Pub escrita por Anna Valdez
Notas iniciais do capítulo
É meu primeiro One-shot, espero que gostem.
Calum jurou a si mesmo que jamais faria nenhum mal ao seu carro, mas, devido as circunstâncias que aconteceram em seu dia, ele não sabia se avia ou não fechado a porta do seu carro bem forte sem querer ou querendo muito.
Suspirou sentindo a chuva o molhando da cabeça ao casaco ao pé. Olhou para os lados bem rápido e atravessou a rua com as mãos nos bolsos da calça preta que ele usava.
Logo, ele estava do outro lado da rua, na outra calçada. Encarou a placa brilhante a sua frente por algumas frações de segundos e entrou dentro do Pub.
Com passos grandes ele caminhou pelo lugar. Conversas, cheiros, pessoas... Tudo era bem chamativo naquele lugar. Por mas que não passa-se de apenas mais um pub no meio de Sydney.
Passou os olhos pelo balcão enorme e logo caminhou até a única cadeira livre que ficava na frente do mesmo balcão de madeira arranhado. Ele se sentou e suspirou subindo o olhar para o garçom que já o encarava esperando seu pedido.
Calum foi rápido e logo já estava esperando o garçom voltar com sua bebida, já que, aviam chamado ele pra alguma mesinha dos fundos.
Como o garçom acabou demorando, Calum começou a olhar para os lados. Ele não conseguiu ver muita coisa do lado direito então olhou para o esquerdo. E la estava alguém bem diferente.
Uma morena que usava uma camiseta da Nirvana e uma leggin preta estava sentada do seu lado. Até ai tudo bem. Ela estava com apenas um brilho labial e encarava sem parar o livro que estava em cima do balcão. Um livro bem grosso com capa dura. A menina tinha a mão direita em cima do balcão enquanto a esquerda segurava um copo que estava em cima de um porta-copos do lado do livro.
Que tipo de pessoa consegue ler em um bar? Era isso que Calum não entendia. O bar estava uma barulheira só! Como ela conseguia ler na maior paz do mundo no meio daquele lugar?
Calum a observou por mais alguns segundos e viu que ela estava sorrindo de canto, o que foi bem estranho pois Calum tinha certeza que ela não estava sorrindo a meio segundo atrás.
—Boa noite. - A menina disse levantando a cabeça e olhando pra Calum com aquelas orbes escuras. - Posso ajudar?
Calum piscou algumas vezes confuso e logo entendeu que a menina ficou incomodada com o olhar tão longo...
—Ahn... - Calum engoliu em seco. - Não é nada, e que, como você consegue ler esse livro enorme no meio de um bar barulhento?
A menina riu, sorrindo.
—Você só precisa esquecer dos outros a sua volta. - A menina sorriu.
—Entendi. - Mentiu.
Esquecer os outros a sua volta? Que papo de hippie. E um papo muito furado por sinal, pois, se ela deveria esquecer todos a sua volta, como ela conseguiu ver Calum? É, pois é.
Depois de alguns segundos encarando a menina, a mesma abaixou os olhos pro livro e Calum olhou pra frente.
—Aqui está. - Garçom colocou o copo de Calum na mesa e antes que o moreno pudesse agradecer, o garçom saiu limpando um copo qualquer até algum lugar.
Calum olhou um pouco pra sua bebida no copo de vidro. Bufou pegando o copo e logo em seguida deu um gole bem rápido daquele líquido que desceu na sua garganta como uma lâmina. Após isso, colocou o copo de novo sobre o balcão.
Calum não era de beber, de jeito nenhum. Mas... O seu dia estava sendo horrível. Mais que horrível, estava sendo péssimo!
Ele ainda não acreditava que seu colega de apartamento tinha o expulsado de lá! Aonde ele iria ficar agora? Na casa dos pais? Pois bem, ele avia tentado. E advinhem só, os pais dele negaram. Sabe por que você foi expulso do seu apartamento? Porque você não pagou suas contas. E sabe por que você não pagou suas contas? Porque você não tem emprego! Você prefere ficar tocando com seus amiguinho invés de fazer algo de verdade! Foi o que seu pai disse no telefone.
Bufou ouvindo a voz dele soar pela sua cabeça e deu mais um gole na sua bebida.
—Dia difícil? - ouviu uma voz perguntar do seu lado.
Ele virou a cabeça um pouco para a esquerda e viu a garota bebendo um pouco de sua bebida. Logo depois, a morena encarou Calum com os olhos escuros brilhando por causa da luz.
—Difícil? - Calum riu - Difícil é apelido.
A garota riu.
