Life Surprises [HIATOS] escrita por July Beckett Castle


Capítulo 3
Progress, adoption agent and the audience


Notas iniciais do capítulo

Eu quase estava me esquecendo de postar hoje... Quase!!
Mas hoje estou aqui, e quero desejar a TODAS as mães um Feliz dia das mães!! Isso mesmo, hoje é um dia feliz, nossas mamães estão ganhando mais presente do que nos dias comuns!!~
Ain gente, obrigado pelos comentários, eu estou muito feliz em saber que vocês estão gostando dessa história também! Esse capítulo é bem fofo. E queria deixar claro que, LÓGICO que Mac e Stella ficarão juntos, mas não vai ser agora, eu ainda tenho planos para os dois. Vamos ver primeiro como eles se saem cuidando de Esther, pois como vocês já viram, Mac está ajudando bastante a "amiga" com a menina!!!
Então, boa leitura!!



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Já eram 12:20 da tarde,  e como Stella havia prometido, ligara para Mac e o fez ir comprar algo para comer, mas isso já tinha um tempo, agora ela estava vestindo-se para sair com Esther. Stella vestiu uma calça flare jeans azul, uma blusa folgadinha branca com estampa florida, um blazer preto por cima, e nós pés usou um scarpin preto. Fez uma maquiagem básica e já estava pronta, ela saiu do quarto e foi para sala, colocou sua nécessaire na sua bolsa que estava no sofá e apressou Esther que ainda se arrumava.

Esther B. – Calma mãe, eu estou pronta.-Disse entrando na sala. Stella sorriu quando ela a chamou de mãe, só não chorou porque não queria borrar a maquiagem (mentira, não chorou porque se controlou mesmo).

Stella B. – Você está linda.-Elogiou a filha. Esther riu e deu uma voltinha para que Stella visse todo o seu look.

Esther estava com um vestidinho azul Royal curto acima do joelho de renda, no cabelo usava uma tiarinha bege com uma flor do lado esquerdo, uma bolsinha preta do lado e um sneaker cano alto branco. 

Stella B. – Vamos querida.-Chamou ela.

Esther sorriu docemente para mãe e a seguiu a até a porta, as duas saíram do apartamento e a menina esperou que Stella trancasse a porta, após isso, as duas caminharam até o elevador e desceram até a garagem, Stella destravou o carro e entrou junto com a filha, após dar a partida no carro, ela dirigiu para o laboratório, queria levar Mac com elas, e talvez os amigos que não tinham saído para o almoço ainda. E claro, o caminho até lá foi agitado, o transito estava parado, muitas buzinas soando pelas ruas de Nova York, a poluição sonora era pior que ficar pesas no transito, mas Esther tentou “acalmar” as coisas com Stella conversando com ela, elas se conheceram ainda mais, Stella estava sorrindo mais agora, e aos poucos os carros começaram a andar, mas bem lento, elas ainda estavam presas no trânsito e o calor estava matando-as, foi o dia mais quente de março, Stella se arrependeu de ter colocado aquela roupa, ela estava dando tudo para uma roupa mais fria. Na verdade, o calor estava mais dentro do carro, nada que o ar-condicionado não resolvesse. Foram quase uma hora dentro do carro, e finalmente elas estavam paradas em frente ao prédio do laboratório, Stella mandou uma mensagem para Mac descer, cinco minutos depois o homem já estava na frente delas com um sorriso.

Mac T. – Eu já iria busca-las.-Disse ele. Stella revirou os olhos e foi até ele abraça-lo, depois que se separaram foi a vez de Esther abraçar o homem. – Vamos?-Chamou ele, elas concordaram e entraram no carro de Stella junto com ele.

O jeito que Mac é, claro que ele foi dirigindo, Stella foi na frente com ele enquanto a mais nova foi atrás, o moreno dirigiu até um restaurante não muito longe do laboratório, era um restaurante mexicano, o ambiente era tranquilo e tinha umas pessoas cantando umas músicas típicas do país. Eles optaram por sentarem em um lugar mais afastado, não estavam afim de almoçar com música, logo quando sentaram um garçom já veio até eles entregando o cardápio e esperou que os três escolhessem para poder se retirar. Esther pediu o prato da casa, já Mac pediu nachos, Stella fez uma careta, os dois tinham que pedir comida com “tanta caloria”, ela pensou. Por fim, Stella optou por algo mais leve do que os dois haviam pedido (não tão “leve”), ela pediu chalupas (uma comida típica da região), o garçom anotou os pedidos e se retirou.

