Um amor para meu amor escrita por Miss Smoak


Capítulo 1
Can't help falling in love


Notas iniciais do capítulo

Alô alô brasil, cá estou eu com uma fic novinha em folha, mas essa vai ser diferente de SC (sweet connor) e FG (fire and gasoline), Uma amor para meu amor vai ser uma shot de apenas 3 capítulos, essa ideia surgiu depois de ver um filme que recomendo bastante!
A cada cap, vai ter um tema e eu espero que vocês gostem das minhas sugestões, enfim espero que gostem do que vem por ai.
Boa leitura.



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Wise men say

Only fools rush in

But I can't help

Falling in love with you 

Shall I stay?

Would it be a sin

If I can't help

Falling in love with you? 

Like a river flows

Surely to the sea

Darling so it goes

Some things

Are meant to be

(Elvis Presley  - Can't help falling in love)

  

Oliver Queen.

Observei a cidade movimentar-se com vigor, os carros barulhentos, motocicletas e pessoas perambulando pelas calçadas de uma Star City cinzenta. Respirar aquele ar de familiaridade inflamava algo em meu peito me fazendo sentir incrivelmente feliz. Soltei um suspiro fechando o notebook e o depositando em cima da mesa, um sorriso repuxou no canto de meus lábios os ver a foto emoldurada. Felicity parecia reluzente naquele momento guardado, no dia do nosso casamento. Ela franzia o nariz parecendo um coelho enquanto a ponta do mesmo estava um pouco sujo com glacê do bolo, minhas mãos depositadas em sua cintura enquanto ela erguia os dedos para me melar também. Ao fundo os convidados riam da nossa felicidade.

Eu não tinha duvidas que Felicity Smoak era meu destino. Estávamos juntos há sete anos e casados a 3 e todos os dias eu me apaixonava cada vez mais, como um bobo que sentia o amor pela primeira vez.

− Sr.Queen. - uma batida leve no batente me tirou dos devaneios. Sem me conter  um sorriso largo cresceu em meus lábios ao notar a loira colocar apenas a cabeça para dentro da sala. − Vamos para casa Oliver. - ela pediu agora colocando todo o corpo  para dentro da sala, o vestido apertado dava ainda mais evidencia para a protuberância em sua barriga, fechei os dedos em minha mão com rapidez a chamando em silencio, Felicity Smoak-Queen soltou uma risadinha antes de se sentar em meu colo.

− Você sabia que eu adoro passar meus dedos por aqui? - perguntei passando minha mão por sua barriga por cima do pano.

− Sim, você faz questão de falar isso todos os dias. - retrucou depositando um beijo em meu queixo. Senti seus dedos puxarem os curtos cabelos de minha nuca me puxando para um beijo urgente e repleto de saudade. − Vamos para casa, sua filha me fez passar metade do dia agachada em um vaso sanitário ou seja não fiz nada produtivo. - reclamou fazendo bico em seguida, abaixei meu corpo o suficiente para depositar meus lábios em sua barriga.

− Ava, meu amor você precisa dar um sossego para sua mãe. - sussurrei para a barriga sentindo seu chute fraquinho em resposta.

− Ela só faz isso quando está com você. - Felicity soltou um grunhido revirando os olhos, mas em seus lábios um sorriso estava presente. − A princesinha do papai.

− Sua mãe está com ciúmes meu amor, o que faremos com ela? Talvez uma pequena sessão de cócegas? Você a ama também não é? Responde para o papai..

− Não se atreva a me fazer cócegas Oliver Jonas Queen. - fechei meus olhos quando a famosa bolha invisível se formou ao nosso redor sempre que ficávamos assim, discutindo com o dois bobos, mas a famosa bolha estava prestes a ser estourada. A felicidade não duraria para sempre. Senti minha garotinha chutar com mais força. − Ei o que houve? Você ficou distante de uma hora para outra. - preocupada ela sussurrou puxando meu rosto de encontro ao seu.

Como? Como dizer para sua esposa, verdadeiro amor da sua vida e mãe da sua filha que estava morrendo sem que a notícia a fizesse sofrer? Se alguém sabia como fazer isso eu precisava urgente de um ensinamento. Engoli o seco encarando a profundidade de seus olhos azuis. Só de imaginar minha Felicity sofrendo me cortava o coração. Lembrando do terrível prognostico do médico semanas atrás, a mancha em meu corpo parecia doer assim como meus ossos quando as palavras dele me atacaram com força.

