Delirium... escrita por Kai


Capítulo 10
Meu novo amigo, um anjo.


Notas iniciais do capítulo

Glossario Brizardiano:
Rayern: Anjo da guarda do Rei e advogado da corte de Justiça Brizardiana.
Goblins: Pequenos Ogros que mais parecem texugos.
Sallisaw ou Sally: Criaturas misticas
Luiin: Rainha da Lua, mãe de todos os universos, segundo uma lenda os anjos são filhos dela, mas isto foi desmentido pelo doutor Olly Alexsander Escamas em 000.1 na idade dos metais.
Audora: Fada Traidora...



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Estacionamos ao lado de uma das nuvens que estava sendo segurada por cabos de aço e ouro, ela estava realmente quase caindo, aliás o país estava em crise extrema em um estado de emergência mais extrema ainda. Tudo estava acabado de uma forma estranha e impressionante, mas tudo que eu fiz foi soltar um grunhido, meio que um gemido. – O que aconteceu Jhonata? – Narissa perguntou. – Ver os países se destruindo assim é difícil pra mim, se a cidade de vidro já era difícil imagine tudo que meu pai cultivou, tudo que meus avós, meus antepassados criaram todo esse país, esse mundo, os anjos, os habitantes, tudo tem o dedo mágico da minha família, você sabe disso… - falei jogando as palavras no ar… - Estamos  perto de conseguir salvar, estamos mais perto que longe, o rei dos anjos vai nos ajudar, eles não tem saída, estão morrendo aos milhares… - Narissa falou. – Mas mesmo assim, anjos são muito difíceis, são criaturas semi-puras ainda mais os brancos, são filhos dos reflexos de Luiin a rainha. – Falei. Enquanto Narissa ria. – Tudo isso está acontecendo pra você tomar seu lugar ao lado do trono meu irmão, tudo isso, você ser abandonado como um bastardo e seu pai precisa de um bom pedido de desculpas…. – Nari falou. – eu apenas sorri…. – Tudo bem, sei disso.

— Galera, precisamos entrar e sair urgente, esse país vai cair no oceano do esquecimento se não pegarmos a coroa com toda a urgência que tivermos. – Raj falou, ele estava totalmente de olhos quase arregalados ou seja, não estava pra brincadeira.

Eu apenas olhei pro lado e vi que realmente o país não iria se sustentar no céu por muito tempo, parar no oceano do esquecimento seria horrível, mas o mais horrível seria se caíssemos junto com ele… - Pensei. - Vamos sair desse país o mais rápido possível. – Falei.

A essa altura já havíamos saído do balão e estávamos na estrada de tijolos prata, andando e andando até chegar ao centro e a região do palácio, o melhor é que o centro ficava próximo a borda que tínhamos parado, tudo que meus olhos viam era de prata e gesso em tons Marfim, tão lindos e brilhantes que o sol apenas acentuava os formatos das coisas, a beleza do país dos anjos, a delicadeza de tudo, a simplicidade tão minimalista.

— Vamos gente, esse país tem poucas horas, eles estão caindo. – Raj falou. – Como você sabe disso? – Narissa perguntou. – Meus sentidos estão avisando, meus sentidos, minha magia, meu tudo está avisando. – Estamos chegando perto do palácio. – Erinny falou. – Lembro da primeira reunião da corte dos Anjos Sallisaw e das criaturas voadoras, foi aqui nesse país nesse mesmo país, ainda não creio que os anjos e as fadas brigaram, depois que Christopher se foi o tempo aqui começou a se acelerar, Drihaelle não deveria ter sido a comandante dos reinos, os prefeitos deveriam ter ficado no comando. – Erinny falou. – Erinny não é hora de discutir política e sim de salvar o nosso mundo e o Outromundo, se ela conseguir chegar a sugar toda a magia desse mundo e do outro as criaturas negras irão destruir todas as dimensões possíveis. – Falei.

