Make a Wish (Revisando) escrita por allurye


Capítulo 7
Chapter - VII The choice




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Porque ela é uma senhora cruel. E a barganha deve ser feita. Mas oh, meu amor, não se esqueça de mim. Quando eu deixar a água me levar What the water gave me -  Florence And The Machine

 

 

CAROLINE 

 

Escuridão e frio e era tudo que podia ver e sentir. Uma luz azul brilhava fraca um pouco a frente me levantei incerta tentando alcança-la. Continuei perseguindo-a me perguntando se essa luz não teria que ser branca. Quanto mais corria para ela mais distante ela parecia ficar. Impaciente e apressei os passos, apoiando na parede notando como  elas pareciam diminuir.

De repente a luz foi se enfraquecendo e comecei  a me desesperar em busca da saída. Se não a alcançasse logo ficaria ali presa na escuridão e aquele pensamento era desolador. Corri ainda mais rápido e quanto estava prestes a alcançá-la escutei  alguém chamando meu nome. A luz azul se apagou e por um momento me ouvi dizer.

Uma outra chance, só uma. Apenas mais uma chance para salvar meus amigos… Salvar ele”

E de repente um clarão incomodo irritou minha retina sensível que forçou a fechar os olhos com força sentindo a cabeça latejar. Fiquei quieta deitada numa cama dura demais para meu gosto. Escutando o barulho irritante de uma máquina que que monitorava seus batimentos cardíacos.

Abri os olhos com dificuldade piscando umas cinco  vezes antes de finalmente abri-los por completo e reconhecer o lugar onde estava e não me surpreendi quando reconheci o quarto de hospital. Demorei apenas um minuto para lembrar de tudo. Do acidente que consegui evitar com os pais de Elena e no fim fui eu que acabei batendo meu carro contra ponte. Tinha realmente me esquecido que Sheila alertou sobre como alterar o futuro causaria consequências inimagináveis. 

Quando interferi e salvei Miranda e Grayson tudo mudou. E como toda reação gera uma consequência, eu que sofri o acidente no lugar deles.

E tudo por causa dele.

Tinha me esquecido que Stefan já tinha voltado para Mystic Falls para perseguir Elena e foi ele que a salvou na ponte. Queria bater a cabeça na parede por esquecer justo  do detalhe mais importante. E pior de tudo isso foi que ele que me salvou também. 

Preferia que ele tivesse me deixado morrer, mas talvez tivesse que sobreviver ao acidente porquê  deixar os pais de Elena vivos não era a chave que mudaria o futuro. O que tinha que fazer, era  afastar Stefan da cidade antes que ele atraísse seu irmão, Katherine e todo os outros que viriam por consequência.

Agora a pergunta de um milhão de dólares era: como eu faria isso? Não tive muito mais tempo para pensar sobre isso quando minha mãe entrou no quarto com olhar aflito. Parecendo ter passado a noite em claro. Ela sorriu aliviada quando me encontrou acordada.

— Caroline — ela sentou-se ao meu lado apertando minha mão e inclinando-se para me dar um beijo na testa

— Se sente melhor?

— Sim, acho que sim.

— Não está sentindo nenhuma dor? — inquiriu descrente, olhando-me preocupada com seus olhos azuis avermelhados com olheiras em baixo dos olhos denunciando o quanto ela havia chorado.

Mesmo que ainda sentisse como merda, com a cabeça latejando e dor no corpo todo.  Menti e forcei um sorriso e tentei calar os milhares de pensamentos que surgiam como uma torrente sempre que lembrava dele.

— Sim mãe. Nenhuma dor, eu juro!

— Graças a deus  – ela sussurrou sorrindo largamente apertando minha mão. Quando ergueu a cabeça, seus olhos mudaram um pouco — Como pode ser tão imprudente? Tem ideia da gravidade do…

— Mãe,  está tudo bem.

— Não, não está!  Você quase morreu ontem — disse ela com voz embargada. Sorri apertando sua mão.

