Entregue-se a guerra escrita por Mattheyuz Klavyster


Capítulo 1
Capítulo Único




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Entregue-se a Guerra

Em meio as disputas imperialistas europeias, um poderoso império e um grande reino declararam guerra um ao outro. Após vários meses de guerra e depois de vários movimentos das fronteiras de ambos, o, já não tão poderoso império, se via defendendo sua capital do grande reino, que estava ainda maior, cruzando o mapa com o seu nome. As tropas do império, as tropas imperiais, tinham investido em sua tecnologia para ganhar aquela guerra, porém, as tropas do grande reino, as tropas reais, tinham mais que o dobro da quantidade de tropas. Assim, as tropas reais tinham ganho batalhas e batalhas pelo simples motivo das tropas imperiais fugirem no meio das batalhas por terem a impressão de que, por mais que matassem mais inimigos do que perdiam companheiros, o número de inimigos não diminuía, enquanto os seus companheiros caiam um por um.

Em meio a esta situação, um jovem sargento, com seus vinte e poucos anos, percebeu que já não havia quase mais nada de humano naquela guerra e decidiu que, para reverter e ganhar aquela guerra, era necessário abandonar qualquer humanidade restante que ele, seus homens e seus superiores poderiam ter. Quando falou com seus superiores que pretendia ignorar qualquer honra, respeito, ética e humanidade que um soldado podia ter, eles quase o mandaram para forca, porém, como os mesmos já nem se preocupavam com a guerra em si, mas sim em como evitar que fossem decapitados pelas guilhotinas do exército real, eles aceitaram a proposta do jovem sargento.

Após receber permissão para usar a tática que quisesse, ele disse aos seus poucos mais de 700 soldados que eles não mais iriam para batalha com uma formação de linha de infantaria, mas sim com uma formação de quebra de linha. Como nada igual tinha sido dito naquela guerra antes, os soldados ficaram inexpressivos esperando que o sargento contasse o que era aquilo. Ele lhes disse que era para que eles levassem o mosquete para trás do corpo estendido, quase arrastando a baioneta no chão usando a mão direita, e que com a esquerda levassem uma segunda baioneta, também disse que eles iriam fingir estar em uma formação de linha de infantaria padrão até estarem aos 20m das tropas reais para a troca de tiro, porém, quando vissem as tropas reais levantando seus mosquetes e o comandante inimigo gritando “NIVELAR”, eles iriam correr e pular em cima das tropas reais para ataca-las. Usando a baioneta na mão esquerda iriam eliminar o primeiro solado a sua frente, o segundo a sua frente seria morto pela baioneta do mosquete em sua mão direita e o terceiro com um tiro do mosquete. Assim, usando 100 soldados iriam eliminar até 300 sem nenhuma perda. Isso em teoria, pois, dos mais de 700 soldados que comandava, cerca de 200 aceitaram participar de uma batalha assim, os outros preferiam desertar ou ser enforcados por descumprimento de ordens.

Os cerca de 200 homens que aceitaram foram postos a prova nas redondezas da capital, o jovem sargento estava começando a pensar se tivera tomado a decisão certa, já que iria enfrentar 600 solados reais, se não tivesse proposto tal formação as suas tropas, teria um número maior de soldados que o seu inimigo.

As duas tropas entraram em conflito em um campo aberto. O jovem sargento observou toda batalha ao lado de seus soldados e viu cada um que caiu, e cada inimigo que agonizou pelas mãos deles e, também, pelas suas. O próprio jovem sargento empunhou a sua baioneta e seu mosquete e liderou o ataque assim que escutou o comandante das tropas reais gritar “Nivelar”. Ele correu em direção ao primeiro soldado real que viu a sua frente,  o soldado desesperado tentou acerta-lo com a coronha do mosquete, mas o jovem sargento desviou e o acertou com a baioneta abaixo da costela e o empurrou para o lado, depois ele chutou o mosquete do segundo soldado real e enfiou a baioneta do mosquete no pescoço do soldado, ele segurou o soldado no meio do peito pelo uniforme e o arrastou para cima do terceiro soldado, o soldado tentou acerta-lo com a baioneta de seu rifle, mas o jovem sargento empurrou o corpo do soldado que estava arrastando e derrubou o terceiro soldado, depois fincou o seu mosquete com toda a sua força, o mosquete atravessou o pescoço do soldado já morto e entrou na barriga do terceiro soldado o prendendo no chão. Quando o jovem sargento levantou a sua cabeça e olhou em volta os seus soldados estavam divididos entre os que corriam atrás dos soldados reais que tentavam fugir e os que estavam comemorando a vitória banhados em sangue, ele olhou para as próprias roupas e viu que a única parte sem sangue dela era a parte que o seu cinto cobria.

Ao final dessa batalha sangrenta, todos as 600 tropas reais foram mortas às custas de menos de 30 soldados imperiais. O que fez com que o jovem não mais sargento fosse promovido a Major para que pudesse comandar todo o contra-ataque imperial e ganhasse o apelido de Blutjäger (caçador de sangue).

Depois de poucos meses, o jovem major tinha vencido batalha após batalha deixando para trás o sangue de mais de 700 mil tropas reais. Agora ele estava liderando o cerco do poderoso império a capital do já não tão grande reino.


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