Quando Jessica foi embora da casa de Stella já era bem tarde. E como sua amiga foi embora, Stella aproveitou para arrumar a sala que ainda estava com a bagunça que elas tinham feito a algumas horas atrás, começou tirando as tigelas e os copos sujos da mesa de café, logo após limpou a mesa de café e colocou o notebook de Esther que estava jogado no sofá em cima da pequena mesa. Varreu a sala (coisa que não estava muito acostumada a fazer já que tinha alguém para limpar seu apartamento), jogou os papéis que encontrara jogado no chão e foi para cozinha terminar o seu trabalho lavando os pratos sujos.

A demora para terminar de organizar a sua casa foi mais porque ela decidiu limpar os armários e mudar algumas coisas de lugar. E então finalmente terminou e foi para a sala, tirou o robe e deitou-se no sofá colocando as mãos atrás da cabeça, fechou os olhos e começou a pensar sobre coisas aleatórias que levaram a Mac. Eles não tinham conversando muito esse dia, depois que tiveram no passeio com as meninas eles ficaram mais distantes, Mac estava empenhado no trabalho e sempre chegava tarde em casa por isso não conversava muito com Stella, mas eles trocavam algumas palavra e outras, ela até disse da reunião com o juiz para ele. Mas nada foi dito mais cedo, Mac nem sequer perguntou como foi o primeiro dia de aula de sua filha. Tá bom que eles estavam empenhados no caso na parte da manhã e mal conversaram sobre a vida pessoal, na verdade eles não conversaram sobre a vida pessoal em nem um momento, mas ela esperava vê-lo a tarde e conversar com ele, e isso não aconteceu. O resto da tarde Stella não viu Mac, nem sabia se ele estava no laboratório, pois quando passou por sua sala não o viu lá.

Ela estava começando a ficar preocupada com Mac, ele estava distante dela e ela não queria pensar que isso era por causa dela, mas sempre vinha em sua mente que era. Talvez ela tenha dado a entender alguma coisa para ele que o fez ficar confuso e não gostar, ou tenha dado trabalho demais e ele tivesse ficado cansado de ajuda-la tanto como estava fazendo. Mac tinha seus próprios problemas, ela sabia. Só não queria ser um para ele, talvez essa distância entre eles fosse até bom, assim Stella reorganizava seus pensamentos e seus sentimentos.

Ela é tirada de seus pensamentos pelo bip de seu celular anunciando que havia chegado uma mensagem. Ela foi até a mesinha ao lado do sofá onde estava seu celular e o pegou, ligou-o e viu que era uma mensagem de Mac, então rapidamente o abriu. Ao ver que Mac mandara uma mensagem ela esqueceu completamente do que estava pensando sobre ele, talvez ela não conseguisse ficar distante dele, e isso a assustou, a distância entre eles. Nem precisava admitir que estava dependente a ele, pois estava. Era assustador esse sentimento para ela, foi novo e, muito assustador. Os homens com quem tivera relação no passado nunca foi assim, dela ter esse sentimento e ficar tão apegada mesmo que soubesse que fosse errado, ela gostava muito de Mac, e não foi só como amigo. Stella sorriu com a mensagem que Mac a enviou. Pelo menos ele não esqueceu dela.

“Hey Stell, desculpe não ter falado com você hoje, eu estava com a cabeça cheia e não queria te preocupar com isso. Espero que tenha tudo dado certo hoje mais cedo com Esther, na escola e com o juiz. Eu sinto muito mesmo por não ter falado com você. Senti sua falta hoje! Posso recompensar com um almoço? Ou jantar? Juro que não vou cozinhar!” – Mac

Ela até pensou em responder, mas acabou adormecendo no sofá e com o celular ainda na mão.

*****

  O sol nascia e seus raios solares invadiam o quarto do casal Messer que dormiam abraçados um com outro, Danny tinha uma mão na grande barriga da mulher e a outra embaixo da cabeça dela, suas pernas entrelaçadas com a de Lindsay que dormia tranquilamente na posição em que estava. Era difícil encontrar uma posição estável para ela que, estava agora em seu 7º mês, a barriga podia atrapalhar em algumas coisa, ela teve momentos engraçados que até sua própria filha que presenciou ria dela e brincava com isso, mas Lucy é um amor, parecia que quem estava mais nervosa para a chegada da irmãzinha (ou irmãozinho [a/i:mas sabemos o que é]) do que os próprios pais, tanto que a garota, ansiosa que só ela, acordou bem antes que os pais, pois ansiava para ver seu irmãozinho na ultrassom que sua mãe faria.

