A Hat and A Cap escrita por AllBlueSeeker


Capítulo 11
Cristal estilhaçado


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!
Já é quase ENEM, hein? Espero que todos nós tenhamos o empenho e a sorte necessária pra acabar com isso de uma vez.
Ao capítulo!



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Na manhã seguinte:

[Sanji]-Dabo, desgbrafadu!!! -ele esperneava

[Zoro]-Engole o choro, chafariz. 

[Sanji]-Bas era binha!!!

[Sabo]-Eu não sei o que ele planeja, mas sei que isso não pode chegar à Koala. -levei as mãos à cabeça, desesperado

[Zoro]-Acho que eu não posso ameaçar o presidente... Expulsão não seria algo bom.

[Sabo]-Aaaaaargh, se pelo menos o Ace estivesse aqui... Ou a Dadan, sei lá! Merda Sabo, MERDA!

[Sanji]-Se xingar não vai adiantar muita coisa, ladrão de Mellorines. -ele me encarou depois de limpar o rosto e acender um cigarro

[Zoro]-O sobrancelha tem razão, Sabo. Você precisa evitar proximidade com ele... Ou com ela.

[Sanji]-Se me permitir... -ele fez um gesto como quem tirava o chapéu - Eu posso cuidar dela.

[Zoro]-Ninguém tá pedindo pra você ir pintar as unhas com ela... -ele olhou para as árvores

[Sanji]-Ora seu...!

[Sabo]-Sabe o que também não vai ajudar? Vocês brigarem agora. -me enfureci - Quanto tempo até voltarmos pra casa?

[Zoro]-Duas horas. Ou menos.

[Sabo]-Puta que pariu!

Fomos almoçar. Tentei esfriar a cabeça fazendo algo que o Luffy fazia: Me empanturrando de comida. Depois de comer, um professor veio nos avisar para subirmos com as malas para o ônibus. Cerca de uma hora depois, partimos. Eu estava inquieto demais pra conseguir dormir, ou fazer qualquer coisa sem pensar no erro que eu tinha cometido. E eu sabia que aquele babaca iria tirar proveito disso. Assim que o ônibus chegou ao colégio, desci e logo avistei meu irmão com um saco de batata chips encostado no muro:

[Ace]-Õh! Sõbo! -sua boca estava repleta de pedaços amarelos

[Sabo]-Termina de comer. Eu preciso falar com você.

Ele engoliu e bebeu um pouco da garrafa de refrigerante que estava entre seus pés:

[Ace]-Tá, que que houve?

[X-Drake]-Eu acho que não seria bacana estragar uma surpresa, não é mesmo? -ele sorriu

[Ace]-Sabo, pega aí. -ele estendeu as batatas

Num movimento súbito, Ace virou o Drake no chão e começou a torcer seu braço:

[Ace]-Desembucha.

[X-Drake]-Ei ei ei, vai deixar ele fazer isso?

[Sabo]-Arh... Ace, larga ele.

[Ace]-Eu deveria?

[Sabo]-Sim, por favor. E peça desculpa. 

[Ace]-Sabo, tá me tirando?

[Sabo]-VOCÊ NÃO É SURDO, ACE! 

Meu irmão o liberou e pediu desculpas com a cara mais amarrada o possível:

[X-Drake]-Excelente, meu garoto. Nos veremos amanhã.

Assim que ele se afastou, Ace pegou de volta as batatas e o refrigerante:

[Ace]-O que estava pensando? Eu podia ter feito ele se mijar...

[Sabo]-Não... Não faça isso. Por favor.

[Ace]-Que que ele te fez?

[Sabo]-Por favor, não encoste nele. Por mim.

[Ace]-Não se você não me disser o que ele fez.

[Sabo]-Se eu disser, é aí que você vai encostar todos os dedos do seu corpo nele. Por favor, seu irmão está te fazendo um pedido.

Ele cuspiu na rua e virou de costas:

[Ace]-Tá... Vamos pra casa. 

O clima até chegar em casa foi bem pesado, coisa que até mesmo o Luffy reparou:

[Luffy]-Sabooooo!!!! Ué, que que foi?

[Ace]-Não pergunte, Luffy. 

[Sabo]-Quando você crescer, eu te conto. -tentei sorrir

[Dadan]-Sabo, você fica. Os dois, lá pra cima. E levem a mala do Sabo. 

Nem retrucaram. Ace catou minha mala e subiu com o Luffy. Dadan lavou as mãos, secou-as e jogou o pano no ombro. Fez com a cabeça para que eu fosse lá pra fora. Me sentei no banco e levei as mãos ao rosto. Logo ela apareceu com duas canecas de café:

[Dadan]-Tome. Agora, me diga o que aconteceu.

