Slender daughter escrita por Lady Yin


Capítulo 1
Capítulo 1: Jeff The Killer


Notas iniciais do capítulo

Uma fanfic livremente inspirada nas creepypastas.



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Era meia noite, o início de uma sexta-feira 13 e eu não estava conseguindo dormir. Fiquei atormentada depois que vi aquele garoto. Pelo menos parecia ser um. Ele era muito pálido, seus olhos eram cinza, não tendo córnea, e em sua boca um sorriso macabro. Sua imagem era perturbadora, e ele usava um moletom branco ensangüentado. Ele me fitou e em seguida desapareceu na mata, que ficava em frente à minha casa.

         Estou com medo e como se não bastasse eu ter sido internada por quatro anos numa clínica psiquiátrica, começo a ver essa coisa...

         Eu não entendo, depois de tantas injeções, remédios para dormir e terapia intensiva, eu ainda vejo coisas. Tenho medo de voltar para aquela clínica. Mas ainda não me esqueço daquela criatura alta e magra de terno preto, um homem sem face, sendo ela lisa e branca. Foi por causa dele que eu fui parar lá. E como meu pai, ele acompanhou meu tratamento, e se vingou de um por um das pessoas que fizeram aquilo comigo. É confuso, fui para lá por causa dele, e depois ele cuida de mim... O surreal havia se tornado habitual para mim.

         O relógio já batia às 00h30min PM, e lentamente fui para a janela. Parei a poucos centímetros, temendo ver aquele garoto novamente, e, de repente vi meu suposto pai entre as árvores. Fiquei apavorada. Não podia ser, de novo não. Ele não podia me atormentar de novo! O que ele queria? Não podia me fazer sofrer de novo. Num suspiro, perdi a calma. Saí correndo do meu quarto em direção à porta. Eu ia enfrentá-lo, interrogá-lo, o porquê e o que queria de mim.

         Atravessei a rua, o asfalto frio, e de pijama, congelando pelo frio. Senti a sua presença. Estava ali, entre o asfalto e a floresta. Com uma leve estática e tontura, vi-o de longe, na floresta. Determinada, mesmo com frio e muito medo, corri para a floresta enevoada, desviando das arvores, que entre a nevoa pareciam dar formas a monstros. Corri mais rápido que eu podia, me arrependendo de ter entrado. O suor percorria no meu corpo gelado.

         Parei ofegante, num círculo de árvores. E o vi, na minha frente. Olhei aquele rosto pálido.

         - Por que não me deixa em paz! – gritei. – O que queria de mim? E o que quer agora, de novo?

         Ele não se moveu. Ouvi uma voz arrastada, e com um toque de malícia, vinda atrás de mim.

         - Por que você é um ótimo aperitivo.

         Virei-me e vi o garoto.

         - Q-quem é você???

         O garoto riu, numa risada diabólica que me deu arrepios.

         - Eu sou Jeff, o assassino. Ou Jeff the killer, como os americanos me chamam. O que uma criança como você faz a essa hora acordada? Esta na hora de dormir mocinha...

         Andei para trás, quase me encostando ao homem esguio. Eu não sabia o que fazer, seria burrice correr, eu já estava perdida. Correr só facilitaria para os dois. Resolvi ficar ao lado do meu “pai”.

         ... Naquele momento eu senti uma coisa estranha, como se eu estivesse segura e acolhida perto dele.

         Jeff sorriu. Um sorriso de orelha a orelha, cheio de sangue.

         - A filhinha indo ao como do papai...

         -O que quer de mim?

         - Sua carne. Seu sangue derramado...

         A minha situação era péssima. Foi quando eu senti algo frio passando por mim... Eram os braços dele.

         - Ho, ho, que bonitinho. O “papai” protegendo a “filhinha”... Pena que o titio Jeff não curte reuniões de família.

         - Vá se ferrar, sua aberração humana! – gritei.

         Foi quando papai me afastou com um de seus tentáculos, e, mentalmente, me disse:

         - Fique aqui filha, papai já volta.

Encostei-me em uma árvore, observando. Jeff balbuciou, cantarolando.

— Vamos começaar... Vem que eu quero rasgar esse seu terno limpinho.

Jeff avançou com a faca em punho, dando golpes. Papai se desviava, habitualmente.

         - Esguio, esguio... Se você não fosse assim, já estaria morto.

         Ouvi um rosnado rouco e vi meu pai encurralando ele em uma árvore, a faca havia caído e não estava tão longe de mim. Não pensei duas vezes e peguei a faca, aguardando o momento certo. Mas Jeff percebeu, ele tinha faro para isso. Meu papai esguio, ou slender, agarrou Jeff por dois tentáculos, e o colocou diante de mim.

         - Anne...

Essas foram suas últimas palavras. Papai esguio puxou os dois tentáculos, rasgando mais o corte que fiz no pescoço de Jeff, até arrancá-lo para fora.

— Shiu. Vá dormir – falei, sorrindo. Papai esguio largou-o no chão, no qual a figura jazia mutilada.

         Resolvi guardar a faca de lembrança. Nunca mais voltei para cãs, hoje meu papai esguio cuida de mim, e eu finalmente entendi e porque daquela clínica, do meu sofrimento. Ele estava me tornando mais forte, para no futuro eu ajudá-lo com suas vítimas. Ele gosta de me chamar de minha pequena esguia, ou filha, já que minha aparência lembra um pouco a dele agora.

Eu o amo, e ele sempre será meu papai esguio.

... No meio da floresta, uma figura sem cabeça se rasteja. Ele quer vingança. E será implacável.

         - Anne, Anne... Você não perde por esperar...


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Notas finais do capítulo

Apreciem.



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