— E eu já sei até como fazer isso. – Ouvimos uma voz, ao virar pra trás, lá estava Drihaelle, ao lado de algumas sombras e Goblins a apenas alguns metros de distância. – Sabe como fazer o que? Acabar com a magia de Brizard? – Falei. – Vou sim, sugar cada gota de magia que houver nesse mundo e vou dominar o Outromundo, vocês que me aguardem, agora me entreguem as coroas, me entregue e eu apenas deixarei vocês irem, caso não entreguem as coroas vocês serão jogados no oceano do esquecimento. – Ela falou. – Eu segurava as coroas que já havíamos conseguindo e do nada elas começaram a brilhar o brilho era cegante, senti as coroas se mexendo e do nada elas diminuíram e se tornaram pulseiras, cada uma agarrando uma parte do meu braço direito. – Entregue as coroas agora. – Drihaelle cuspia as palavras. – Não, não irei devolver nada, elas pertencem aos prefeitos e foram dados a mim por eles. – Falei. – Guardas peguem eles! – Drihaelle gritou. Sombras correram em nossa direção, Monna e Nonna puxaram as varinhas, Raj pegou uma caneta e logo ela se tornou um cajado metálico cheio de detalhes, Erinny sacou duas adagas, Narissa uma faca de dois gumes e Lancy pegou um chicote enorme, eu não sabia o que fazer, sentia meus braços pesados como se eu estivesse segurando barras de ferro. – Então já que estão todos ocupados eu cuido do bastardo do rei. – Drihaelle falou com um enorme sorriso no rosto, eu estava paralisado, não sabia o que fazer quando ela correu pra frente em minha direção, como o vento ela vinha pra cima de mim. – Por Brizard. – Gritei, porém eu não conseguia sair do lugar, eu estava paralisado dos pés a cabeça. Drihaelle estava vindo com tudo pra cima de mim e parecia se mover em câmera lenta, tudo se movia devagar, Lancy estalava o chicote novamente, a varinhas das gêmeas estavam falhando e do nada um vento forte começou a soprar e eu pude ver bem, um anjo em minha frente, seis pares de asas, penas brancas e douradas, um cetro de ouro enorme, o outro tinha penas avermelhadas, esse jogou um par de adagas marinhas para as gêmeas e eles estavam ajudando. – Você está bem? – Ouvi uma voz falando em minha mente. – Sim. – Respondi, assim que ele virou o rosto pra me olhar pude perceber que sua boca era costurada com linha dourada, uma longa e dolorosa costura, as roupas simples e bem moldadas ao corpo enorme que eles tinham. – Vamos tirar vocês daqui. – O anjo que estava na minha frente falou. – Só que eu não estou conseguindo me mexer. – Falei. – São os efeitos das coroas, você tem que aprender a dominar a magia delas é moldar dentro de você, por isso elas foram entregues apenas aos prefeitos, elas são os últimos recursos de magia a única coisa que está segurando nosso mundo pra que ele não se abra para outras dimensões. – O anjo começou a mentalizar uma imagem, algo fino e parecendo um grande anel só que esse anel tinha videiras de outro e essas videiras pareciam pequenas asas de ouro. – Essa é a coroa de vocês? – Sim, ela está escondida no meio do território norte, junto ao prefeito que cuida dos anjos que estão feridos ou morrendo... – Ele falou. – Ouvi dizer que vocês são feitos de magia e paz e sem qualquer dos dois elementos vocês morrem. – falei em um tom um tanto uníssono. – Sim, somos feitos dos primeiros raios de luz do primeiro dias das dimensões, somos uma das mais fartas criaturas das dimensões, depois das fadas claro. – A boca dele não se mexia e não sei se esse era o fato mais estranho, mas o mais estranho ver a boca de uma criatura tão bela costurada com o que poderia ser uma corda pra tortura.

— Vamos sair daqui enquanto estamos ganhando. – O anjo falou, do nada uma grande nuvem de vapor cobriu tudo é estávamos voando junto com eles, dois anjos conseguiram levar muitas pessoas e eu ainda não conseguia me mover. – Jhonata você está bem? – Erinny perguntou. – Estou Erinny, estou com um pequeno probleminha de locomoção. – Falei. – Como assim? – Erinny perguntou. – As coroas estão testando ele. – O anjo falou. – Um anjo salvando uma fada, não estou conseguindo acreditar... – Erinny falou. – Estamos por tempos difíceis, até mesmo uma fada e de ajuda. – Um dos anjos falaram. – Precisamos saber como surgiu essa rixa entre os anjos e as fadas. – Falei. – Quando chegarmos ao palácio dos ventos eu conto a vocês.... – O anjo falou. – Rayern, eu quase não lhe reconheci. – Erinny disse. – Fazem anos desde que eu te vejo, muitos anos mesmo, acho que desde o banimento de Audora.

 


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Notas finais do capítulo

Obrigado.



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