Quando a Fênix renasce. escrita por Narniano


Capítulo 3
O bom filho a casa torna.


Notas iniciais do capítulo

hey! você mesmo! obrigado por ler ♥



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Depois de uma longa conversa, Patch e Lincy sentam em volta da fogueira, e Natlas volta a dormir. Os dois ficam juntos. Abraçados. Olhando para o fogo.

—Então Patch... O que aconteceu com seu cabelo?

—Eu pintei.

—Isso da pra perceber. Mas por que pintou?

—Eu não sou aceito em cidades, queria me disfarçar. Eu estava indo bem, ate Natlas me arrastar pra esse fim de mundo. E você, como está?

—Bom. Me formei na academia militar, fui promovida para Capitã da divisão especial de assassinos e to aguardando ordens para uma tarefa secreta daqui a cinco luas.

—Você virou uma assassina?

—Sim...

—Você sabe que não consegue mentir, certo?

—E dai?

—Uma assassina honesta?

—E você? um mercenário medroso?

Os dois se olham por alguns segundos, e dao risadas um do outro. Lincy olha para Natlas dormindo.

—Patch, olha aquilo!

—O que foi?

—ele ta dormindo de boca aberta!

—Sim...

—Ele ta roncando igual um porco!

—Sim...

—Patch, ele ta babando!

—Pois é...

—Ele ta babando pela barba toda!

Patch da um tapinha de leve na cabeça de Lincy.

—Deixa o velho dormir em paz!

—Ta bom...

—O que vai acontecer em cinco luas?

—Avarossa ira escolher a sucessora do trono.

—E o que você tem a ver com isso?

—Eu não sei-diz bocejando estou aguardando ordens do rei.

—Ta com sono?

—Sim, fiquei te procurando o dia todo! hahaha.

—Vamos dormir?

—Siiiimmmmm

Patch apaga a fogueira e os dois dormem. Ao amanhecer, Natlas e Patch acordam com o barulho de gritos.

—Aaaaaahhhhh!

Patch olha para lincy

—Lincy? o que aconteceu? Você esta bem?

—Um Goblim feio e nojento roubou o corpo do velho babão!

Patch olha para Natlas, ele esta cheio de bolhas na cara e esverdeado.

—Ah, isso? Ele fica assim quando usa magia, é alérgico.

Lincy cai no chão dando gargalhadas altas

—Um mago alérgico a magia? hahahaha Que idiota Hahahaha só um retardado imaginaria isso hahahahaha

Patch da um tapinha de leve na cabeça de Lincy.

—Deixa o velho em paz!

 Natlas vira a cara, pega sua mochila, e vai andando na frente.

—No meu tempo, os mais velhos eram respeitados.

Lincy mostra a língua para ele, e vai ate Patch.

—Então amor, vamos?

—Ir? Ir aonde?

—Vamos voltar pra casa!

Patch pega a sua mochila, e vai andando em direção a Natlas.

—Eu não vou voltar

Lincy fica paralisada. Vê Natlas e Pacth andando, mas suas pernas não conseguem acompanhar, ficam imóveis.

—Mas... M-mas... Eu vim ate aqui por você, eu fiz tudo isso por você. Por que vai me abandonar?

—Eu não estou te abandonando, só não quero voltar para Nothown.

—Isso é ridículo! Patch, volta aqui agora!

Natlas olha para Lincy com olhar desanimado

—Me desculpe garota, mas nos temos os nossos motivos para não voltar.

Lincy respira fundo, olha para Natlas com olhar ameaçador e diz com tom firme e forte.

—Me desculpe ancião, mas Lincy também tem os próprios motivos para levar seu amado pra casa.

Lincy puxa sua besta e atira uma flecha envenenada contra Natlas, e acerta o seu ombro. Natlas cai desmaiado. Atira outra flecha envenenada contra Patch, que sem reação, cai desmaiado em cima de Natlas.

—Não vai mais fugir de mim, não vai escapar da Lincy!

Patch abre os olhos lentamente. A visão esta embaçada, sente sua perna acorrentada. Esfrega os olhos para acordar, e se vê preso em uma cela. Ela tinha pouca luz, nas paredes havia marcas e desenhos de prisioneiros que morreram ali dentro. Olha para frente e percebe que não tem nenhum guarda vigiando a cela. Olha para o lado e encontra Natlas no mesmo estado que ele.

—Velho, teve bons sonhos?

—Eu estava em uma praia tão bonita,cheia de garotas de biquine.

—Você é um tarado-diz sorrindo

—Como quer sair daqui chamuscado?

—Sair? não temos mais motivos pra sair.

—E a maça de Sophia?

—Ah, a maça. Tinha me esquecido dessa. Deixa ela pra lá, daqui a alguns anos ela nasce de novo.

—Então, o que quer fazer agora?

—Esperar a sentença, casar com a Lincy, ter alguns filhos, e talvez morrer em alguma guerra.

Natlas fecha os olhos, e passa a mão em sua longa barba.

—Sabe Pacth, conheço um bar famoso por sua cerveja, que deixa as pessoas bêbadas em apenas um gole.

Natlas abre os olhos e vê Patch solto das correntes, tentando abrir a porta da cela.

