A New Beginning escrita por Maíra


Capítulo 1
OneShot


Notas iniciais do capítulo

Não me matem, please.
E leiam até o final, juro que vale a pena haha ;P



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Após a visita de Caleb Brown ao loft, cada minuto que tinham ao lado um do outro era aproveitado da forma mais intensa possível. Não que se atirassem nos braços do parceiro todas as vezes que estavam a sós, apenas se curtiam como se fosse a última vez, mesmo que em um jantar, uma conversa sobre o dia-a-dia, ou um filme abraçados. Cada um desses momentos era vivido sem desperdícios. Castle vinha apresentando uma necessidade constante de estar próximo à esposa em cada minuto do dia, e Beckett não recusava e muito menos se sentia sufocada. Queria tê-lo com ela o máximo de tempo possível, essa necessidade era recíproca.

Estavam à mesa jantando, após outro dia de trabalho na 12ª DP. Rick vinha tentando convencê-la a partilhar com Ryan e Esposito o plano de capturar LokSat, porém ela ainda apresentava-se relutante, sempre que ele tocava no assunto ela dizia o mesmo, "Ryan tem uma família, Cas. Não posso deixar Jenny sem um marido e suas crianças sem um pai. E Espo não tem porquê sacrificar-se por mim, essa é minha luta, meu fardo, já me sinto suficientemente culpada por levar você comigo". Decidira não insistir mais, talvez quando a hora chegasse ele pudesse enfim fazê-la perceber que precisariam de reforços e que a ajuda dos meninos seria de extrema importância. Decidiu que essa noite conversariam apenas amenidades, precisavam desse momento de tranquilidade, sem estar constantemente em alerta - mesmo sabendo que "não estar em alerta" era algo impossível para a capitã Kate Beckett -, ao menos por poder tentar tirar um pouco do peso dos ombros da esposa já o fazia sentir-se melhor. Ele compartilhava histórias de sua adolescência com ela - algumas inventadas, porém ela não precisava saber - apenas para ouvi-la dar gargalhadas. Esse riso que ele tanto amava e que era o motivo de sua alegria diária desde que a conhecera. 

O momento relaxante foi interrompido por um barulho de celular, era um toque distinto do habitual de ambos. Trocaram olhares já sabendo do que se tratava. Kate pegou o aparelho e atendeu, colocando no modo viva-voz, uma voz computadorizada começou a falar tomando conta do silêncio perturbador que havia se instalado entre o casal. Um endereço e uma hora específica foram dados e, em seguida, a ligação se encerrou. Castle quebrou o silêncio.

— Você tem certeza, Kate?

— Babe, nós já conversamos sobre isso. Não teremos outra oportunidade como essa. Chegou a hora, Rick.

— Eu ainda acho que deveríamos pedir reforços.

— Não posso colocar Ryan e Espo em perigo. Eles têm família, um futuro. Já que não posso proteger você da forma que eu gostaria, ao menos eles dois eu posso poupar.

— Você não está cogitando me excluir de novo, está?

— Não! Eu preciso de você, Rick, não posso encarar isso sem você.

O silêncio voltou a se instalar no local, porém não era mais incômodo. Até chegava a ser reconfortante. Conversavam com os olhos, declaravam-se e apoiavam-se mutuamente sem pronunciar um som sequer. Terminaram o jantar e encaminharam-se para o quarto. O dia seguinte seria longo e decisivo em suas vidas, precisariam de toda a disposição possível.

Acordaram cedo. Rick foi preparar o café da manhã e Kate ligou para Espo informando que precisaria resolver alguns assuntos e, possivelmente, não iria à delegacia. Foi à cozinha e ouviu Castle conversando com alguém ao telefone, porém ao se aproximar mais percebeu que, na verdade, ele estava deixando um recado de despedida para Alexis. Possivelmente já havia feito o mesmo com Martha. O pensamento de ter o homem que amava perdendo sua vida a fez sentir náuseas. Era insuportável a mera cogitação de algo grave acontecer a ele. Richard Castle foi o único homem que amou verdadeiramente, sua parceria e relacionamento era sem dúvidas a melhor coisa que já acontecera em sua vida. Ao encerrar a ligação ele percebeu a presença de Kate, sorriu para ela e estendeu-lhe a mão para que viesse a seu encontro e sentasse a seu lado. Ela retribuiu o sorriso e o abraçou forte, depositando um beijo demorado em seus lábios. Fizeram o desjejum sem pressa e, em seguida, foram de encontro a LokSat.


