Do you remember us? escrita por Agatha DS


Capítulo 52
Capítulo 52 - To the room.


Notas iniciais do capítulo

GENTE EU TINHA ESQUECIDO DE POSTAR ESSE CAP AQUI, POSTEI APENAS NO SPIRIT, DESCULPEM X.X



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 Após um longo banho, eu estava pronta, não consegui comer nada, meu estomago estava completamente embrulhado, eu tomei apenas um pouco de chá de camomila. A angustia não me dava nem um segundo, meu coração ainda parecia ser apertado por uma mão forte, eu lutava muito comigo mesma para não chorar, e colocando na cabeça que ele iria acordar assim que a anestesia saísse se deu organismo, eu preciso dele, preciso do meu Damon.

 Após uma desgastante conversa com Dani sobre eu não ter comido nada, ela me levou de volta para o hospital, a transferência seria em uma hora. Assim que cheguei vi minha mãe e Lilly de mãos dadas encarando o nada, e minha mãe se agitou ao me ver.

 - Está se sentindo melhor filha? – ela perguntou assim que parei na sua frente.

— Um pouco – menti, ela não precisava ficar preocupada comigo.

— Elena – ouvi uma voz grossa atrás de mim, e levei alguns segundos para reconhecer, me virei e vi um rosto pálido, lindos cabelos castanhos bagunçados e olhos tristes me encarando.

— Nick – sussurrei, ele caminhou até mim e me abraçou com força, deixando seu rosto em meus cabelos.

— Me desculpa Elena, eu fui muito idiota, eu não deveria ter dito nada daquilo, nem agido daquela forma, eu deveria ter ficado ao seu lado – sua voz estava enrolada.

— Está tudo bem Nick, já foi – acariciei os cabelos de sua nuca. – Será que podemos conversar em outro lugar? – eu reparei o olhar irritado de Lilly, o que era muito compreensível, e não queria que ela ficasse com raiva de mim. – Eu volto já, se adiantarem a transferência me avisem por favor. – ela assentiu e eu sai da sala, com Nick me seguindo.

 - Como você está? – ele me encarou por um longo segundo.

— Honestamente, não estou nada bem.

— Você ainda o ama não é? – ele perguntou abaixando a cabeça.

— Nick eu me lembrei de tudo – com o indicador em seu queixo levantei seu rosto, e seus olhos encontraram os meus. – Eu estou muito confusa com tudo.

— Agora você vai voltar para ele não é? Você vai me deixar.

— Nick não é tão fácil assim – suspirei, nem eu estava entendendo muito bem o que deveria fazer – mas agora, eu não sou a pessoa que você vai querer estar.

— Você acha que se suas memórias não tivessem voltado, e ele não tivesse sofrido esse acidente, você acha que nós daríamos certo? – ele me pegou totalmente desprevenida com essa pergunta, eu não sabia o que responder.

— Eu não sei Nick. – tive que ser sincera.

— Eu me importo muito com você Elena, desde o primeiro dia que eu te vi, algo em mim sempre sentiu uma necessidade de estar por perto de você.

— Nick você foi um amigo incrível, e um namorado muito bom, mas no momento eu só consigo me concentrar em Damon.

— Eu entendo, você o ama.

— Sim, eu o amo.

— Espero que ele acorde Elena – seus olhos tinham sofrimento, e ele estava ainda mais pálido. – Eu te amo, e espero que tudo se acerte na sua vida, mesmo que seja com ele.

— Ah Nick – eu não consegui controlar, o abracei com força, envolvendo meus braços em seu pescoço, e deixando as lagrimas caírem livremente, naquele momento ele era o Nick, meu amigo.

— Elena – minha mãe apareceu atrás de nós – A transferência é em dez minutos.

— Tudo bem, eu já estou indo.

— Vai lá Lena, boa sorte – ele sorriu e beijou meu rosto.

— Espero que você ainda queira ser meu amigo.

— Sempre vou ser seu amigo Elena – ele sorriu e soltou minha mão.

 Vi Nick caminhar para o elevador, suspirei e puxei todo o ar possível, com dificuldade, e voltei para a sala de espera, Lilly me olhava diferente.

— Ainda quer ir com meu filho? – ela perguntou, e pude ouvir irritação em sua voz.

— Lilly, eu amo o Damon, mais do que tudo na minha vida, eu sei que fiz muitas burradas sem minha memória e a pior delas foi deixar ele, mas eu te prometo, que a partir de agora, eu não vou mais sair do lado dele.

 Sua expressão se suavizou, e ela me lançou um sorriso fraco, uma enfermeira veio me chamar, e me fez assinar alguns papéis.

 Caminhamos até o térreo e na parte de trás do hospital, eles colocaram a maca de Damon na ambulância, lagrimas ameaçaram voltar, e eu as segurei. Entrei na ambulância e me sentei no banco ao lado dele, segurei firme sua mão. Um paramédico estava sentado do banco do outro lado, em silêncio e prestando muita atenção em Damon.