Esther B. – Eu quase fui ao México uma vez, mas o vovô me levou para Sérvia.-Ela deu de ombros.

Stella levantou uma das sobrancelhas e Mac riu baixinho.

Stella B. – E você fala quantas línguas?-Perguntou curiosa.

Esther B. – Eu não sei.-Respondeu ela com uma certa confusão na face. – Além do inglês e minha língua de origem.-Ela riu. – Acho que 6.-Respondeu ela.

Eles riram e continuaram a conversar até o almoço chegar. Assim que acabaram o almoço, Mac pagou a conta e as levou até o laboratório, eles se despediram e Mac subiu para voltar a sua rotina, Stella assumiu o volante, Esther sentou-se na frente junto com a mãe e a grega dirigiu até o seu apartamento. Depois de muito tempo no transito que continuava infernal, elas chegaram em casa, Esther assim que entrou no apartamento foi direto para o quarto, Stella jogou as chaves na mesa e pegou as correspondência que havia deixado para abrir depois e andou até a sala sentando no sofá. Ela abriu algumas correspondências, mas nada lhe chamou atenção então ela jogou-o na mesinha perto do sofá, retirou seus sapatos e deitou no sofá com as mãos na cabeça. Ela começou a pensar sobre tudo que estava acontecendo com ela e com Esther nesses últimos dias, tudo havia mudado tão rápido, ela ainda estava sem acreditar que agora tinha uma pessoa com quem se preocupar, que agora não seria só ela, seria ela e sua filha, e isso estava dando-lhe calafrios, ela sempre quis ter filhos, e agora que conseguiu uma oportunidade para realizar o sonho de sua vida, ela estava em dúvida. Será que iria conseguir mesmo? Será que seria uma boa mãe? Ela estava insegura, mas queria, e muito, que o juiz desse a guarda de Esther para ela, porque ela já amava essa garota, e queria protegê-la e dar tudo de si para ela. Stella já se sentia como uma mãe, mas precisava conversar com alguém, precisa conversar para tirar essa incerteza de não conseguir, e não era com Mac que ela queria falar.

Ela suspirou, ela poderia chamar Lindsay e Jessica para virem até a casa dela e as três conversarem, Esther poderia conhecer Lucy e as duas poderiam virarem amigas, apesar de Lucy ter apenas 6 aninhos era uma ótima companhia, pelo menos ela achava. Stella sorriu com seus pensamentos e fez uma nota mental para lembrar de ligar para as meninas e as convidarem até sua casa. Um zumbido do telefone da casa de Stella é ouvido, a fazendo-a pular e sair de seus pensamentos, ela levantou do sofá e foi até o telefone, pegou-o e parou de tocar, ela atendeu.

Stella B. – Bonasera.

— Stella, sou eu, Jade Zabotto.-Disse a mulher do outro lado da linha.

Stella deu um suspiro alto, bom, era a hora, ela estava nervosa, sua mão já estava começando a suar.

Stella B. – Oi.-Stella falou. – E então?

— Eu falei com o juiz, ele me deixou tomar conta do caso, amanhã terei que fazer algumas entrevistas, se der para você.-Falou empolgada. 

Stella não pôde deixar de sorrir.

— Eu disse sobre você, e esse foi o caso mais rápido que eu consegui, é difícil adotar tão rápido. Stella, você é uma mulher muito sortuda.-Falou ela.

Stella B. – Obrigada Jade, por tudo.-Agradeceu a grega.

Jade sorriu do outro lado.

— Nos vemos amanhã?

Stella B. – Com certeza.-Confirmou.

Elas se despediram e desligaram. O sorriso no rosto de Stella não foi embora, ela estava tão empolgada, e nervosa, era tudo que ela queria, seu sonho estava se realizando, ela seria mãe, só tinha medo de como as coisas estavam andando rápido demais.

