Chácara dos Sonhos de Flores escrita por danszsz


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Curti muito escrevendo essa SasuSaku sz

E me desculpe a demora a postar, Iz. Sabia que você queria muito ler algo SasuSaku faz um tempo, e quando eu comecei a escrever esta eu queria que ficasse bem pra mim mesma antes que eu pudesse postar e te mostrar. Espero que assim como me agradou, essa história também te agrade, pois foi feita com todo o amor sz

No mais, tenham uma boa leitura xD



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Chácara dos Sonhos de Flores

 

Aos finais de semana quase sempre íamos à chácara do avô da Sakura, simplesmente para passar o tempo nos divertindo com alguns dos primos de Sakura que por vezes apareciam por lá (ou só nós dois mesmo). Na chácara do vô Haruno da Sakura tinha um lago bem afastado da casa e dos animais, esse que foi nosso lugar preferido por anos.

Quando éramos crianças – quando Sakura levava a turma da escolinha pra lá –, sempre éramos todos vetados de ir pro lago (que até hoje ainda existe), porque ficava do outro lado da ponte. Era totalmente proibido ir lá naquela época porque tinha um buraco enorme por onde a ponte abria caminho, e as recomendações eram que nós não passássemos por ela de nenhuma forma, para que não caíssemos da ponte. Mas eu era o que podíamos dizer de garoto teimoso e curioso, porém sozinho e sem interesse em envolver quaisquer pessoas em minhas aventuras particulares. Bom, era isso até Sakura me notar querendo burlar as regras da chácara de seu avô quando eu tinha dez anos.

A Chácara dos Sonhos de Flores permaneceu ampla desde aquele tempo. Nas fotos podemos ver que naquela época tinha mais animais que os hoje, pois o velho Haruno acabou ficando desgostoso com uma queda que sofreu a um tempo (a queda o impossibilitou de fazer grande parte do amava fazer: cuidar de seus animais e andar no seu trator. Por isso se desfez da maioria de seus animais). Adorávamos os animais; eles eram o que mais nos chamava atenção. Os cavalos sendo selados, as vacas sendo ordenhadas, os coelhos por todos os lados, galinhas com seus inúmeros pintinhos... era o que nós mais gostávamos de fazer; olhar cada um deles e fazer perguntas pra Sakura, já que ela era uma espécie de guia turístico para nós.

Na primeira vez que eu fui a essa chácara eu não estava tão afim de ficar zanzando de um lado pro outro descobrindo animais que eu nunca tinha visto tão de perto. Era fantástico sim, mas eu estava saindo de uma gripe medonha e ainda permanecia um pouco sem ânimo e com o corpo molenga. Estava cansado, e queria sair (sem ser notado) do alcance de Sakura e de nossos colegas. Foi fácil planejar uma fuga, já que ninguém prestava tanta atenção nos outros. O local para onde decidi fugir era justamente o lugar totalmente proibido, e eu e meus instintos de guri rumamos pra lá. Não se tratava mais de um lugar para descansar, mas sim um lugar para explorar. Me senti na total obrigação de ir. Meus pés até formigavam para que eu saísse dali e passasse pela ponte proibida

Fiquei parado esperando que todos se afastassem, e quando estavam numa distância segura eu pude concluir que nem Naruto (um dos colegas da classe que era barulhento) sentiria minha falta; estava a todo tempo abobado com os animais. Se nem ele sentiu minha falta e se alarmou, ninguém mais sentiria. Esperei somente eles ficarem entretidos o bastante com Sakura falando sobre os tratores enormes, que ficavam logo após a baia dos cavalos, e cheguei à beira da ponte proibida, e a atravessei-a vagarosamente. Vi que embaixo não tinha nada além de uma vegetação mais verdinha – estranhei, porque ali deveria ter um lago ou um abismo, mas era só mais verdinho ali –, mas tomei todos os cuidados possíveis a atravessar a ponte. Vai que eu caía e existisse um jacaré lá embaixo só a minha espera? Senti medo depois que atravessei, mas logo isso fugiu dos meus pensamentos. Avistei a melhor paisagem da minha vida enquanto criança. Contemplei-o em total silêncio por alguns segundos.