 Não soltei a mão dele nem por um minuto, fiquei alisando as costas dela enquanto fazia uma oração silenciosa. Quinze minutos se passaram e então a ambulância parou, eu desci e logo depois eles levantaram a maca de Damon, com muito cuidado, e então o encaminharam levaram para dentro muito rápido, eu fui guiada por uma enfermeira até uma sala de espera reservada, ele havia ido direto para a UTI do hospital, e se houvesse melhoras em seu estado depois da transfusão ele seria levado para o quarto. Fiquei sozinha por cerca de dez minutos, e então minha mãe chegou com Lilly e Dani.

— Ele já foi para a UTI – disse voz a voz baixa. – Se a transfusão de sangue der certo, e ele reagir bem pode ir para o quarto ainda hoje.

— Vamos rezar para que dê tudo certo – disse minha mãe, eu apenas assenti.

 Eu estava muito cansada, meu corpo todo doía, e lutar com a dor em meu peito já havia virado uma sensação familiar, eu havia encostado a cabeça no ombro de Dani e cochilado por algum tempo.

— Você precisa ir para casa – disse minha mãe.

— Eu não vou mãe, desiste, eu vou ficar aqui até ele acordar. – olhei para Lilly, ela estava aparentemente cansada, seus olhos vermelhos e inchados estavam pequenos – Porque vocês não levam a Lilly até a casa do Damon? – perguntei, ela me lançou um olhar triste.

— Estou cansada, mas eu não quero ir para casa do meu filho, aguentar sua ausência lá... – ela não completou a frase.

— A senhora pode ficar no meu apartamento – disse olhando para Dani que assentiu – eu vou ficar aqui de qualquer jeito.

— Você tem certeza filha? – ela olhou para mim.

— Absoluta, eu aviso se houver qualquer mudança.

— Tudo bem – ela suspirou – eu não tenho mais condições físicas para aguentar tanto tempo em uma cadeira dessas, mas por favor Elena, qualquer coisa é só me ligar, e eu volto imediatamente.

— Eu prometo. – ela sorriu e me deu um abraço, e aproximou os lábios de meu ouvido.

— Só estou indo porque é você que vai ficar, e eu sei o que você significa para o meu filho.

 Sorri fraco e ela saiu dali com a minha mãe, Dani estava sentada ao meu lado estralando os dedos.

— Que horas são? – perguntei.

— Onze e meia – meu Deus, arregalei os olhos, eu não achei que já era tão tarde, mal vi a hora passar.

— Você precisa ir para casa, precisa descansar. - disse vendo suas olheiras.

— Eu estou bem, vou ficar com você.

— Dani você ficou comigo o dia todo, não tenho palavras para te agradecer, mas você precisa ir, descansar, eu vou ficar aqui até ele acordar, isso ainda pode levar horas.

 Após uma longa discussão ela foi vencida pelo cansaço, me fez prometer que ligaria se algo mudasse, e então foi embora, me deixando sozinha ali na pequena sala de espera.

 Desde que eu chegara, ninguém passou por ali, e o meu nervosismo aumentava a cada minuto, estava esperando alguma noticia de Damon, e nada, encostei a cabeça na parede e estiquei as pernas na cadeira á minha frente, tentando ficar um pouco mais confortável.

 - Srta Gilbert? – uma mulher estava me olhando, estava com uma roupa toda branca e o cabelo preso num coque firme.

— Sim? – me endireitei na cadeira assustada, pisquei várias vezes fazendo meus olhos se acostumarem com a claridade.

— Sou a Dra. Reid, responsável pelo Sr. Salvatore – ela me lançou um sorriso delicado, fiquei em pé ao seu lado.

— Como ele está?

— Nós fizemos outra transfusão de sangue, seu estado ainda é muito critico – ela parou me avaliando, eu estava sem reação, não sabia o que dizer, só fui afundando ainda mais os ombros – Mas ficar na UTI pode ser pior para ele, com risco de alguma infecção, então vamos transferi-lo para o quarto em alguns minutos, vamos ver como ele reage até amanhã de manhã.

— Tudo bem.

— A cirurgia ajudou muito, mais alguns minutos e acho que ele não teria sobrevivido – a angustia de pensar que ele poderia não voltar mais me acertou com força total – vamos esperar o melhor ok? – ela passou a mão em meu braço, tentando me acalmar, eu apenas assenti.

— O quarto do Sr. Salvatore é o 506, quinto andar, se quiser pode ir para lá e esperar por ele.

 Fiquei aliviada que ela ia me autorizar a ficar com ele, mesmo não sendo familiar, eu poderia ficar ali ao lado dele, e apenas isso me passou uma sensação reconfortante.

 Eu segui até o quinto andar, e caminhei até o quarto 506, liguei para Lilly para avisar, mas ela não me atendeu e apenas mandei uma mensagem para Dani e pedi para ela avisar, ela me disse que Lilly tomou um calmante e estava dormindo profundamente.

 O quarto era de tamanho médio, as paredes cinza bem claro, uma cama no meio do quarto, e uma poltrona marrom no canto á frente, e do outro lado duas cadeiras comuns. Me sentei na poltrona, eu estava nervosa, o estado dele não era nada bom, e só de pensar em não ter meu Damon de volta era assustador, um futuro que eu não quis nem imaginar.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? aguardo os comentários ok? :***



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