Esther apareceu na sala, ela já estava com outra roupa, Stella olhou para ela e abriu ainda mais o sorriso (se era possível), foi até ela e a abraço-a forte, a garota arregalou seus lindos olhos azuis e sorriu correspondendo o abraço da mãe. Ela estava se sentindo bem, agora ela teria uma mãe, ela nunca teve uma mãe, sempre foi ela e seu avô e mais ninguém, era sempre os dois no mundo, e agora, ela teria uma mãe, uma mãe que a amaria, e ela já a amava essa mãe. Deixando uma lágrima escapar, sentiu que sua mãe também estava chorando, então ela não se incomodou em desabar também, mas foi de alegria, ela estava se sentindo-se tão bem, e contente, esse sentimento de ser amada era tão eminente, ela estava mais segura, e menos triste, não se sentia-se mais uma pessoa que não ninguém na vida, que não era amada, agora ela tinha certeza que sua vida seria diferente, que agora seria amada ainda mais. Ela esperava isso.

Ao desvencilharem do abraço, Stella pôs a mão no rosto da filha e sorriu em meio as lágrima limpando as da filha, Esther sorriu também.

Stella B. – Hey, princesa, eu te amo tá!-Disse ela verdadeiramente, com muito amor maternal.

Esther B. – Eu também te amo, mãe!-Respondeu com sinceridade, seus olhos brilhavam, não só com as lágrimas, mas tinha um brilho diferente do dia anterior, era esperança, amor, e felicidade, Stella tinha o mesmo brilho.

Os sorrisos foram indispensável naquele momento, porque aquele momento era de mãe e filha, e a felicidade vinha no pacote. Stella puxou a filha para outro abraço apertado, agora mais demorado, Stella já sentia como uma mãe de verdade, se ser  mãe era pensar primeiramente no filho –entre outras coisas-, então, ela já era mãe, não foi só um sonho, foi realidade, e ela gostava dessa realidade.  

Se desvencilhando do abraço que durou mais o menos 5 minutos, Stella olhou nos olhos da filha e limpou suas lágrimas que insistiam em cair, colocou a mão no rosto da filha e enxugou as lágrimas dela, a menina sorriu com o toque da mãe.

Stella B. – Eu nunca, nunca, nunca vou te deixar.-Disse fazendo a filha olha-la nos olhos.

Esther B. – Eu também, não quero que me tirem de você.-A garota respondeu. Stella sorriu docemente para filha, deu um beijo na testa dela e sorriu.

Stella B. –Vamos terminar de arrumar o seu quarto!-Puxou a menina pela mão e a levou até seu quarto que ainda faltava alguns móveis, mas elas tinham muito o que deixar em ordem.

*****
Já havia anoitecido, eram nove e meia da noite, Stella estava preparando a cama de sua filha que havia chegado na parte da tarde, o pessoal da loja montou tudo, e ainda colocaram o papel de parede, Stella agradeceu por isso, a tarde foi cansativa, mas mãe e filha se divertiram muito, e como esperado Esther estava cansada, antes de dormir a menina foi tomar banho, enquanto a filha estava no banheiro, Stella arrumou a cama dela para ficar confortável, depois disso ela foi na cozinha preparar um lanche para a filha antes de dormir. Assim que terminou o que fazia para filha, ela pegou um copo e despejou o liquido branco que estava muito quente, deixou na mesa e foi pegar o sanduiche saudável que esquentara no micro-ondas colocando-o na mesa ao lado do copo com leite. Sorriu quando viu que estava tudo pronto para sua filha, e esperou que ela saísse do banheiro para saborear do que fez.

Mordeu o lábio olhando para o retrovisor do celular, não tinha nem uma mensagem e nem uma ligação, Stella estava frustrada e preocupada, suas amigas viriam para sua casa, mas tiveram que desmarcar e ela não falou com Mac desde que o vira mais cedo no almoço. Stella caminhou até a bancada da cozinha e pegou o celular que estava piscando a algum tempo, sua filha ainda estava dentro do banheiro, ela olhou para o corredor do apartamento e olhou para o celular, destravou a tela e discou um número, colocou o celular no ouvido e esperou que alguém atendesse.

— Stell, estou tão feliz que você está me ligando minha filha.-Atendeu um homem com a voz grossa, mas cheia de emoção, menos diplomático e frio como sempre era.

Stella B. – Pai.-Ela sussurrou já com lágrimas nos olhos, estava feliz em ouvir a voz do homem que ela tanto amava, que não via a tanto tempo, e se lembrou que tinha que conta-lo a novidade, que ele seria avô.

Você está bem querida?-O homem perguntou preocupado. Stella sorriu deixando escapar suas lágrimas, estava tão feliz em ouvir a voz de seu pai que esqueceu de responder, deixando seu pai mais preocupado. — Stella?-A voz grossa a tirou de seus pensamentos.

