Uma História com neve, fogo e muita briga escrita por Gabriella


Capítulo 1
As visitas


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo tem um personagem de uma antiga fic minha, Áurea. Mas isso não precisa ler essa história para entender.



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 Passos rápidos e aflitos passavam por todo o castelo. Alguns viam do pátio, outros do portão, os mais amenos eram dos aposentos reais mas não havia nada que se comparasse aos da cozinha. Aliás, não havia meio termo, estava tudo um caos. Empregados corriam de um lado para o outro, mordomos entravam pela janelas e soldados empalideciam toda vez que olhavam pelas fretas dos portões. Esse apocalipse não tinha outra explicação: tinha que ser o fatídico aniversário de Sua Majestade. E só havia um único lugar onde não reinava tal confusão.

Em seu quarto, as pequenas princesas de Arendelle brincavam tranquilamente, alheias a agitação dentro e fora do castelo, mas cientes de que aquele não seria um dia qualquer. E desenhando na enorme janela coberta por sua neve, Elsa explicava para o bebê Anna o quanto hoje seria um dia legal, com muita comida, muitos amigos e muita diversão. Ela estava caprichando na parte mais interessante para ambas que era a do rango quando ouviram, primeiro, o calmo chamamento de sua mãe:

 —Meninas.

Seguido da alarmante exclamação de seu pai:

—Meninas!

 E seus pais correram para tirar cada uma de perto da janela.

—É perigoso brincar na janela, filha. — Alertou seu pai, Elsa sentiu no rosto dele uma preocupação que não estava só nessa janela.

—Eu só estava mostrando para Anna como hoje vai ser incrível!— E apontou para sua obra que só tinha doces e mais doces desenhados.

 —Muito bom, querida.— Disse sua mãe muito menos tensa do que o pai. —Mas não vamos precisar mais disso. Já que vocês vão ver tudo isso pessoalmente.

E ela abre a janela para a brisa de verão a descongelar fazendo a família se deparar com a visão de milhares de navios cobrindo o mar e outras centenas de pessoas atravessando os portões do castelo. Os quatros observaram  aquilo abismados demais para dizerem uma só palavra ou sequer notarem a presença de Aldos bem atrás deles.

—Caramba, parece até que vamos ser invadidos!— Disse Aldos cada hora mais surpreso com o aumento exponencial dessa gente.

—Esses aí são os penetras?!— Perguntou o Rei.

 —Não, com essa pontualidade esses são os convidados mesmo. Imagina como vai ser quando os penetras chegarem.—Rebateu Aldos.

 —É muita gente...—Disse Elsa ainda perplexa. Anna bateu palmas de alegria, era única animada com aquilo.

—Muita gente desocupada.—Acrescentou sua mãe irritada. —Não vieram aqui para o aniversário do seu pai.

—E vieram para quê? — Perguntou Elsa.

—Para um espetáculo, Digníssima. —Disse Aldos. —O espetáculo da cabeça deles!

 —Bem, pelo menos pagarão por isso quando verem que não há absolutamente nada—Disse o  Rei.

— Ou sequer ela vier.— Acrescentou a Rainha.

 —Ela quem?— Elsa não estava conseguindo entender mais nada.

Então os três se entreolharam percebendo que o rumo da conversa estava ficando sério demais.

—Não é nada, querida— Ponderou sua mãe.

—Nada com que você tenha que se preocupar.— Acrescentou seu pai. —E agora que vamos conhecer os novos amiguinhos de vocês.

Eles saíram do quarto, o Rei ainda estava com Elsa no colo e a menina vê nitidamente o receio do pai.

—Você está muito nervoso, papai. — E ela joga floquinhos de neve na sua cabeça, gesto que sempre o alegrava quando estava preocupado. Ele sorriu para ela e pegou sua mãozinha com carinho mas seu rosto voltou a se retrair.

—Elsa, sabe como você pode me ajudar? Você tem que me prometer que não vai mostrar os seus poderes, entendeu?

Ela assentiu com a cabeça mesmo não entendo a razão desse pedido. E os olhinhos baixos da menina fizeram o Rei perceber que ela tinha sim muito mais a perguntar, mas por amor a ele calada ia ficar. Essa “fofurice” acabava com ele, mas ele não podia assustar a menina dizendo que meio mundo de malucos veio aqui para ver alguma coisa anormal e sabe se lá o que vão fazer se verem ela espirrando neve. Melhor era ficar quieto. Enquanto isso do lado de fora do castelo, uma garota de olhos amarelos estava seguindo à risca essa política do bico fechado.


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