Academia de Alquimistas escrita por Bottany


Capítulo 5
Capítulo 5 - Uma Bela Paisagem


Notas iniciais do capítulo

Outro



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Nunca em minha estranha vida de humana eu havia visto algo tão bonito, principalmente agora que sei que sou uma bruxa... Mas acho melhor continuar de onde paramos...

**********

— Vão ficar parados aí me olhando ou vamos pra esse tal ancião?

— Droga! São muitos! – Disse Kevin quando viu a orda de coisas estranhas vindo na nossa direção.

— Temos que ser rápidos – Michael completou – Sigam-me – disse correndo pra saída mais próxima.

Chegamos na estrada e, sinceramente, como iríamos escapar de “demônios”, ou seja lá o que eles realmente fossem, apenas correndo?

— Vocês tem um carro ou algo assim? Temos que ser rápidos, afinal eles voam!

— Nós também. – Nesse momento Michael me puxou e me levantou no colo.

 Kevin pulou na frente e asas saíram dele antes que ele tocasse o chão, sendo seguido de Michael, que começou a rir quando eu dei um gritinho de susto.

— Avisa antes! – Me agarrei ao pescoço dele, evitando olhar para baixo, e recebendo um olhar curioso dele.

— Me diz... – Começou ironizando – você tem medo de altura?

— Não, quer dizer... voar é estranho, quer dizer... não é natural... – tentei disfarçar da forma mais sem jeito possível

— Hum... – Expressou interessado – então quer dizer que não se importa de voltar para o chão?

Eu odeio ele. Com todas as minhas forças.

Após falar isso, Michael simplesmente me soltou no ar, como se eu não fosse importante, me fazendo gritar desesperada. Até o Kevin que vinha na frente se assustou.

— Michael seu idiota! – Kevin gritou no momento que olhou pra trás

— Calma princesa – falou quando me segurou de novo, ele foi tão rápido que eu nem percebi que havia se movido. – Seu cavaleiro chegou!

— Idiota! – falei batendo nele – Maluco! Filho da Puta! – explodi de raiva em cima dele.

Mas no momento em que o batia, eu pude ver por cima do seu ombro, aqueles seres ainda estavam vindo, e estavam se aproximando freneticamente.

— Pisa no acelerador! – Gritei

— Que? Isso não é um carro, quer que eu te solte de novo?

— Sério! Corre! Voa! VAI MAIS RÁPIDO CARAI!! – Me remexi em seu colo, fazendo com que Michael se assustasse e Kevin olhasse para a gente.

— Merda – disse Kevin, que pegou sua pistola e atirou tão rápido que nem Michael conseguiu reagir – Vamos rápido!

Os tiros acertaram duas espadas que estavam voando para nos acertar, e aqueles que haviam atirado estavam na nossa cola.

Michael e Kevin aceleraram de tal jeito que fez com que eu quisesse que me soltassem novamente, meu estômago parecia ter saído, e minha visão ficou turva, escutei eles falando alguma coisa mas não entendi, vi Michael olhando pra mim preocupado e depois mais nada.

Já cansei de tudo ficar escurecendo toda hora...

 

**********

 

Agora... Onde estou mesmo, a é mesmo, eu acordei com a mais bela vista do mundo, bom pelo menos do meu mundo até agora...

— Acordou dorminhoca? – Disse Michael – você ficou meio verde do nada e quase vomitou em cima de mim.

— A culpa não é dela se tivemos que acelerar em seu primeiro voo – disse Kevin rindo.

Eu ainda estava zonza, então não conseguia ver seus rostos, mas foi quando eu olhei para frente é que consegui ver algo direito, a bela paisagem.

Era a parte de cima de uma floresta, bela e verde como uma esmeralda, resplandecente pela luz do pôr do sol que tocava o horizonte, mas havia algo mais naquela floresta que me atraía, algo como um sentimento distante que era desconcertante.

— Bonito não? – Disse Kevin se aproximando – Você vai se surpreender ainda mais quando entrarmos na floresta.

— Esse Lugar... – Comecei a falar, mas parei quando olhei para eles, pude ver que Kevin tinha ferimentos no braço, e Michael no rosto – Vocês estão machucados!

