[...] Uma mão puxou meu braço fazendo meu coração disparar, pois achei que fosse Walker ou algum dos pacientes:

  - Catherine... Quer me matar de susto? – Apesar de todo aquele susto, eu finalmente senti um alivio percorrer meu peito ao vê-la, ao invés de algum paciente insano ou do próprio Walker.

  - Me desculpe.

  - Tudo bem, mas o que faz aqui sozinha perambulando por esses corredores vazios?

  - Bem você estava demorando então resolvi vir procurá-lo. A propósito, você me parece um pouco assustado, aconteceu alguma coisa dentro daquela sala que você deva me contar?

  - Para falar a verdade sim, mas não posso lhe falar, aqui não é seguro. Vamos precisamos voltar e examinar o quarto, pois o quanto antes terminarmos essa investigação, mais rápido sairemos desse lugar! – Voltamos para o dormitório das enfermeiras e entreguei a autorização a Dra. Button. Começamos processando o lugar e não demorou muito para os fluidos corporais aparecem sobre as cobertas da enfermeira.

  - Festinha de DNA! - Exclamou Nick que logo coletou o material. – Este é o tipo de conteúdo que não deveria está contido na cama de uma enfermeira onde outros funcionários só podem entrar com a autorização da Diretora do Hospital!

  - A não ser que nosso contribuídor do sêmen seja um amigo de Anica, pois só assim ela lhe daria autorização,ou seja, tudo aponta para Geoffrey.

  - Não sei Cath, não encontramos sangue no escritório dele e muito menos aqui. O Maximo que poderíamos provar foi que os dois fizeram sexo já que não encontramos sangue nesse quarto. Bem e se Geoffrey realmente matou Julia, deve haver uma cena crime e teremos de achá-la!

  Terminamos de processar a cena do crime por volta das 16:00 horas sem nenhuma evidencia a mais encontrada alem do sêmen. Quando chegamos ao chalé nos deparamos com uma linda sexta dos mais variados bolinhos, o objeto continha um cartão então eu o apanhei e o li:” Peço desculpas pelo que aconteceu entre Geoffrey e vocês,  ainda aguardo você para um cá da tarde Sr. Grissom. Atenciosamente Walker O’Connell. “ . Enfiei o cartão no bolso e levei a sexta de bolinhos até a lixeira da cozinha:

  - Ei, ei espere ai, você não pode jogar fora uma sexta dessas!

  - Nick tem razão Grissom! - Falou Sofia.

  - Muito bem se vocês quiserem fiquem à vontade, só sei que não comerei nada que for tocado pelas mãos daquele homem. – Acho que Nick e Sofia não deram muita importância para o que eu disse apenas pegaram a sexta de guloseimas e se direcionaram para a sala. – Não vai acompanhá-los?

  - Não, Sofia está lá! – Disse Cath me dando um sorriso.

  - Vocês duas tem que parar com isso! - Falei retirando os óculos.

  - Além do mais, eu prefiro ficar sozinha com você! – Falou se aproximando de mim e envolvendo os braços em torno de meu pescoço, em seguida me deu um leve beijo.

  - Hum isso é bom! – Falei retribuindo seu beijo. – Achei que estivesse zangada  comigo.

  - Bem, eu estava, mas percebi que já perdemos tempo demais negando o amor que sentíamos um pelo outro para isso voltar a se repetir por conta de briguinhas. - Beijei-a com mais intensidade, mas fomos interrompidos pelo barulho do estardalhaço de vidros no chão.

  - Nick... – Ele não me respondeu. – Sofia...

  Não ouve resposta de ambos, Catherine retirou as mãos de meu pescoço e fomos ver o que estava acontecendo, quando chegamos à sala encontramos Nick e Sofia caídos no chão e um capo quebrado ao lado deles. Cath checou rapidamente o pulso de Nick e eu o de Sofia:

  - Meu bem, traga um medico o mais rápido possível, a pulsação deles está muito fraca. – Minha ruiva saiu em disparada, e logo voltou acompanhada pela Dra. Button e alguns enfermeiros.

  - Os dois parece estarem perdendo pulso rapidamente, as pupilas estão delatadas, precisamos levá-los urgentemente para a enfermaria! – Falou a Dra. Button, os homens colocaram Nick e Sofia em macas e os levaram para a enfermaria do hospital, Catherine e eu seguimos desesperados logo atrás. Depois de algumas horas apreensivos esperando para saber o que havia acontecendo a Dra, Button veio até nós.

  - Como eles estão?

  - O estado dos dois é estável, mas irão precisar de repouso por algum tempo.

  - E o que aconteceu com eles?

  - Eles foram envenenados por altas doses de uma medicação que só é prescrita para pacientes insanos deste hospital. – Cath e eu nos entreolhamos. – O fato mais curioso é que a substancia não entrou em contato com a corrente sanguínea dos dois, ela estava apenas no estomago deles misturado com uma espécie de massa ou coisa do tipo! Por isso eu sugiro que eles fiquem em repouso por um ou dois dias aqui no hospital.

  - Certo, obrigada Doutora.

  - Chame-me apenas de Breatrice. Eu peço desculpas por ter sido um pouco grossa com vocês.

  - Não há problema. Sou Gil Grissom e essa é Catherine Willows

  - É um prazer conhecê-los, bem eu fui um pouco grossa porque não costumamos deixar estranhos entrar em nossos dormitórios.

  - Já que estamos tocando nesse assunto, eu gostaria de ...

  - Doutora o paciente 325 está entrando em estado de choque novamente.

  - Sinto muito, mas preciso ir, ah e eu sugiro que vão para casa e descanse, sei que não é fácil quase terem perdido dois amigos! – Beatrice tinha razão, deveríamos voltar para o chalé, mas aquilo ainda não conseguia sair de minha cabeça, teria sido a intenção de Walker envenenar todos nós e nos liquidar de uma vez por todas?

  - Sr. Grissom, como vai? O que faz por aqui? – Fiquei pasmo ao ver aquele homem me cumprimentando com alegria, mas acho que não fui o único a ficar chocado.

  - Seu cretino, foi você que quis nos matar! – Acusou Catherine com raiva.

  - O que? Do que está falando investigadora Willows?

  - Não seja idiota, foi você que nos enviou a sexta de bolinhos! – Exclamou com raiva mais uma vez.

  - Do que está falando, eu não enviei sexta de bolinhos nenhuma, esse tipo de comida não pode ser preparado aqui, pois alguns pacientes não podem ter os níveis de suas glicoses elevadas!

  - Espere ai, você está dizendo que não nos mandou aquela sexta de bolinhos Walker?

  - Mas que diabos, eu juro por minha vida que não enviei nenhuma sexta de bolinhos a vocês!