—O que estamos fazendo aqui? Eu preciso experimentar essa cerveja!

—Cinco segundos? Ate que demorou pra mudar de ideia.

—Levanta essa bunda enrugada e me ajuda a abrir essa cela!

Natlas levanta devagar e coloca as mãos nas costas.

—Pacth, me da uma ajudinha aqui, minha coluna não é a mesma de quando eu era jovem.

—Você já foi jovem?

Natlas se levanta, estica seus braços para se alongar e respira fundo.

—Estou pronto labareda ambulante!

—Vamos nessa!

Natlas e Patch levantam os braços, abrem as mãos e apontam para a porta da cela gritando ao mesmo tempo

—Glosbe Flamma!

a temperatura do ambiente aumenta, uma bola de fogo se cria na palma da mao de Natlas e Patch e é arremessada contra a porta da cela, que explode sem dificuldade. Os dois caminham tranquilos para o corredor da prisão.

—Patch, como se livrou das correntes tão rápido?

—Não estavam cadeados, só enroladas nas minhas pernas. E você?

—Foi à mesma coisa comigo. Parece que sua noiva gosta mesmo de você.

—Pois é, da ultima vez foi mais complicado fugir.

—Tivemos que matar os guardas que apareciam, foi bem engraçado.

—Foi sim—diz enquanto gargalha com Natlas

Patch avista uma grande escadaria.

—Estamos em uma prisão subterrânea?

—Essa é nova. Realmente, muita coisa muda em dois anos.

—Olha só, ali do lado da escada!

—A salinha da alegria continua no mesmo lugar.

Natlas e Patch entram em uma sala, la encontram suas mochilas e algumas armas dos soldados de Nothown.

—Tem umas espadas bem maneiras aqui velho.

—Eu vou continuar com meu cajado de sempre.

Patch encontra um arco arcano.

—O que acha desse aqui, velho?

—Um arco mágico? Pegue pra você, deve ser cheio de falhas igual o dono.

Patch observa o arco e encontra a assinatura do ferreiro que a criou.

—Valentyne...

Patch fica parado por alguns minutos olhando para o arco.

—Você esta bem chamusco?

—Sim, vamos ver o que tem no fim dessa escadaria.

Natlas e Patch sobem a escada

—Não acha que esta fácil de mais?

—Talvez os deuses perceberam que estou velho para fugas cheias de ação e me deram um presente.

Ao chegar no topo da escadaria, se encontram no meio de um campo de treinamento dos soldados de Nothown.

—Os deuses te odeiam.

—Acho que não estou velho o suficiente.

Um soldado percebe Natlas e Pacth.

—Fuga de prisioneiros!

Um alarme é ativado e os soldados vão em direção aos dois

—Atacamos ou defendemos?

—Vamos defender enquanto eu penso em um jeito de nos levar pra fora.

—Você quem manda, velho!

Os olhos de Patch ficam vermelhos e seus braços se envolvem em chamas. Ele coloca suas mãos no chão e grita:

—Montis Flammae!

Uma parede de fogo surge em volta de Patch e Natlas. O calor é intenso, os soldados não conseguem chegar perto.

—Isso vai deixar eles ocupados, mas não consigo manter essa parede por muito tempo.

Um dos soldados grita

—Chamem os arqueiros!

Patch coloca a mão na cintura e suspira.

—OK, agora ferrou!

Natlas coloca as mãos no ombro de Patch

—Patch, vai ter que salvar nossa pele.

—Não me diga que...

—Sim, vai ter que fazer aquilo.

—Cara, você sabe como eu odeio fazer isso.

—Eu do um jeito de te curar depois, mas agora é correr ou morrer!

—Ta bom, velho. Mas já ta me devendo três!

—E a divida do bar?

—Aquilo foi pagamento por informação!

Os arqueiros chegam e preparam as flechas.

—Patch anda logo!

—Ta bom, se afasta!

Patch fecha os olhos e respira fundo. Encosta as palmas de sua mão uma na outra e diz sussurrando:

"Se a escuridão tomar conta,

E o medo em minha mente penetrar.

Serei a minha própria luz,

e iluminarei as sombras.

Pois eu sou um Valentyne.

Sou o portador das chamas imortais.

Eu sou, a  reencarnação da Fênix!"

Patch se envolve em chamas pelo corpo todo. Seus olhos estão roxos e sua cicatriz em seu olho desaparece. Ele abre seus braços, e uma Grande asa de fogo surge em suas costas. Quando Patch se preparava para levantar voo, uma sombra agarra sua perna e o prende no chão. Patch perde a concentração e as chamas desaparecem, a cor dos seus olhos volta ao normal, e a cicatriz em seu olho aumenta de tamanho. Eles são cercados pelos soldados.

—Não foi dessa vez, foguinho.

—Relaxa velho. A terceira sempre da certo.

Patch e Natlas escutam uma voz forte como um trovão.

—Não haverá uma terceira vez!

Priza anda em direção a Patch.

—O bom filho a casa torna. É bom te ver, Panovitch Valentyne.

—Não posso dizer o mesmo, homem ao qual me recuso chamar de pai.


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Notas finais do capítulo

vai demorar pra sair o próximo capitulo (estudos e trabalhos do colégio)



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