Heisenberg vs Superman escrita por Sr Mokona


Capítulo 1
Capítulo único




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                Assim que Clark chega ao hotel, ele percebe os primeiros milissegundos da vibração de seu celular em seu bolso. Era Lois Lane que ligava e Clark atende.

                - Chegou bem? – perguntou Lois em um tom animado.

                - Sim. Ainda não passeei pela cidade, mas do taxi eu já pude perceber como Albuquerque é uma bela cidade.

                - Eu conheço você, Clark. Eu sei que você vai ficar esses dois meses todos trabalhando nessa nova filial do Planeta Diário e não vai curtir a cidade.

                - Eu acho que você está com saudades, Lois. Mas não se preocupe, dois meses passam rápidos.

                Depois de uma hora de conversa, Clark desfaz as malas e tira um cochilo. As 20h daquele mesmo dia, Clark iria até o Planeta Diário de Albuquerque para a festa de inauguração, e após solicitar um taxi às 19h, Clark começou a vestir um fraque em cima do uniforme de Superman. As 20h, Clark recebia os convidados da festa de inauguração no salão de festa do prédio onde funcionará o jornal, quando foi abordado pelo chefe de policia local:

                - Então será você que irá comandar a nova filial do jornal durante os primeiros meses? Legal. Nós de Albuquerque lemos o Planeta Diário online e gostamos muito do seu trabalho. Particularmente o seu, Clark; pela destreza, pela rapidez que apura os fatos; principalmente quando o assunto é crime organizado. Lá vocês possuem o capa vermelha, mas aqui nós possuímos uma boa força policial que trata muito bem dos cartéis e do problema das fronteiras.

                - Eu vou ficar muito feliz em acompanhar sua cidade e não duvido da força policial de vocês.

                - Claro. Nós só temos um problema que vem crescendo nesses últimos anos: Um novo chefão do crime de Albuquerque conhecido como Heisenberg.

                - Eu já ouvi falar dele. Sua droga é considerada a mais pura de todo o planeta, sendo comercializado até em parte da Europa e parte da América latina.

                - Sim, sua metanfetamina azul. O pior é que temos policiais infiltrados e nunca descobrimos a verdadeira identidade dele. Seu império contabiliza centenas de mortes e quase toda a comercialização de drogas do estado.

                - Quem sabe nós, do Planeta Diário, poderemos descobrir sua identidade e levá-lo a cadeia?

                - Ele é muito perigoso, vocês deveriam tomar cuidado. Vocês são apenas jornalistas.

                - Nós do Planeta já nos metemos com pessoas como Lex Luthor e Mestre dos Brinquedos; não vai ser esse chefão que vai nos meter medo. Mas não se preocupe, nosso jornalismo só se preocupa em apurar os fatos o máximo possível.

                Após algumas semanas, Lois liga para Clark para saber as novidades de Albuquerque.

                - Está indo muito bem – diz Clark. – O único problema é a saudade que eu estou de você.

                - Aqui está uma grande correria. Parece que sem você aqui o jornal para. O Perry está quase arrancando os cabelos.

                - Como vão os vilões de Metrópolis?

                - Sem ataques alienígenas e sem Lex Luthor, a cidade está tranqüila. Os vilões menores estão sendo derrotados pelo Aço. E em Albuquerque? Algum super vilão?

                - Não. Desde aquela carta aberta que escrevi como Superman contando que ele viria para Albuquerque proteger possíveis ataques a nova filial do jornal aqui na cidade e para demonstrar o herói de Metrópolis para Albuquerque, eu pude sair em algumas vigilhas como Superman, mas não encontrei nenhum super vilão, apenas traficantes locais.

                - Albuquerque é a cidade onde se encontra Heisenberg.

                - Sim, e eu estou até pensando em prendê-lo e noticiar o ocorrido no Planeta. Seria o marketing que precisamos. Quem sabe até o Perry me deixe voltar mais cedo.

                - Não se preocupa com as represálias que poderiam ocorrer com o prédio do jornal ai? Heisenberg é uma lenda. Muito das pessoas assassinadas por ele ou pelo grupo dele não são encontradas os cadáveres.

                - Eu confio na policia da cidade. Além do mais, eu ainda estarei aqui. Olhe, Lois, eu já interceptei várias ações dele na cidade. Pessoas estão sendo presas, as drogas estão sendo interceptadas. Vai dar tudo certo, Lois.

                ***

                Jesse chega à sala de Walter e sem bater na porta, ele entra e encontra Walter sentado na cadeira com o chapéu no colo e os olhos fechados.

                - Sr. White? – Jesse chama baixinho e Walter abre os olhos.

