Não demorou muito para Eddie receber o pedido de prisão, seu advogado o convenceu a assinar o divorcio com a promessa da diminuição de sua pena, o mesmo não pensou duas vezes.

   Depois de quase três meses após aquela noite, eu nunca mais voltei a mencionar meus sentimentos para ela. Cath e eu voltamos a nossa velha amizade de sempre. Nós dois estávamos em minha sala revisando os relatórios finais de um ultimo crime que acabávamos de resolver, quando meu telefone tocou:

  - Grissom!

  - Oh Grissom, finalmente consegui falar com você! - Falou uma voz masculina e rouca.

  - Quem fala?

  - Meu nome de batismo não importa, mas pode me chamar pelo nome de guerra que é Sr. Anônimo!

  - O que quer comigo?

  - Bem, eu só queria dizer que sou seu admirador, tenho a memória fotográfica e sou um amante da arte. Sei tudo sobre você, sua idade, seu endereço, seu gosto excêntrico pela ópera e também sei de sua paixonite secreta  por sua melhor amiga e colega de trabalho, Catherine Willows!

  - Cath... – A ruiva ergueu os olhos do relatório que estava lendo e passou a me fitar, por eu ter pronunciado seu nome.

  - Isso mesmo, a sua ruivinha. Daqui a alguns minutos, uma surpresinha de aniversario irá chegar para você. Não precisa ter medo em abri-la, não é uma bomba ou coisa do tipo.

  - E por que eu deveria confiar em você?

  - Sr. Grissom, eu sou um gênio do crime e não um maluco que gosta de explodir coisas ou pessoas. Uma bomba causa muita sujeira e detalhes que eu não posso controlar. Sou um criminoso do tipo que é muito perfeccionista e meticuloso, me atento muito aos detalhes que eu posso criar e não aos detalhes que podem ser feitos ao acaso. Passar bem Sr. Grissom.

  - O que ouve Gil?

  - Temos problemas...

  - Sr. Grissom.

  - Agora não Judy, estamos muito ocupados.

  - Mas isto acabou de chegar para o senhor! – Falou ela erguendo uma caixa. Aquilo deveria ser a surpresa que ele mencionara.

  - Certo, Obrigada Judy, vamos Catherine.

  - Para onde vamos?

  - Sala de descanso onde todos se encontram. – Cath não me fez mais perguntas, apenas me seguiu, quando chegamos à sala de descanso, chamei a atenção de todos.

  - O que tem ai Grissom?

  - Ainda não sei do que se trata Greg, mas quero que prestem atenção. – Quando abri a caixa tive uma grande surpresa, com aquela ligação, eu esperava receber algum pedaço de um corpo ou coisa parecida, mas o que acabara de ganhar era um bolo de aniversario. Retirei-o da caixa e todos me olharam.

  - Ei cara, hoje era o aniversario do Grissom, você lembrava? – Perguntou Warrick discretamente para Nick.

  - Não cara. – Comecei a analisar visualmente o bolo a procura de alguma falha em que pudesse conter algo fora do comum.

  - O que está procurando Grissom?

  - Alguma coisa de anormal, já que foi um criminoso que me mandou o presente, Sara!

  - Um criminoso? – Inquiriu-me Catherine indignada. – Eu fui a única nesse laboratório inteiro que se lembrou de seu aniversario, você nem se quer se deu ao trabalho de ler o cartão que vinha em cima da caixa e ainda diz que foi um criminoso que lhe mandou o presente?  Eu estava louca em mandar-lhe o bolo, como eu pude ser tão tola? Agora eu sei o quanto minha amizade significa para você!  - Falou-me furiosa, em seguida saiu da sala, empurrando Greg de sua frente, esses dias eu andava tão ocupado com o trabalho que acabei esquecendo de meu próprio aniversario.

  - Cath...

  - Você pisou na bola cara!

  - Acha que eu não sei Nick? – Judy acabou nos interrompendo.

  - Sr. Grissom...

  - Agora não Judy.

  - Mas senhor, um de nossos policias encontrou esse envelope em frente ao departamento, e está endereçado ao senhor.

  - Obrigada Judy. – Falei pegando o envelope pardo.

  - Mais um presentinho Grissom? – Ergui as sobrancelhas.

  - Antes de abri-lo, leia o cartão primeiro Grissom. – Falou Greg em um tom irônico.

  “Está é a primeira de muitas surpresas que você ira receber Sr. Grissom. Todas as minhas surpresas serão divididas em duas partes e está é a primeira parte da primeira surpresa. Faça bom uso e feliz aniversario”.

  - Quem mandou isso?

  - Não sei seu real nome, mas ele me ligou agora a pouco e se identificou como Sr. Anônimo. Disse-me que era meu admirador e sabia tudo sobre mim.

  - Vamos Grissom, abra o envelope!