Stella B. – Eu estou bem pai, não se preocupe.-Garantiu. – E como você está, me conta, minha irmã, ela já chegou de viajem, e as crianças?-Perguntou curiosa, já fazia tempo que não falava com sua família, sua irmã só vivia viajando e nunca ligava para ela, Stella também tinha muitos afazeres, mas não tinha como ligar para irmã pois não tinha seu número, diferente de Esther Bonasera é claro, a mulher “vivia” tanto que não tinha tempo nem para os dois filhos. Stella riu baixinho.

— Sua irmã é uma irresponsável.-Começou o senhor Bonasera. Stella revirou os olhos, seu pai sempre dizia isso de sua irmã. — Ela já não liga faz uma semana, Matt e Alice estão sentindo falta dela, bom, não digo muito do Matt, o menino só tem 2 meses. Ver, como sua irmã é irresponsável, ela deixou o filho de dois meses aos cuidados de babás.-Ele quase gritou ao telefone, como se a culpa fosse de Stella. Mas depois deixou a raiva de lado e suspirou. – Desculpe querida, eu não queria ser tão rude, aliais, ela ainda é sua irmã. Nós estamos bem aqui.-Ele respondeu depois de tanto tempo. – E como está as coisa nos Estados Unidos, você já se casou?-Perguntou o pai.     

Stella riu.

Stella B. – Pai, tudo bem. E eu ainda não casei.-Ela bufou. – Eu tenho uma novidade para você, mas só te conto pelo Skype.-Sua voz foi provocativa, o pai dela bufou do outro lado fazendo sua filha rir. Mas Stella ainda estava preocupada com sua irmã, ela nunca deixou de ligar para saber de seus filhos. – Pai, eu estou preocupada com a Esther, ela nunca é de deixar os filhos de lado, ela é tipo a mãe, e, não é tão irresponsável para deixa-los.- Disse Stella fazendo ênfase em “a mãe”. Seu pai ficou quieto, o que deixou Stella nervosa. – Pai!-Ela quase gritou chamando atenção de seu pai do outro lado.

— Querida.-Ele tomou uma respiração funda. – Eu também estou preocupada com ela, e com as crianças. Vamos fazer assim, eu falo com os meus contatos para rastrear ela, e você,vai  me contar todas as novidades que está guardando.-Propôs ele. Stella riu ao ouvir seu pai bufar.

Stella B. – Está bem, mas hoje não vai dar, estou muito cansada.-Disse ela. – E você devia ir dormir também, está tarde aí.-Ela deu um sermão em seu pai, ele riu.

— Boa noite princesinha, eu te amo!-Disse ele. As lágrimas de Stella voltaram.

Stella B. – Boa noite pai, eu também te amo, muito tá?!-Foi o que disse antes de desligarem.

Esther entrou na sala e viu sua mãe chorando, ela foi até Stella e a abraçou de lado, Stella pôs uma mão em cima do braço da menina.

Esther B. – Mãe, o que aconteceu?-Ela perguntou preocupada. Stella limpou as lágrimas.

Stella B. – Eu estava conversando com o meu pai.-Ela olhou para a menina e sorriu em meio as lágrimas. – Seu avô.-Esther sorriu lembrando de seu avô morto, mas agora ela precisava ser forte e aceitar a ser amada por outras pessoas. – Eu só estou preocupada com ele e minha irmã, e meus sobrinhos também.-Disse ela.  Esther fez um beicinho e beijou o rosto da mãe.

Esther B. – Vai ficar tudo bem, certo?-Ela queria ter certeza para não ver sua mãe parar de chorar, ela descobriu que não gostava de ver sua mãe triste, a deixava triste também. Stella sorriu.

Stella B. – Vai sim meu amor.-Ela queria acreditar nessas palavras que dissera para filha. – Olha, vai lá na cozinha, eu fiz um sanduíche e leite para você.-Falou Stella. A menina concordou e foi até a cozinha sendo seguida por sua mãe.