                - Sente, Jesse. O que você quer me dizer?

                - Olhe o ponto em que nós chegamos. Nunca imaginávamos comandar algo tão grande. Você mesmo só queria uns duzentos mil para ajudar sua família e agora recebemos milhões. É tanto dinheiro quem nem temos como lavá-lo todo.

                Walter comprime os olhos e entorta levemente e vagarosamente a cabeça. Jesse se atrapalha um pouco e com a voz rápida diz: - O Superman. O Superman está interceptando nosso comercio, sabe o que é isso? Sabe a loucura que é um super-herói atrás da gente?

                - E você espera que eu acabe com tudo? – perguntou Walter com uma voz lenta e encorpada. – Você acha que vou deixar um forasteiro acabar com tudo que construímos? – Walter olha o chapéu no colo e olhando para Jesse diz: - Você está tenso. Và para a casa que eu termino tudo por hoje. Sim, vá para casa. Amanhã você volta mais tranqüilo e nós terminamos essa rodada.

                Jesse sai da sala e Walter veste sua roupa de proteção amarela e entra no laboratório para terminar de fabricar a metanfetamina. Voltando para a casa de carro, Walter vê o Superman sobrevoando a rua e dá um sorrisinho. Em casa, enquanto jantam, Walter Jr. comenta sobre a primeira vez que viu o Superman ao vivo:

                - Nós estávamos saindo da escola e o Superman tinha nocauteado três homens que vendiam drogas naquela região. Foi muito legal! – dizia com grande animação.

                - Que bom, filho – dizia Skyler com um sorriso e sempre desviando o olhar para Walter. - Ele limpa as ruas com esses traficantes, mas ele diz que os alvos são os chefões – diz Skyler com um olhar duro para Walter.

                - E ele vai pegar, é só questão de tempo – diz Walter Jr. com animação. – Vocês vão ver, ele é demais.

                - Eu não sei – começou Walter, - aqui talvez tenham chefões mais inteligentes que em Metrópolis. Vai ver ele não vá conseguir e volte para sua cidade com o rabo entre as pernas.

                Skyler arregala os olhos incredulamente enquanto olha para Walter, mas não diz nada.

                - Eu duvido, pai. O Superman é incrível.

                Quando Walter se prepara para dormir em seu quarto, Skyler entra e pergunta:

                - Você não vai recuar, é isso?

                - Do quê você está falando?

                - Do Superman, Walt! A qualquer momento ele pode descobrir sobre você, sobre nós. Walt, não estrague tudo. Vamos nos desfazer disso, não precisamos mais de dinheiro.

                - Eu trago o dinheiro, você lava. Não me venha me dizer como eu devo agir. Boa noite – e se vira na cama.

                - Walt. Walt. Droga. Até mesmo você deveria saber que isso é demais para qualquer um.

                No dia seguinte, Walter acorda com o celular tocando. Era Jesse que ligava e Walter atende.

                - Sr. White, já assistiu o noticiário da manhã? Aquele merda do Superman interceptou nossa metilamina, droga – Jesse parecia agitado e irritado pelo telefone.

Walter se senta na cama e puxa os óculos. – O que houve exatamente?

— O Superman interceptou nossa carga de metilamina. O que vai acontecer conosco?

— Depois eu te ligo, Jesse – e desligou. Walter vai até o computador e abre o portal online do Planeta Diário e viu em destaque a noticia que o Superman interceptou o trem que continha a carga de metilamina que iria abastecer o laboratório do Walter para a fabricação de metanfetamina.

Walter sentiu uma raiva tão grande que queria chutar alguma coisa. Walter chutou o pé da cama e gritou: “Droga!” e se escorou na mesinha. Skyler entra e pergunta o que aconteceu. Walter aponta para o computador e Skyler lê a matéria.

— O que você vai fazer?

— Eu vou dar um jeito.

— O que você vai fazer? Matar o Superman? – disse baixinho mas estridente.

— Talvez eu faça isso – disse em tom de desafio. – Eu vou sair.

Walter se troca e pega o carro. Ainda no carro, Walter liga para Jesse.

— Yo, Sr White! Já conferiu o que eu disse? hã! Eu não te disse que isso iria acontecer?!

— Calma, Jesse! – Me encontre no escritório do Saul que eu estou indo para lá agora.

Walter chegou bem mais cedo que Jesse no escritório do Saul. Antes de Jesse chegar, Walter pede a Saul uma sala próxima ao escritório dele que esteja vazia onde ele poderia se encontrar com algumas pessoas pras quais Walter ligou. Quando Jesse chega, Walter o levou até essa sala e esperaram pelos outros convidados.