***

— Kate, vem chegando alguém. - Castle lhe chamou a atenção.

Com binóculos em seu rosto, ambos estavam agachados atrás de grandes caixotes. Beckett achou melhor chegar bem antes da hora indicada na ligação da noite passada, para que não fossem pegos de surpresa. Observaram o local por horas, já estavam achando que ninguém viria.

— Oh meu Deus, Castle, são muitos. É uma emboscada! - ela tentou disfarçar, mas ele percebeu o tom de desespero em sua voz. Ela o olhou como quem pedia ajuda. – Eles sabem que estamos aqui, e pior, estamos em desvantagem.

— Kate...

— Tudo bem, não tem outro jeito. Chame-os, Cas.

Ele se afastou do local e fez a ligação. Explicou a situação em uma síntese apertada e passou a localização. Kate permaneceu agachada, maquinava em sua cabeça algo que pudesse fazê-los sair ilesos do local, porém a quantidade de carros que haviam chegado não a estava ajudando em nada. Levantou-se e foi ao encontro do marido, não havia outro jeito, encararia o que estava por vim como sempre fizera. Não mudaria logo agora, no momento que tanto esperou para que chegasse.

— Eles chegarão dentro de poucos minutos. Pedi que comunicassem também à Hayley. - Castle disse colocando o celular no bolso.

— Não posso te expor a esse perigo.

— Kate, por favor, nós prometemos que estaríamos juntos nessa.

— Eu sei, mas...

— Mas o quê? Não existe "mas", Beckett.

A capitã o encarou com os olhos marejados, jogou-se em seus braços e lhe deu um beijo urgente que foi correspondido com intensidade. Eles permaneceram abraçados, Rick a mantinha colada a seu corpo segurando firme em sua cintura. Kate colocou os braços em volta do pescoço dele, as testas coladas, olhavam-se fixamente. Ele fechou os olhos, permitindo-se sentir esse íntimo momento, talvez o último, e respirou fundo deixando o aroma de cerejas que ela emanava - e que ele tanto amava - invadir suas narinas. Ela o encarava com pesar, não impediu uma lágrima solitária de escorrer por sua face.

— Eu não posso ficar sem você. - Beckett disse com a voz fraca.

— Eu não estava brincando quando disse que entraria em um tornado por você, Kate.

— E nem eu quando falei que morreria se te perdesse.

— Não me peça para te deixar sozinha agora.

— Não vou. Já disse, não posso encarar isso sem você... Eu te amo.

— Eu também te amo.

Uma mensagem no celular da capitã informou que Ryan e Esposito chegaram ao local. Ela respondeu dando a exata localização de onde estava escondida com Castle. Era agora. Empunhou sua arma e checou as reservas, preparando-se para ir de encontro ao inimigo.

Ryan e Espo se agacharam atrás de uma parede de metal esperando o sinal de Beckett, que estava com Castle do outro lado do espaço. Hayley estava em cima de um dos telhados, agachada estrategicamente para que pudesse ter uma visão ampla do local, um rifle já apontado para o inimigo. Os carros escuros estavam parados a alguns metros deles. Kate olhou para o lado uma última vez, encarando o marido, e arremessou uma de suas armas nas mãos dele, logo em seguida levantando-se já com a sua destravada: o sinal para os dois outros parceiros.

Saíram juntos em direção aos carros, os capangas de LokSat já se encontravam fora deles e perceberam a movimentação. Em uma fração de segundos começou um tiroteio desenfreado, não miravam em alguém específico, apenas disparavam e tentavam ao máximo não ser atingidos. A quantidade de tiros vindos à direção dos quatro era muito maior, porém agilmente eles conseguiam se safar ilesos. Hayley atirava de cima, dando cobertura para os quatro. Castle acobertava Beckett que, por sua vez, tentava localizar o líder de tudo. Quando seus olhares cruzaram ela soube, era ele. "Finalmente isso vai acabar, seu desgraçado", ela sussurrou entre os dentes, não contendo a fúria em seu olhar. O escritor a encarou e ela sinalizou com a cabeça o local onde LokSat estava. Ao dar-se conta de que a capitã o vira, ele voltou toda a sua atenção para a mesma e mirou sua arma.

