The Legacy of The Originals escrita por C Dunbar Stilinski
Notas iniciais do capítulo
Olá! Sou novata aqui no Nyah!, e resolvi compartilhar aqui também minhas histórias. Também posto no Social Spirit.
Algumas observações:
—Minha personagem será a Olivia. Por enquanto, será somente ela. Os outros personagens pertencem a série.
—Se ao longo da fanfic, a história ficar confusa, me avisem! Eu misturei vários mitos na história.
Espero que gostem!
Nevada, 11h16min – Olivia.
Contorci–me na cama tentando acordar desesperadamente. Sonhava que estava em uma mansão. Não era daquelas de filme que eram “velhas e abandonadas”. Na verdade, estava em perfeito estado. E eu andava por ela como se soubesse cada andar perfeitamente. Parei em uma porta azul e abri. Lá continha coisas de bebê. Não sabia se era menina ou menino o quarto. Cheguei mais perto e tinha uma bebê dentro do berço. Uma menina. Sorri fracamente, ela era linda. Assustei–me quando a porta do quarto abriu rapidamente. Uma mulher loira correu desesperadamente para dentro do quarto, pegando uma bolsa rosa e colocando várias roupinhas.
— Davina!
Ela chamou uma outra mulher. Que estranho. Eu conheço alguém com esse nome. A que juguei ser Davina entrou no quarto e olhou confusa para a mulher loira. Meu coração falhou rapidamente. Davina? Essa Davina? O que ela está fazendo aí?
— Leve a embora! Por favor! – a mulher loira falou chorando desesperadamente. – Depois eu encontro vocês.
— Mais...? – Davina já estava com a bebê em mãos. A bolsa rosa já estava em suas costas, preparada para ir embora. – O que está acontecendo?
— Ele descobriu... – a mulher loira sussurrou, enxugando as lágrimas e beijando a bochecha da bebê. – Klaus descobriu.
E senti alguma coisa gelada cair por cima de mim. Acordei arfando, me tocando desesperadamente, para saber o que tinha em mim. Droga! Água gelada. Não que seja ruim, mais imagine você dormindo, toda confortável debaixo do cobertor e PAM. Alguém te joga água gelada! Maravilhoso!
— Por que diabos você jogou água gelada em mim? – perguntei olhando mortalmente para Davina em minha frente.
— Você não estava acordando de jeito nenhum! – Davina retrucou sentando ao meu lado na cama. – Você tava gritando feito louca! O que aconteceu? Pesadelos, sonhos?
Suspirei me lembrando daquele maldito sonho. E ainda por cima, minha melhor amiga estava lá! Que legal!
— Não foi nada. – sorri forçado. – Esquece!
Ela me analisou como sempre faz para saber se eu estou mentindo. A questão é que eu não estava com paciência suficiente para responder estupidas perguntas que Davina faria. Levantei da cama e peguei a toalha jogada na cadeira do hotel. Estávamos hospedadas em um hotel de Nevada. Estávamos de mudança – como sempre –. Só que dessa vez, seria para uma estranha cidade da Califórnia. Nunca iria me acostumar com o calor de lá! Vivi anos em Nova York, e o clima frio de lá me agrada.
— Te acordei porque já estamos de saída. – Davina levantou da cama indo em direção à porta do quarto. – Não demore a se arrumar. Eu vou estar no saguão, pagando a estadia. Quinze minutos.
E ela saiu. Bufei e revirei os olhos. Davina e suas pontualidades. Respirei fundo e fui até minha mala pegando uma roupa confortável. Fui até o banheiro e tomei um banho para despertar totalmente. Aquela “baldada”, não fez efeito em mim. Saí do box, me enxugando. Vesti minhas roupas, e agradeci por estarem quentinhas. Em Nevada, estava na época do inverno. Eu estava acostumada com esse clima. Mais aqui é muito pior! E a água do chuveiro estava totalmente gelada. Peguei uma escova de minha nécessaire e comecei a pentear minhas longas madeixas loiras. Suspirei já terminando de pentear meus cabelos e coloquei de volta dentro da nécessaire a fechando em seguida.
Saí do banheiro, com a nécessaire em mãos e guardei dentro de minha mala. Fechei a mala, e peguei a alça puxando para frente. Abri a porta, saindo do quarto. Fui em direção ao elevador e apertei o botão que iria para o saguão. Enquanto o elevador ia para o seu destino, fechei meus olhos por um instante. Lembrei–me do sonho que tive, e algo naquela história me tocava. Talvez por que seja pela mãe abandonando o bebê, e eu me identifiquei com ela. Pare de chorar Olivia! Por favor. Você nunca chorou por causa disso, e não é agora que vai chorar!