[Sabo]-Luffy na janela de cima.

A velha bufou, pescou a mangueira com a mão direita e abriu o registro, atingindo em cheio a cabeça do moleque curioso:

[Dadan]-E FIQUE AÍ DENTRO, SEM BISBILHOTAR! Agora...

[Sabo]-Uma garota...

[Dadan]-Te seduziu?

[Sabo]-É.

[Dadan]-E agora, alguém tem provas plantadas contra você para mostrar àquela doce menina?

[Sabo]-É.

[Dadan]-E você está com medo que ela te largue?

[Sabo]-É...

[Dadan]-Fique tranquilo, nada vai acontecer. Ele só quis te ameaçar. Vá tomar um banho e se troque. Vou fazer algo pra você jantar e depois durma. 

[Sabo]-Obrigado, Dadan. 

Bebi o café, pus a caneca na pia e subi para o banheiro. Nisso:

[Dadan]-Eu disse que não era pra bisbilhotar, Ace. Você vai falar com ela?

[Ace]-Não. Não agora.

[Dadan]-E o rapaz?

[Ace]-Eu tenho um péssimo pressentimento sobre isso. Péssimo mesmo. Vai me dedurar pro Sabo?

[Dadan]-Ele deve saber que você ouviu.

Voltando ao protagonista dessa bagaça, voltei para a cozinha e vi um prato de macarrão à mesa. Sem perguntar demais, comi e fui deitar. Apesar de preocupado, dormi rápido. 

Fui acordado pelo Luffy, já uniformizado e o Ace voltando do banho:

[Luffy]-Ei! Ei! Você vai ter que me levar hoje. Acorda, Sabo!

[Ace]-Tá parecendo eu, depois de beber a noite toda. -ele secava o cabelo com outra toalha

Não raciocinei muito. Fui tomar banho e minutos depois já estava de uniforme, na mesa do café da manhã. Acabamos com um bolo recém saído do forno e um pacote de biscoitos salgados. Assim que terminamos, eu e Luffy fomos pegar ônibus:

[Luffy]-Ô Sabo.

[Sabo]-Hmm?

[Luffy]-Você tá bem?

[Sabo]-Estou, Luffy. -sorri pra ele

Chegamos:

[Sabo]-Vai lá.

[Luffy]-Não, vou ter aulas do lado de cá essa semana.

[Sabo]-Sério?

[Luffy]-É! Ah, e quem são aqueles dois? -ele apontou para Sanji e Zoro

[Zoro]-Oe, Sabo!

[Sabo]-São meus amigos. Zoro, Sanji!

[Luffy]-Eu sou o Luffy! 

[Sanji]-Olá, Luffy. Por que você tem...

[Sabo]-Não pergunte! Deixa o chapéu.

[Luffy]-Ei, vamos caminhar? -ele virou para os dois

[Zoro e Sanji]-Certo.

[Sabo]-Que rápido! 

Assim que eles andaram pouco à frente, uma garota veio correndo em minha direção. Só fui perceber de quem se tratava quando ela já estava me abraçando:

[Nami]-Sabo, queridinho! Eu estava com saudade.

[Sabo]-Ei ei, o que pensa que está faz---

Fui beijando por ela. E assim que ela afastou a cabeça, vi um flash. Um flash e um sorriso maldito, seguido de palmas:

[X-Drake]-Bravo, bravo! Você é realmente um galã, meu querido. 

[Sabo]-Seu...

[X-Drake]-"Seu" o quê? Está se esquecendo que eu tenho algo para a coelhinha?

[Koala]-Ela já sabe.

O tempo fechou sobre nossas cabeças, e um vento gelado atravessou meus ossos:

[Sabo]-Koala, eu...

[Koala]-Como você pôde, Sabo? Eu acreditei em você. -ela deixou a mochila cair no chão

[Sabo]-Você acha mesmo que eu teria algum interesse nessa garota?

[Koala]-Bom, essa porcaria descartável está abraçada com você, te beijou e eu vi tudo isso. O que quer que eu pense?

[Sabo]-Que é esquema desse degenerado aí.

[X-Drake]-Viu só, coelhinha? Eu disse que você iria descobrir logo logo quem estava certo nessa história. -e pôs seu braço por trás do pescoço dela

Num tapa, ela o fez rodopiar e deixar o celular espatifar no chão:

[Koala]-Lave essa sua boca com ácido sulfúrico antes de me chamar de coelhinha. Eu não sou sua coelhinha, e nem nunca seria. Quanto a você, Sabo, conversamos depois.

Ela sumiu em meio à multidão. Foi como ver um castelo de cartas desmoronar com um leve sopro. Afastei a Nami de mim:

[Sabo]-Isso é culpa sua, maldita!

