Amour, Silena escrita por Paulie


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!

E aqui estou eu, com mais uma fanfic: mas dessa vez ela se encaixa no universo Percy Jackson.
Tentarei aqui ser o mais fiel possível aos dados que temos através das obras de Rick Riordan sobre Silena e Charles.

A verdade, é que Silena e Charlie sempre foram personagens especiais para mim. Sempre. Espero conseguir passar para vocês a dimensão das histórias, e que nem tudo se resume a esteriótipos (como 'toda filha de Afrodite é uma patricinha mimada e insuportável').

Aproveitem a leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/690547/chapter/1

Prólogo

—Eu amo você, meu amor, você sabe disso – um homem com seus quase quarenta anos disse, tocando o rosto de uma garotinha.

A garotinha, com grandes olhos azuis e bochechas rosadas, tinha o cabelo preso em uma longa trança que lhe caia pelo ombro. Os olhos brilhavam sob a luz da lua, e as lágrimas que caiam deles trilhavam caminhos em suas bochechas vermelhas.

—Papai... – os lábios vermelhos se destacavam na pele alva.

—Princesa, você sabe que eu te amo. – ele passou as mãos na bochecha dela – Mas agora, você precisa ir nesse acampamento.

—Você não vem comigo, papai? – ela conseguiu sorrir, estendendo a mão.

—Não, está na hora de começar a trilhar suas vitórias sozinha – ele sorriu, ternamente, em resposta a filha. – Você lembra da história que te contei sobre sua mãe?

—Sim, papai. Mamãe era uma mulher muito bonita, não é?

—Exatamente, e você é igualzinho a ela. Um dia você será uma grande mulher. Mas você precisa sobreviver, você precisa lutar. Precisa descobrir em qual lado da guerra vale a pena estar.

—Por que o senhor está falando sobre guerra, papai?

—Porque eu não estarei aqui mais tarde para te falar disso – o sorriso agora era triste – E eu preciso, meu amor, eu preciso que você seja forte o suficiente.

—Eu serei, papai, eu serei forte. Mas por que o senhor não vai estar aqui?

—Minha hora chegou. Um dia você vai entender. Mas, por enquanto, preciso que você vá até aquela grande casa ali, está vendo? – disse apontando para uma construção vitoriana, recebendo um aceno como resposta – Pois bem, você vai ir até lá, e procurar o Quíron. Quem você vai procurar então?

—O senhor Quíron.

—Isso mesmo. E você vai lhe entregar isso – estendeu um papel dobrado para a garota, que guardou-a junto ao peito – Então é isso, minha pequena. Cresça, seja linda e forte, seja uma grande mulher. Eu amo você, muito.

—Eu também te amo, papai.

—Agora vá! – empurrou de leve a garotinha rumo à casa.

Sorrindo e acenando, o homem viu a sua filha indo e indo, com a mochila cor de rosa a lhe bater nas costas, e a sapatilha por vez ou outra sair-lhe do pé. Ele a amava mais que tudo, e havia lhe custado tanto tomar essa decisão.

Silenciosamente, assim que ela alcançou a porta e tocou a campainha, ele orou: “Afrodite, somente dessa vez me ouça. Proteja-a. Mantenha a nossa garota a salvo. Eu não posso mais fazer isso por ela, você é a única opção dela. Por favor, Afrodite. Por favor. ”

***

—Olá? – a porta de madeira se abriu, revelando um homem em uma cadeira de rodas.

—Oi – o sorriso da garota, por si só, já havia sido capaz de conquistar o homem. – O Sr. Quíron está?

—Sou eu, criança. Sou eu. E você...?

—Silena Beauregard – ela respondeu, lhe estendendo a mão educadamente, sendo o gesto retribuído – Meu papai pediu para eu te entregar isso.

Estendeu a carta e, quando Quíron leu, enrugou a testa.

—Venha aqui, criança. Venha, venha. – disse, conduzindo-a para um sofá. – Quantos anos você tem?

—Faço nove daqui duas semanas – sorriu grandemente, como se fosse um orgulho.

—E você conhece algo sobre mitologia grega, criança?

—Claro que sim – ela respondeu, como se ele estivesse a ofendendo – Papai sempre me contou as histórias antes de dormir, e dizia que minha mamãe, Afrodite, ficaria muito feliz se eu soubesse algumas para me livrar de situações futuras.

—Sua mãe Afrodite? – ele disse surpreso – Então você sabe sobe semideuses...

—Claro que sim. – acenou veementemente – Meu pai me contou a verdade no meu aniversário de cinco anos. Só não entendi porque ele me mandou pra cá agora. Este é o Acampamento Meio-Sangue, certo?

—Sim, sim.

A garotinha, mesmo tão jovem, irradiava graça e beleza. Cada movimento seu, cada vez que ajeitava a trança, era pautado de certa sintonia, como se o ar se movesse para favorece-la.

—Acho melhor você passar a noite por aqui. – ele comentou, por fim – Pela manhã eu te encaminho para o chalé de Hermes.