A porta do elevador se abriu e vi Davina andando de um lado para o outro. Ela parou e olhou para mim sorrindo aliviada.
— Até que enfim! – ela estava me abraçando fortemente. Confusa, a abracei de volta. – Fiquei preocupada.
— Davina? Achava que alguém iria me sequestrar? – ri nasalmente, e ela engoliu em seco. – Fala sério!
— Você não estava atendendo o celular!
— Calma! Estava dentro da mala. Agora que eu já estou aqui, eu vou comer rapidinho para irmos embora.
— Não. – ela segurou meu braço, antes que pudesse dar um passo. – Você vai comer dentro do carro. Peguei comida para você.
Sorri alegremente. Por isso que amo ela! Peguei minha mala e a arrastei com Davina em meu encalço. Saímos do hotel indo em direção ao nosso carro. Abri o porta–malas, e coloquei a minha mala e a de Davina lá. Quando terminei de colocar tudo em seu lugar, fechei o porta–malas e me deparei com Davina me olhando com os olhos arregalados.
— Que foi?
— Nada. – ela engoliu em seco. – Pensei ter visto alguém.
Assenti não acreditando no que ela tinha acabado de falar. Entrei no carro e fui logo ligando o rádio do carro. Não suportava silêncio. Davina me entregou uma sacola marrom. Sorri em agradecimento, e abri atacando tudo. Peguei meu celular – que estava dentro da mala. Mais eu não sei viver sem meu celular – no bolso da calça, e conectei ao aparelho do rádio do carro, colocando uma música agitada.
— Já sabe onde está nossa casa? – perguntei sem tirar os olhos da tela do celular.
— Aham. Ela é bem espaçosa, com dois andares e outras coisas.
— Não sei para que esse exagero. – revirei os olhos. – É apenas nós duas na casa.
— Mesmo assim. Estamos nos mudando para uma cidade nova, e quero passar um tempo aqui. E para isso, preciso de um lugar confortável.
— Não acho necessário. Iremos nos mudar novamente mesmo. Não irá mudar em nada. – encostei–me deitando no banco e apoiando minha cabeça na janela.
Pelo canto de olho, vi Davina suspirar e calar a boca. Ótimo. Agora ela está zangada comigo. Resolvi deixar isso para lá e dormir um pouco. A viagem seria longa e eu não estava a fim de passar mais de horas olhando apenas o vulto das árvores pela janela.
+++
— Droga! Não! Não! Não!
Acordei com Davina sussurrando e batendo no volante. Ajeitei–me no banco, olhando para os lados confusa.
— Desculpa te acordar Olivia!
— Por que... Porque paramos?
— Não foi nada de grave. – ela olhou alguma coisa pelo retrovisor e engoliu em seco. – Fica aqui. E não sai em nenhum momento.
Ela respirou fortemente e abriu a porta do carro. Olhei para o medidor de combustível e estava era longe de acabar. Peguei meu celular, e liguei o GPS. Estávamos na entrada da Califórnia já. Então, porque diabos Davina parou?
Virei–me para ver alguma coisa através do porta–malas e não vi ninguém. Nenhuma sombra. Meu coração começou a bater mais rápido. Controlei minha respiração e abri a porta do carro. Nem a pau que esperaria Davina chegar. Vai ver que ela tenha morrido?
Arfei e fechei a porta do carro. Dei passos silenciosos até a parte de trás do carro. Agachei–me e analisei a pegada que lá continha. Meus olhos marejaram. Eram os pés de Davina. Engoli em seco e respirei fundo. Fiquei confusa. Comecei a sentir um cheiro conhecido por mim. Poderia parecer loucura, mais continuei a seguir o cheiro. Continuei a andar seguindo o cheiro. Isso... isso era o perfume de Davina! Meu coração se encheu de alegria. Mais por alguns minutos. Eu não sabia onde ela estava, se estava bem ou morta talvez. Continuei a andar ignorando os pensamentos negativos e abri a boca surpresa com o que tinha me deparado.
Uma fúria incomum se apossou de mim.