[Nami]-Desculpe querido, eu fui paga pra isso. -ela exibiu um rolo de berries - Culpe quem quis.

[Sabo]-Suma da minha frente. Antes que... Argh!

O horário foi complicadíssimo de aturar. No final da aula, encontrei a Koala no corredor:

[Sabo]-Eu...

[Koala]-Cala a boca. Você só ouve e faz, e não toca em mim. Vamos pro parque. 

[Sabo]-Não vamos...

[Koala]-Fui clara?

Pegamos o ônibus que ia para o parque. Lá, fomos para o mesmo lugar onde eu a pedi em namoro:

[Koala]-O que aconteceu aqui?

[Sabo]-O momento mais feliz das nossas vidas...? -tentei sorrir

[Koala]-Se fosse feliz, você teria mesmo beijado aquela vagabunda?

[Sabo]-Vai me deixar explicar? Por favor...

[Koala]-Fala.

[Sabo]-Olha, eu tenho tudo o que preciso em questão de companhia feminina. Linda, sexy, inteligente, carinhosa... Resumindo, uma Koala. Por que diabos eu iria querer buscar algo mais? Ainda mais uma garota que qualquer um pega que nem a Nami?

[Koala]-Sabo... -ela já estava chorando - Você é um cafajeste safado.

Me pus de joelhos:

[Sabo]-O que diabos você quer que eu faça pra você acreditar em mim?

[Koala]-Suma da minha vida.

[Sabo]-O quê?! Não, eu não vou fazer isso. -me levantei para tentar olhá-la nos olhos

[Koala]-Eu te odeio! Seu desgraçado! Você é um porco safado.

[Sabo]-Você só vai me xingar? Não vai acreditar mesmo em mim?

[Koala]-Eu vi, Sabo. E adoraria te bater.

[Sabo]-Isso ia fazer você ficar melhor?

[Koala]-Muito.

Fechei os olhos e me preparei para o tapa. Esperei e... Nada. Abri um olho para ver o braço dela ser segurado com força por alguém que aparentemente correu 10km para chegar ali:

[Ace]-Nem.... Pensa.... Nisso. Arf! -meu irmão bufava e pingava suor pelas sobrancelhas

[Koala]-Me larga, Ace!

[Ace]-Abaixa a mão e nunca mais tente encostar no rosto do meu irmão. -ele a encarou sério

[Koala]-Vai mandar em mim?

[Ace]-Vou. E você vai respeitar em nome da nossa amizade, porque sabe que isso não é uma boa conduta. Assim como ele sabe que estaria morto se batesse no seu rosto.

[Koala]-Tsh... -ela puxou o braço - Sabo, eu gostaria de nunca ter acreditado em você.

[Sabo]-Mas eu...

[Ace]-Shh.

[Koala]-Até, talvez, nunca mais. Passar bem.

Ela se retirou. Caminhei até o banco e me joguei sobre ele, derrotado como um gladiador:

[Sabo]-Minha vida é um lixo. 

[Ace]-Toma. -ele me estendeu um saquinho de jujubas - Vai te fazer bem.

[Sabo]-Jujubas só melhoram o seu humor, Ace. 

[Ace]-Eu não disse que vai melhorar o seu humor, eu disse que vai fazer bem.

[Sabo]-Mas é a mesma coisa!

[Ace]-Não se você olhar de um certo ângulo. -ele fez um retângulo com os polegares e os indicadores das mãos

Abri o saquinho de doces contrariado, e comi algumas:

[Ace]-Ou, ou, ou, ou. Você comeu três vermelhas sem nem apreciar.

[Sabo]-E daí?

[Ace]-A vermelha é a mais gostosa, seu tapado.

[Sabo]-Hmm...

Refleti um pouco, respirei fundo e levantei a cabeça:

[Sabo]-Irmão...

[Ace]-Eu.

[Sabo]-Vou fazer a Koala acreditar em mim, de um jeito ou de outro.

[Ace]-Vocês acabaram de terminar. Deixe o calor dispersar.

[Sabo]-Mas é claro! E depois disso, vou acabar com aquele desgraçado sem dó nem piedade.

[Ace]-E o que quer que eu faça?

[Sabo]-Apenas observe minha política.

[Ace]-Ér... Eu não tô nem um pouco afim de ver você ser chutado como uma bola. Vou nessa.

[Sabo]-Não confia em mim?

[Ace]-Tsh.

[Sabo]-Você vai ver... Ela é minha namorada. Basta fazê-la reconhecer o cargo!

Ele se levantou e terminou de comer as jujubas que sobraram. Depois disso fomos pra casa. 


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Notas finais do capítulo

E aí?