Era pra ser apenas uma supresa escrita por Marielli Barbosa


Capítulo 1
Aquele típico dia das mães dos Potters


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira one shot! Escrevi hoje em homenagem os dias das mães!
Espero que gostem!



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O dia das mães sempre foi um dia especial para Ginevra Potter. O dia onde seus irmãos se reuniam para fazer algo especial para sua mãe. Eles eram em sete filhos, e toda vez que se juntavam dava em confusão. Porque um queria ser o melhor que o outro, “Eu vou entregar pra ela” dizia Ron, “Não, eu é que vou entregar a ela Rony, sou a única garota ganho isso por direito” justificava Ginny, “Mas nos somos dois, ela vai gostar mais de ganhar esse presente de nós” explicavam os gêmeos, e no fim de tudo a Sra. Weasley os pegava discutindo, e dava sermões e eles acabavam por ficar presos em seus quartos de castigo.

            Ela riu com a lembrança, ela realmente tinha saudades disso tudo. Do Ronald sempre buscando por atenção. Das brincadeiras dos gêmeos. Do Percy bancando o filho responsável. Da Sra. Weasley insistindo que Bill Weasley cortasse seus cabelos, ou tentando convencer Charlie de voltar a morar com eles. Anos se passaram e continuaram os mesmos. E ela agora era uma mãe, de três crianças. Pra ela, eram crianças ainda.

            Lily Luna Potter era a filha mais tranquila, a apaziguadora. Sempre tentando evitar confusões. E uma irmã protetora, sempre defendendo seus irmãos. Nunca dava problemas na escolinha trouxa que estudava, as únicas detenções dela eram por motivos de brigas por defender seus amigos e sua família. Sempre com um sorriso no rosto e carinhosa com todos.

            Albus Severus Potter, o filho mais isolado e quieto. O único sonserino da última linhagem Weasley/Potter. Ela se preocupava com o efeito que isso causaria na vida do seu filho, pois ele costumava guardar tudo pra si, como o pai, lembrou-se revirando os olhos. Um garoto sincero, e cabeça dura quando quer. Disposto a ajudar sua mãe sempre. Um típico Weasley, com ciúmes extremos de Lily. A única coisa que ele e James concordavam, eram que Lily só ia namorar aos 30 anos. Ainda bem que sua filha não pensava muito nisso, não queria nem imaginar quando essa fase começasse. Mas esperta como é, provavelmente iria saber enrolar seus irmãos. Tal como ela fez. Riu com isso, ao lembrar.

            James Sirius Potter era o filho que mais dava trabalho. Nos seus 15 anos, com seus hormônios a flor da pele. Ele dá jus aos seus nomes. É definitivamente um maroto. A cada ano suas detenções tendem a crescer, crescer e crescer. George costuma dizer que ele e Fred Weasley II são seus sucessores nas marotices. Pelo menos é um menino responsável, e muito inteligente e ela desconfia sabiamente que ele está em busca de ser tornar um animago, tal como seu avô James Potter foi. Ela só torce para que ele não se machuque dessa forma. Ele é um conquistador barato, não sabe quantas vezes já recebeu berradores dos pais de suas ex-namoradas por seu filho tê-las magoado. E Ginny não lembra quantas vezes já deu sermão no seu filho a respeito disso. E a única justificativa dele era “Mãe, não posso fazer nada se todas querem usar esse corpinho lindo que você me deu”. Com certeza todo esse ego dele era de James Potter. Enquanto ela se divagava sobre seus filhos, ela sentiu um braço a sua volta.

— Ei Ginny, feliz dia das mães. – parabenizou Harry. – O que estava pensando, você estava com aquela cara. – constatou rindo da cara da sua esposa.

— Em nossos filhos. E como cresceram. É o ano de NOM’s do James, primeiro ano da Lily e já o terceiro do Albus! Estou me sentindo velha. – se lastimou ela.

Harry apenas riu do drama da mulher. Parou pra pensar a se lembrar das primeiras vezes que viu seus filhos. Eram tão pequeninos. E agora eram enormes.

— Lembra... – ele ia falar algo, mas foi interrompido por um estrondo ensurdecedor.

Marido e esposa apenas trocaram olhares cúmplices. Todo ano era a mesma coisa. Desceram as escadas rapidamente pra se depararam com uma cena até então comum naquela casa.

Lily toda suja de trigo, de cabeça aos pés. Albus sujo de chocolate no seu cabelo e James todo lambuzado de sangue com uma colher de pau. Peraí... SANGUE? Não, era apenas calda de morango. Contatou a ruiva, após um desespero momentâneo.