― Todo mundo foi pra casa comer biscoitos que a mamãe fez. Você não vai? – Perguntou Sakura, bem atrás de mim. Podia jurar que eu havia atravessado sozinho aquela ponte e chegado do outro lado sozinho também. Mas não, era como se Sakura estivesse me seguido e estava me observando observar o pequeno lago que tinha em nossa frente. O tempo todo, desde que pus os pés na ponte. 

Ela estava sentada na ponta da ponte, e me contemplava como se o que eu fiz (o quebrar de regras) fosse o mais natural possível. Olhei-a bem, na tentativa de afasta-la dali com meu olhar ou apenas encontrar algum tipo de brincadeira e/ou ressentimento ruim sobre o que fiz, no olhar dela.

― Não, eu to bem aqui. – Foi o que respondi, desafiando-a a me mostrar o que queria com o interrogatório.

― Imaginei... É o lugar mais interessante daqui. Tem os animais e tudo mais aqui na Chácara dos Sonhos de Flores, mas aqui é tão bom... você sente o cheiro do verde, do azul, do amarelo... – Dizia ela se referindo ao verde da natureza, azul da água e amarelo do sol. Ou era isso ou eu imaginei demais, mas a paisagem... fazia milagres.

Ficou sorrindo ali sentada, agora observando o além atrás de mim. Podia jurar que ela via muito a mais do que eu podia ver quando contemplava aquele azul do lago.

― Realmente é muito bonito. Desculpe se...

― Não quer entrar na água? Deve está ótima a água! – Ela me interrompeu. Levantou-se e foi em direção a margem do lago, que ficava bem após de onde eu estava. 

Pensei por um segundo se minha mãe ficaria chateada se eu entrasse na água, pelo simples fato de eu poder permanecer com a gripe por causa disso. Pensei também se eu estava com vontade; eu ainda estava molenga por conta da gripe e... e vendo que eu estava pensando muito em responder, ela me disse que eu não me preocupasse com as roupas, ela daria um jeito. Eu aceitei. A água estava ótima. E eu não adoeci mais nesse período.

Aquele foi o nosso primeiro contato mais “íntimo” de todas as nossas vidas. A gente entrou de roupa e tudo dentro da água e brincamos por vários minutos. Dentro do lago, quando estávamos de repouso e cansados de brincar, eu me prontifiquei de pedir desculpas por ter quebrado a regra da ponte e ter vindo parar ali. Não disse o que eu queria fazer porque pareceu bobo no momento, e então ela me explicou que seu avô ficaria muito chateado se alguém caísse da ponte, e por isso ela mesma havia criado a tal regra, para tranquiliza-lo e fazer com que ele a deixasse trazer seus amigos. Por isso me seguiu; era seu dever me proteger.

Depois daquele momento só nós dois na casa do avô dela tudo mudou entre nós, que antes éramos somente coleguinhas de turma. Eu nunca tinha falado com ela em particular (só nós dois), e como eu era criança eu não tinha interesse em brincar com garotas. Até então eu não tive contato com nenhuma garota. Sakura foi a primeira, a primeira de todas em todos os aspectos. Ela passou a ser a pessoa que mais se importava e a que era mais importante pra mim dentre minha turma de escola. Posso dizer que daquele dia em diante, na escola, passamos a ficar a maior parte do tempo juntos, já que tínhamos algo a compartilhar.

Após esse episódio de nossas vidas, passamos a compartilhar também os nossos colegas particulares. Os meus eram somente meninos enquanto os dela eram somente meninas. Foi difícil pra alguns aceitarem ter a presença do sexo oposto em sua rodinha, mas no final das contas foi a melhor coisa a ter sido feita. E os colegas que tínhamos em particular formou-se numa roda de amigos incrível (e somos essa roda de amigos até hoje). Mas, de todos, e para mim, Sakura era a melhor. E passou a ser a minha primeira (e única) melhor amiga.