Ryan conseguira atingir boa parte dos mandados de LokSat, assim como Esposito e Hayley. A quantia de disparos em sua direção diminuiu e, assim, eles puderam dar uma rápida olhada pelo local a fim de certificarem se os outros dois ainda estavam bem. Perceberam que Castle e Beckett tinham sua atenção voltada para o mesmo ponto. Tudo aconteceu tão rápido, um disparo, um corpo ao chão, gritos desesperados. Um nome, um único nome sendo pronunciado em meio ao desalento. Hayley mirou e acertou o mandante bem no meio da testa, os outros se assustaram com a confusão. Dois corpos ao chão, dois líderes caídos. Os que restaram entraram em seus carros e deram partida, era o fim.

LokSat acertara Beckett. O disparo fora dado em direção a Castle, a capitã percebeu a intenção de seu inimigo, não pensou, apenas atirou-se em frente ao homem que amava. Dera sua vida por ele, morreria se isso o mantivesse vivo. Perder Rick Castle estava fora de questão.

— Ela pulou em minha frente. Kate. Fica comigo, amor. Kate. – Rick dizia entre o choro, as mãos pressionando o peito da capitã, tentava trazê-la de volta.

— Bro, precisamos levá-la ao hospital agora.

— Todos foram embora, LokSat está morto. – Haley se aproximou informando, sendo seguida por Ryan. – Já liguei para o 911, estão chegando.

— Castle, você precisa se afastar. – Espo tentava acalmá-lo, mas o escritor parecia não ouvi-lo, continuava na tentativa de reanimar a esposa.

— Vamos Kate, acorde. Você não pode me deixar, de novo não. Está ouvindo? Abra os olhos Kate.

A ambulância chegou poucos minutos após o chamado, apressaram-se nos cuidados de Bekcett. Castle foi junto de Kate para o hospital, Javier e Kevin seguiram na viatura. Pediram que Hayley fosse à busca de Martha e Alexis, e assim ela o fez. O escritor sentia-se vivendo o mesmo pesadelo de anos atrás, o amor de sua vida correndo risco de jamais tornar a abrir os olhos, o vazio, o desespero por vê-la sangrando, a impotência por não poder fazer nada para trazê-la de volta.

Enormes corredores o separavam da mulher que amava. Queria poder entrar naquela sala, queria poder ficar com ela e segurar sua mão. Pessoas chegavam e se aproximavam dele, abraçavam-no e diziam coisas que ele não conseguia entender, sequer saberia dizer quem estava com ele ali, nem tentaria identificar. Tudo o que queria eram notícias de Kate Beckett, ninguém mais o importava além dela naquele momento. Imagens do incidente invadiam sua mente. Tudo acontecera tão depressa, o disparo, sua esposa pulando em sua frente e tomando para si aquele que deveria ser seu destino. Ela o salvara como tantas vezes já havia feito, porém dessa vez arriscara demais. O preço dessa vez fora demasiado caro. "Por que, Kate? Você não devia ter feito isso. Eu não suporto isso outra vez, amor", ele dizia em um tom baixo, com as mãos cobrindo seu rosto. Sentiu alguém o abraçando para confortá-lo, mas não se importou em olhar quem era.

Todos esperavam por notícias. Castle, Ryan e Espo sentados lado a lado, sem pronunciar uma única palavra, os olhos fixos em algum ponto do chão. Martha, sentada ao lado de Jim, tentava confortá-lo, partia-lhe o coração ver aquele pobre homem passando por essa dor novamente. Alexis estava sentada ao lado do pai, o envolvia em um abraço protetor, e Hayley encontrava-se ao lado da garota. Lanie foi buscar informações, conhecia o médico que estava realizando a cirurgia. Um tempo depois ela retornou com o cirurgião. Assim que Castle o viu praticamente pulou da cadeira. Todos os outros levantaram também, ansiosos por notícias de Beckett.

— Como ela está, doutor? Sou o marido dela. – Lanie trocou um olhar significativo com o Dr. Carter e, em seguida, abaixou o olhar. Rick o encarava sem piscar aguardando que ele dissesse que tudo estava bem, que ela sobrevivera e voltaria logo para casa.