— Vocês poderiam explicar, por favor, o que aconteceu com a nossa cozinha? Ou melhor, com vocês? – questionou Ginny com um ar cansado.

Eles começaram a falar ao mesmo tempo, como sempre faziam. Harry apenas usou o feitiço de silencio calando todos ao mesmo tempo.

— Tudo bem, um de cada vez. Da última vez que algo aconteceu quem começou as explicações foi a Lily, agora é a vez do Albus. Já sabem as regras, sem interrupções. – frisou Harry com um olhar especifico em James. Ele apenas revirou os olhos.

— Íamos fazer uma surpresa para mamãe e deu tudo errado, porque o James acha que sabe fazer tudo e na verdade ele é pior que o senhor na cozinha papai, sem ofensas. – explicou Albus com sua sinceridade costumeira.

James apenas inflou suas bochechas de raiva, ele sabia que não podia interromper um dos seus irmãos enquanto era a vez deles de falar. Ele já interrompeu e teve sérias consequências, não gostava nem de lembrar Ginevra Potter brava.

— Entendi. Não me ofendi Albus, não sou bom na cozinha mesmo. E como explica você estar todo sujo de chocolate? – questionou Harry segurando o riso, seus filhos estavam cômicos com aquela aparência.

— James. – justificou Albus monossílabo como sempre. Harry apenas suspirou e virou seus olhos verdes ao filho mais velho, esperando uma explicação mais detalhada.

— Posso falar? – perguntou James fazendo cara de cão abandonado, Harry apenas assentiu com a cabeça. – Tudo bem, estava eu bem acordado e com um único pensamento do dia: Fazer a nossa mãe feliz. Que, aliás, está linda hoje! – piscou ele galante, seus irmãos apenas reviraram os olhos. – Dai pensei o que fazer? E porque não um bolo de chocolate com morango? Ela vai adorar! E como eu amo meus irmãos, decidi chama-los para ajudar nessa tarefa! Só que como os senhores viram não deu muito certo. Eles simplesmente não seguiram as minhas instruções. – justificou fazendo a melhor cara de indignação dele.

Harry olhou pra Ginny buscando apoio. Ela apenas semicerrou os olhos e virou-se pra Lily que se mantinha quieta até então, olhando para suas unhas recém-pintadas de lilás.

— Lily seu ponto de vista da história. – questionou a Mulher.

— Exatamente o que os meus queridos irmãos falaram. Estávamos tentando fazer uma surpresa para senhora, seguindo as orientações do James. Mas pelo que percebi, ele não é muito bom nisso. – falou a garota se olhando e percebendo que estava toda suja de trigo. – Vocês desceram na hora que estávamos discutindo encomendar alguma coisa por aquele restaurante trouxa que a senhora gosta, para nos desculparmos pela bagunça. – explicou a garota fazendo a típica cara de cão abandonado. Ela aprendeu aquilo com James. Ginny fingiu não notar a cara de orgulho do seu filho mais velho ao ver a explicação de Lily.

— Tudo bem. Vocês são mesmo filhos incríveis e agradeço muito pelo esforço de vocês, mas não adianta fazerem essas caras de coitados, quero que limpem essa bagunça e se limpem também. – falou ela duramente. Os filhos apenas assentiram depressa e começaram a arrumar a bagunça. – E não se esqueçam de que ainda é o meu dia. E podem encomendar aquela torta de maçã do restaurante trouxa, que vou fingir que isso não aconteceu. – falou a mulher subindo as escadas com Harry a seu encalço.

— Todo ano é a mesma coisa. Será que eles nunca aprendem? – perguntou Harry divertido.

— Falou o homem que quase queimou a nossa casa no primeiro domingo dos dias das mães. – falou Ginny arqueando as sobrancelhas para o marido.

— Foi um acidente. – respondeu Harry corando com a risada alta da mulher. – É de família. – justificou.

— Pode ser. – falou ela sorrindo de canto.

            Todo ano era essa bagunça com os Weasley. E agora com os Potter. E provavelmente seria nas próximas gerações. Mas não importa tudo isso, ela amava seus filhos incondicionalmente, a forma que eles se apoiaram para se defender. Os olhares cúmplices. A rapidez em arrumar a bagunça. Tudo neles era tão incrível. Agora ela entendia os gritos da Sra. Weasley, os olhares semicerrados desconfiados e aquele ar de cansaço que sempre tinha quando as “surpresas dos dias das mães aconteciam”. Agora ela era uma mãe. Mãe de três filhos com sangue Weasley e Potter. E amava ser uma.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Comentem a sua opinião!

Muito obrigada!

Feliz dia das Mães :*

Nox



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