Casa bagunçada escrita por Pudim de Menta
Notas iniciais do capítulo
Oieee, leiam as notas finais
Carl fez o de sempre, estacionou o carro na garagem e logo se encaminhou para o interior de sua casa, estava contente, era uma sexta feira e a perspectiva do final de semana era agradável, ficar com os pés para cima nos próximos dias era realmente animador.
Ele esperava encontrar a casa como sempre, as crianças em seus quartos, com o banho já tomado e os deveres escolares já feitos e a sala em perfeita ordem.
Mas o que encontrou foi totalmente ao contrário, os seus dois filhos estavam no tapete da sala, cobertos de terra e tinta e os cabelos bagunçados e o ambiente um caos, brinquedos espalhados, almofadas do sofá jogadas, marcas de patas de cachorro.
Havia até pacotes de salgadinho aqui e ali.
― Crianças. ― O pai chamou. ― Já fizeram os deveres?
Elas menearam a cabeça negativamente.
― Almoçaram? ― Ele fez outra pergunta.
― Sim. ― A filha mais nova respondeu. ― A mamãe fez para gente.
― E esses salgadinhos? ― Carl questionou.
― Pegamos na dispensa. ― Foi à vez do filho mais velho responder.
― Cadê a mamãe? ― Carl produziu outra pergunta e as crianças deram de ombros, depois ele resolveria as coisas com as crianças e as mandaria para o banho, pois poderia estar acontecendo alguma coisa perigosa. ― Não saiam daí, qualquer coisa, gritem.
Ele pegou um dos tacos de basebol das crianças e seguiu rumo à cozinha, mas era apenas outro caos igual à sala, a pia estava cheia tinha farinha no balcão e as coisas do café da manhã ainda estava na mesa e o chão estava melecado.
Carl saiu da cozinha surpreso, pensando no que teria acontecido com sua esposa, ele foi para a área de serviço, a maquina de lavar estava vazia e no chão estavam espalhadas varias roupas sujas.
― Que estranho. ― ele murmurou para si mesmo e deixou o cômodo, conferiu o banheiro social, que até aquele momento era o cômodo mais apresentável, porém o cachorro havia passado por ali e deixado marcas de terra no formato de suas patas.
Ele passou pela sala novamente e as crianças ainda brincavam tranquilas, subiu à escada, pronto para atacar com o taco, caso houvesse algum problema.
Abriu à primeira porta, do quarto de sua filha, a cama estava desarrumada e os brinquedos espalhados, mas nada da sua esposa.
Abriu a porta do quarto do filho, no qual o cachorro saiu dali e o quarto era outra bagunça.
Se aproximando do banheiro das crianças viu uma poça de água que se acumulava ali, abriu a porta do cômodo, a torneira estava ligada e a pia transbordava, havia até pasta de dente no espelho.
― Cadê ela. ― As mãos de Carl suavam frio, e sua mente trabalhava com milhares de possibilidades, será que sua esposa havia sido sequestrada? Mas por que não levaram as crianças?
Aquela altura Carl esperava apenas o pior.
Com cuidado empurrou a porta do quarto do casal, esperava alguma cena de horror, porém o que viu foi sua esposa deitada na cama, ainda de pijama, assistindo alguma comédia romântica na tevê do quarto.
Ele suspirou aliviado e deixou o taco de basebol cair no chão.
― Pra quê o taco, querido? ― Ela perguntou.
― Eu pensei,sei lá, que tinha alguém na casa, algum bandido, ou que você tinha sido sequestrada, já viu o pandemônio que está lá em baixo? ― Ele explicou.
―É que hoje eu não fiz nada! ― A mulher completou e encarou o esposo.
Carl ficou em silêncio, ele sabia que um passo em falso ele dormiria no sofá até seus netos chegarem à faculdade e seu filho mais velho nem tinha entrado direito no fundamental.
Ele ponderou, desde ultimo final de semana o casal andava brigado, eles foram visitar outro casal e eles perguntaram qual era a ocupação da esposa.
Ela ia responder que era dona de casa, mas Carl foi capaz de tecer um comentário bem infeliz, algo como “ Ela não faz nada”, o que era mentira, pois manter a casa em ordem e cuidar de duas crianças era serviço o suficiente.
Carl optou por dizer.
― Hum, ok, pode ficar tranquila. ―Ele saiu do quarto e fechou a porta, primeiro fez as crianças tomarem banho e enquanto elas tomavam banho ele lavou a louça, assim que terminou a ultima peça, seus filhos apareceram ali.
―Ok, juntem os brinquedos. ― Obviamente foi uma tarefa demorada, as crianças não o obedeciam e sua esposa fazia parecer fácil, com um pouco de paciência as crianças juntavam os brinquedos e arrumavam as próprias camas enquanto ele lavava o banheiro social.
Colocou as crianças para dormir e foi resolver o problema do banheiro de cima, já passava da meia noite quando terminou o banheiro de cima, passou de volta para a cozinha, pós a roupa para lavar enquanto limpava balcão e fogão.
Limpou a sala e só foi terminar o serviço as quatro da manhã, apesar de exausto Carl tinha muita reflexão para fazer, teria que pedir desculpas a sua esposa, e deu de finais de semana com os pés para cima, a casa e os filhos também eram dele, por que ele sempre deixara a responsabilidade para a esposa?
Ele ia contratar uma diarista e dividir os serviços com ela, para ela poder voltar a faculdade de Direito que ela deixou quando casaram e naquele dia ele conseguiu vislumbrar minimamente quanto ela houvera sacrificado para se tornar sua esposa e para ser mãe.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Muitas vezes o trabalho que mulheres fazem não é valorizado em nossa sociedade e não é levado a sério, desde ser uma chefe em uma grande empresa a ser uma dona de casa.
A critica maior foi a pessoas como Carl que dizem que não fazem nada e etc...Que a gente sabe que é mentira, mães e mulheres que se dedicam a casa trabalham, e muito.
Gente em que a mãe ou esposa preferiu se dedicar ao lar, já agradeceram ela hoje?
Beijos e espero que tenham entendido e espero vocês nos comentários, bora debater.