Ela era incrível, e eu a admirava muito. E isso só aconteceu por eu ter descumprido com um combinado que me foi imposto quando eu era criança. Mas se me perguntassem hoje se eu teria feito algo do tipo novamente só para conhecer outra pessoa incrível eu diria que não. Eu já tinha Sakura, pra que outra? Além do mais, após um mini dialogo com seu avô, eu passei a ter um medo das pessoas desconhecidas. Fui muitas vezes àquela chácara (com ou sem os amigos da escola), e não fui imune às perguntas do velho Haruno sobre eu ter escapulido das vistas de Sakura numa tarde de sábado que havia acontecido há alguns sábados atrás. Ele me assustou. Aquela face dura dele era mais do que um cartão de visita, era quase como uma placa “cuidado, avô raivoso”. Passei algum tempo evitando ver ele nos olhos depois o mini interrogatório, mas depois de um tempo indo à sua chácara eu diria que fiquei amigo do velho Haruno.

Viramos de casa, um do outro. Era tão normal eu aparecer na casa dela (que não era na chácara do avô) quanto ela na minha. Conheci todos os primos de Sakura que moravam na cidade e alguns que moravam em outros estados, assim como ela também conheceu os meus e minhas tias (que por sinal amavam ela tanto quanto minha mãe). Depois de uma vida eu estar sempre com ela na casa de seu avô, sempre que eu e o velho nos encontrávamos sozinhos, ele me dizia pra eu tomar conta de Sakura na escola, o que significava que ele queria que eu ficasse perto dela e a protegesse do que ela não poderia se proteger sozinha; como um irmão. E foi o que me tornei, e sou até hoje.

A puberdade foi uma época épica; foi quando as coisas ficaram bem diferente entre nós dois. Minha voz estava ficando mais grossa e os pelos começaram a aparecer pelo meu corpo, além de eu perceber algumas espinhas em meu rosto e ter ficado maior que minha mãe. Sakura também estava mudando. Aquelas sardas que tinha em seu rosto ficavam mais evidentes a cada dia, assim como as que ela tinha nas costas (que só fui perceber quando a vi de biquíni no lago, de costas), no entanto, o que estava evidente eram as pequenas curvas que seu corpo estava tomando. Estávamos crescendo, e do mesmo jeito que víamos a mudança do corpo um do outro, presenciamos alguns episódios constrangedores, tais como (os que nunca mais vou esquecer):

 

1. Ela ter ficado menstruada e ter sido eu a tomar as devidas providências para que ela não sofresse algum tipo de vergonha na escola;

2. Eu ter ficado com meu “amiguinho” alegre e ela ter notado e me avisado que estava visível tal coisa.

 

Foram ambas as coisas vergonhosas. 

Eu não sabia como dizer a ela, mas entendia (em partes) o que significava aquele vermelho em sua calça. Se eu fosse menina, sem dúvida, seria bem mais fácil de chegar nela e dizer o que estava acontecendo. Mas eu era menino. Tinha que, no mínimo, ser discreto acima de tudo. E fui. Fui tão discreto em cobrir a parte manchada em sua calça que nem ela notou meu estranho comportamento em abraça-la na frente das meninas e envolver meu casaco em sua cintura e pedir que ele permanecesse lá até que eu pedisse ele de volta. O intervalo estava quase terminando quando eu a chamei pra perto de mim (afastado do nosso pessoal) e disse que eu não estava passando bem, pedindo que ela me acompanhasse em casa. Recebemos a autorização de ir pra casa e assim que colocamos os pés pra fora da escola eu disse a verdade, sobre a mentira de eu estar passando mal, sobre sua calça manchada e sobre o que o casaco significou. O casaco foi meu primeiro presente dado a ela.

Nunca vou saber como é entrar nessa fase em que todas as garotas entram e o que sentem a partir daquilo. Só que, acho que senti o constrangimento de Sakura quando eu lhe contei sobre o que estava acontecendo com ela naquele dia, e isso aconteceu quando ela me livrou de um constrangimento ridículo na frente de nossos amigos.

Era normal nossa turma falar de tudo durante o intervalo; assunto de meninas e meninos. Tínhamos quase quinze anos e estava evidente que esses assuntos seriam conversados numa hora ou outra, independentemente com quem fosse. E lá estávamos nós, falando sobre relações sexuais. Ok, ninguém era expert no assunto, acredito eu que nenhum ali tinham tido sua primeira vez, e acredito também que por eu não ser experiente no assunto o meu “amiguinho” resolveu “aparecer”. Ela viu. Eu vi que ela viu. Ela viu que eu vi ela vendo, e ninguém mais viu aquilo porque ela me puxou bruscamente para fora da nossa rodinha de amigos. Sorte a minha por não ter quase ninguém na escola naquele dia.