— Sua esposa foi baleada no estômago, o projétil perfurou alguns órgãos. Nós conseguimos estabilizá-la, mas... Ela teve uma hemorragia... Sinto muito, fizemos tudo o que estava ao nosso alcance.

Aquelas palavras foram como um balde de água fria no único fio quente de esperança que lhe restava. Sentiu seu mundo desabar, não era possível que aquilo estivesse acontecendo. Não com ele, não com ela. Katherine Houghton Beckett não podia morrer, ele não conseguiria aceitar isso jamais. Ouviu choros, lamentos, sentiu braços o envolverem, sentiu a bochecha molhada. Ensopada seria um termo mais adequado. Sentiu como se sua alma fosse rasgada brutalmente e tivessem jogado seu corpo desprovido de vida em um buraco sem fundo.

As horas que se seguiram foram, de longe, as piores de sua existência. Ver o corpo da esposa pálido, gélido, sem vida. Ter que cuidar do funeral daquela que fora – e sempre seria – sua musa, sua parceira, seu verdadeiro amor. Ouvir palavras serem proclamadas a ela em um tom de despedida. Uma despedida definitiva. Tudo parecia acontecer longe dele, não sabia quem estava presente, quem falara com ele, não agia por si. Parecia que o haviam programado como fazem com máquinas. Não sabia se havia chorado ou gritado ou, até mesmo, se havia quebrado coisas. Não sabia qual reação tivera, parecia que tudo não passava de um terrível pesadelo, o pior de toda a sua vida.

Após a cerimônia de enterro, Lanie o levou ao parque em que ele costumava ir com a esposa. Sentaram-se nos balanços cativos do casal.

— Tantas coisas foram ditas aqui, Lanie. Como vou suportar os dias sem ela?

— Preciso te contar algo realmente importante. E eu juro que não podia ter feito isso antes. Apenas fiz o que me foi pedido. – Ela disse séria, e o encarou com firmeza.

— A que se refere? Não estou entendendo.

— Castle, ela não se foi.

— Lanie...

— Não, me ouça. Tudo foi armado, Kate ainda está viva. Ela me pediu que fizesse isso.

*** flashback on ***

Lanie abriu a porta de casa e deparou-se com Kate Beckett a esperando sentada em seu sofá.

— Garota, eu juro que um dia desses você ainda me mata.

— Já devia ter se acostumado, Lanie. – A médica riu do comentário e fechou a porta, indo ao encontro da amiga.

— Diga, o que a trouxe até meu apartamento uma hora dessas? Achei que estava em casa com o menino escritor.

— Saí rapidamente para falar com você. Castle está dormindo.

— Ok. – Lanie já havia notado que o assunto era grave apenas pela forma ansiosa que a amiga a olhava. Sentou-se a seu lado e indicou que ela prosseguisse.

— Hoje recebi uma ligação sobre LokSat.

Lanie fez uma expressão interrogativa, não fazia ideia de quem se tratava. Kate a explicou tudo sobre o caso, sem entrar em detalhes que pudessem comprometer a legista. Contou sobre a ligação do defensor Caleb Brown com o caso e que ele havia lhe entregado um telefone que a permitiria descobrir finalmente quem era LokSat e acabar de uma vez por todas com essa história.

— É muito arriscado, Lanie, eu sei. Por isso vim até aqui. Caso algo dê errado e eu saia ferida, preciso que todos pensem que eu não sobrevivi... Inclusive Castle. Essa é a única forma de acabar com isso. Não quero mais viver assim, entende?! Castle merece uma vida tranquila.

— Você vai desaparecer da vida dele? Amiga, isso...

— Não Lanie. – Kate disse rapidamente, interrompendo-a. – Não é isso que pretendo. Quero que consiga um médico conhecido seu, e realmente confiável, para me atender caso eu seja atingida. Preciso que ele forje minha morte, que aconteça meu enterro e todos acreditem que, de fato, Kate Beckett está morta. Depois chame Castle e conte a ele o que estou te pedindo. Quando eu sentir que poderei contatá-lo sem que ele corra risco, eu o farei. E iremos embora do país. Rick já me propôs isso algumas vezes, acho que chegou a hora de aceitar.

