Academia de Alquimistas escrita por Bottany


Capítulo 15
Capítulo 15 - Um lindo sonho


Notas iniciais do capítulo

Olhe eu aqui de novo aeeeeow



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Eu lembro de ter tido um sonho bem vívido... Mas não foi aqui que eu parei, então onde estávamos? Aé! Indo para a planície...

 

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— Ainda não me disseram por que chamam esse lugar de “Planície do Refri”...

— Bom... pois acabamos explodindo uma garrafa de Refrigerante aqui – Kevin riu deitando no chão

— Deixa eu adivinhar, usando balinhas de hortelã? – perguntei imaginando

— Você já fez isso – o menor perguntou animado

— Sim, vocês deviam aprender um pouco das idiotices que os humanos fazem – Falei rindo

— Para evitarmos?

— Não, para reproduzir de maneiras mais eficientes...

— Opa, espera! – Michael falou intrigado enquanto recostava em uma árvore ficando de frente para a planície florida – Como é que pode-se colocar balinhas em um refrigerante de maneira mais eficiente?

— Bom... Quando eu era mais nova, o diretor da escola que eu estudava era muito irritante, e agora pensando até mesmo tarado – Comecei enquanto sentava ao seu lado – Então um dia eu montei uma armadilha com isso em seu escritório, aí quando ele entrou e arrebentou a corda que segurava as balas, a garrafa explodiu sujando todo o lugar, e ele acabou demitido por perder todos os documentos.

— Wow, e você não foi pega? – Kevin perguntou se aproximando e deitando em cima de nossas pernas.

— Não, mas depois disso eles instalaram câmeras de segurança em toda a escola. – disse enquanto suspirava – só depois disso comecei a ser pega enquanto aprontava.

— Cara você era uma peste – Michael riu – Vai se sair bem nesse lugar assim.

— Bom, tudo é mais divertido quando se tem parceiros nos crimes.

— Será que vamos pegar quantos pedidos de expulsão dessa vez? – O mais velho indagou

— Independente disso, a diretora parece gostar de nós, e não deve decepcionar Charles nos expulsando... – Eu pensei por um instante – Cara, acho que nós não deveríamos ter orgulho dessas besteiras que fazemos...

— Somos adolescentes, ainda podemos fazer coisas assim, desde que não machuque ninguém - Ele olhou pra mim – Ou que a pessoa mereça, como esse diretor.

— Acho que serão memórias engraçadas no futuro...

— Já são engraçadas – Riu sendo cortado pelo ronco de Kevin, Deus como ele consegue dormir tão rápido?

 

Ficamos um tempo a observar a paisagem, a campina à nossa frente se abria com um verde límpido, sendo decorado por flores de diversas cores, até mesmo algumas pretas e brancas, que me lembraram as asas deles.

 

— Já estão melhores?

— Oi? – Perguntou distraído

— Suas asas? Estão melhores?

— Oh... Sim, elas se recuperam rápido... – Ele me observou por um instante, e pude perceber que seus cortes no rosto estavam quase sumindo. – Não precisa se preocupar.

— Me diz, por que vocês são tímidos quanto a elas? – Perguntei o deixando levemente constrangido – Elas são tão bonitas...

— Por que você é tímida em mostrar seu bumbum? – Ele me olhou malicioso, logo me fazendo corar – aposto que deve ser bonitinho

— Ótimo ponto – Me limitei a responder, o fazendo rir

— Eu só não gosto que as pessoas as fiquem observando, me sinto um pouco vulnerável ...

— Elas fazem vocês parecerem mais fortes... Quero dizer, abrir as asas de uma forma imperativa é uma forma de intimidar outros animais... As aves fazem isso para mostrar superioridade ou para se proteger. – Ele me olhou de maneira curiosa, como perguntando de onde eu tiro essas informações – Mas algumas espécies, como os pavões, esticam suas penas para acasalar. – Soltei indiferente o fazendo gargalhar espontaneamente.

 

Nós ficamos lá por um tempo apenas escutando o ronco baixo do Kevin se misturando ao som do vento, enquanto as árvores se mexiam de um lado para o outro calmamente, o sono veio e acabei dormindo ali mesmo, seguindo o exemplo da criatura deitada sobre nós.

 

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Eu estava em uma colina, muito parecida com a planície, calma e pacífica, estava entardecendo, estava nervosa e com um certo medo... sentia que algo ruim ia acontecer... era como um deja vú...

Percebi então um vulto em minha frente, virado de lado de frente para uma garota... era eu... O vulto era um garoto um pouco mais velho do que o eu do sonho, e mexia em meu cabelo com delicadeza.

Era uma memória, agora eu percebia, aquela era eu me confessando para o meu primeiro amor... Estava acontecendo de novo, eu olhei para os lados procurando pelos meninos, mas eu estava sozinha, tentei chamar Charles, mas nem ele aparecia, então eu escutei uma voz... era do garoto...

“Você acha mesmo que eu gosto de algo assim?” Ele dizia me apontando, quebrando meu coração da pior maneira possível. “Eu sei o que você é... Não é humana, mas sim um monstro.” Ele falou com desgosto, me surpreendendo, logo mandando um sms. “Agora você acabou...”

Nesse instante umas criaturas esquisitas saíram do escuro me cercando, o medo crescia e mais eu me sentia traída, e aquele cara em minha frente disse de maneira irritante “Bruxas só servem para queimar, principalmente aquelas sem poderes”.

No mesmo momento ele jogou um isqueiro aos meus pés, fazendo um símbolo estranho queimar me circulando, o cheiro era de gasolina, e logo ele consumiu a grama à minha volta até me atingir, me fazendo soltar um grito enquanto via todos serem atingidos por diversos galhos de árvores.

 

Rapidamente abri os olhos enquanto ainda soltava grunhidos de dor e tentava me livrar das chamas, só então percebendo que havia sido um sonho, que eu não estava em chamas, mas estava sendo chacoalhada pelo Michael que estava desesperadamente gritando meu nome para me acordar, enquanto Kevin desviava de árvores atrás.

 

— O que aconteceu? – Perguntei ainda confusa

— Eu que pergunto, você começou a se contorcer e a gritar enquanto essas árvores começaram a tentar nos matar! – Ele falou exaltado

— Faz ela parar!!! – Kevin gritou sendo levantado pelo pé por um galho, que na mesma hora parou e o soltou, fazendo-o cair no chão de cabeça.

— É por isso que Vanessa não devia ter feito aquilo – Charles falou aparecendo em pé ao meu lado.

— O que aconteceu com ela? – Michael rosnou de forma acusatória

— Foi outra memória... – Ele me olhou triste – Desculpe mas eu não consegui intervir.

— O que houve dessa vez? – O moreno me perguntou preocupado

— E-eu... Eu fui queimada... viva... – Falei tentando me recompor, percebendo que estava com marcas de queimadura, e elas doíam – Droga...

— Aqui. – O mais novo se aproximou me curando aos poucos, sendo mais demorado do que da última vez.

— Acho melhor vocês voltarem para a escola... Está ficando tarde – Charles informou olhando para o céu, logo me encarando – Queria poder fazer algo por você quanto a isso, mas...

— Nem meus poderes podem parar... – O cortei tentando consola-lo – Eu entendo, não é sua culpa...

— Queria que não fosse... – Ele falou triste, logo desaparecendo, deixando-nos em silencio.

— Ele tem razão, melhor voltarmos, consegue andar? – Kevin perguntou

— Sim...


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Notas finais do capítulo

Bye Bye again...



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