Foi naquela fase da minha vida que me perguntei o que seria de mim sem Sakura. Poderíamos passar por qualquer vexame que tudo voltava ao normal, o que significava que éramos mais que amigos, possíveis irmãos de outra mãe. Mas uma coisa também me perturbava nisso tudo, e poderia ser cedo demais para eu me perguntar esse tipo de coisa, mas seria errado achar que Sakura era a mulher que eu queria ter? E foi exatamente pensando nisso que notei que eu estava possivelmente perdendo tempo, pois uma hora ou outra ela encontraria um garoto por quem se apaixonaria e daria adeus ao seu amigãozão e irmãozão que me tornei para ela. Ela continuava sendo aquela pessoa que conheci aos dez anos de idade, mas parecia que a garotinha Sakura não era somente o que eu via nela. Era notável que ela tinha crescido e mudado (eu próprio tinha mudado meus conceitos), só não sabia o quanto ela me afetava e o quanto me afetaria dali por diante. E isso me atormentava mais que um espinho cravado no centro do meu pé.

O lago, que era e sempre foi presente em nossas vidas, me mostrou o que era ter ciúme de algo que eu não tinha posse. Além de eu já ter me prontificado a ajuda-la com alguns dos animais na chácara (após a queda se seu avô), ainda continuávamos tomando banho nele quando podíamos, apesar de tudo. Entretanto... não mais sozinhos como tomávamos quando criança. Vê-la de biquíni já não foi mais um problema para mim, consegui dizer para mim mesmo que o corpo era dela e ela vestiria o que quisesse e quando quisesse. Mas vê-la no lago com seus primos me fez tomar algumas providencias urgentes para um possível primeiro passo em relação ao que eu sentia por ela.

Num primeiro momento, achei que minha atitude havia sido a pior de todas. Qual o ser humano teria coragem de beijar sua amiga? E o pior, ela era a sua melhor amiga. Nenhum em sua sã consciência faria isso, pois estaria obstinado a duas coisas: 1. Ficar com ela por um tempo sabendo que se não desse mais certo nunca mais se tornaríamos amigos de novo. 2. Não ficaria com ela e ela não entenderia o que eu estaria pensado, e, a amizade iria esvair-se aos poucos por conta do mal entendido. Mas ok, se éramos amigos e sempre saíamos de saias justas e voltávamos a ser o que sempre fomos. O que teria de mal num beijo? TUDO. Porque um beijo demonstraria várias coisas, essas que eu estava sentindo; se trata de um íntimo mais íntimo que eu e Sakura éramos um para o outro. 

Estávamos tão a sós que aquela situação estava me deixando inquieto. Já estávamos a sós desde que todos os seus primos já tinham ido embora (pois seu avô estava descansando e a mãe de Sakura fazia o jantar enquanto eu e Sakura estávamos na varanda, sozinhos). Ela estava na rede e eu na cadeira de balanço, ambos se balançando. O ranger da rede e da cadeira estavam me deixando louco. O sol ia embora aos poucos me deixando mais a sós com Sakura do que poderíamos ficar. E antes que ele fosse embora eu resolvi pedir para me deitar com ela na rede, antes que eu perdesse a coragem de fazer tal coisa. Tão serena como sempre, ela me deixou entrar na rede afastando-se para que pudéssemos nos encaixar bem nela. Era de total normalidade que tenhamos feito isso comparado a qualquer coisa que tenhamos feito ali na chácara e em qualquer outro lugar, nunca sentimos que era errado ou indevido estarmos perto demais como numa rede. Mas agora eu estava sentindo. Comecei a balançar a rede devagar para que aquilo saísse de mim, e estava funcionando. Notei que ela me ajudou a balançar a rede também; nossos pés em sincronia por vezes pisava no outro; ríamos disso.