— Se Mike estivesse entre nós, teríamos mais chances de vitoria, mas isso não quer dizer que não possamos. Vou ter que ligar para a Lydia...

— O quê?! – Jesse puxa Walter e encarando ele, diz: - Isso é loucura.

— Calma, Jesse. Todos vocês que estão aqui – disse abrindo os braços para as cinco pessoas a sua frente – estão sendo afetadas pelas ações do Superman. E eu não chamei vocês aqui para possamos desfazer nossos laços, mas para sairmos desse problema, porque sei de suas capacidades. Quando digo que Mike faz diferença, é porque ele poderia realizar trabalhos fantásticos, mas sei que vocês também podem. Tony, Bob, Paul e Chris, vocês ficarão responsáveis por um assalto na Lexcorp em Metrópolis. Mas não se preocupem, eu estarei monitorando e auxiliando todos vocês. Eu vou entrar em contato com a Lydia e encomendar uma nova remessa de metilamina. Jesse, quero que você me ajude a pensar num modo dessa remessa passar. Ninguém vai tomar o que é meu. Eu vou ensiná-lo a ficar longe do meu território.

***

— Ah, rapazes, esse tem sido o melhor mês da narcóticos desde que vim trabalhar aqui – diz Hank para seus colegas de escritório. – Nunca tivemos tantas apreensões e traficantes trancafiados. Logo, logo poderemos prender aquele monstro do Heisenberg.

— Mas devemos muito ao Superman – diz Gomie.

— Olha pessoal, parece que temos um fã de carteirinha do azulão – hahaha -; mas ele também deve a nossa ajuda, afinal, fazemos isso por anos.

— Eu só quis dizer que... ah, esquece – e todo o escritório começa a rir.

— Eu ouvi dizer que Heisenberg na verdade é mais de uma pessoa – diz Paul e todos riem. – O quê? é serio!

— Mas o importante é que foi uma grande vitoria nossa o Superman ter interceptado aquele grande carregamento de metilamina na semana passada e isso ninguém tira dele – diz Gomie.

Hank aponta Gomie com a cabeça para Paul e ri. - Eu sei que a vida não é só moleza, então vamos para o campo – Hank pega o colete e veste.

***

Skyler entra no quarto e vê Walter vestindo uma jaqueta preta e colocando o chapéu preto lentamente.

— Vai sair?

— Digamos que vou retomar o controle do meu território.

— Walt, você já conseguiu outro carregamento de metilamina, você voltou a produzir metanfetamina, não vá confrontar o Superman.

— Skyler, eu estou com os dias contados, você acha que eu vou temer um superheroizinho? Ele que deveria me temer. Ele que deveria saber onde ele está pisando. Ele que deveria saber que esse é o meu território.

— Walter, por favor, isso é loucura.

— Adeus, Skyler.

— Você perdeu completamente sua sanidade mental. Esse seu joguinho já foi longe demais – diz Skyler com raiva.

Walter desce, entra no carro e liga para alguém: - Sou eu. Eu estou indo pegar as armas, está tudo pronto. Sim. Até daqui a pouco.

***

— Lois? Sou eu: Clark – Clark ligava para Lois do seu quarto de hotel.

— Eu sei que é você, bobão. Como vai? Sua estadia está acabando.

— As coisas aqui no Planeta Diário estão muito boas, e ao contrario do que você disse, eu passeei bastante pela cidade.

— Mas aposto que como Superman. Nós temos recebido muitas noticias suas por aqui.

— Touché. Mas eu partirei da cidade com a sensação de dever cumprido. Aqui no Planeta as coisas andarão muito bem sem mim. E consegui muitos pontos na luta contra as drogas. Hoje mesmo eu recebi a noticia de um novo carregamento de metilamina.

— Outro carregamento? Você não tinha descoberto uma na semana passada?

— Sim, e vou interceptar outro. Amanhã vai ser noticia no jornal.

— Você soube que roubaram a Lexcorp? Roubaram alguns materiais dos laboratórios. Lex está com muita raiva.

—Sim, eu soube. Parece que Metrópolis clama por mim.

— Tenha cuidado Clark.

O Superman chega à linha férrea onde o trem descarrega e não ouve o barulho do trem.

— Ele está atrasado. Será que aconteceu alguma coisa? – pensa. Superman usa sua supervisão e não consegue ver o trem a distancia. Então usa sua superaudição e consegue ouvir bem ao longe o barulho do trem. – Ele está bem atrasado.

Quando o trem chega e estaciona, Superman se aproxima e os maquinistas correm rapidamente para o mais longe possível.