—E você acha que bebendo em um bar vai resolver? - ela perguntou com uma voz tão doce que Calum pensou ter ouvido errado. Ela ia dar um sermão nele?
—Oh não, você conhece a minha mãe? - Calum olhou pro outro lado atordoado.
—Não, eu não conheço sua mãe. - A menina afirmou - Mas ela deve ser bem inteligente se fala as mesmas coisas pra você.
Calum virou a cabeça e encarou a menina.
— Olha. - Continuou a menina - Vir se embebedar não vai torna seu dia menos complicado.
—Mas vai me fazer esquecer.
—Por algumas horas. - A menina sorriu. - Sabe, eu já tentei isso. Me embebedar; Ir em muitas festas; Usar drogas. É legal por um tempo, eu sei, mas, resolve algum problema?
Calum deveria ter ficado de olhos arregalados quando ele ouviu a palavra drogas sair da boca da menina, pois, ela apenas o encarou sorrindo mais.
—Mas não tem muita coisa que eu possa fazer para melhorar o meu dia. - Calum respondeu, infeliz.
—Tem certeza disso? - A menina perguntou dando um gole na sua bebida. - Não há realmente nada ou ninguém que possa fazer o seu dia dar uma clareada?
A menina o olhava com expectativa e isso deixava Calum um pouco nervoso.
Nada ou ninguém? Bem... Espera.... Talvez tivesse alguém que pudesse ajudá-lo.
Calum sorriu para a menina já botando a cabeça pra funcionar e a mesma sorriu de volta.
—Você tem razão. - Calum sorriu.
—É claro que eu tenho. - A menina riu. - Já passei por isso.
—Mas e você? - Calum perguntou.
A menina ergueu uma sobrancelha o encarou confusa.
—O que você faz aqui? - Esclareceu Calum.
—Ah. Não estou vindo aqui dar uma escapada da vida, se é isso que está pensando. Estou apenas lendo esse livro para um trabalho da faculdade. - A menina disse.
Calum quase perguntou qual era o livro, mas, ele odiava conversa sobre estudos e tudo mais. Então essa pergunta fica como último caso.
—Nossa. - Calum riu - Espero que você tenha bastante tempo para esse trabalho.
—Na verdade, tenho que fazer o trabalho sobre esse livro pra amanhã. - A menina sorriu.
Calum arregalou os olhos de leve e logo a menina deu um risinho. A cara de Calum estava bastante cômica.
—Não se preocupe. Já li livros mais grossos que esse em um dia. - A menina riu ao ver Calum fazer uma careta. - Você não é de ler?
—Não. - Calum riu e a menina o acompanhou.
A risada dela era tão doce que fazia Calum ter vontade de rir o dia todo junto com ela.
—Bem, espero que considere começar a ler. É muito bom para o vocabulário, mente e para o conhecimento.
—Sério que você não conhece minha mãe? - Calum perguntou e a moça riu.
—Por acaso sua mãe conhece alguma Scarlett? - A menina perguntou piscando os olhos.
—Não, acho que não. - Calum sorriu.
—Então ela não me conhece.
— Calum Hood. - Calum sorriu.
—Scarlett. - A morena diminuiu um pouco o sorriso.
E assim eles ficaram em silêncio, apenas se encarando.
—Bem. - Scarlett disse depois de provavelmente 2 minutos. - Espero ter ajudado de alguma maneira, Senhor Hood. - Sorriu.
Calum ficou um pouco confuso mas logo se lembrou.
—Ah, é. - Calum riu - Obrigado. Você me ajudou muito!
—Ah e? Fico feliz então. - A morena sorriu largando algumas moedas sobre o balcão e logo depois fechando o livro. - Tchau.
Scarlett chegou perto do rosto de Calum e deu um beijo na bochecha do mesmo enquanto pegava seu livro da mesa.
—Tchau. - Calum encarou a morena sorrir e dar as costas pra ele, a caminho da saída.
Calum ficou um certo tempo encarando o nada.
Tinha sido muito bom conversar com Scarlett, ela parecia legal. Mas... Quer dizer que eles não se veriam mais? Quer dizer que era só uma conversa? Tipo, oi e tchau? Quer...
O toque barulhento do seu celular começou a tocar e isso fez com que ele balança-se a cabeça de leve e volta-se pra realidade.
Suspirou pegando o celular e logo atendeu a ligação de Luke.
—Alô?— Chamou o loiro do outro lado da linha.
—Luke?
—Calum! Tudo bom?
—Sim. Aliais, eu estava mesmo querendo falar com você. - Calum sorriu.
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Espero que tenham gostado, beijos.