O Retorno da Overwatch escrita por Anônimo


Capítulo 5
Combate no museu


Notas iniciais do capítulo

Novamente, esse capítulo é a versão escrita de um trailer do jogo Overwatch (link: https://www.youtube.com/watch?v=1tnYpkt5G2g). É um trailer fantástico, assim como todos os outros. Assista-o e leia o capítulo. Espero que goste!



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Eu continuava correndo atrás de Reaper. Ainda estávamos em meio ao mar de carros, então tinha receio de usar meus teleportes. Ele, a apenas alguns metros de distância do museu, virou-se para mim. Era exatamente igual à descrição que Winston havia feito: capuz, sobretudo, roupa, botas e luvas pretas, e uma máscara de caveira de algum animal. Assustador pra caramba, aliás.

Vendo que me aproximava, Reaper, em um movimento de arco, lançou uma granada eletromagnética em mim. Pude ver o objeto voando no alto, em minha direção. Rapidamente, saquei minhas pistolas e atirei na bomba. Ela explodiu, e não pareceu afetar ninguém, mas causou um choque grande. Reaper, então, jogou outra, porém muito mais próximo dos carros e das pessoas. Por reflexo, pulei, me teleportei para frente, ficando bem próxima da bomba em movimento, chutei-a para cima e atirei nela novamente.

— Ha, ha! Manda mais uma, Reaper! — gritei, vitoriosa.

Porém eu olho, e cadê ele? Havia simplesmente desaparecido. Sumiu.

Todos na rua tinham se alarmado com as explosões. Carros batiam uns nos outros, na tentativa de escaparem do local. E Winston? Bom, ele continuava caindo.

(Quando eu disse que ele tinha dado um baita pulo, eu realmente quis dizer isso. É sério, foi gigante)

Ele e Widowmaker finalmente chegaram no museu. Quebraram o vidro com a queda, e pude ouvir o baque quando bateram no chão. Não podia ver nada, a parede me impedia. Com a rua agora mais vazia, comecei a me teleportar. Porém, ouvi os tiros de rifle. Widow já devia estar em um ponto alto atirando em Winston. Tinha que ser rápida.

Tentando seguir o som, subi no prédio vizinho do museu. De lá, conseguia ver, através do teto de vidro (rachado) Winston protegendo dois garotinhos dos tiros de Widowmaker, e depois afastando-os do campo de batalha. Com um pulo e teleportes, cheguei no teto do museu. Lá em baixo, pude ver Reaper aparecer, envolto em uma névoa preta, bem ao lado de Winston, já disparando nele. Enquanto isso, Widowmaker, em uma elevação da parede, mais acima, mirava agora a manopla do Doomfist, um antigo vilão que a Overwatch derrotou. Mas, porque eles queriam a manopla?

Sem perder tempo, teleportei para bem ao lado de Widow.

— Psiu. — disse, chamando a atenção dela. — Tá olhando o quê?

Widowmaker, sobressaltada, pulou para o chão, mas atirou seu gancho e ficou pendurada no ar, acima de Winston. Eu desviava de seus tiros com teleportes, e depois dei um salto, fazendo uma pirueta e puxando minhas armas. Enquanto caía, atirava em Widow, que descia com o gancho e chegava no chão.

Estava na linha de tiros, então teleportei para detrás de uma daquelas telas informativas que têm uma base gorda e forte. Pude ver, bem na minha frente, Winston pegando impulso em uma armadura grande que era exposta no museu e pulando na direção dos dois inimigos. Quando pousou, bateu com força no chão, empurrando os dois e rachando o chão naquela área.

Porém, Reaper e Widowmaker se recuperaram do impacto depressa, e já retomavam os tiros, agora explosivos. Winston foi cambaleando para trás. Quando estava já próximo de mim, gritei:

— Winston!

Imediatamente, como já havíamos feito várias vezes, ele esticou o braço para o lado, com a mão espalmada. Teleportei para sua mão, agachada. Ele me empurrou para frente com força. Para acelerar ainda mais, teleportei. Em um instante, estava entre Reaper e Widowmaker. Para evitar a primeira saraivada de balas, dei um pulo e uma acrobacia. Mas, quando voltei ao chão, já estava atirando em ambos.

Widow deu um salto para trás, balançando-se em sua corda, enquanto Reaper andava de lado. Conforme suas balas acabaram, ele jogou as armas no chão e puxou outras duas idênticas de dentro do sobretudo. O que tem de errado com esse cara, afinal?

Vi Winston dando a volta e chegando em Reaper, pelas costas. Porém, este percebeu, e já atirava no meu amigo, sussurrando, com uma voz grossa e seca “Morram.”. Para desviar, Winston pulou para detrás de outra armadura gigante, enquanto Widow andava lentamente em nossa direção.

Afinal, o que a segurança do museu estava fazendo agora para perder algo assim?

Quando jogou as armas no chão, Reaper, evocou uma fumaça preta em sua volta, a qual dava giros em volta de seu corpo. Esticando os braços, a poeira atingiu um raio de, talvez, três metros. Não conseguia ver nada além dela. Então, de dentro da fumaça escura, os braços de Reaper giravam com extrema rapidez, atirando para todos os lados. Só conseguia ver as pequenas balas vermelhas saindo da nuvem negra. Tentei correr para me proteger, mas uma das balas acertou meu acelerador cronológico, e ouvi-lo apitar. Assustada, guardei minhas pistolas e corri para o painel gordo novamente, onde as puxei de volta. Percebi, então, que nem elas nem meu acelerador funcionavam mais. Droga, teria que esperar eles reiniciarem.