— Esperem! Não precisa me temer – grita o Superman. Superman usa sua visão de raio-X e vê uma substancia aquosa nos vagões do trem. – É bem mais que da ultima vez. – Superman se aproxima do primeiro vagão e ouve um barulho de um projétil acertar o vagão, explodindo todo o trem, vagão por vagão, causando uma explosão de larga escala. Toda a região é destruída e Superman cai de uma grande altura após ser arremessado pela explosão. Superman, todo ferido, começa a reunir forças para se levantar e observa a região toda devastada e incendiada em determinados locais. Usando sua vissupervisão, Superman observa a aproximação de uma pessoa, mas três outras pessoas se mantém imóvel perto do acontecido.

— Quem está vindo? – grita Superman para o individuo. Mesmo ferido, Superman se mantém imponente quanto o homem de meia idade com um chapéu preto e óculos de grau, carregando um saquinho com cristais na mão, se aproxima. – Quem é você?!

— Eu sou o dono desse território. Eu sou o chefão. Eu sou o homem que você deveria temer.

— Você...

— Diga meu nome.

— Desgraçado.

— Diga meu nome.

Superman cerra os dentes e com muita raiva diz: - Heisenberg.

— Você está certo, droga.

Superman ergue o braço para socar Walter, mas Walter ergue o saquinho na mão e diz: Eu não faria isso se fosse você.

— Isso é metanfetamina? Que tipo de truque você quer usar?

— Isso não é metanfetamina – e Walter tira alguns cristais do saco e atira contra Superman, criando uma fumaça que o atinge.

Superman protege o rosto com o braço e começa a tossir. Quando olha seu braço, Superman percebe que estava cuspindo sangue. – O que é isso? – pergunta Superman espantado.

— Kryptonita. Eu estudei os componentes químicos da kryptonita que roubei da Lexcorp e fiz algumas sintéticas – e dá um soco no Superman, que cai no chão.

— Maldito – Superman levanta e dá um soco em Walter, que cai. Superman agarra Walter pela jaqueta e o joga. Walter no chão, dá um chute no joelho do Superman e aproveita o tempo para pegar o saquinho e arremessa alguns cristais em Superman, o deixando tonto.

Walter corre e chuta o queixo do Superman e o vê caído no chão, cuspindo sangue. – Você deve se lembrar de quem te derrotou e se arrepender de ter invadido meu território.

Superman olha para Walter do chão e usa sua visão de calor para derrubar o saquinho da mão de Walter e arremessá-lo o mais longe possível. Walter fica com medo da demonstração de força do Superman e chuta o rosto dele, mas Superman demonstra ter resistido muito bem ao impacto, levantando e derrubando Walter com um soco.

— Você está preso, senhor Heisenberg – Superman se aproxima de um Walter caído, mas Walter põe a mão dentro da jaqueta e Superman pensa: - Mas kryptonita? – mas Walter puxa um revolver e dispara contra o peito do Superman. – Você deveria saber que sou imune a armas de fogo – diz Superman com raiva.

— Bem, não parece – diz Walter, e Superman vê seu peito perfurado e uma dor lancinante no peito.

— O que é isso?

— Balas de kryptonita. Nesse momento deve ter vários resquícios de kryptonita em seu corpo. – Walter se aproxima de Superman e chuta seu joelho e Superman cai no chão. – Você provocou isso. Isso tudo era meu e você quis tomar.

— Espere, Heisenberg. Podemos conversar.

— Não importa, eu venci – e Walter dá um tiro na cabeça do Superman.

Walter caminha um pouco e surge uma moto que o leva.

— Ainda bem que você terminou logo com isso. Estavam surgindo várias pessoas para ver o acontecido – diz Todd de moto com o Walter na garupa.

No dia seguinte, a morte do Superman foi noticiada; alguns dias depois, o enterro e a descoberta do assassino: Heisenberg, que continuava a fabricar metanfetamina. O mundo parou com a morte do Superman; os Estados Unidos entraram em luto. Parecia até que apenas uma pessoa conseguia dormir tranqüilo com tudo aquilo: Walter White. No dia seguinte da morte do Superman, Walter apareceu em casa todo machucado, alegando ter sido espancado por ladrões que cismaram com ele. Clark Kent sumiu desde a noite fatídica, algumas pessoas suspeitam que ele foi morto na explosão de trem e seu corpo foi pulverizado, mas a pericia não conseguiu encontrar nenhum traço de um corpo na área da explosão. A fama de Heisenberg atingiu escalas mundiais pelo assassinato ao homem de aço, dando a ele o status de o mais perigoso criminoso da América da década. Como não era de se estranhar, sua fama chegou na cidade de Gotham e os noticiários de Gotham dizem que Batman prometeu capturar Heisenberg pela honra de seu amigo Superman.


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