Estar deitado ali com ela me deixou tenso pela primeira vez. Fechei os olhos em busca de uma ideia melhor para me tirar desse sufoco. Nossos pés passaram a não pisar mais no do outro porque ela encolheu os dela pra dentro da rede, e me senti como se estivesse sozinho. Vários sentimentos vieram à minha cabeça. A queria mais que tudo. O medo me torturava demais.

Lembrei de vários momentos em que estive com ela; os dias de chuva que lhe faziam ficar triste, os dias de sol que a faziam radiante, os dias nebulosos que a deixavam tão amena quanto o ser mais graciosos que existisse. Quantas vezes estive com ela? Quantas vezes ela esteve comigo? Incontáveis vezes. Aconcheguei-a mais em meu peito até achar que ela estava dormindo, com suas pernas em cima de mim, e dei-lhe um beijo no topo de sua cabeça. Com certeza estava dormindo. Ainda de olhos fechados, tirei-a do meu peito delicadamente e fiz com que nossos rostos ficassem um ao lado do outro. Quase tive a impressão de que aquilo foi fácil demais, mas eu só estava nervoso mesmo e não reparei que a mudança de posição na rede era a coisa mais normal do mundo.

Eu só tinha uma chance de pelo menos beija-la um dia, e era aquela. Estava nervoso dela acordar e não gostar e tudo mais, mas era tarde demais para um outro plano. Aos poucos fui me equilibrando somente num braço, para que pudesse ficar o suficientemente perto para poder enfim beija-la. Abri meus olhos para que eu acertasse ao menos a boca dela, e mais surpreso que nunca, quando os abri, ela estava lá de olhos abertos em uma determinada concentração nos meus que estavam recém abertos. Ela analisava meus olhos, como se buscasse entende-los. Sem pensar duas vezes eu acariciei seu rosto e deixei meus lábios encostados nos dela. Poucos segundos depois eu já me odiava, pelo simples fato de ter permanecido de olhos abertos vendo que ela ainda observava meus olhos enquanto eu não saía daquilo. Foi então que ela pegou meu rosto com as duas mãos e fez um carinho em minhas bochechas, e aprofundou aquele beijo; relaxando seus olhos fazendo com que os meus também relaxassem e se fechassem como os dela.

Eu nunca tinha sequer beijado alguém na minha vida, e esse era o menor dos problemas no momento. Só queria que ela se sentisse tão bem quanto eu estava me sentindo com o beijo, mas era quase impossível que eu soubesse. Porém, aquelas sensações que vibravam em meu corpo me deixavam cada vez mais certo de que ela também estivesse sentindo. Era como se eu precisasse tanto daquilo que se eu tivesse esperado por mais algum tempo eu teria explodido. Deixei que minha mão que estava em seu rosto fosse repousar em sua cintura, somente para que eu não perdesse o equilíbrio que eu estava quase perdendo.

Meu rosto queimava, minha pele queimava, tudo meu estava quente o suficiente para deixa-la do mesmo jeito. O ar não faltava e ainda não tínhamos nos desgrudado. Eu estava feliz por não ter sido rejeitado e por estar sendo o melhor primeiro beijo da minha vida, e esperava que no mínimo eu não estivesse sonhando. Abri meus olhos somente para ter a certeza de ela estivesse mesmo ali; e ela estava, com as mesmas sardas que eu conhecia. Sorri. Fechei meus olhos novamente e senti ela rindo sob meus lábios.

Não sei quanto tempo durou aquele beijo, mas tive que interrompe-lo para estabilizar a dor que sentia no braço. Posso dizer que aquele dia foi tão especial quanto no dia seguinte; o dia que começamos a namorar, num domingo. 


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Notas finais do capítulo

Espero que não tenha ficado bugado por causa da formatação. Posto em dois lugares (SocialSpirt e Nyah!) e ambas as formatações me parecem diferente. Caso aconteça, farei o possível pra arrumar logo.

Se houver erros de digitação, também peço desculpas. Foi revisado várias vezes (sou alguém que sempre que dá aquela lida verifica erros e os ajusta) com muita atenção, mas se tiver algo errado não hesitem em falar.

No mais *-*
Beijos de marshmallows



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