A menina, independente, escovou os dentes e penteou seus bagunçados cabelos, depois disso saiu de seu quarto rumo ao quarto de seu pai e sua mãe, os encontrou dormindo abraçadinho e sorriu com o seu jeito meigo. Lucy subiu na cama dos pais com uma certa dificuldade por causa da altura, quando em cima da cama ela aproximou-se dos pais e deitou em frente a sua mãe, levou uma de suas mãos até o rosto de sua mãe a acariciou delicadamente, esperando que ela acordasse, o que não aconteceu. Desceu sua mão para a grande barriga de sua mãe e esfregou devagar para não machucar, com esse carinho acabou também tocando na mão de seu pai que acordou aos poucos, se surpreendeu ao ver a filha mais velha deitada de frente para a mãe e com a pequena mãozinha fazendo carinho na barriga da mãe.

Naquele momento, Danny não tinha mais duvidas sobre sua filha não gostar do irmãozinho ou irmãzinha. No inicio eles perceberam o quanto a filha estava meio cabisbaixa, como se não estivesse aceitando a ideia de ter um irmão, mas então essa insegurança foi passando quando ele e sua mulher foram conversando com a menina, até ela aceitar (o que levou 7 meses). A decisão de descobrir qual era o sexo do bebê foi de Lucy, ela começou a mostrar-se ansiosa para a chegada de seu irmão que a cada dia crescia mais dentro da barriga de sua mãe, e foi com isso que Danny e Lindsay ficaram mais confiantes. E que dessa vez seu bebê estivesse com as pernas abertas, porque eles não tiveram sucesso anteriormente quando quiseram descobrir.

Danny M. – Ei, filha!-Chamou o loiro suavemente, para não acordar sua mulher que merecia dormir depois de uma madrugada intensa de levantar para ir ao banheiro e encontrar uma posição certa que o bebê não ficasse desconfortável dentro de sua barriga.

Lucy levantou a cabeça sorrindo para o pai.

Lucy M. – É hoje, papai!-Disse a menina ansiosa. Sua voz saiu docemente, sem perigo de acordar a mãe. Danny só conseguia sorrir, morria de orgulho dessa princesinha que é sua filha mais velha.

Danny M. – Sim, querida, que tal irmos preparar um café para a mamãe?-Propôs Danny já levantando. Deu a volta na cama e, encarou a imagem de sua filha deitada de frente para a mãe com a mão na grande barriga de grávida dela. Esse momento merecia uma foto. Ele pegou seu celular, e aproveitou enquanto Lucy tinha fechado os olhos cansada para bater uma foto. Sorriu com o trabalho feito.

Lucy M. – Papai?-A menina chamou, abrindo os olhos e com um enorme sorriso no rosto. – Ela chutou!-Exclamou animada e emocionada. Lindsay se mexeu na cama, mas não acordou.

Danny sorriu emocionado ao ver como sua filha estava agindo. Ele nunca pensou menos de sua filha, ela sempre foi uma garota doce e educada, apesar da ideia de sua mãe estar grávida ter assustado um pouco a menina, ela continuava a mesma Lucy meiga e carinhosa de sempre. Esse era o orgulho de Danny, ele poderia gritar agora que é o homem mais sortudo do mundo, mas isso acordaria sua mulher.

Danny M. – Vem cá, princesinha.-Chamou a menina que levantou-se ficando em pé na cama e andou até o pai que a pegou no colo. – Vamos fazer o café da manhã...-Falou saindo da cama.

Lindsay sorriu com os olhos fechados, ela estava acordada o tempo todo, desde o momento em que sua filha entrou no quarto, mas fingiu estar dormindo para saber o que sua filha mais velha iria aprontar. Uma lágrima caiu de seu  olho, ela a limpou com a mão. Não sabia explicar o quão feliz estava por ter essa filha maravilhosa, e o marido por perto, e agora a família aumentando ela estava cada vez mais feliz. Ouviu sua filha dizer no corredor “vamos fazer para o meu irmãzinho também”, e isso a fez derreter ainda mais e mais lágrimas caíram de seus olhos.

*****

 A família Messer estava posicionadas na sala de ultrassom, Danny segurava Lucy em seus braços enquanto Lindsay estava deitada com sua blusa levantada deixando assim sua redonda barriga à amostra. A pequena Messer tinha uma olhar atento na tela onde seu irmão/irmã apareceria e ela veria pela primeira vez, a menina estava mais ansiosa que Danny ou Lindsay. Como a mãe da família já sabia o sexo do seu bebê, não ficou ansiosa como seu marido e sua filha, mas ela queria tanto ouvir o coraçãozinho dela bater e se desse, queria muito ver o rostinho dela também, saber que estava bem e perfeita do jeito que era para ser. Lembrou do tempo em que engravidou de Lucy, sempre tivera essa preocupação sobre o seu bebê, tudo o que queria era que ela estivesse bem, e então, nasceu uma perfeita menina saudável. Como ela se orgulhava em ser mãe dessa menina, poder ter ensinado a ela foi a melhor coisa, estar com ela era um dos momentos mais maravilhosos da vida de Lindsay, ela não via a hora de ver a filha crescer. Já Danny preferia que a filha continuasse criança e longe de garotos, imagina só quando ele souber que a sua caçula será uma menina...