Stella voltou a encarar a tela do celular, nem uma noticia de ninguém... O que ela esperava mais era noticias de Mac, mas ele ainda não tinha dado sinal de vida e ela já estava começando a ficar preocupada. Afastando os pensamentos ruins da cabeça, Stella olhou para filha que se deliciava com o leite e o sanduiche, ela deixou escapar um sorriso bobo. Quando terminou seu lanche, Esther levou o prato e o copo sujo até a pia e deixou lá, ela não era acostumada a arrumar as coisas, Stella riu. Sua filha é um doce, ela não sabia explicar o quanto já a amava. As duas foram para  o quarto novo de Esther, Stella deixou tudo arrumado, mas ainda estava preocupada em ter deixado algo despercebido, Esther a acalmou, e deitou em sua cama nova, Stella sorriu ternamente para filha e depositou um beijo na testa dela desejando boa noite, ela queria ficar mais e ver sua filha dormir, mas resolveu sair, apagou as luzes do quarto, deixou apenas um abajur aceso a pedido de sua filha, fechou a porta, foi até a cozinha, resolveu por deixar as louças sujas para lavar na parte da manhã, apagou as luzes da sala e da cozinha, foi para seu quarto, deixou a luz do corredor acesa também para quando sua filha precisasse sair e se quisesse ir até o quarto dela, deixou também apenas uma brecha na porta, para quando sua filha quisesse ir até ela soubesse que podia entrar a qualquer hora. Suspirou e entrou no banheiro, fez sua higiene, tomou um banho relaxante, mas não parou de pensar em sua irmã, assim que saiu do banheiro, vestiu um camisola confortável, passou seu hidratante preferido, e capotou na cama, assim que fechou os olhos dormiu.

*****

Mac chegou em casa, estava exausto, o caso foi muito desgastantes para eles. Jogou as chaves em qualquer lugar e subiu para o quarto, tirou suas roupas jogando em cima da cama, foi para a suíte de seu quarto, fez sua higiene, tomou um banho relaxante, assim que terminou o banho saiu do banheiro enrolado na toalha, jogou suas roupas sujas na cesta e caminhou até seu closet para escolher uma roupa para dormir. Pegou uma roupa qualquer e voltou para o quarto, olhou para o celular e pensou por um momento em ligar para Stella, mas ela devia estar cansada e não queria falar com ele. Ele pensava, sem mesmo saber que ela estava esperando por uma ligação ou uma mensagem dele. Mac resolveu deixar para lá, ele ligaria para Stella na parte da manhã, ela devia querer curtir mais o tempo com a filha. Ele rapidamente vestiu sua roupa e foi para o andar de baixo, foi até a cozinha preparar alguma coisa rápida para comer, assim que seu lanche ficou pronto ele levou até a sala, sentou-se no sofá e pegou um livro que estava em cima da mesinha no centro, enquanto lia degustava de seu pequeno lanche, não era o suficiente para ele estabelecer suas forças, mas ele não estava com tanta apetite assim.

Logo que acabou com o seu lanche ele voltou para cozinha, abriu a geladeira tirando de lá uma jarra de suco, provavelmente a mulher que trabalhava lá havia feito na parte da manhã, ele agradeceu-a mentalmente por isso. Derramou um pouco de suco no copo e o bebeu em três goles, colocou novamente a jarra de suco na geladeira e voltou para sala e para seu livro. Não estava tão cansado por isso resolveu ficar na sala mesmo, mas quando o sono veio, foi mais forte que ele, foi então que percebeu que estava esgotado, tão fisicamente quanto psicologicamente, tinha dado tudo de si para o caso, e isso estava o matando. O caso não saia de sua cabeça, mas por sua alegria ele conseguiu dormir sem pensar no caso desgastante que começou pela manhã. Na verdade, ele só vira para casa para tirar um descanso, o caso ainda não a via fechado, ele esperava que na parte da manhã ele conseguisse, junto com a equipe, fechar o caso.

*****

O sol já havia nascido, os raios solares já invadiam todo o quarto de Stella avisando-a que tinha que acordar. Na verdade, ela não conseguira dormir muito bem à noite, estava preocupada com a filha, e não parava de pensar em Mac, mas iria dar um tempo para ele, se ele precisasse dela ligaria, e ela estava esperando por isso. Seu relógio biológico tocou acordando-a, já era certo para ela acordar essa hora, acostumou-se em despertar cedo, era um hábito. Stella abriu os olhos e foi logo para o celular, tinha duas mensagens, uma de Lindsay dizendo que o caso não tinha fechado e que Mac havia a afastado do caso. Então era por isso que Mac não estava ligando para ela, porque o caso estava em aberto ainda. Ela suspirou, bom, então ligaria para ele, mas não na parte da manhã, eram 6 horas ainda, mas Mac já devia estar pronto para ir ao laboratório, ela passou a outra mensagem, era Jessica dando-lhe bom dia e dizendo-lhe para aproveitar bastante com a filha, e acrescentou para não esquecer de ir ao shopping. Stella sorriu, sempre Jessica conseguindo arrancar um sorriso dos lábios da grega. Depois de um suspiro ela saiu da cama jogando o celular em qualquer lugar, nem uma mensagem de Mac, mas ela entendia, por isso deixou para lá e foi para o banheiro fazer sua higiene matinal e tomar um banho relaxante, quando o fez foi para seu  closet escolher uma roupa.