*** flashback off ***

A médica legista contou detalhadamente o que conversara com a amiga naquela noite, explicou que isso era necessário. Castle apenas a ouvia, não pronunciava um ruído sequer. Explicou que a cirurgia não fora complicada, a capitã havia sido atingida no estômago como lhe foi informado, porém tudo ocorreu sem nenhuma complicação. Por sorte, o local onde o projétil havia se alojado era de fácil acesso, apenas ficaria uma pequena cicatriz. A recuperação seria rápida.

— Você entende o porquê de ela ter feito tudo isso, não é? Kate irá procurá-lo hoje mesmo.

— Eu quero vê-la agora, me leve até ela.

— Não posso.

— Lanie, você não entende...

— Entendo. Eu entendo sim, menino escritor. Mas vocês ainda não estão seguros. Espere que ela vá até você.

A morena terminou de explicar o pedido de Kate. Disse que se encarregaria de contar – a quem importava saber – que ela estava viva. A ele apenas ficaria a obrigação de arrumar suas coisas e esperar por Beckett. Porém, caso fosse realmente inevitável, poderia comunicar logo a sua filha e mãe o que acontecera de verdade com a capitã. E assim Rick o fez. Foi direto para casa, Alexis e Martha o aguardavam desoladas, porém insistiam em ficar com ele e tentar de alguma forma reconfortá-lo. Não aguentando ver o sofrimento de duas das mulheres que mais amava na vida, decidiu contar que Kate não morrera no tiroteio, era tudo parte de um plano para enfim terem uma vida tranquila. Pediu que não comentassem com ninguém, pois na hora certa quem precisasse saber, saberia. Pediu também que o deixassem sozinho.

Já era madrugada quando ouviu um clique na porta. Era ela. Castle correu para a sala e a viu parada no centro. O sorriso lindo estampado em seu rosto, ele sorriu de volta e correu a seu encontro embalando-a em um abraço esmagador. Chorava e beijava a esposa em toda parte que estivesse ao seu alcance, ela sorria e o abraçava forte. "Você está aqui. Você está bem. Você está viva.", o escritor repetia entre beijos. Kate sentia que seu coração explodiria de tanto amor, como era bom estar nos braços de seu amado novamente. Os lábios se encontraram, as carícias iniciaram e logo as roupas do casal voavam pelos cantos do loft. Amaram-se com intensidade, com desejo, com cuidado, com fervor. Amaram-se como jamais haviam feito, até sentirem que não seriam capazes de mover um músculo sequer.

Deitada no peito do marido, Kate estava relaxada sentindo o afago lento em seu braço. Resolveu quebrar o silêncio, precisava compartilhar com ele a novidade o mais depressa possível.

— Babe, eu tenho algo para te contar.

— Sobre a mudança? Eu já sei. Lanie me disse que você resolveu enfim ir embora de New York comigo. Já pensou para onde quer ir?

— Esse assunto também precisa ser conversado, mas o que quero que saiba é outra coisa. Cas... Eu estou grávida. – Ela comunicou com um enorme sorriso e um brilho lindo no olhar. – Fiquei sabendo apenas hoje. O Dr. Carter me disse que nosso bebê está bem, por sorte não sofreu qualquer dano com o ocorrido de mais cedo.

— Definitivamente, eu sou o homem mais feliz do mundo. Eu te amo tanto, Kate. – Tomou-a em um beijo rápido, porém intenso, e afagou de leve a barriga ainda plana. Levantou o olhar para encará-la. – Quase morri ao pensar que você havia partido para sempre.

— Não, babe. Eu jamais deixaria você. O único "sempre" que quero é ao seu lado... Desculpe-me por não ter contado a você o que combinei com Lanie. Eu juro que não tive a intenção de te excluir de nada, mas...

— Shhh, está tudo bem Kate. – ele disse gentilmente, colocando o dedo indicador nos lábios dela – Só o que me importa é que você está aqui.

— Sabe, a gente pode mesmo se mudar para Paris como você havia planejado.

— Vamos atrás do nosso final feliz, Kate.

— Eu te amo tanto, Rick. Como nunca amei ninguém em toda a minha vida.

Castle sorriu e a beijou mais uma vez. Beckett se aconchegou no peito dele, sentiu seu cheiro característico lhe invadindo as narinas. Sorriu. Como era bom estar em casa. Ele a envolveu com os braços e relaxou o corpo. Começariam uma nova vida, longe de qualquer perigo. Ficariam juntos, always.


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Notas finais do capítulo

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