Dei uma olhadinha para o lado, e vi os dois garotos que Winston havia protegido. Eles pareciam mais surpresos do que horrorizados com tudo isso. Meu Deus, eu precisava acalmá-los:

— Érr... Não se preocupem, queridos. A cavalaria chegou!

O rostinho do mais novo se iluminou com essas palavras. Nossa, há quanto tempo eu não dizia isso?! Já sentia falta.

A névoa de Reaper já se dissipava, e Winston correu em direção a ele. Aquele atirou, e meu amigo, cobrindo seu rosto, correu um pouco mais. Enquanto a fumaça tomava o corpo de Reaper, Winston deu um salto na direção dele, mas apenas passou sua mão na nuvem preta, e caiu, exausto. O óculos que usava saiu escorregando pelo chão.

Com receio, sussurrei:

— Qual é, grandalhão. Levanta...

Do outro lado do salão, Widowmaker havia atirado no vidro que protegia a manopla, acionando o alarme de arrombamento. Meio tarde, não? Reaper aparecia mais atrás de Winston, andando lentamente. Chegou perto dele, apontando-lhe suas armas. Antes de atirar, porém, olhou para o chão e viu, ao seu lado, os óculos de Winston. O gorila olhava aflito para seus óculos. Reaper, aquele sem coração, apenas pisou nos óculos, e os quebrou.

Aquilo era demais. Não deu outra, meu amigo entrou no modo de fúria primata dele. Com um salto, ficou de pé, e gritou para Reaper. Atacou-o com um soco, e foi avançando.

Ao mesmo tempo, meu acelerador ligou.

— É! — gritei, pronta para a briga.

Saí do abrigo atirando em Reaper. Com teleportes, dei um salto por cima dele, desviando sua atenção, enquanto Winston corria para cima dele. Enquanto isso, Widow, mais ao fundo, bem ao lado da manopla, tentava atirar na gente e evitar o parceiro.

Reaper começou a correr, então seguimos ele. Tentava atirar na gente, mas errava de longe. Pulei por cima dele novamente com meus teleportes, e, enquanto ele mirava em mim, Winston o agarrou, desprevenido, e bateu ele no chão. Tentou socá-lo novamente, mas ele havia sumido na névoa.

Voltei minha atenção para Widowmaker. Ela estava dando a volta lentamente no apoio da manopla. Mas a manopla não estava lá. Agachado, do outro lado do apoio, estava o menino mais velho, segurando justamente a manopla e escondendo-se de Widow.

Quanta coragem, viu?

O provavelmente irmão, assustado pelo outro, gritou “Cuidado!”. Widow já apontava para o mais novo, mas o agachado levantou-se, vestindo a manopla de Doomfist, e deu um soco magnífico em Widowmaker. O choque jogou Widow longe, e derrubou o garoto, além de criar uma onda vermelha que crescia em torno dos dois.

Widowmaker bateu em expositores de vidro, quebrando-os, e depois rolando no chão. Já o menino, caído no chão, viu a manopla quase que se despedaçar em sua mão, e cair dela depois. Widow, revoltada, já se levantava para atirar nele, porém Winston foi mais rápido, e se colocou na frente dela, gritando, ainda em fúria primata. Ela assustou, e atirou em vão em sua armadura.

Acho que já estava na hora de eu aparecer. Pulei por cima de Widow, empurrando sua arma para o lado. Depois teleportei para o outro lado dela, chutei sua arma antes que ela percebesse que eu estava lá, teleportei para cima e peguei o rifle, que voava pelo chute. Ainda no ar, comecei a atirar nela.

Sem alternativa, ela pulou para trás e atirou seu gancho no buraco do teto que havia feito, subindo rapidamente. Reaper, apavorado, pulou nela e segurou-se também, lançando algumas granadas em nós, enquanto subia. Winston, em meio às explosões, pulou, se balançou e usou o impulso de sua mochila, seguindo-os para fora do museu.

Até comecei a correr, mas parei. Atrás de mim, estavam os dois garotos. Sorri, aliviada de ver que eles estavam intactos e excitados com toda a ação. O mais velho, de blusa azul, esticou para mim a manopla, que caía aos pedaços. Peguei-a, e olhei nos olhos deles. Eram garotinhos corajosos, sem dúvida. Inclusive, vi-me neles. A pequena Tracer, que acabava de entrar para a Overwatch, louca para combater os vilões e salvar o mundo. Tão jovens, e tão determinados.

— Olha só, — disse delicadamente para eles. — mais heróis são sempre bem vindos.

Fiz o cumprimento que sempre fazia, encostava meus dois dedos, indicador e do meio na cabeça, com o resto da mão fechada, e depois inclinava-os levemente para o lado. Teleportei para o apoio da manopla e deixei ela lá dentro, flutuando novamente. Com a risadinha que sempre dou, pulei com os teleportes para a saída do museu.

Bom, no final, a gente até poderia ter tirado Widowmaker e Reaper de lá, mas não havíamos pego eles ainda. Tinha muito chão pela frente.


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Notas finais do capítulo

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