Mortal Kombat Legacy escrita por bellafsr
— Você vê minha filha? – Diz Hanzo segurando no pescoço de Sub zero – Você se importa tanto com ele e olha o que ele se tornou... Um demônio corrompido pela magia. Eu darei um fim a isso, de uma vez por todas!
Então Hanzo desembainha sua espada e a crava no coração de Kuai Liang.
— Pai! Não! – Diz Sarah correndo em direção a eles.
De repente ela acorda, era por volta de quatro da manhã, ela estava se tremendo e suando frio. Sarah se levantou, bebeu um copo d’agua e começou a andar de um lado para o outro, desesperada.
— Mas o que foi isso?! Era tão real... Algo não está certo... Eu deveria verificar... Mas eu prometi a Kotal que o ajudaria, os Shokan podem atacar a qualquer momento... Mas que droga! O que eu devo fazer?
Sarah atormentada sai do quarto e começa a vaguear pelo palácio exoterrano. Ela não conseguia parar de pensar no sonho que teve. Até que ela entra na sala do trono e encontra Kotal Kahn, sentado no seu trono. Ele olha para Sarah, assustado e pergunta:
— Sarah você está bem? O que você faz acordada essa hora?
— Não consigo dormir Kotal... Estranhas visões tem me atormentado.
— Que tipo de visões?
— Eu não sei... Prefiro não comentar sobre esse assunto... Mas e você? O que você faz acordado? Você deve estar descansado para a batalha de amanhã.
— E você acha que eu conseguiria dormir sabendo que os Shokan podem atacar a qualquer hora?
— Os nossos exércitos estão de prontidão vigiando as fronteiras, não há com o que se preocupar.
— Primeiro Mileena... Agora os Shokan... Talvez ela tivesse razão, talvez eu não mereça essa coroa.
Sarah por um momento se esquece do seu sonho, e caminha em direção a Kotal Kahn.
— Se teve uma coisa que eu aprendi Kotal, é que não se deve negar aquilo que nos foi dado. Se foi dado a você o Kahnum da exoterra, você não deve negá-lo.
— Eu prometi um tempo de paz para o povo dessa terra Sarah! E até agora tudo o que eu lhes dei foi à guerra.
— Mas não é uma guerra qualquer você os está protegendo da tirania de Mileena. Por isso eles o adoram Kotal, eles vêem o quanto você se esforça para protegê-los... E eu me orgulho de você.
— Talvez você esteja certa... Como sempre. E a propósito, conseguiu lembrar-se do seu passado?
— Eu... ham... Não consegui.
Então Kotal fica com olhar fixo em Sarah.
— Tudo bem... Eu consegui, mas não foi o que eu pensei que seria...
— E quando as coisas são o que pensamos?
— Me perdoe por não ter te contado antes, eu não queria que ninguém soubesse, na hora certa eu revelaria.
— Eu entendo... Mas saiba que esconder a verdade daqueles que a amam, essa é a maior das traições.
Sarah fica quieta e pensativa, até que a porta da sala do trono se abre, e Johnny Cage entra.
— Mais o que vocês dois estão fazendo acordados há essa hora? – Diz ele enquanto boceja – Olha se for alguma coisa... Sabe a dois eu posso sair.
— Não... Pode ficar Johnny, eu acho que tenho algo para te contar.
— Me sinto honrado rainha Sarah, mas o que houve?
— Você lembra-se da primeira vez que nos vimos? Nós estávamos naquele barco, em direção a ilha de Shang Tsung e nós dois nos esbarramos. Você achou que eu estava vestida pro Halloween...
— Espera aí só um momento... Sarah? Você se lembra de tudo o que aconteceu?
— Lembro...
— E você não está surtando?
— O que? Não! Escuta... O que aconteceu comigo, nunca mais vai acontecer.
— Eu fico muito feliz de saber disso... É muito bom ter você de volta Sarah!
Então Johnny se dirige em direção a ela e a abraça. Logo em seguida Sonya entra na sala.
— É verdade mesmo Sarah? Você se lembra?
— Eu me lembro de tudo Sonya.
— Isso... É maravilhoso! Precisamos contar aos outros.