Parou em frente ao closet e escolheu sua roupa, pegou uma blusinha branca com um pequeno decote, uma calça social preta, um blazer preto, e optou por um sapato baixo, com um salto pequeno. Jogou a roupa na cama indo passar seus cremes, pegou um com cheiro de amora e espelhou em seu corpo, após isso, vestiu sua roupa intima e a roupa que escolhera no closet, penteou os cachos, e os deixou solto, fez uma maquiagem básica, e estava pronta. Ela foi até o grande espelho para conferir seu look. Suspirou e riu olhando para baixo, ela só iria ao shopping, mas parecia mesmo que iria trabalhar. Mesmo assim ficou com a roupa, saiu do quarto e foi preparar o café da manhã dela e da filha.

Esther acordara com o barulho vindo da cozinha, não estava cansada e achou que tinha dormido bastante, mas quando olhou na tela do celular e viu a hora que era, se assustou, 06:20AM, sua mãe estava muito “pontual” para fazer nada naquele dia, mas só havia acordado tão facilmente porque não tinha se acostumado ainda com o lugar. Respirou fundo e levantou, sentou-se na cama com os pés para fora, e ficou um tempinho lá até resolver levantar e acordar de vez. Caminhou até o banheiro, fez sua higiene matinal, tomou banho, se enrolou com a toalha que Stella deixara para ela e voltou para o quarto. Escolheu a roupa que mais gostava, meiga como sempre, decidiu por usar um vestidinho amarelo com estampa floral curto, uma sapatilha bege com um laço pequeno bem delicado, amarrou seus cabelos em um rabo de cavalo e, claro, fez uma maquiagem, uma sombra rosa clara, levantou  um pouco os cílios, passou lápis que quase não dava para perceber, blush rosa para “rosar” mais suas bochechas, nos lábios decidiu ousar um pouco, usou um batom rosa escuro. E estava pronta, sorriu para o resultado enquanto via seu reflexo no espelho, agora poderia sair. Pegou sua bolsa pequena, colocou só o que precisava e saiu do quarto para encontrar sua mãe.

Stella estava fazendo uma vitamina para elas quando Esther entrou na cozinha, ela olhou para filha e sorriu.

Stella B. – Bom dia, baby!-Exclamou alto, com o barulho do liquidificador era quase impossível de escutar qualquer coisa.

Esther B. – Bom dia, mãe!-Exclamou de volta no mesmo tom de sua mãe.

Terminado a vitamina, ela desligou o liquidificador e levou o copo até a mesa, onde sua filha já estava esperando por ela.

Stella B. – Nós vamos sair só daqui a uma hora, Jade mandou uma mensagem para mim a alguns minutos atrás.-Avisou Stella. – Eu vou te deixar com a Linds, tudo bem para você?-Olhou para filha. Esther deu de ombros.

Esther B. – Por quê não posso ficar com você?-Ela pergunta. Stella sorrir.

Stella B. – Nós vamos nos encontrar, mas...-É interrompida pelo o zumbido de seu celular, ela o pega e atende a chamada. – Bonasera!-Atendeu ela.

— Querida, sou eu.-Disse a mulher do outro lado da linha. Stella sorriu.

Stella B. – Oi Linds, algum problema?-Mudou seu semblante para preocupada. A mulher riu do outro lado.

— Não, não.-Respondeu entre risadas. – O meu bebê está chutando muito hoje, acho que está ansioso para ficar com a priminha Esther.-Disse a mulher. – Que horas vem trazer ela?-A mulher pergunta.

Stella B. – Ás oito horas, eu vou para a entrevista, e marcar a audiência.-Explicou ela. Lindsay riu. – Até lá Linds!-Se despediu rindo.

— Tenha um bom dia Stell. Até lá.-Despediu-se de volta.

Stella desligou o telefone e tomou um gole de seu café, Esther a observava.