− Estou apenas pensando em uma transição com a Palmer Technologies. É muito importante.

− Você vai se sair bem, mas agora vamos embora por favor sua filha e eu estamos com fome. -completou se erguendo de meu colo, imitei seus gestos e de mãos dadas saímos da Queen Consolidates.

Minha cabeça doía lembrando do decreto do médico, eu sentia medo, estava em uma queda constante que parecia não chegar fim. A vida chega a um ponto onde você se questiona o porque de certas coisas acontecerem com você. O câncer me pegou em um momento desprevenido e agora já não tinha droga para me curar, o estado já estava avançado conforme o médico da família. Eu nunca fui uma pessoa ruim, nem um filho de má influencia, estudei conforme todos mandavam me formei e segui o negocio da família assumindo a presidência da QC quando meu pai morreu me casei e nunca cogitei a hipótese de trair minha esposa.

E então essa doença atingiu meus ossos, meu corpo, querendo me arrancar da minha família, querendo arrancar minha felicidade. E conforme a conversa do médico eu só tinha alguns meses. Meses o suficiente para assistir o nascimento da minha filha e saber daquilo fazia meu peito apertar em dor. Nunca poderei afastar os rapazes da minha filha, não veria seus primeiros dentes, passos e palavras, não estaria presente quando ela der seu primeiro beijo e me doía saber que nunca poderia entrar de braços dados em uma igreja com ela para entrega-la ao homem que devia ser seu marido.

− Amor.. - senti as unhas de Felicity rasparem meu braço e dediquei minha atenção a ela, seu tom completamente angustiado. − O que houve Oliver? Me conta o que se passa em sua cabeça.

− Estou pensando em como vou manter os garotos afastados da minha princesinha. - seu olhar caiu para a barriga e ela sabia que eu estava mentindo, que estava escondendo algo dela. Deus, Felicity não ia me perdoar nunca.

Eu me recordava como se fosse ontem de como conheci Felicity Smoak, ela estava completamente absorta em seu tablet que não viu quando um carro seguia em sua direção, o cara parecia desesperado em tentar parar, mas a neve não contribuiu para seu ato então eu como um belo herói salvei a moçinha do terrível acidente tendo como resultado um braço quebrado e um corte profundo em minha testa, e claro o coração de Felicity. Meu relacionamento com ela foi por etapas lentas quase parando a cada degrau, de conhecidos a melhores amigos e parceiros, para então namorados, e hoje ela era minha esposa.

No momento em que Felicity começou a falar sem parar eu tive um vislumbre de como seria minha vida ao seu lado e soube que ela seria minha.

− Vai querer o mesmo de sempre Sr.Queen? - a garota que nos atendia sempre em um restaurante mexicano perto do nosso apartamento questionou com um largo sorriso.

− Sim, com muita pimenta dessa vez. - Felicity se antecipou ao fazer o pedido lambendo os lábios, um gesto simples de quando estava com desejos. − Obrigada Lucie. - piscou para a menina que sorriu de forma brilhante para minha esposa. Felicity era assim, ela sempre conquistava todos a sua volta, até mesmo meu pai que não era seu maior fã se rendeu aos seus carinhos com o tempo.

− A bebê está dando trabalho? - ela perguntou quando trouxe as embalagens prontas, retirei a nota lhe entregando e pedindo que ficasse com o troco.

− Sim. - Felicity bufou em resposta. − E eu pensando que a fase do enjoo matinal fosse parar nos primeiros 3 meses, mas cá estou eu com 7 meses e continuo vomitando sem parar. -reclamou acariciando a barriga rapidamente. − Mas tudo vai valer a pena quando vê o rostinho da minha menina. -completou com um tom completamente doce, nos despedimos de Lucie que acenou animadamente para nós até que embarcássemos no carro novamente.

− Lar doce lar. - minha garota nerd sussurrou arrancando os saltos de seus pés rapidamente e eu ri. Ainda não entendia o motivos dela sempre usar saltos porque ela passava o dia reclamando deles, de como seus pés inchados pareciam estar dentro de um forno. Tomei a sacola com nosso jantar depositando na cozinha e me voltei para a sala onde ela ainda estava.

− Vamos banhar. - a puxei contra meu corpo a sentindo estremecer. Nossa atividade sexual estava menos ativa agora por causa do volume de sua barriga, mas meu desejo por ela só aumentava a cada dia. Lentamente baixei o zíper do seu vestido aproveitando para beijar seu pescoço, o vestido escorreu por seu corpo me dando ampla visão de seu corpo. Nunca esteve mais bonita.