— Não! Quer dizer... Não agora, eu quero manter isso em segredo por enquanto.
— Tudo bem, se você quer assim... Mais só para confirmar... O que você lembra sobre Hanzo Hasashi?
— Ele é o meu pai, me criou desde que eu tinha sete anos de idade, e é o meu melhor amigo.
— E o que você lembra sobre Kuai Liang? – Diz Johnny
— Kuai? Ele é... Bom... Sabe que... Ele é um Lin Kuei, o mesmo clã que eu fazia parte... E ele é... Bom... Nunca chegamos a... Sabe tipo amizade?
— É... Você realmente se lembra. – Diz Sonya rindo.
Os três permaneceram conversando até o amanhecer, Sarah se esqueceu completamente do pesadelo que teve, invés disso ela contou a sua história para Kotal Kahn, mas ela não fez qualquer menção do que aconteceu entre ela e Sub zero. Por mais que ela o amasse, essa era a única coisa que ela não conseguia externar. Talvez por medo, talvez por milhares de outros motivos desconhecidos, mas uma coisa é certa, ela travava toda vez que tocava nesse assunto. O sol amanheceu na Exoterra, os poderes de Sarah enfraqueceram quase 100% assim que os raios de sol tocaram a sua pele. E alguns minutos depois, um soar de trombeta anunciava à chegada dos Shokan as fronteiras... E eles não estavam sozinhos, os Lordes de guerra Oni estavam com eles. D’vorah rapidamente entrou na sala do trono para informar ao imperador do ocorrido.
— Imperador! – Diz D’vorah – Eles chegaram.
— Parece que é hora do show – Diz Johnny
— O que faremos Kotal Kahn? – Diz Sarah se dirigindo ao imperador.
— Tentaremos a diplomacia em primeira instância, eu enviarei D’vorah e Reptile para falar com o rei Gorbak e tentar negociar a paz... Caso eles não consigam, eu recorrerei ao Mortal Kombat.
— Você vai enviá-los? Não faça isso Kotal, me envie ao invés disso.
— Você tem certeza disso?
— Gorbak se sentirá intimidado pela minha presença aqui, ele retrocederá.
— Está bem... Se é o que você quer... Eu lhe entregarei os termos de paz... Tenha cuidado Sarah.
Kotal Kahn lhe entrega os termos e ela sai do palácio, porém assim que atravessa os portões da cidade as visões de seu pai matando Kuai Liang retornam... Ela sacode a cabeça e tenta esquecer aqueles fragmentos de pesadelo...
— Não se preocupe Sarah, nossos Snipers estão te dando cobertura. – Diz Sonya através de um ponto de escuta.
— Nossas unidades de longa distância estão de prontidão minha rainha. – Diz Loah.
— Tudo bem gente... Obrigada pela força.
Ela então se põe a frente do exército Shokan. Eles a olham com os olhos ardendo em ódio... Não havia temor a rainha Helka ali, não sob o sol da manhã. Os Shokan estavam prontos para avançar e matá-la. Até que saindo do meio do exército, surge Kintaro. Ele era bem maior do que Sarah, e a olhava com um olhar de ódio e desprezo.
— Parece que o imperador dessa terra não tem coragem de se por diante do glorioso exército Shokan... Ao invés disso manda sua concubina de sangue real aqui.
O ódio e o caos dentro de Sarah começam a se agitar dentro dela, tal como o início de uma tempestade. Mas ela respira fundo e não se abala com a zombaria do inimigo.
— Eu não vim aqui discutir com você Kintaro... Mas eu gostaria que você tivesse a absoluta ciência de quem eu sou.
— Claro que eu sei Rainha Helka, os Shokan tem absoluta ciência de quem você é.
— Então você deve ter ciência também do respeito que me deve.
— Ha! Respeito? O respeito que eu lhe devo é o mesmo ao de um capacho! Diga-me antes que eu a mate, o que faz aqui sozinha e a luz do sol?
— Kotal Kahn quer negociar a paz entre os povos, ele pediu que eu entregasse esses termos... – Diz Sarah entregando um pergaminho a Kintaro.