— SOLTA. ELA. AGORA! – gritei com toda força que tinha possível. Um homem com roupas de couro estava segurando Davina, que estava ajoelhada, pelo pescoço. Quando gritei, uma ventania passou pelo lugar e por um momento fez efeito no homem, que soltou a fazendo agarrar o pescoço atrás de ar. Fui até a mesma. – Está bem?
Ela apenas assentiu. A ajudei a levantar rapidamente e a puxei para longe daquele homem esquisito.
— Coitada querida. – o homem falou. – Você só conseguiu me controlar por alguns segundos. Você é realmente poderosa como seu tio falou. Mais sabe o que acontece. Ele me mandou te matar, e é isso que eu vou fazer.
— Não faça nada Olivia. – Davina falou fracamente segurando meu braço. – Ele vai te matar. E não é brincadeira.
E antes que pudesse responder, ele avançou em uma velocidade absurdamente anormal. Ele veio até a mim e me agarrou pelo braço e lançou até uma árvore. Arfei de dor. Puta merda! Levantei com a respiração descompassada e avancei contra ele. Sabe aquela velocidade que eu te disse? Eu acabei de correr nessa mesma velocidade, só que mais rápido. Agarrei a cabeça dele, e dei uma joelhada no estomago dele. Ainda com a cabeça entre minhas mãos, virei em um ângulo de 360 graus, deixando o corpo cair, segurando apenas a cabeça. Desesperei–me com que tinha feito. Abri a boca em choque e olhei para as minhas mãos, cheias de sangue.
— Ei! Não foi culpa sua! – Davina me abraçou. Ela viu que eu ainda estava olhando minhas mãos e puxou meu queixo para olhar para seu rosto. – Nem pense em fazer isso.
Por um momento tive vontade de lamber minha mão desesperadamente. Fechei meus olhos e chacoalhei minha cabeça. Eu matei alguém.
— Me dê sua mão. – e Davina começou a tirar o sangue de minhas mãos com um pano branco, que não faço ideia da onde ela o tirou. – Olha. Esqueça tudo o que aconteceu.
Abri a boca indignada.
— Esquecer que você sumiu do nada? De que eu fiquei que nem uma louca seguindo seu cheiro, que nem sei se é possível para pessoas normais. De que eu MATEI alguém?
Ela me olhou com os olhos marejados e suspirou. Senti alguém colocar um braço ao redor de meu pescoço. Desesperadamente tentava me soltar.
— Pensou mesmo que eu tinha morrido?
Arregalei os olhos. Ah não. Como assim ele está vivo? Eu o matei!
— Realmente eu pensei. – uma voz desconhecida falou. De repente me senti voar novamente. Ah não. Dei um mortal, caindo perfeitamente no chão. Aquele desgraçado ia me jogar de novo na maldita arvore.
E o menino desconhecido começou a lutar contra o morto–vivo. Isso é impossível. Por um instante o menino estava vencendo a luta. Fui até Davina.
— Você pode fazer alguma coisa? – perguntei friamente. Ela negou com a cabeça. Bufei e fui ajudar o menino a lutar. Afinal ele estava fazendo algo que não precisava, já que o cara queria me matar.
Juntei–me na luta. Avancei contra o morto–vivo e com toda força que pude o puxei pelo e o lancei contra a bendita árvore que ele tanto ama me jogar. Olhei para o menino e ele me olhou. Entendi o que ele queria fazer. Aproveitei que o morto–vivo estava se levantando e o menino desconhecido puxou a gola de minha jaqueta fortemente e deu uma volta pelo seu corpo me segurando agora pelo braço. O cara já estava vindo e na hora em que levantei minha perna, ele chegou. Com toda a minha força, coloquei no chute de minha perna esquerda. O pescoço dele quebrou e ele caiu no chão.
O desconhecido sorriu fracamente para mim. Ele era lindo.
— Vá logo! Antes que ele se reconstrua.
— Mas... – tentei retrucar, mais aqueles lindos olhos azuis me olharam como se estivesse o desafiando. – Como posso te agradecer?
— Indo para casa.
Assenti. Mais antes olhei o que ele iria fazer com o corpo. Ele pegou um isqueiro do bolso de sua jaqueta e jogou em cima do corpo do homem que queria me mata. O morto–vivo. Sorri fracamente e fui até Davina. A peguei e fomos indo em direção ao carro.
— Oliv...
— Só dirija.
E o caminho todinho, ignorei a presença de Davina e fiquei intercalando meus pensamentos entre o morto–vivo e o menino de olhos azuis que me salvou.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero ver vocês nos comentários!
Até o próximo!