The Girl and the Wolf escrita por Angelus Magnus


Capítulo 2
Dois




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Antes mesmo de o sol nascer já me encontrava em pé fazendo o mesmo trajeto que fazia todas as manhas para ir de motocicleta pelas trilhas da Floresta Luz, com um pastor alemão logo atrás de mim indo a caminho ao lugar mais alto da floresta para vermos o sol saindo de seu esconderijo secreto, era uma sensação revigorante ver um novo dia, uma nova aventura surgindo, me sentia renovada. Depois do espetáculo Duque e eu ficávamos andando, às vezes fora das trilhas caçando veados ou coelhos e quando não estava com tanta vontade de caçar ficava praticando tiro com o arco e flecha que havia ganhado de uns dos caçadores do vilarejo e quando a hora do almoço chegava íamos correndo até a cabana de cor vermelho desbotado matar nossa fome.  

E esse era o meu dia-a-dia, que raramente mudava.

Depois de almoçar decidi não voltar à floresta para fazer trilha e sim passear pelas ruas pequenas de Rainy, logo ao meu lado se encontrava Duque atento ao movimento das pessoas enquanto eu estava absorta em meus pensamentos profundos que nunca pareciam ter fim, ao pensar em uma simples flor branca meus pensamentos iam alem da flor branca, viajando para um mundo distante cheio de estrelas. Era sempre divertido ver onde minha mente me levava ao ter apenas um pensamento.

Tudo aparentava estar normal como sempre fora, as pessoas passavam pelas ruas cheia de tarefas a cumprir deixando de apreciar a paisagem que estava envolta dos mesmos, outras pessoas se encontravam ocupadas cuidado de suas lojas ou de seus devidos lares. Conversas eram ouvidas por onde passava, junto de risadas de adultos ou de crianças que pareciam se divertir entre si envolta do enorme chafariz de um anjo, o anjo olhava para o céu com umas das suas mãos estendidas no ar, era como se esperasse que alguém fosse lhe dar algo ou como se esperasse uma estrela cair direitamente em sua mão, como se fosse um presente dado ao céu a ele. Esse era um dos meus lugares favoritos do vilarejo, gostava de olhar aquele chafariz e imaginar por trás daqueles traços delicados no que o seu autor pensava enquanto dava a vida a ele, talvez pensasse no nome do vilarejo enquanto o fazia, em como o pequeno anjo de cabelos ondulados esperava as gotas de chuva caírem sobre sua mão e então um dia chuvoso começasse.

Sou obrigada a sair dos meus pensamentos sobre o chafariz quando sinto algo pulando sobre minhas costas e passando braços envoltos do meu pescoço para impedir que caísse, logo depois do susto ouço uma risada um tanto conhecida por mim perto de minha orelha, Megan, seguro as pernas da pequena antes que a mesma caísse de bunda no chão. Megan era a minha vizinha, possuía cabelos castanhos com cachos que brilhavam ao sol, seus olhos verdes lhe davam um olhar inocente, mesmo sendo um pouco sapeca. Sempre que sua mãe saia a deixava sobre os meus cuidados tendo de aguentar a pequena bagunceira ao meu lado, Duque era sempre o que mais se divertia com ela e o que mais parecia ter paciência quando a baixinha decidia colocar roupinhas nele ou fingir que ele era um cavalo. Enquanto a pequena se encontra meio que pendurada em minhas costas caminho até o chafariz com uma certa dificuldade e com um pastor alemão que me olhava como se estivesse se divertindo com a situação, espere chegarmos em casa ele descobrir o banho que o aguarda.

— Lexi!!! – Megan grita perto do meu ouvido quase me deixando surda. Já não bastava ela ter quase quebrado minhas costas agora queria me deixar surda, só falta ela querer me deixar cega,

— Oi, carrapato. – a desço das minhas costas quando já nos encontramos a frente do chafariz, ela parecia mais animada do que o normal. Seus cabelos estavam devidamente presos em um rabo de cavalo um pouco bagunçado e usava o seu típico vestido de laçinhos lilás, era a sua cor favorita.

Sento na beirada do chafariz vendo Megan logo se sentar ao meu lado, Duque se senta em frente a nos duas nos analisando com os seus grandes olhos amêndoas.

—Lexi? – faço um sinal com a mão para que ela fale.

—Hoje é sexta, certo? (n/a nn hj nn sexta, infelizmente '-')

—É... - arqueio uma das sombracelhas desconfiada, acho que sei aonde a pequena quer chegar.

— Você sabe que todas as sextas a noite a velha anciã conta historias para as crianças e... -  interrompo.

— E você quer que eu vá com você, certo?

—Sim. - responde envergonhada.

Todas as sextas á noite as crianças e alguns adultos se reuniam em frente à velha cabana de Mary, a anciã do vilarejo para ouvir as historias que ela contava, ou como preferia dizer as lendas urbanas que ela gostava de contar para assustar as pessoas. Dou um pequeno sorriso na direção da baixinha, até que seria uma boa ideia ouvir uma das lendas de Marry.

—Tudo bem, eu vou com você.

—Serio? - assinto com a cabeça confirmando, Megan começa a pular e gritar em comemoração, apenas rio de sua reação. Duque olha a garota com cara de espanto por conta dos gritos que Megan dá o que faz que eu ria mais.

— Vamos embora antes que alguém chame o hospício pra você. - brinco.

A pequena mostra a língua saindo andando com a cara emburrada fazendo que eu balance a cabeça negativamente rindo. Ia ser uma grande noite.

 


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