Kintaro o pega das mãos de Sarah e queima bem diante dos seus olhos.
— Os Shokan não querem a sua caridade, Kotal Kahn se renderá ao rei Gorbak, ou nosso exército exterminará Z’Unkahrah. Vocês têm uma hora... E se você for uma boa lacaia, talvez o rei Gorbak a poupe e a integre ao seu harém. – Diz Kintaro enquanto toca o rosto de Sarah.
A raiva e o caos tomam conta de Sarah, seus olhos ficam completamente negros, ela ergue suas asas e com um só golpe ela derruba o Shokan. Ele cai ao chão.
— Eu tentei ser boa Kintaro, eu realmente tentei, mas você e essa sua escória não entendem outra língua a não ser a língua do caos. Então é isso que eu lhes darei.
— Isso não ficará assim sua desgraçada! – Diz Kintaro enquanto se levanta pronto para dar um soco em Sarah.
Ela se desvia e ele novamente cai ao chão, com um ódio inexplicável ela se abaixa e diz a Kintaro.
— Eu darei dez minutos para você e esse seu exército de merda darem o fora daqui. – Então ela se levanta e se dirige ao exército Shokan – Se vocês recusarem, em menos de uma hora eu terei a cabeça do rei Gorbak em uma de minhas mãos, e a cabeça desse idiota aqui, na outra.
Sarah então pisa na cabeça de Kintaro.
— E esses são os meus termos de paz... Eu não preciso dos meus poderes para te matar Kintaro, lembre-se disso.
A rainha dá as costas para o exército Shokan e retorna a Z’Unkahrah, como se nada tivesse acontecido. Todos os Shokan ficaram tão surpresos com o que aconteceu que não ousaram chegar perto dela.
— Sarah, pelos deuses! O que você fez? – Diz Kotal Kahn através do ponto de escuta.
— Eu negociei os termos de paz.
— Os Shokan nunca perdoarão isso.
— Eles vão superar... Caso contrário, eu não hesitarei em cumprir a minha promessa... Sarah desligando.
Ela atravessa o portão de Z’Unkahrah, e se dirige a sala do trono.
— Mas o que houve lá Sarah! Eu lhe mandei para negociar a paz, e você só os deixou com mais ódio. – Diz Kotal Kahn
— Eu tentei me controlar, de verdade... Mas ele estava pedindo... Na verdade, eu conseguia até ouvir a alma dele gritando por isso.
— E agora os Shokan irão atacar com tudo que tiverem.
— Que ataquem! Eu terei o prazer de matar cada Shokan imundo que cruzar o meu caminho.
— Mas o que deu em você Sarah?
— É o caos que habita nela – Diz Sonya entrando na sala do trono.
— Você não estava brincando... Você realmente se torna perigosa. – Diz Kotal Kahn
— Se eu fosse vocês me preparava para o impacto. – Diz Sonya olhando para seu relógio
— Impacto? – Diz Kotal Kahn.
— Em 3... 2... 1...
Um tremor é sentido, os exoterranos começam a gritar, e barulhos de explosões começam a ser ouvidos por toda a cidade.
— Os Shokans arrebentaram o portão principal e estão atacando! – Diz D’vorah – Esta aqui protegerá o imperador.
Kotal Kahn se dirige a sacada do palácio e observa todo o massacre. Incontáveis vidas se perdiam a cada segundo, esse é um dos horrores da guerra, você nunca sabe quando aquilo vai acabar. E nesse momento, isso era o que o Imperador mais queria.
— Pelos deuses... Como se para um exército imparável?
— Matando todos. – Diz Sarah enquanto sai da sala do trono
Sarah desce as escadas do palácio em direção ao portão central de Z’Unkahrah e encontra com Loah, sua general.
— Minha rainha! Qual o seu comando?
— Exterminem os Shokans – Diz Sarah enquanto suas lâminas roxas saem de seus braços – Mas deixem Kintaro e Gorbak para mim, uma rainha não pode faltar com a sua palavra...
— Já era hora de um pouco de diversão por aqui – Pensa a rainha Helka enquanto seus olhos passam de negros para um roxo brilhante.
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