— Ah, Não se preocupe, foi quando estávamos despistando os demônios...

—Além disso, já estamos chegando – completou Michael enquanto diminuía a altitude.

Nós paramos na entrada da floresta, e pude ver melhor os ferimentos deles. Kevin tinha se safado com ferimentos apenas nos braços, mas Michael não, ele tinha cortes em suas asas, que se esconderam logo quando pousamos, além de machucados nas pernas, obviamente, por ter me carregado e me protegido.

— Vamos, antes que aqueles dois apareçam.

— Quem? – perguntei curiosa

— Você vai ver, e com sorte, não agora. – disse Michael se apressando em nossa frente.

Nós seguíamos floresta adentro e pude perceber várias coisas estranhas, como postos de observação tão bem protegidos que nem a CIA conseguiria achar... e eu sabia onde eles estavam...

Quando avançamos entre duas pedras estranhamente alinhadas, casas simplesmente apareceram no meio da floresta. Era como um outro mundo, escondido nesse pequeno espaço.

Me distraí observando o local e as construções. Casas que eram literalmente árvores com o interior sendo ocupado, não eram casas normais, eram casas de qualquer coisa que não seja humanos.

Enquanto estava perdida em tantos olhares, eu senti alguém pegando na minha mão, era Kevin, e ele me conduziu entra as casas para um lugar afastado, havia uma casa um pouco diferente, em uma árvore claramente mais velha, e Michael estava na entrada, nos esperando.

— Acho melhor nós entrarmos com ela – Suspirou o Cabeludo.

— Tem certeza? Quer dizer eu nunca gostei de...

— Kevin, se ficar aqui fora eles aparecerão.

— ... Tá...

— Alooou? Ainda estou aqui sabem... – falei inquieta – e com roupa de hospital, e incomodada com isso!

— Huhuhu – Falou uma voz – A garota tem razão, quando irão entrar?

— Quem foi que falou dessa vez? – falei irritada – Não aguento mais vozes aparecendo do nada!

— Argh, foi o Velho – Exclamou Michael – Ele já sabe que estamos aqui

— Então vamos, detesto usar essa roupa – repliquei entrando na casa

— Ela é corajosa – disse Kevin segurando a risada

“Péssima Idéia”

Mas sinceramente eu estava cansada, irritada, e ainda um pouco enjoada, além de querer trocar de roupa imediatamente.

Eu abri a porta e me surpreendi, mas... quando eu não vou me surpreender?

Bom, de qualquer forma, do lado de dentro da casa/árvore, era quase como uma sala ampla e rústica, com um estilo antigo, haviam janelas bem distribuídas e uma escada para o andar de cima, com um possível quarto, e uma passagem para uma possível cozinha.

— Vão ficar aí na porta? – Disse um Senhor que aparentava uns 60 anos – Estou preparando um chocolate quente para vocês meus meninos. – ele estava de costas para a porta.

— Ancião... – Disse Kevin tendo um calafrio – Tivemos um imprevisto em nossa última missão, então decidimos vir aqui para ver se poderia nos ajudar.

— Ora, Claro! É para isso que eu sirvo, dar conselhos e explicar tudo o que vocês não compreendem.

— Tá – Disse Michael obviamente impaciente – Fomos resolver um caso de roubo de alma.

— Oh, isso é raro hoje em dia, aposto que não conseguiram salvar a vítima.

— Pelo contrário, e é por isso que à trouxemos aqui. – Kevin apontou para mim, que estava a caminho de uma poltrona para sentar.

Quando o Velho, que era um velho bonitão, não daqueles acabados, mas daqueles que envelheceram bem, olhou em meus olhos, eu senti um calafrio, como uma ameaça.

“Não demonstre Medo”

Eu me sentei na poltrona e continuei a olhar o ancião, sem demonstrar expressão, mas ele, ao contrário, não parecia gostar da minha presença.

— Vejamos que está aqui... – O Velho pegou uma faca de partir pão – Não é inteligente entrar assim. – E quando terminou de falar, tudo o que eu vi foi a faca vindo em minha direção.


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Notas finais do capítulo

Se você leu até aqui, obrigada ^.^



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