Era bom tê-la de novo, vê-la viva e bem. Vendo o quanto ela se preocupava comigo. Não contive um sorriso ao pensar no quanto a antiga Caroline não daria para saber disso no passado. Qual fácil seria a relação delas se ela soubesse naquela época que sua mãe a amava.

— Está tudo bem mãe, eu estou bem.

— Eu sei… Mas se não tivessem salvo você há tempo…

— O que importa e que tudo terminou bem. Quer dizer, agora estou oficialmente sem carro o que é uma droga.

— Você quase morreu afogada naquela ponte e tudo que consegue pensar e no seu carro?

— Ei, não me olhe assim! Era um bom carro, gostava dele. Tenha um pouco de respeito.

— Caroline — ela beijou minha testa novamente e sorriu — O que seria de mim se algo tivesse acontecido com você?

— Não aconteceu mãe. Não tem que pensar nisso.

— Okay, você está certa. Eu vou chamar o médico para dar uma olhada em você — ela estava na porta quando de repente parou e se virou para me encarar — Você por acaso se lembra como conseguiu sair de dentro do carro?

— Não… Eu não me lembro de nada mãe — menti

— Okay, seja lá quem for tem minha gratidão eterna.

Ela saiu em seguida chamando pelo médico e bufei irritada. Maquinando mais uma vez o que fazer agora. Como arrumaria um jeito de expulsar Stefan da cidade? Como convencê-lo a ir embora com a incrível descoberta que ele tinha a reencarnação de sua ex-namorada vivendo ali.

Foi então que me lembrei de uma coisa muito importante sobre aquela cidade. Lembrei  da minha  mãe, e se não estiver muito errada, os Gilberts e Lockwood sabiam sobre a existência dos vampiros, eram todos descendestes da família fundadora. As mesmas que prenderam todos os vampiros na tumba. Havia apenas uma maneira de expulsá-lo da cidade e minha mãe era chave para revelar Stefan e com sorte Damon seria pego também.

Tentei expulsar o sentimento de traição e a culpa me consumindo. Tinha que lembrar que agora eu era humana  e minha lealdade era com minha mãe e meus amigos. Afinal  os irmãos Salvatore só trouxeram dor e morte por onde passaram, não podia deixar que as falsas memórias com Stefan me enganassem. Tinha que proteger aqueles que amava agora, a qualquer custo.

O doutor chegou pouco depois para me examinar e avisar que estava perfeitamente bem, mas que preferia mantê-la no hospital em observação por mais um dia para ter certeza que a lesão na cabeça não teria nenhuma consequência. Ele ainda ressaltou que  eu era uma garota de muita sorte. Que quando cheguei ao hospital meu estado era grave. O edema na cabeça poderia ter me deixado em coma ou me matado, mas por um milagre ele desapareceu como num passe de mágica.

 E eu sabia bem que a mágica em questão, era sangue de vampiro. Stefan não somente tinha me tirado dentro do carro e me reanimado,  como seu sangue não me deixou morrer algumas horas depois na sala de cirurgia. Tentei ignorar o enjoo que surgiu quando me lembrei do meu grande plano. Deixar que Stefan morresse sem culpa por um bem maior, quando ele tinha acabado de salvar a minha vida.

Queria gritar com universo ou responsável por tornar minha vida tão complicada.

Suspirei exausta e permaneci acordada por mais alguns minutos antes de ceder ao sono. Esperei que não tivesse outra vez sonhos confusos e que, pelo menos, enquanto dormisse deixasse de pensar nele e em todo peso de saber exatamente o que o futuro reserva para todos os que conhecia e qual desolador ele seria. 


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Notas finais do capítulo

TBC...
Então, o que acharam?
Queria agradecer aos que comentaram e me animaram um cadinho a postar outro. E dizer aos fantasminhas de plantão, que vocês as vezes desanimam a tia aqui, sinceramente! Pó 20, 30 visualização, mas tirando 3 pessoas ( queridas) ninguém tem coragem de dizer se tá uma bosta, ou se tá maneiro. Nunca fui de reclamar e tals mais que desanima, desanima :(

XOXO



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