Quando eu entrei no colegial, minha mãe me disse que seriam os melhores anos da minha vida. Meu pai me mandou tomar cuidado. Meu irmão James prometeu que nenhum garoto iria chegar perto de mim. Meu irmão Albus me prometeu que nunca me deixaria.

Bem, algum deles estavam errados. Não foram os melhores anos da minha vida. Não havia nenhum garoto para que me protegessem. Albus não cumpriu a promessa. E eu não tomei cuidado.

Na verdade, quando mamãe me disse que seriam os melhores anos da minha vida, eu imaginei que seria mais ou menos como foi o colegial dela. Mas não foi nada disso. Eu não era digamos uma garota bonita. Mas o que tem de errado disso? Eu não fazia mal a ninguém, não falava com ninguém, então por quê será que Alex Zabini não me deixava em paz?

Ela tinha o prazer de me ver sofrer. De me humilhar. De saber que sempre estava por cima. Mas todas as vezes que essas coisas aconteciam eu dizia a mim mesma que era só mais uma fase de uma vida que ainda estava pra começar. Mas era mais que isso. Se fosse só o bulliyng, dava pra levar na boa.

Mas não era só isso.

Eu devia ter tomado cuidado como papai havia mandado. Além do constante bulliyng, Alex gostava de fazer jogos mentais comigo. Foi quando os distúrbios começaram. Ninguém em casa sabia. Não contei a ninguém. As coisas iam ficando cada vez piores e eu me perguntava como eu tinha chegado á aquele ponto. Até que quando eu tentei me suicidar com um pote de aspirinas e um litro de vodca. Mamãe finalmente percebeu o que acontecia. Graças a Deus, James e Albus estavam viajando com os amigos e não souberam de nada, tive que implorar a mamãe e papai que não contassem nada. Estava envergonhada. Quando comecei a fazer a terapia e a tomar os remédios tudo pareceu bem, mas como na minha vida nada era fácil, Alex sempre estava a espreita pra tentar acabar com a minha vida. Mas daquela vez eu não deixei. Me formei no colegial com as melhores notas da turma e consegui entrar em Harvard. Passei a gastar mais de dez dólares em um corte de cabelo, tirei o aparelho dentário, passei a usar lentes de contato e a usar roupas adequadas para o meu tamanho, e decidi que minha vida mudaria dali em diante.