Esther B. – Está um pouco frio hoje.-Ela puxou assunto, Stella riu.

Stella B. – Está mesmo, não esqueça de colocar um casaco na sua mochila.-Pediu Stella. A menina sorriu com o que a mãe dissera.

Esther B. – Eu vou com o casaco já.-Respondeu a menina. – Nós vamos sair para almoçarmos  juntas?-Perguntou.

Stella B. – Sim. Mas eu pensei em fazer algo caseiro.-Disse com um sorrisinho. Esther sorriu.

Esther B. – Devo chamar o bombeiro?-Brincou a menina, ambas gargalharam com o comentário. Stella não era muito de cozinhar, mas iria tentar fazer LGO para sua filha.

*****

Depois que deixou sua filha na casa de sua amiga, Stella dirigiu direto para o local que marcara com a agente de adoção, estava ansiosa para começar a falar, ela sabia exatamente o que teria que responder, e sabia muito bem o que seria perguntada. Mas o que estava mais deixando-a com borboletas nos estomago era a pergunta que ela sabia que tinha que responder com firmeza. Mas também era a pergunta que mais se fazia todo o tempo. “Você está pronta?” A resposta poderia ser um simples “sim”, mas a deixava nervosa, ela tinha que ter certeza se estaria pronta, sim ou não, e a resposta que lhe cabia era mais assustadora, não era bem uma resposta, era uma indecisão, um “talvez”, ela não sabia se estava preparada para dar esse passo em sua vida, ela queria muito, ser mãe sempre foi o seu desejo, e queria Esther mais do que tudo, ela já tinha nutrido sentimentos maternais por essa menina, ela sentia isso. Esther era quem a fazia ter certeza absoluta do que queria, ela não estava mais pensando em si, agora pensava em Esther, faria isso por sua filha. Fará isso por Esther!

Ela parou o carro em frente do café que marcara com Jade, e logo avistara tomando um café enquanto esperava por ela. Estacionando seu carro finalmente, ela saiu decidida no que iria fazer, iria fazer o certo e o que mais queria. Sorriu para Jade que levantou-se para cumprimenta-la, as duas se abraçaram como se fossem amigas de longa data e sentaram em seus assentos, uma garçonete veio até Stella perguntado-lhe se queria algo, mas a detetive negou.

Stella B. – Então, é mesmo uma entrevista, ou tem algo que precise me contar?-Voltou a ficar nervosa, pensara que algo no seu pedido de adoção tinha dado errado, e o medo tomou conta de si. Jade sorriu confortando-a.

Jade Z. – Acalma-se Stella, eu trago boas noticias, e as perguntas, tenho certeza que já sabe responde-las.-Confortou Stella, deixando a mulher mais calma. – Eu conversei com o Mac e ele me disse que você é capaz, e que eu poderia perguntar a qualquer um, que eles iriam afirmar.-Stella sorriu com a menção em Mac. – Fiz umas pesquisas e entreguei ao juiz.-Falou deixando Stella com mais expectativas e mais confiante, seria uma noticia boa, ela esperava. – Ele pegou o caso, e marcou uma audiência para imediato.-Com um largo sorriso a assistente social contou essa noticia para Stella.

A grega não pôde conter o sorriso, foi a melhor noticia que esperara, e também foi tão rápido que a pegou de surpresa, mas não se limitou a sorrir.

Stella B. – Muito brigado, Jade, isso é tão bom, eu esperava tanto por isso, eu estou sem palavras.-Disse quase em sussurros de tanta emoção, a morena de cabelos lisos a sua frente sorriu, estava feliz em entregar uma criança a uma pessoa que ela sabia que iria amar bastante a menina, alguns pais adotivos eram abusivos, poucos eram como Stella.

Foi muito amor que ela sentiu naquele momento, ela seria mãe, esperava tanto por esse dia.
Pelo menos ansiava que a audiência desse mais resultados, e então, Stella Bonasera seria oficialmente mãe.       

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“O único fim dos tribunais é o de manter a sociedade no seu estado atual.”
Leon Tolstoi


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Notas finais do capítulo

Olá minha gente, de novo aqui! E ai, gostaram? Se surpreenderam com o pai da Stella nesse capítulo??? Espero que tenham gostado de verdade ♥,♥
Como hoje ainda é dia das mães, vou voltar para minha mamãe :3 Espero vocês no próximo capítulo!! Beijuuh =^,^=