− Oliver.. - sussurrou recostando seu corpo no meu, em meus braços a girei ficando o mais próximo que sua barriga nos permitiu.

− Eu amo você Felicity Queen. - sussurrei completamente anestesiado com o sabor de seus lábios, deslizei minha língua por seus lábios a sentindo entregue em meus braços. -Amo com todo meu ser. -ofegante murmurei novamente depositando diversos beijos em seus lábios.

− Eu te amo também Oliver. - respondeu desabotoando cada botão de minha blusa deixando meu peitoral nu.

Entre beijos e carinhos nos encaminhamos até a banheira, ela apoiada em meu peito parecia ressonar baixo enquanto eu sentia nossa filha se movimentar preguiçosamente. Leucemia mieloide aguda, essa era o nome da desgraçada que me atingirá, ela era silenciosa e apavorante. Só soube de sua existência devido algumas manchas grandes aparecerem do dia para o outro em meu corpo, no inicio as ignorei completamente, mas elas continuaram aparecendo, e cada vez maiores e acompanhadas de dores em meus ossos.

Leucemia. Essa maldita doença me impediria de ver o crescimento de minha filha e me impossibilitaria de lhe dar irmãos. Balancei a cabeça ao ver a direção que meus pensamentos estavam indo. Acariciei o braço de Felicity a acordando de seu breve sono, ela nem ao menos quis saber de jantar apenas se jogou em nossa cama depois de vestir uma camiseta minha.

Caminhei despreocupadamente pelo corredor e sem nenhuma fome me joguei no sofá procurando um jogo qualquer para assistir, respondi um texto de Thea que intimou minha presença no jantar que aconteceria na mansão Queen, ela afirmava que mamãe implorava por minha presença e a de Felicity.

Deus eu ia perder tanta coisa.

Eu ia perder uma guerra contra a doença e nem ao menos teria a chance de lutar contra e isso devastaria as pessoas a minha volta. Não sei quando adormeci ali mesmo no sofá mas só despertei quando senti a pele macia de Felicity em meu rosto.

− Venha para a cama amor.

E então eu a segui, a aconchegando em meus braços firme passando minhas pernas por cima das suas e meus braços por sua barriga, meu aperto a impediria de fugir no começo da manhã para comer besteiras.

[...]

Na manhã de quarta feira, Felicity tinha uma consulta cedo para saber como andava o crescimento de nossa menina e eu não pude ir por causa da maldita reunião com Raymond Palmer, o bastardo não aceitou minha tentativa de adiamento. Então cá estou eu observando seu rosto entediante preferindo estar com minhas garotas.

− Essa aquisição com Palmer vai ser bom para alavancar ainda mais ambas as empresas. Obrigado pela oferta Senhor Palmer. - me ergui agradecendo sua presença tentando sair daquela sala o mais rápido possível.

− Senhor Queen.. - quase soltei um gemido frustrado ao ouvir a voz de minha secretaria. Me despedi de Ray adequadamente e me dirigi até a garota que segurava minha agenda, a garota me segurou por alguns minutos até que pude finalmente me livrar de todos os compromissos do dia, tudo que queria era passar o dia com Felicity e Ava.

Eu precisava pensar em como ajeitaria as coisas para que Felicity não ficasse sozinha depois que eu morresse, ela precisaria de alguém para apoia-la e ajudar na educação da nossa pequenina. Precisaria pensar na minha irmã e na minha mãe que já sofriam o bastante pela morte do meu pai. Eu só precisava de tempo o suficiente. Podia ver os cabelos loiros em um rabo de cabelo longe, eu reconheceria aqueles cabelos em qualquer lugar, reconhecia aquele corpo até mesmo de olhos fechados, mas o que eu vi me fez estancar no meio do caminho,  um súbito ciúmes esmagou meu peito enquanto Felicity ria de algo que Palmer falava, eles pareciam se dar bem conforme a conversa fluía, Palmer parecia entender Felicity, entendia o que eu nunca fui capaz de saber porque eu sempre ficava perdido quando ela começava falar de tecnologia ou qualquer outro assunto nerd. Eu estava certo de que ia morrer a qualquer momento, mas Felicity não ia ficar sozinha eu me certificaria disso.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem.



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