—Senhor? Por que o chalé de Hermes? Não sou filha dele.

—Até você ser reclamada, somente. Amanhã eu te explico detalhadamente – ele a encaminhou até um quarto ali – Boa noite.

—Boa noite, Sr Quíron. – sorriu para ele novamente.

***

—Então, bem-vinda ao acampamento Meio-Sangue! – um garoto, com seus onze anos e cabelos loiros claros lhe disse, quando foi conduzida pela manhã ao chalé de Hermes – Meu nome é Luke Castellan, e eu sou o conselheiro chefe do chalé 11.

—Oi! – ela respondeu, com um grande sorriso – Eu sou Silena Beauregard. É um prazer conhece-lo, monsieur. Desculpa, escapou o francês.

Ele riu, e lhe mostrou em seguida o grande chalé cinza, indicando qual beliche ela poderia ocupar. A pequena garotinha não estava ligando muito com isso, ela só queria saber como manter o garoto falando.

Sua voz era melodiosa, e uma aura se estendia ao seu redor, mantendo-a hipnotizada. Normalmente, eram as outras pessoas que se sentiam assim por ela, e ela conseguia o que queria somente com um piscar dos grandes olhos azuis. Mas dessa vez, não. E isso a intrigava.

O que aquele garoto, Luke Castellan, tinha de tão especial para encantá-la?

***

Foi conduzida pela fila – desordenada, por sinal – de campistas que se dirigiam para o Pavilhão para o almoço. A conversa dos integrantes da mesa 11 parecia nunca morrer, sempre surgindo um outro assunto, um outro motivo para brincadeiras e risos.

Silena, naquele cenário, estava sentada próxima à ponta, observando de longe os movimentos graciosos do loiro Castellan. Ou fazia isso até o momento em que foi interrompida por alguns dos campistas – curiosos.

—E então, qual seu nome?

—Silena Beauregard – ela sempre respondia com um sorriso.

—Qual sua idade? De onde você é?

E a todas as perguntas, com um grande e elegante sorriso, respondia.

Quando puderam, finalmente, se servir – ela estava faminta, não podia negar –, foi informada que deviam ir até uma espécie de lareira no centro do pavilhão e jogar uma parte de sua refeição como oferenda.

Encaminhou-se para lá, jogando sua fatia mais grossa de abacaxi, seu morango mais vermelhinho e aquele tomate-cereja que estava lhe dando água na boca, somente com pensamentos insistentes como “Por favor, papai, esteja bem. Eu amo você” e “Mamãe, se estiver me ouvindo como papai sempre disse que você estaria, me dê um sinal”.

E, então, todos olharam para a garota. “Será que minha bunda está suja?”, ela pensou, imediatamente passando a mão na calça para tirar qualquer pó que ali estivesse.

Mas não, não era isso. Olhou aflita para os lados, esperando que alguém lhe dissesse o que acontecia. Olhando para cima, então, notou uma imagem, como um holograma, em um fundo rosa. A imagem já se esvaia, e por isso não pode perceber o que era.

Olhando para os rostos quase todos desconhecidos, percebeu que uma mesa (a mesa com mais rosa em todo aquele pavilhão) sorria contente, junto com Luke e alguns outros. Quíron, então, disse em uma voz bem alta:

—Saúdem Silena Beauregard, filha de Afrodite!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, gostaram?
Espero do fundo do meu coração que sim.

Nesse capítulo eu trouxe um pouco de seu pai - de quem não temos informações nos livros - e mais adiante esse acontecimento será devidamente explicado.
Trouxe também o encantamento de Silena com Luke, desde a infância. Essa "mágica" que ele exercia sobre ela é um dos motivos de acontecimentos futuros, e espero ter conseguido deixar claro essa fascinação dela.
Desde pequena, Silena sempre foi uma pessoa carismática, bela e, imagino eu, muito educada. E espero com ela (e Charles) realmente abrir suas perspectivas para além do convencional, mostrando a importância desses dois.

A propósito, me sinto na obrigação de compartilhar com vocês essa fanart simplesmente maravilhosa do Luke (ele está sendo retratado nO Ladrão de Raios, então um pouco mais velho do que a idade aqui retratada em sua primeira aparição): https://scontent.fgig1-4.fna.fbcdn.net/v/t1.0-0/s526x395/14095753_840698026030210_6563404699315675826_n.jpg?oh=6eb3a38652596ca8ea2c8fa6f9312bdf&oe=5849AF92

Enfim, gostaria de perguntar em que dia vocês preferem que eu poste os capítulos (tentarei postar semanalmente). Como já tenho os capítulos I e II prontos, posso afirmar que nas próximas duas semanas haverá capítulos.
Não esqueçam de me contar que dia preferem. Para mais informações, eventuais spoilers ou coisas do tipo, meu Twitter é @Im_Prongs

Até o próximo (na verdade, até os comentários ♥),

Beijinhos,

Paulie.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amour, Silena" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.