pisquei maliciosamente.