NaNa escrita por Kanatsu Hiro Naga


Capítulo 1
Nana




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Acabo de acordar. Uma dor em minha cabeça anunciando que a noite anterior eu bebi mais do que devia. Sentado no sofá apenas de cueca, olho com dificuldade pro lugar que me rodeia. Noto minhas roupas largadas por toda a sala, fazendo companhia pro abajur, a mesinha de centro e a TV. Não só minhas roupas, mas também as de uma mulher, espalhadas assim como as minhas, no ventilador de teto, boiando no aquário próximo a TV e um sutiã perto de mim.

O fiquei o olhando e voltei a olhar o redor, notando que se as roupas dela estão aqui, significa que ela ainda está aqui, ou se ela for mesmo muito doida, teria ido... Vejamos, apenas de calcinha, pois é a única peça dela que não vejo nesse caos que é a sala. Então, ela aparece andando calmamente olhando pra mim, saindo da sacada do apartamento a minha direita, passando por mim. Sua pele branca, brilhava mais com a luz do sol que vinha da vidraça que separava a sala da sacada.

Ela está apenas de calcinha e seu busto pequeno, redondo, está a mostra pra quem quiser olhar, mas apenas eu estou ali. Seus cabelos curtos na metade do pescoço, fios negros, balançavam de leve. Cabelo este que fazia uma tímida franja de fios, na linha dos olhos, castanhos claros, de um rímel bem marcado, olhos encantadores.

Pegou sua bolça no sofá da frente, retirando seu cigarro, um que ela odeia, mas como noite passada ela fez um show com sua banda e este cigarro é o nome da banda, ela sempre o fuma, como um tipo de tradição. Sentou no sofá na minha frente, colocando um pé pra cima, pressionando seu seio esquerdo. Olhando pra mim, ela ascendeu seu cigarro, tragou e soltou na minha direção, sorriu por fim.

Eu estendi a mão, então ela jogou o maço e o esqueiro pra mim. Ascendi e senti o sabor, que ela tinha razão por não gostar, era um tanto amargo. Depois que ela terminou, afundou ele no cinzeiro na mesinha de centro, ao lado da minha camiseta preta. Catou o maço e o esqueiro da minha mão e voltou pra sacada pra fumar outro, com certeza, mas eu a segui.

Parei na vidraça, bem na porta, olhando ela lá com os cotuvelos na bancada a olhar o horizonte, admirar o vento balançar seus fios negros, o sol iluminar sua pele. O cigarro em seus lábios tingidos de vermelho, a fumaça que vaza da sua bela boca e dança com o vento que a rodeia.

Tudo nela me encanta. Tudo nela é perfeito. Tudo nela é apaixonante. Minha vida é ela, minha vida se chama NaNa.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler...



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