A médica entrou na sala e sorriu para o casal cumprimentando-os, logo em seguida falou com a mais velha da família que estava louca para ver a Little Sis. A mulher com aparência asiática passou o gel pela barriga de Lindsay e depois o transdutor para verem o bebê, a família tinha os olhos na tela para ver o bebê que logo começou a aparecer. Lindsay já tinha lágrimas nos olhos só em ver a sua bebê.

— Os pais querem saber o sexo?-Perguntou a doutora recebendo um sim da família (os três falaram de uma vez), o que fez ela rir. Passou o aparelho na barriga da grávida procurando um ângulo onde encontraria o sexo do bebê, mostrou primeiramente os órgãos dizendo-os que estavam todos perfeito, ela estava crescendo na medida certa. – Parece que temos outra princesa vindo!-Disse a doutora.

Lucy gritou de felicidade, não podia se conter. Ela teria uma irmãzinha! Estava doida para contar a todo mundo assim como o pai.

A equipe estava toda reunida na sala de descanso, até Esther e Lucy estavam presentes. Jessica e Stella já sabiam muito bem do que se tratava, Lindsay iria anunciar que seu bebê seria uma menina, e as duas estavam feliz pela a amiga. Esperaram todos se posicionarem para anunciar finalmente o sexo do bebê. Assim que Mac entrou na sala (o único que demorou a chegar), o casal foi para o meio entre eles, acompanhados por Lucy é claro, e abraçados tinham um olhar feliz nos rosto.

Adam R. – Pelo o amor de Deus, digam de uma vez!-Pediu um impaciente Adam, recebendo um olhar divertido de seus colegas de equipe.

Com um sorrisinho no rosto, Mac se aproximou de Stella se posicionando do lado dela, chegou perto do ouvido dela respirando forte o que causou arrepios na grega. A equipe estava tão ocupada prestando atenção no casal a frente que não prestaram atenção em Mac e Stella.

Mac T. – Você já sabe, num é?-Foi mais uma afirmação do que uma pergunta. Suspirando Stella riu e olhou para ele muito próximo.

Stella B. – Você sabe que sim.-Disse ela sorrindo. Mac sorriu e se inclinou para trás para prestar atenção no casal a frente que iriam anunciar o sexo do bebê.

Eles estavam lá e, tardando para dar a noticia para os colegas, Jessica e Stella tinham um olhar divertido para os homens da sala que esperavam saber para pegarem o seus dinheiros da aposta.

Danny M. – Amigos, eu estou feliz que podemos compartilhar essa notícia com vocês...-Tardava Danny. – Você fala ou eu falo, amor?-Perguntou ele brincando. Sua esposa riu.

Jessica A. – Diz logo!-Gritou Jessica. Como a amiga pedira, fingir surpresa, e era exatamente o que ela estava fazendo. Só interpretando o seu papel de quem não sabe de nada.

Lindsay M. – Porque você não diz, Lucy?-Perguntou olhando para a filha que estava feliz da vida depois que descobriu que o bebê que sua mãe esperava era uma menina.

Lucy M. – Eu vou ter uma irmãzinha!-Pulou de felicidade ali. A equipe se juntou com a menina, estavam feliz pelo casal e pela Lucy.

Cada um abraçou a família, Stella e Jessica fingiram que nem sabiam e soaram bem convincente. Depois de parabenizar o casal, a equipe voltou para suas atividades normais, só ficaram na sala Esther, Lucy e Lindsay. Stella tinha seguido Mac para a sala dele para os dois terem uma conversa rápida, quando chegaram lá, ela nem se deu o trabalho de fechar a porta e nem sentou.

Stella B. – Desculpa por não ter te respondido ontem, eu acabei dormindo.-Lamentou sorrindo.

Mac T. – Sem problema, Stell.-Respondeu com um sorriso no rosto. – Então, jantar hoje?-Perguntou ele.

Stella B. – Claro!-Respondeu ainda sorrindo, acenou com a mão se despedindo dele e foi para a sala de descanso conversar um pouco com Lindsay. Mac ficou em sua sala começando a fazer relatórios, eram tantos que parecia que nunca iria acabar, mas seus pensamentos estavam em uma só pessoa.           

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Lindsay Messer – “Ser mãe é doação. Ser mãe é dedicação. Ser mãe é perdão. Ser mãe é aceitação. Ser mãe é ter o amor mais puro. Ser mãe é sentir o amor mais verdadeiro. É o amor que nasce no nosso ventre. São nove meses a fio, de espera, de felicidade.É o desaguar o rio, no mar de emoções!” —Autor desconhecido.