Longa Noite escrita por Ana Carol Machado


Capítulo 6
Cobaias


Notas iniciais do capítulo

Oiii. Espero que gostem. Nesse capítulo terá um personagem original que foi criado por mim e que será importante no decorrer da história. Boa leitura e não se esqueçam de comentar.



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Qyburn

O filho de Rhaegar Targaryen havia levado Melisandre dali. Apesar de ter todas as características da família Stark Jon tinha o sangue da casa que tinha como símbolo o dragão. Isso foi notado pela forma como ele defendeu a moça. Com a fúria dos dragões.

Doutor Qyburn não se arrependia de ter deixado Jon a levar, pois se ela morresse no manicômio com toda certeza a ameaça que ele fez iria se concretizar. Iriam o responsabilizar pela morte. Qyburn já havia tido problemas demais. Já tinha quase ido parar na prisão várias vezes. Não queria mais problemas, principalmente com os Targaryen.

Se Melisandre morresse no hospital ele também poderia ser culpado. Poderiam descobrir que ele a obrigou a tomar substancias que eram proibidas no país e que isso a levou a morte. Mesmo que ela não morresse os exames de sangue poderiam denunciar essas substancias proibidas e poderia dá problema para ele, mas nada que ele não consiga se livrar. Ele poderia de alguma forma culpar o hospital. Além disso no momento em que Jon saiu com ela assumiu o risco de algo ocorrer com a mulher. Uma vez fora do manicômio ela não era mais problema de Qyburn.

A sorte de Qyburn era que Melisandre com toda certeza não se lembraria das terapias de choque a que foi submetida. Os choques tinham como principal objetivo exatamente fazer com que a mulher se esquecesse daquele deus dela de nome estranho e da relação dela com a morte de Renly. Só que de alguma forma o efeito dos choques foram piores do que ele pensava. O desmaio devia ser por causa dos choques e não por causa dos remédios. Ou talvez devido a junção dos dois...

Qyburn ficou admirado com os efeitos da terapia de choque. A experiência havia lhe permitido descobrir várias coisas novas. Ele havia anotado todas as suas novas descobertas. A principal descoberta foi em como as correntes elétricas, em uma determinada freqüência, poderiam alterar e realmente apagar as memórias das pessoas. Essa descoberta poderia lhe trazer muitos lucros. Restava saber se o efeito dos choques eram permanentes ou apenas temporários. Se depois o cérebro da pessoa se recuperava. Se Melisandre estivesse com ele ainda poderia ter suas respostas... Mas apesar disso ele não se arrependia de ter a deixado ir, pois afinal de contas ele havia conseguido as respostas que queria. Tanto sobre a relação da mulher com o que ocorreu com Renly, por causa dos efeitos dos remédios que a faziam falar demais, tanto sobre os reais efeitos da terapia de choque e sobre as visões que a mulher devia ter nas chamas.  

Claro que seria bom a ter por perto para saber mais alguns detalhes, mas ele já tinha o suficiente. Não precisava mais dela. Sua curiosidade já havia acabado.

Isso o fez lembrar de um episodio da época em que ele estudava medicina. No episodio em questão um colega de turma chamado Ryan, que Qyburn nunca gostou muito , havia pedido para ficar com um ratinho que havia sido usado em uma experiência, por ter ficado com pena do bichinho. Ryan sempre sentia pena das cobaias. O ratinho havia sido usado em uma cirurgia e havia ficado cego por conseqüência. O professor deles na época deixou seu colega levar o ratinho para cuidar em casa. Ao questionar o professor, quando estavam apenas os dois na sala, sobre o porque dele ter permitido isso ,Qyburn lembra dele ter dito:

—Qyburn, meu querido aluno, não preciso mais daquela cobaia. –Qyburn lembra que o professor gostava muito dele. Ele entendia a sua curiosidade e o porque das experiências. Seu professor foi seu modelo. - Já fiz a experiência que tinha que fazer e se esse rapaz não pedisse iria sacrificar o rato. Ele não tinha mais nenhuma utilidade para mim. Não há problema nenhum em doar a cobaia quando esta já não tem serventia.  È apenas uma cobaia, temos muitas outras. Depois de falar essas coisas seu professor deu um sorriso maldoso e completou -Além disso, a cobaia não vai viver muito. Que ele aproveite o rato o máximo que puder.

Qyburn lembra que ele e o professor riram ao imaginar que o rato logo morreria. Pensar no professor fez Qyburn ter vontade de conversar novamente com o homem. Ele com toda certeza acharia muito interessante o caso de Melisandre. Ele mostraria as anotações e o caso para o antigo professor assim que tivesse tempo.

—Como dizia meu professor: Não há problema nenhum em doar a cobaia quando esta já não tem mais serventia. Que o dragãozinho aproveite a companhia dela o máximo que puder.- disse doutor Qyburn sorrindo e fechando o caso de Melisandre. O caso dela já havia sido encerrado. Estava na hora de investir em outros.

Haviam muitos outros pacientes e um em questão que despertava a sua curiosidade. Era um da família Greyjoy que havia ido parar lá há pouco tempo. Ele se chamava Aeron Greyjoy e foi parar lá por afogar pessoas em nome de um tal de deus afogado que ele mesmo criou.  Era a vergonha da orgulhosa família que morava nas ilhas de ferro. Qyburn sabia que ninguém se importaria se Aeron morresse, talvez a família até ficasse aliviada.

—Talvez os choques funcionem com ele.- falou ele traquilo ao separar um espaço no seu bloco de notas para o caso do novo paciente.

Lyanna

Lyanna ficava muito preocupada com seu filho Jon. Ele estava passando tempo demais no hospital. Acompanhando Melisandre. Lyanna não gostava muito dessa aproximação de seu filho com a moça, pois sabia que ela era considerada louca. Mas ela aceitava, pois ela não parecia ser uma louca perigosa como era o caso do avô de Jon e além disso ela sentia pena de Melisandre pelo que Jon falava a moça havia sofrido muito no manicômio em que estava. Depois que ela saísse do hospital Lyanna falaria com o pai de Jon para que Melisandre fosse para um manicômio melhor.

Ela costumava acompanhar Jon as vezes, quando não tinha muito o que fazer, para que ele não ficasse sozinho no hospital. E naquele dia estava lá enquanto o filho fazia uma prova na faculdade.

—Bom dia, senhora.- a voz do novo médico que cuidava da moça a tirou de seus pensamentos.

O médico se chamava Ryan e era um bom profissional. Ele parecia verdadeiramente preocupado com o fato de Melisandre não está melhorando muito apesar de seus esforços.  Ele parecia se importar com ela.

Lyanna retribuiu o bom dia e perguntou, depois que doutor Ryan examinou a moça que dormia, como ela estava. Aproveitou que Jon não estava e que Melisandre estava dormindo e perguntou qual era o real estado dela. Lyanna sabia que os médicos podiam não ter dito toda a verdade para seu filho e como Ryan parecia gentil decidiu perguntar.

—Melhor falarmos sobre isso no meu consultório.-falou ele olhando com pena para Melisandre. Mesmo com ela dormindo ele temia que ao ouvir algo o estado dela piorasse. Ele realmente se importava com os pacientes. 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Me digam!



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